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Dias de Fúria - II

一O que eu estou fazendo?一 Andrew questionou a si mesmo soltando o atiçador de brasas  一 Elena, me perdoe. 一 Disse indo ao encontro dela que se levantou ajeitando o vestindo e recuando o mais rápido que pode. 

一 Fica longe de mim. 一 Disse voltando-se em direção a escada, subindo os degraus o  mais rápido que pode.

O capitão coçou a cabeça atordoado, tomou uma das garrafas de uísque dispostos na prateleira e caminhou até a varanda  onde sentou - se no banco de madeira. Observou a neve cair lentamente sob o carroção, esforçando-se para não chorar  enquanto engolia compulsivamente doses e mais doses da garrafa de uísque.
As coisas com Elena nunca foram fáceis, seu temperamento difícil e opiniões fortes, o incomodaram desde o dia que a conheceu.  Mas mesmo com tantas diferenças, apreciação a companhia um do outro e não conseguia entender ela passou a odiá-lo tanto. Teriam sido felizes, teriam construído uma vida juntos se não fosse o maldito índio. Desde que regressou a esposa o via como um inimigo a ser combatido, não ele dando brecha alguma para acertar as coisas. Encarar o olhar de desprezo dela casa vez que a via, quebrava seu coração em uma angústia avassaladora. Mesmo assim, pensar em continuar a vida sem ela parecia um pesadelo. Mas se oferecer seu apoio, carinho, proteção e até mesmo certa liberdade havia surtido algum efeito, o que faria?

一 Senhor 一  ouviu a voz rouca de Yke se aproximar  一 será que podemos falar?

一 Você traiu minha confiança Yke. Elena não está boa da cabeça, eu lhe disse isso antes de trazê-la pra cá e você me desobedeceu, mentiu para mim, eu devia expulsar você e sua família daqui!

一 Eu sinto muito senhor  e entendo se não mandar embora. Mas não me arrependo de nada do que fiz, talvez o senhor não entenda, e nem eu entendi bem da primeira vez que dona Elena, nos fez ir até a primeira comitiva. Mas eu sou pai e tenho a sorte de hoje ter privilégios de um homem branco, mas se não os tivesse, meu filhos estariam naquela comitiva e é muito sofrido ver gente como eu, crianças como as minhas, tratadas como bichos.

一 Eu entendo Yke 一  Andrew suspirou 一 não sou o monstro sem coração que minha esposa pensa. Mas agiram pelas minhas costas.

一 Me perdoe senhor, eu devia ter lhe contado e não deixado que soubesse por outras bocas.

一 Minha esposa me despreza, aquele índio encheu a cabeça dela contra mim. Nem sempre foi assim, ela era doce e gentil comigo, se preocupava se eu havia me alimentado bem, mesmo sendo uma péssima cozinheira. 一 ele deu um leve sorriso nostálgico 一 nós não precisávamos de música pra dançar e agora ela ... Yke, me diz como conseguiu? Como fez com  Dorothy? Com todo respeito,一 disse virando mais uma dose de uma só vez 一 você é índio, não tem onde cair morto e metade do rosto desfigurado, mesmo assim ela te olha com todo amor do mundo. Como conseguiu isso?

一 Bom, creio que o padrão da Dorothy não era muito alto, mas  com certeza  não foi batendo nela 一 respondeu Yke um tanto receoso e arrancou uma risada de Andrew que levando o copo.

一 Touché. As vezes penso que despertamos o pior um do outro.  一 Falou recostando a cabeça  para trás.一 Eu não sei mais o que eu faço, não sei... Eu me perdi da minha fé quando ela sumiu, me entreguei a bebida e prometi que ia deixar disso quando Deus me devolvesse ela. Deus a trouxe de volta, viva, mas não é mais ela e eu não sei porque eu estou tão surpreso, eu também não sou mais eu. Eu não consigo mais entrar na igreja, estou impuro, um adúltero mentiroso que justifica seus atos imundos por conta da transgressão de sua esposa e agora ameacei minha mulher com um ferro. Eu queria bater nela, queria mata-la Yke.  Eu estou cego de raiva e ciúmes.   Aquele desgraçado que destruiu a minha vida, ele  que colocou um filho dentro da minha mulher...一  Ele fez uma pausa soltando o ar dos pulmões e voltando o olhar para a castanheira frondosa em frente a casa 一 uma criança que vai ser perfeita. Não aleijados como aqueles coitados embaixo das árvores. Ele tirou tudo de mim, Ike. Minha mulher, minha dignidade, minha honra... E eu nem posso tocar no filho da mãe.

