Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Caminhos Tortuosos - III

O sol ainda nem havia despontado no horizonte quando a pequena comitiva das cinco tribos começou a agitar-se. Eram famílias inteiras, com rostos marcados pelo cansaço de longos dias na estrada rumo ao novo lar, mas, para chegar lá, era necessário aliviar a carga. Naquele dia, Topanga, fez uma parada estratégica em Riverside. O lugar, embora simples, estava cheio de vida. As ruas de terra batida começavam a se encher de poeira com o movimento dos moradores.
Os indígenas armaram suas carroças perto da praça central, onde uma árvore solitária oferecia um pouco de sombra para aqueles que por ali passassem.

Entre os pertences que traziam consigo, havia de tudo: mobílias, heranças de família que resistiram ao tempo, ferramentas pesadas, baús cheios de roupas e utensílios domésticos. Eram objetos que, para muitos, carregavam memórias, mas que, na dura realidade do caminho às reservas, tornavam-se fardos insuportáveis. O mercado improvisado logo começou a atrair os habitantes da cidade. Mulheres vinham acompanhadas de crianças, curiosas para ver os produtos que os viajantes ofereciam. Os homens, com chapéus de abas largas, examinavam cuidadosamente as ferramentas, enquanto os viajantes tentavam negociar os melhores preços possíveis. Havia uma mistura de pressa e tristeza nos olhos daqueles que vendiam; cada item trocado por algumas moedas significava um peso a menos na jornada, mas também a despedida de um pedaço remanescente da casa em New Achota.

Topanga fazia suas trocas rapidamente, um velho alforje de couro, que acompanhara a família por gerações, foi vendido por poucas moedas de prata. Uma mesa de carvalho, trabalhada com esmero, foi trocada por uma sacola de mantimentos. O baú de vestidos finos de Elise, transformou-se em um saco de sementes e seu enchoval de casamento bordado a mão durante anos, uma cabra leiteira.

一 Sei que não está satisfeita com as trocas, mas poderia levantar um pouco e caminhar pela cidade, quando chegarmos a reserva não veremos cidades, até que possamos construir a nossa. 一 Disse Topanga com paciência. Apesar de ainda estar sebtindo-se traído pela atitude de Elise, depois de ponderar e sentir a eminência de perdê-la durante o ataque, percebeu que havia sido duro demais com a mulher, que desde então, parecia mergulhada em uma tristeza profunda. 一 Elise...

一Senhor Denton, melhor deixar a senhora descansar, ela não tem se sentido bem.

一 Quieta Marrie. 一 A voz fraca de Elise cortou o silêncio enquanto levantou-se do carroção ajeitando os cabelos desgrenhados sobre o rosto pálido

一Fale Marrie. 一 Insistiu Topanga a escrava.

一 Ela tem sangrado, faz dias senhor Denton, mas não queria preocupa-lo.

一 Eu estou bem, não é nada. Isso acontece as vezes. Ainda sinto o bebê mexer, ele está bem. Sei que está. 一Disse Elise com ansiedade na voz.

一 Você precisa de um médico. Fique de olho nela Marrie vou procurar algum médico na cidade e volto para pega-las.

Depois de caminhar e questionar alguns transeuntes desconfiados, Topanga empurrou a porta do pequeno consultório de madeira e um rangido, revelou um homem de meia-idade, seus cabelos grisalhos desordenados e as mãos manchadas de sangue seco. Ele ergueu os olhos para Topanga, a princípio com a expressão de cansaço habitual, mas logo suas feições endureceram ao notar os traços indígenas dele, e as marcas de poeira da estrada em suas roupas.

一 O que você quer? 一 perguntou ele, a voz fria e desinteressada, sem sequer esconder o desdém que começava a aparecer.

一 Minha esposa está na praca, - começou Topanga, ignorando o tom hostil. 一 Ela está grávida e com um sangramento, precisamos da sua ajuda.

O médico a encarou por um momento, seus olhos examinando-o como se estivesse pesando o valor de uma mercadoria. Ele suspirou, balançando a cabeça em negação.

一 Não atendo gente como você 一 declarou, cortante. 一 Viajeiros, andarilhos... e ainda mais índios. Minha prática é para os bons cidadãos dessa cidade.

