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Caminhos Tortuosos


Andrew caminhou lentamente em direção ao casarão Bennington enquanto sua mente era invadida por pensamentos nostálgicos, do tempo que Elena e ele dividiram a pequena casa dentro do forte. Por mais que fizesse um esforço todas as lembranças que permeiam sua mente eram dela, do rosto corado quando lhe deixava em frente ao portão, de como estava linda com a cabeça cravejada de pequenas flores no dia do casamento, das noites que se aqueceram junto a lareira ou do dia que o consolou pela morte do pequeno bastardo. Poderiam não ter vivido uma paixão avassaladora, mas era uma vida boa, que o fazia se arrepender amargamente do dia que deixou que ela colocasse os pés para fora do forte.

Respirou profundamente e limpou o suor do rosto antes de adentrar o casarão. Tudo ali era igual, as paredes de madeira escura, os quadros e homenagens presas as paredes, as bandeiras americanas penduradas com orgulho na lateral de cada porta. Porém nada era como antes, havia sido expulso de Bennington, desonrado depois de ameaçar seu general e se não fosse a estima que o General de Riverside tinha por ele, no mínimo teria passado bons anos na prisão por tal insolência.

Ao adentrar a sala de Krigher deparou-se com a silhueta do general em frente a janela. Os dois se encararam por instantes em silêncio até o general indicar-lhe a cadeira com a ponta do charuto.

一 Estou bem assim, peço perdão pela demora, mas deve imaginar que eu estava ocupado, tratando do funeral de minha família e tentando consolar minha pobre irmã.

一 Eu imaginei e quero que saiba que embora tenhamos as nossas desavenças de opiniões, estou solidarizado com sua dor. E lhe a seguro que o forte de Bennington já está tomando medidas para capturar esses assassinos. 一 Krigher falou apagando o charuto no cinzeiro.

一 Não fale como se não soubesse quem foi一 interrompeu Andrew 一 Lua Negra fez isso, ele e seu bando de assassinos e eu quero cada um daqueles filhos da puta pendurados em uma forca.

一 Sabe que Elena também fez parte disso, não é? Não é coincidência que isso tenha acontecido dias depois dela deixar a casa dos tios.一 O general falou pegando um bourbon servindo dois copos em seguida一 sente-se aí e beba comigo.

Andrew tomou o copo em mãos e engoliu a dose em um só gole se voltando a Krigher em seguida.

一 Elena perdeu o juízo, não há como julgar os atos de uma mulher insana.

一 Elena está lúcida, mais que você e talvez até mais do que aquele índio. Ele não fez isso pela criança, fez por ela, disso eu não tenho dúvidas. Mas enfim, estou aguardando os reforços do governo para coordenar um ataque ao vale. Por mais que a nação deles tenha diminuído consideravelmente no último inverno, eles abrigaram os Arikaras e acreditamos que ainda deva existir cerca de mil talvez mais índios enfiados lá dentro. Claro que a maior parte são mulheres, crianças e velhos, mas não podemos subestimar a força e capacidade de planejamento dos guerreiros dele. 一 Falou pegando um mapa e abrindo sobre a mesa. O vale lhes dá uma vantagem estratégica considerável, o relevo permite que eles percebam nossa chegada a milhas se distância e mesmo que não disponham de muitas armas e munição, as flechas e lanças são mais que suficientes para impedir que a maior parte do nosso contingente sequer consiga subir pelo desfiladeiro. Eles tem roças, peixes, alguma caca e muitos cavalos, levaria meses para que seus recursos ficassem escassos e fica difícil manter um exército em vigília durante o inverno.

一 Há um surto de varíola 一 disse Andrew levantando o olhar do mapa para o general que o encarou por instantes .一 Os índios são muito sensíveis a essas doenças. Em quentão de semanas uns quarenta por cento estarão doentes, 20 a 30 % não vai sobreviver aos próximos quinze dias. Não terão escolha a não ser a rendição. Não perderemos homens e nem vai ter que lidar com os defensores dos índios nos chamando de assassinos nos jornais da capital. 一 Completou o capitão e Krigher refletiu por instantes.

一 É uma doença perigosa até pra homens brancos, se eles começarem a sair do vale e espalhar isso será uma epidemia incontrolável.