Da janela de cima, Elena observava atenta o portão ao longe, esperando que Andrew tivesse o bom senso de ir embora. Já haviam tido muitas discussões, ele já foi  agressivo outra vezes, mas nada perto do que acabou de acontecer. Seu rosto ainda estava ardendo num vermelho intenso, mas pior que isso foi a ameaça. Que apesar de não ter se cumprido hoje, na próxima discussão, não saberia dizer que ele teria o mesmo controle.

Alisou a barriga carinhosamente e refletiu sobre o que faria.  Por mais que soubesse que Tokalah os protegeria com sua vida, sabia que seu filho jamais estaria seguro na aldeia em tempos conturbados como os que viriam. Principalmente depois do general assassinar Witchashawakan na frente de todos. Seu bebê seria sempre  sempre o filho com sangue inimigo correndo mas veias e ela a filha do General assassino e sem palavra.

一 Ninguém vai te machucar, eu prometo. 一 falou aí filho em seu ventre ao se afastar da janela.

****

Elise viu o pai se afastar sob o lombo do cavalo em um de seus trajes tradicionais. Sabia o que significava, a assembleia dos chefes cherokees e Cheyennes que tanto falavam finalmente aconteceria em New Achota. Ali os líderes discutiram as propostas do governo sobre as terras no Mississipi. Diferente das tribos hostis, que estavam sendo arrancadas a força e escoltadas como gado para o novo assentamento, a comunidade indígena de New Achota vinha recebendo inúmeras propostas do governo, para uma realocação pacífica. As famílias que aceitassem o acordo, o governo ofereceria ajuda de custo  para a viagem e também pagaria indenizações pelas terras e propriedades que ficariam na Geórgia e aqueles que já haviam perdido a esperança de um revés na guerra travada mais ao norte com Cavalo louco e Touro sentado, estavam ansiosos em assinar o tratado e evitar ainda mais perdas.

Elise sabia que seu pai se posicionaria contra, Nathan era apegado demais a terra é a idealização daquela comunidade como um elo entre os povos originais com o homem branco. Entregar New Achota para os geórgianos, era aceitar que aquele sonho nunca seria possível.

一 Quer que faça o que pro almoço senhorita Elise? 一 questionou a negra rechonchuda de grande olhos negros.

一 Qualquer coisa Mey, papai não vira pro almoço. Estou tão preocupada, não acho que fosse a hora para uma reunião, todos os chefes juntos. Os geórgianos podem tentar alguma coisa, não acha?

一 Amo Green sabe o que faz senhorita Elise, não deve haver perigo não. Além do mais, os geórgianos são covardes, eles gostam de assustar mulheres e velho em suas fazendas, não se metem com homens como o amo, fique tranquila.

一 Espero que esteja certa, Mey. Mas estou tão cansada disso, o mais seguro seria vender tudo e recomecar-mos em outro lugar. 一 falou e a mulher baixou a cabeça num suspiro longo. 一 o que foi Mey?

一 Nada não senhora, é que bom... Meus filhos e eu temos uma boa vida aqui. Amo Green nos trata bem, não sei se teríamos a mesma sorte com os geórgianos.

***

O pátio da igreja matriz de New Achota estava lotado, haviam representantes de todas as cinco tribos civilizadas e mais centenas de curiosos, incluindo um grupo grande de geórgianos que já tentava negociar terras a preços irrisórios  se aproveitando da incerteza e desespero de muitos nativos. Assim que chegou Nathan foi recebido com palmas e apertos de mão, muitos de seus companheiros de luta, não haviam o visto desde seu retorno e alguns sequer acreditavam que ainda estivesse vivo. Sem a perspicácia de Nathan usada ativamente nos tribunais as perdas estavam acentuadas e o sonho de manter suas terras casa vez mais distante.
O mestiço tomou seu lugar na comissão, que assim como nós costumes antigos, sentaram-se em uma roda em volta de uma fogueira aromatizada com  folhas de plantas sagradas.
Rodeados pelo burburinho da multidão, os líderes das cinco nações  e seus representantes legais iniciaram a discussão e ela se deu por horas.

一 Nunca vamos chegar um acordo, mas o fato é que todos nós queremos o melhor para nosso povo, a nação Creek aceitará a proposta do grande pai branco 一 Disse um dos líderes e o chefe dos Seminole se uniu a ele. Fazendo uma discussão acalorada surgir até que todos decidirem que aquela decisão era grande e particular demais para ser tomada em conjunto. Cada uma das nações decidiria aceitar ou não os termos do governo sobre as novas terras.

Nathan reuniu-se no gabinete do prefeito Topanga Denton, um jovem chefe que conquistou o cargo através do voto dos senhores de terras cherokees e chefiava a cidade ao lado de seu pai, o já idoso chefe Yulta que agora encontrava-se acamado por conta das agressões sofridas pelos geórgianos.

Denton serviu uma dose de conhaque a Nathan que gentilmente recusou, sentando-se a frente dele em sua mesa.

一 Não diga que parrilha da mesma opinião de meu pai sobre as bebidas dos homens brancos?

一Não, não acho que a bebida por sí só corrompa o espírito e até aprecio o sabor de algumas, mas prefiro degusta-as em comemorações ou quando preciso arrancar alguma bala do meu corpo. Uísque se mostrou bem útil pra esse fim nos últimos anos.


一 É, eu soube dos atentados que sofreu. Elise pensava que estava morto, ficou meses sem dar notícias. Eu a ajudei a manter as aparências é claro, mas confesso que já havia começado a acreditar que não voltaria.

一 Eu mesmo cheguei a pesar, mas aqui estou. Esteve em minha fazenda na minha ausência? 一 Nathan semi cerrou os olhos.

一 Bom, meu pai se preocupa com você e com seus filhos, mas não tem idade pra ficar cavalgando de lá para cá. Sempre que havia um tempo eu dava uma passada pra ver como Elise digo a senhorita Elise e os outros estavam, se precisavam de algo... Nosso povo sempre cuidou um dos outros, espero que não tenha sido inconveniente.

一 Não, eu agradeço 一 Nathan balançou a cabeça 一 só achei estranho Elise não ter mencionado. Ela deve ter esquecido

一 É deve ser isso. Mas bem, vamos ao assunto. Com os Creek e os Seminole aceitando o acordo as coisas ficam ainda mais complicadas não acha? Apesar de serem pequenos comparados a nós, é uma força que não vamos dispor em caso de termos que partir para uma resistência armada.

一 Sabe muito bem que uma resistência armada seria o fim para nosso povo.

一 E que opções temos Green? Mesmo tendo ganhado no supremo tribunal, a federação não faz-se cumprir. Os geórgianos estão adentrando cada vês mais nosso território e agora, com a inclusão das cinco nações no programa de realocação indígena, quanto tempo acha que vão demorar até sermos expulsos daqui? Temos que começar a pensar nas opções e no momento é lutar ou aceitar o acordo do governo. Aliás se formos fazer isso, quanto mais tempo demorarmos menos chances de conseguir um bom território nós teremos.

一 Ainda temos tempo, Topanga. Eu sei que  vou encontrar algo que possamos usar para que nossa terra seja reconhecida como um estado independente, ainda não tive tempo de me dedicar a isso desde que voltei. Somos quase trezentos mil, não somos um acampamento ou uma aldeia como aqueles que estão sendo retirados. Não somos hostis! Nós pagamos impostos, cumprimos nossos deveres como cidadãos, mandamos nossos filhos pra universidade! Eles não tem direito de tirar a nossa terra, nossa cidade.

一 Sabe que no fim isso não importa Nathan, podemos falar como eles, estudar, trabalhar como eles e ter tanto dinheiro quanto eles, mas para os brancos sempre seremos índios burros e sujos. Agrediram meu pai, quase o mataram, um ancião.  Pegamos os desgraçados  e fiz o que meu pai pediu, os entregamos as autoridades s sabe o que a lei da Geórgia diz sobre isso?


一 Que a palavra de um índio não vale como a de um homem branco. Então eles disseram que não tocaram no seu pai e se não houve nenhuma testemunha confiável ou seja, um homem branco, eles foram soltos.

É foi exatamente o que aconteceu.


一 Eu sempre quis confiar nas leis da federação ser pacífico  e quando lidavamos com forasteiros sempre tentamos resolver a questão com diplomacia, pelo bom entendimento entre New Achota e as cidades dos brancos. Mas sabe, tenho uma filha, uma linda jovem em casa que devia estar preocupada com coisas da idade dela, mas está apavorada, ela quer vender tudo e ir embora porque tem medo que os Geórgianos possam fazer comigo, com ela e com os irmãos.


一 E deve ter senhor Green, infelizmente no tempo que esteve fora a violência e abusos dos geórgianos só cresceu. Invadem fazendas, roubam gado e escravos, dão surras e tivemos alguns casos de violência e sequestro  de  moçinhas como a Elise. Sem falar em brigas e assassinatos de homens do campo que já estao tão comuns que nem estamos mais contando. A situação está insustentável, as famílias estão com medo, principalmente as mais pobres.  一 Falou e Nathan respirou profundamente.

一 Sempre fomos gentis, os abrigamos em nossas tendas quando não tinham onde dormir, dividimos nossa comida, nós os ensinamos a plantar e a viver nessas terras que eram tão estranhas pra eles. E é isso que recebemos? Este é território Cherokee, até agora a suprema corte não disse o contrário, então prefeito, creio que já passou da hora de fazer valer nossos direitos na nossa terra. Se os geórgianos nos sangram, eles também vão sangrar. rem 

*****

Agora até a paciência do Nathan acabou...

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