Aquelas palavras caíram como uma pedra no peito de Topanga, que apertou os punhos, sentindo a raiva fervilhar em sua garganta, mas manteve a voz controlada.

一 Minha esposa está fraca e sangrando há algum tempo. Por favor, doutor, nós pagaremos pelo que for necessário, dinheiro não é um problema. 一 Disse Topanga ouvindo o ranger da porta atrás dele e duas senhoras entrarem na companhia de um rapazote.

O doutor Beauchamp cruzou os braços, claramente inflexível.

- Dinheiro não muda nada. Eu disse que não atendo sua gente. Vocês devem voltar as comitivas e não trazer seus problemas para cá. Agora saia do meu consultório antes que eu chame a guarda.

Com os punhos ainda cerrados Topanga respirou profundamente e sem mais palavras, virou-se lentamente, seus passos pesados pelo fardo da recusa, e saiu pela porta de onde tinha entrado.
Ele acabava de atravessar a soleira do consultório quando ouviu passos apressados atrás de si. Virou-se rapidamente e viu o rapazote de não mais que doze anos que a pouco
entrou no consultório.
一 Senhor! - chamou ele, ofegante. 一 Espere!

Topanga parou ainda martelado de frustração e preocupação e o menino a alcançou, respirando com dificuldade.

一 Ouvi o que aconteceu com o doutor Beauchamp. Ele... ele é assim com quase todo mundo. Mas... - o garoto hesitou por um instante, antes de continuar -, mas tem outro médico na cidade. O doutor Stevens. Ele chegou faz pouco, mora no final da rua principal, perto da igreja talvez ele possa ajudar.

Ele assentiu agradecido, colocando uma mão firme no ombro do garoto.

一Obrigada, rapaz. Agradeço de coração.

Sem perder tempo, Topanga voltou à carroça onde Elise a aguardava com o semblante fechado. Com cuidado, ajudou a esposa a se acomodar melhor na carroça e tomou as rédeas, guiando o cavalo pela rua poeirenta da cidade. Atravessaram as ruelas estreitas e esburacadas, desviando de algumas poucas pessoas que lançavam olhares curiosos, até chegarem a uma bela casa, com um pequeno jardim na frente. Uma placa simples indicava que ali era a residência do doutor Stevens.
Topanga parou a carroça em frente à casa e desceu rapidamente, correndo para ajudar Elise a sair. Enquanto a apoiava, a porta da casa se abriu, revelando uma mulher de meia-idade, de olhar atento e postura ereta.

Augustine com o cabelo preso em um coque, segurava um pano de prato entre as mãos e seus olhos ainda inchados pela noite em lágrimas, se estreitaram ainda mais ao ver o casal de índios, seguidos por uma mulher negra se aproximando.

一 Posso ajudá-los? 一 perguntou a mulher, a voz cautelosa, mas não hostil.

一 Minha esposa, Elise, ela esta esperando nosso filho e tivemos um acidente há três dias. Ela esta sangrando Precisamos da ajuda do doutor Stevens 一 explicou, tentando parecer o mais calmo possivel para não assustar a loura de olhar desconfiado, 一 eu posso pagar.一 Completou abrindo o saco de couro recheado de notas e moedas das vendas do dia.

Augustine observou Elise, notando de fato sua de sua gravidez e a dor evidente em seu rosto. Por mais que tivesse desconfiança, a visão de Elise, claramente vulnerável, pareceu amolecer um pouco sua expressão. Ela hesitou por um momento, antes de dar um passo para trás e acenar com a cabeça.

一 Entrem. Vou chamar meu marido 一 disse, afastando-se para deixá-los passar.

Augustine desapareceu por um momento, subindo as escadas e logo retornou com Armand que observou curioso inicialmentr as duas mulheres por um instante, focando na barriga de Elise, e por fim no rosto determinado de Topanga.

- Sou o doutor Stevens - disse ele, com um leve aceno de cabeça. - Bem eu sinto informar que ainda não abri meu consultório médico, e não validei meu diploma junto a sociedade americana de medicina, mas há o doutor Be....

一 Já estivemos lá, 一respondeu Topanga interrompedo as palavras de Armand. 一Ele se recusou a atender minha esposa. Eu não vim pedir caridade doutor Stevens, tenho mais que o suficiente para pagar a consulta ou qualquer procedimento que seja necessário.