一 Por isso o cerco será úlil, mas não vai precisar levar meses.

一 Tem de ser algo muito bem planejado e só deve envolver homens de extrema confiança. 一 Disse o general e Andrew assentou com a cabeça. 一 Bem vindo de volta capitão.

***

Os primeiros dias da viagem foram quase insuportáveis a Topanga e Elise. Náuseas e tonturas se apoderam dele, enquanto uma fraqueza debilitante o impedia de exercer qualquer função basica ou mesmo se alimentar. A febre era tão alta, que Elise passou noites inteiras em claro, temendo que o marido não despertasse pela manhã.

No entanto naquela manhã o indígena havia acordado com sinais de melhora, conseguiu beber um pouco de caldo e com ajuda da esposa e um dos negros levantou-se do carroção pela primeira vez em dias.

一 O que fez comigo? 一 Disse olhando a pradaria ao longe.

一 Não foi ideia minha, mas não culpo meu pai por isso.

一 Era minha decisão! Vocês tiraram de mim meu direito, me arrancaram da minha terra como se eu fosse uma criança de peito que nada sabe.

一 Você prometeu a ele que cuidaria de mim quando me tirou da casa dele. Você fez uma promessa Topanga! Ele só assegurou que ela fosse cumprida. 一falou vendo o marido balançar a cabeça negativamente 一Acha que eu gosto disso? Acha que eu queria deixar minha casa, minha família pra atravessar um país rumo ao desconhecido com um filho na barriga? Mais por mais assustador que isso seja, nas novas reservas tenho esperança de quem sabe ver nosso filho crescer e de trabalhar para construir um mundo novo pra ele, como nossos antepassados fizeram. 一 Falou se aproximando e tomando a mão do marido.一 Mas eu preciso de você, nós precisamos de você. 一Falou colocando a mão dele sobre o ventre já protuberante. 一Sentiu isso? 一 Perguntou vendo o marido dar um leve sorriso entre os lábios ressecados pela febre e logo tirar a mão bruscamente.

一 Você me traiu Elise. Cuidarei de você como prometi a seu pai e do meu filho, mas não lhe quero mais como esposa, não se deita com alguém que não pode confiar.

一Topanga... 一 ela disse com um suspiro tentando tocar em seu rosto.

一 Não... 一 ele falou segurando sua mão o pedindo seu toque. 一 Irei viajar no carroção com os negros 一 ele falou se afastando com dificuldade para andar.

Os dias seguiram de forma exaustiva, as dificuldades comuns a qualquer viagem longa eram potencializadas pelo calor escaldante, a poeira e o peso da barriga que parecia aumentar a cada dia para Elise. As carruagens de madeira rangiam ao ritmo cadenciado dos cavalos, levando mulheres, crianças e os pertences daqueles que haviam assinado o tratado com o governo e se retirado voluntariamente antes da remoção. Por mais que Elise considerasse uma decisão inteligente, afinal diferente daqueles que seriam expulsos e arrebanhados pela cavalaria, teriam algum conforto, receberiam uma indenização por suas terras, mas sabia que Topanga via todos ali como traidores, homens fracos de espírito guiados pela covardia e falta de lealdade com seu povo e ela não tinha ideia se um dia o coração dele a perdoaria.

Ouviu o som de tiros e levantou-se rapidamente do pequeno espaço que ocupava entre as tralhas da viagem e caminhou até a frente do carroção. Onde o negro que a guiava puxou as rédeas e aguardava com um semblante assustado algum vislumbre do que acontecia mais a frente. De repente, nuvens de poeira erguem-se no horizonte, revelando a chegada furtiva de bandidos montados em cavalos rápidos. O estrondo de tiros, retumbou pela imensa fileira de carroças e enquanto deixando seus tripulantes em pânico. Os homens, cobertos por lenços empoeirados, atacam com ferocidade, enquanto a pequena cavalaria formada por Cherokees e cheyennes tentava defender o resto do grupo. Elise correu o olhar por seus pertences tomando em mãos um rifle e armando seu cocheiro com outro. O grupo de saqueadores seguiu desorganizando a caravana, gritos, disparos, relincho de cavalos e carroças disparando em todas as direções deixavam tudo confuso. Em meio a confusão um estrondo ressoou ao lado de Elise e ela viu seu cocheiro tombar para o lado ferido.

一 Você vai ficar bem. 一 Elise disse colocando as mãos sobre o sangramento no meio do peito do homem enquanto tentava esconder-se com ele entre os bancos do carroção. Por mais que ela comprimisse o sangue continuava a jorrar por entre seus dedos até desistir ao ver o negro perder a consciência e qualquer sinal de vida. Tentou encaixar-se embaixo do banco, puxando o corpo pesado do homem sobre parte do seu, tentando controlar o choro. Por longos minutos sentiu o cheiro de fumaça, o medo fazia sei corpo tremer e naquela posição desconfortável sentia o filho mexer-se e chutar, até todo o barulho ir se esvaindo e restar apenas o choro desolado de algumas mulheres e os gritos desesperados de Topanga por seu nome.

一 Topanga! 一 Ela disse empurrando o corpo do homem e se levantando com dificuldade no carroção.

A cena que seus olhos contemplaram quase a fizeram perder os sentidos, meia dúzia de carroças em chamas, corpos estirados ao chão, pessoas feridas cambaleando de um lado para outro, embalados por choros infantis e o lamento estridente das mulheres.

一 Elise! Elise!一 Ouviu a voz do marido tirando -a daquele momento horrível. Ela o viu subir no carroção, verificar se o sangue na roupa de dela e finalmente a enredar num abraço apertado 一 Você está bem? Está ferida?

一 Não, não estou. Roy está morto. 一 Disse com a voz entrecortada.一 O que foi isso?

一 Ladrões. Elise olhe para mim, conseguimos controlar a situação, a maioria deles está morto, mais alguns escaparam, irei atrás deles com alguns homens.

一 Não ... Não vai...

一 Eles já viram o que temos, voltaram com reforços. Precisa se controlar e ajudar os feridos entendeu? 一 Ele disse e ela assentiu com a cabeça.

Quando Topanga retornou tudo já estava mais calmo, Elise junto a fogueira, ajudava a preparar um caldo quente para aquecer a todos enquanto covas rasas eram cavadas para enterrar seus mortos.

一Finalmente! 一 Ela disse vendo o marido se aproximar. 一 Está ferido? 一 Perguntou ao ver a camisa manchada de sangue.

一Não. Quantos perdemos?

一 Seis homens e duas mulheres. Há dois feridos que não sei se vão sobreviver, mas os outros ficaram bem em alguns dias. 一 Conseguiram encontra-los?

一 Eles não serão mais um problema, mas não pense que não haverá outros pelo caminho.

Topanga andou até a fogueira e tomou um pedaço de madeira flamejante subiu em seu carroção e começou a gritar chamando atenção de todos.

一 Hoje foi apenas uma amostra do que teremos no decorrer dessa longa viagem.. 一 ele bradou com toda a força dos pulmões.一 Saqueadores sabem de como New Achota era próspera e que viajamos com dinheiro e itens preciosos. Mas não só eles, teremos parte do verão um outono chuvoso e se não formos rápidos um inverno o qual como sulistas nunca provamos. Então se queremos que a maior parte das pessoas aqui chegue as novas terras, teremos de ser inteligentes e rápidos. Há famílias com mais de seis carroções, nunca chegaremos antes do inverno com tanto peso. Dois carroções por família como menor peso possível é tudo que vão levar, há uma cidade a algumas milhas poderão vender o que puderem e o que não couber em dois carroções fica pra traz.

一 Você não é mais o prefeito não pode nos dar ordens. 一 Retrucou um dos homens

一 Não eu não sou. New achota não existe mais e no momento não há como saber se fomos tudo que vai sobrar das cinco tribos civilizadas. Eu matei três homens hoje e vi mais de vinte morrer, isso é mais do que vi em toda a minha vida. No passado nossos povos cruzavam essas planícies e eles viveram assim por séculos, eu não tenho dúvidas que vamos conseguir chegar as reservas, mas não será como homens civilizados. Eu não estou dando ordens, estou tentando mantê-los vivos.

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