一Eu não estava preocupado com isso Senhor?

一 Denton, Topanga Denton 一 disse estendendo a mão ao medico que o cumprimentou imediatamentente. 一 É um prazer conhece-lo e estas são?

一 Essa minha esposa Elise e nossa criada Marrie.

一 É um prazer conhecê-las senhoras. Senhora Denton consegue me acompanhar? Por aqui por favor. 一 Ele falou isso di corredor. O senhor pode aguardar aqui ma sala senhor topanga, sinta-se a vontade. Sua criada pode nos acompanhar se quiser. Por aqui venham vamos ver oque posso fazer por você.

一Eu vou ajudar meu querido. 一Augustine se prontificou.

一 Não será necessario. 一Armand respondeu secamente 一 Marrie pode ajudar a sua senhora, não é mesmo? 一Sirva um refresco ao senhor Denton, ele parece sedento. Com licença.

Augustine viu o marido se afastar na companhia das duas mulheres e sentiu um arrepio frio percorrer o corpo ao ver os olhos de Topanga sobre ela. Pensou em chamar a criada, mas decidiu seguir as ordens de Armand. Ele ainda estava profundamente magoado e era melhor não criar mais problemas. Com um olhar rápido e uma decisão silenciosa, dirigiu-se à cozinha. Ela tirou uma jarra de cerâmica do armário, enchendo-a com água fresca, antes de adicionar algumas fatias de limão e um punhado de folhas de hortelã, pegou dois copos e retornou à sala.
Quando Augustine entrou novamente, Topanga ergueu o olhar e ela sorriu gentilmente, atravessando a sala e parando ao lado dele estendendo um dos copos para o homem.

一 Aqui, tome um pouco de refresco 一 disse com a voz suave. 一 É água fresca com hortelã e limão. Vai ajudar a acalmar os nervos.

Topanga hesitou por um breve momento, mas os olhos gentis de Augustine e o gesto de hospitalidade a convenceram. Ele aceitou o copo com um leve aceno de cabeça, murmurando um agradecimento silencioso. A loura sentou-se em uma cadeira próxima, segurando o próprio copo entre as mãos.

一Vocês são viajantes, não é? 一 perguntou tentando puxar conversa.

Topanga assentiu, tomando um gole do refresco.

一 Não, por opção, somos do Sul. New Achota das cinco nações civilizadas, talvez tenha ouvido falar.

一Acho que já ouvi meu sobrinho Edgar comentando sobre. Você é bem articulado para um... 一 ela hesitou por instantes.

一Um índio? 一 Ele completou a encarando com firmeza.

一 É ...  一 ela respondeu dando os ombros.

一 Somos homens como qualquer outro, eu estudei ciência política em Washington e bem, New Achota sempre presou pelo conhecimento, tinhamos duas escolas, um jornal, um centro médico, uma forte coperativa agrícola... Havia planos pra uma universidade... mas no fim mesmo depois de tudo pra os homens brancos somos apenas selvagens.

一Lamento.  一 Disse Augustine ouvindo os passos de Armand pelo corredor.

***

O calor ainda pairava no ar, embora osol estivesse ausente. Ichey e Cheveyo estavam vestidos com roupas simples, desgastadas pelo tempo e pelo esforço. As faixas de pano ao redor de suas cabeças ajudavam a proteger seus rostos do calor residual. A carroça, carregada com sacos e caixas, rangia a cada rotação das rodas, um som que se misturava ao sussurrar do vento quente.

一 Sabe que não nos mandaram nessa missão por conta de nossas habilidades, não é? 一 Remungou Ichey enquanto limpava o suor da testa antes de recolocar a faixa 一 Os Mandan estão há anos naquele vale, apenas uma entrada e uma saída. Eles podem nos ver chegando de longe. Teremos uma flecha atravessando a nossa cabeça antes de chegar ao pé da montanha, isso se o que está na carroça não nos matar, acha que a comida está envenenada?

一 Não seja burro, se fosse tão fácil assim matar nativos, não teria sobrado muitos de nós. 一 Cheveyo respondeu voltando o olhar a carroça que puxavam. 一 Talvez seja uma última tentativa de que os Mandan se rendam.一 falou e logo ambos se olharam e caíram em uma gargalhada. 一 Não sei se é veneno, mas um gesto de solidariedade, não é.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro