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Shot Girl


POV. Kelsey


BOM, BOM, BOM.


Acordei assustada com barulhos de tiros. Peguei um casaco e saí do meu quarto indo desesperada para ver o que estava acontecendo. Quando cheguei na sala, notei que todos estavam na parte de trás da casa, pois suas vozes estavam vindo de lá, e o barulho também.


Quando me aproximei e empurrei a porta de vidro, vi que todos eles estavam enfileirados um ao lado do outro com óculos e protetor de ouvido, enquanto atiravam contra um boneco.


— Tiro ao alvo. — gritei no meio do barulho, mas foi o suficiente para me notarem e pararem. — Como não pensei nisso antes? — revirei os olhos. — Vocês me assustaram, achei que a mansão estava sendo invadida.


Todos eles riram, até Caitlin que logo parou e ficou séria quando notou meu olhar fulminante.


— Relaxa, Jenner, é só tiro ao alvo, e já são quase oito da noite, depois vai ficar a madrugada toda acordada. — disse Justin, carregando sua arma com munição e voltando a atirar no pobre boneco.


Revirei os olhos e voltei para dentro, sabendo que Caitlin estava me seguindo logo atrás.


Assim que entrei no meu quarto, Caitlin entrou logo atrás fechando a porta.


— Pode desembuchando. — cruzou os braços e se apoiou na porta. — Para onde foram essa madrugada e o que fizeram?


— Do que você está falando? — perguntei tentando disfarçar, indo pegar minha toalha e alguma roupa para trocar. Sei que não adiantaria desconversar ou tentar enganá-la, Caitlin era esperta e muito observadora, logo ela iria sacar tudo.


— Não se faça de desentendida. Você e Justin, Kelsey, sei que está rolando algo.


Bufei e joguei minha toalha e minha roupa na cama.


— Ninguém pode saber, Caitlin, por favor.


Ela fez um gesto de estar fingindo trancar sua boca e jogando a chave fora.


— Então transando? — perguntou sendo curta e direta.


— Sim, só até esse trato idiota acabar.


— E porque chegaram nesse acordo?


— Ele queria se envolver com outras mulheres, mas não queria que eu me envolvesse com outros homens para não ser o "corno da relação", então essa foi a melhor opção que achamos. Sexo sem compromisso. — dei de ombros.


— E você acha que isso vai dar certo? — quis saber, arqueando sua sobrancelha.


— É só sexo, Caitlin. — dei risada. — Nada demais. — voltei a pegar minhas coisas que estavam na cama e indo em direção ao mini banheiro.


E é óbvio que a morena cor de rosa me seguiu até lá.


— Não se engane, Kelsey, pessoa frias costumam ser terrivelmente machucadas. — então ela saiu, me deixando sozinha com sua palavra final.


Fiquei tentando interpretar o que ela havia me dito. Eu não sou uma pessoa fria, como eu poderia ser terrivelmente machucada?


Então notei que não estávamos falando de mim, e sim, de Justin.

Assim que terminei de tomar banho e trocar de roupa, fui até a cozinha, já sentindo meu estômago roncar com o cheiro do jantar Jenna.


— Olá meu amor, eu já ia te acordar. — ela disse sorrindo, me fazendo sorrir.


— Olá Jenna, bom dia... quer dizer, boa noite?! — eu e ela rimos. — Foi mal, perdi a noção do tempo, cheguei de madrugada de viagem e acabei hibernando. 


— Eu sei, escutei quando chegaram, teve uma boa viagem? Fiquei tão preocupada. — logo ela pareceu incomodada, como se não deveria ter dito isso. — Quer dizer, não tenho que ficar preocupada, não é mesmo? — ela riu sem graça. — Vou colocar a mesa, já volto.


Assenti e observei enquanto Jenna se afastava, indo para a sala de jantar.


— Olha a dorminhoca. — a voz de Castiel me alegrou, me fazendo sorrir pra ele.


— Boa noite. — ele se aproximou e beijou minha testa.


— Boa noite. Dormiu bem?


— Muito bem, também dormi o dia todo, tivemos dia de folga.


— Olha que maravilha, não que isso não fosse de se esperar, já que a pessoa que você precisava proteger estava hibernando no quarto e não iria sair de lá nem tão cedo.


Ele riu.


— Bem pensado.


Logo Jenna voltou anunciando que o jantar estava na mesa. Castiel voltou para a área dos seguranças enquanto eu e os outros nos reunimos ao redor da mesa de jantar. Comemos um delicioso frango com farofa naquela noite, e da mesma forma rápida em que estivemos acordados por apenas duas horas naquele dia/noite, nós voltamos para os nossos quartos depois do jantar e caímos no sono.


+++ 


Estava me trocando depois do banho, assim que acordei, quando escrutei vozes. Já era quase meio dia, com certeza todos já estavam acordados a essa hora. Mas as vozes eram diferentes, fora que elas estavam alteradas e agitadas.


Troquei rapidamente de roupa e fui andando pela casa ao encontro das vozes. Estava vindo do escritório de Justin. Eu não deveria ir lá, eu sabia disso. Tirando a parte de que ele iria odiar me vendo entrar no seu escritório, as vozes alteradas me indicavam para eu manter uma distância daquela sala. Mas mais uma vez minha curiosidade falou mais alto, me fazendo girar a maçaneta da porta e dar de cada com um escritório vazio.


Cruzei o cenho e olhei ao redor. Não havia ninguém, mas as vozes estavam vindo daqui de dentro, isso eu tinha certeza, não estava louca, pelo menos não ainda.


Entrei no escritório lentamente, e quando olhei para o lado direito, atrás da grande mesa de reunião, vi a estante de livros aberta, revelando uma passagem com luzes no teto iluminando o caminho.


Eu sabia que ele não lia esses livros.


Fui andando naquela direção, e cada vez mais perto, maior o som ficava. Já havia notado que Justin estava torturando alguém, agora quem ou porque eu não fazia ideia.


Fui andando lentamente pelo corredor iluminado apenas pelas luzes no teto, pois tudo ali era preto. Piso, paredes, teto, tudo.


No final do corredor havia uma escada, onde na beirada havia luzes de neon sinalizando os degraus, iguais nos cinemas.


Fui descendo lentamente, até que cheguei em uma grande sala, vendo um homem sentado e amarrado, com Justin enchendo seu rosto de socos e mais socos. Olhei ao redor e estavam todos ali, Ryan, Chaz, Caitlin, Nolan, Chris... Todos estavam presentes, e todos eles estavam com algum objeto de tortura em mãos.


Me arrepiei ao ver sangue nos objetos, eles já haviam os usados no homem, e eram objetos como canivetes, tesouras de jardinagem, pregos, e muitos outros. Os braços, pés e mãos do homem estavam completamente ensanguentados.


— Já chega, estou farto de você. — então Justin sacou sua arma e atirou em sua cabeça, fazendo os miolos do homem voar para todos os lados, deixando o vermelho bem visível nas paredes e chão pretos.


Soltei um grito de horror, tampando minha boca logo depois. Todos olharam pra mim, inclusive seus olhos caramelados.


— O que você está fazendo aqui? Porra! — Justin gritou irritado. — Caitlin...


— Já sei, já sei, vou tirá-la daqui. — Caitlin disse vindo em minha direção, mas eu continuava olhando com horror para Justin.


Ela me arrastou para fora do escritório e me levou para o meu quarto, onde eu desabei em lágrimas.


— O que você achou que seria, Kelsey? — Caitlin brigava comigo. — Um mar de rosas, corações e arco-íris? Você sabia que aqui é o mundo real, então acorda, para de chorar e sai logo dessa, porque aquele cara lá que morreu não vale o pão que o diabo amassou.


Tentei controlar minhas lágrimas, respirando fundo e enxugando meu rosto.


— Não é nem por isso, mas não deixa de ser uma vida, ou pelo simples fato de isso ser horrível. Como ele consegue fazer isso sem sentir nada?


— É óbvio que ele sente Kelsey, mas é isso que ele é, ele não vai sentir pena de quem não sente pena dele, simples assim. Se aquele cara tivesse a oportunidade, ele estouraria os miolos de Justin sem pensar duas vezes.


Pensando por esse lado, ela estava certa.


— Agora já chega, enxuga essas lágrimas e pare de chorar, daqui a pouco ele vai vir aqui brigar com você. — então a porta se abriu, com Justin entrando. — E por falar no diabo... Estou indo. — ela saiu do quarto fechando a porta, deixando apenas eu e Justin.


— Eu sei que esse não era o seu mundo e você nunca quis participar dele, eu nunca iria obrigá-la á ver uma cena daquelas, e eu vou dizer apenas isso, não vou pedir desculpas nem nada, porque eu não mandei você entrar lá dentro, entrou porque é bisbilhoteira.


— Eu sei, nenhum de vocês me obrigariam a ver uma coisa dessa, eu vi porque eu procurei, eu entendo você. — respondi com uma voz fanhosa, ainda de choro.


— Só tenta esquecer, ok? Se faz você se sentir melhor, aquele cara já matou, estuprou, e estava tentando me roubar.


Deixei uma risada escapar.


— Isso não foi muito legal da parte dele.


Justin sorriu.


— Eu também acho que não.


POV. Justin


Confesso que não foi uma sensação agradável vê-la encolhida em sua cama aos prantos. Kelsey era tão magrinha, tão doce que era estranho vê-la daquele jeito. Não sei bem a palavra certa para descrever o que eu senti ao vê-la assim, eu só sei que estava aliviado por ela ter sorrido de novo.


Antes que eu pudesse falar algo, escutei três batidas na porta.


— Desculpe incomoda-los, mas tem visita para o senhor e para Kelsey também. — disse Jenna, com apenas sua cabeça para dentro do quarto.


Quem iria querer estar comigo e Kelsey ao mesmo tempo?


Olhei para Kelsey e ela entendeu o que eu queria dizer, que era para ela me acompanhar. Ela enxugou suas lágrimas e me acompanhou até o Hall de entrada onde nos deparamos com uma mulher que aparentava ter quarenta e poucos anos com uma roupa formal e uma pasta preta em mãos.


— Posso ajuda-la? — perguntei ao nos aproximar.


— Pode sim, sou Maria, e creio que o senhor seja o Sr.Bieber. — ela estendeu sua mão e eu a cumprimentei. — E você a Sra.Bieber. — ela também estendeu sua mão cumprimentando Kelsey. — Eu vim em mandado do juiz para dar uma olhada pela casa. Quero ver onde o casal mora, o quarto onde dormem, essas coisas. — deu de ombros.


Ela só podia estar de brincadeira com a nossa cara. Não tinha nada disso no contrato assinado por mim e Kelsey. Parker foi bem específico: "Ao lado de fora vocês devem aparentar ser um casal, ao lado de dentro podem ser vocês mesmos."


— E pra que isso? — perguntei, começando a perder o pouco da paciência que me restava.


— Vocês sabem que vigiamos por um ano os casamentos, até conseguirem ganhar o visto permanente. Kelsey quer ganhar a nacionalidade, muitos forjam casamento para conseguir isso, precisamos ter certeza de que não é um casamento forjado.


Bufei de raiva, mas antes que eu pudesse revidar, Kelsey se intrometeu.


— Tudo bem, pode dar uma olhada, não temos nada a esconder, não é, querido? — ela se aproximou colocando seus braços ao redor do meu pescoço.


— Sim, não temos nada a esconder, querida. — abri o sorriso mais falso-sincero que eu conseguia.


— Ok, então vamos lá. — Maria disse andando adiante.


Levamos ela na sala principal, depois na cozinha, depois subimos as escadas e eu me recusei a abrir todos os quartos para ela, pertencia aos caras e a Caitlin, ela não tinha que fuxicar tudo, só o necessário.


Quando chegamos ao meu quarto, fiquei puto por ter que deixar uma desconhecida entrar nele.


Odiava ter pessoas no meu quarto, é um lugar só meu, porra.


Kelsey aproveitou para fuxicar tudo, as fotos espalhadas pela mobília, a cama, toda a decoração do quarto que havia desenhos de grafites feitos por mim mesmo e modelos de skates na parede.


Então Maria entrou no meu closet e foi ai que a casa caiu.


— E onde estão as roupas de Kelsey? — ela nos olhou com um ponto de interrogação nos olhos. Kelsey olhou pra mim assustada e ao mesmo tempo tentando agir normalmente.


O que inventar nessas horas?


— Ela tem um Closet só dela. — falei rapidamente o que me veio na cabeça, fazendo Kelsey me fuzilar com os olhos. Eu sei perfeitamente o que ela estava tentando me dizer: "Seu idiota, ela vai te pedir para mostrar o Closet.", mas eu já sabia o que fazer.


— Então me mostre, por favor. — ela abriu um sorrisinho sarcasmo. Ela achou que havia ganhado.


Mal ela sabe que eu sempre ganho.

Conduzi ela para fora do quarto, andando pelo corredor, com ela e Kelsey me seguindo.


— O que vai fazer? — Kelsey sussurrou em meu ouvido. Não respondi, parei em frente de uma porta no segundo andar e a abri, revelando um antigo quarto de hospedes que Caitlin me infernizou para que eu deixasse ela fazer de Closet.


— Aqui está. — disse dando passagem para que ela entrasse no Closet, e assim ela fez, analisando as roupas luxuosas, extravagantes e rosas de Caitlin.

Kelsey pareceu aliviada, mas o alívio passou quando Caitlin apareceu na porta do Closet.


— O que vocês estão fazendo no meu...


— Caitlin, amiga, que bom que está aqui, nem me informaram que havia chegado, está com fome? Eu também, vamos lá. — Kelsey dizia tudo rapidamente antes de puxar Caitlin pelo braço e tirá-la dali.


Olhei para Maria e dei de ombros. 


— Mulheres...


POV. Kelsey


— Será que você pode me dizer o que está acontecendo? Se você estava naquele quarto pra querer fazer ele de seu, pode tirando seu cavalinho da chuva, é meu Closet, tem outros milhares de quartos na casa que você pode...


— Cala a boca Caitlin e me escuta. — ela finalmente parou de falar e prestou atenção. — Ela é uma das olheiras, veio aqui para ver se eu e Justin éramos mesmo um casal.


— Ok, e onde meu Closet entra nisso?


— Justin mostrou seu quarto sendo como nosso, mas no Closet dele só tinha as roupas dele, então ele inventou uma desculpa dizendo que eu tinha um Closet separado, então... Ai, não preciso terminar, você já entendeu, né? — perguntei entediada, fazendo Caitlin rir.


— Sim, já entendi.


— Ótimo, me poupou de uma longa explicação.


Logo vi Justin descendo as escadas e se despedindo de Maria, que saiu logo depois pela porta da frente. Justin viu eu e Caitlin perto da cozinha e veio até nós.


— Tudo resolvido.


— Ela acreditou? — perguntei.


— Aparentemente, sim. — deu de ombro. — Chame os caras e me encontre em menos de vinte minutos no escritório. — Justin disse a Caitlin e depois foi em direção ao mesmo, fechando a porta.


— Vou ir lá, trabalho me chama. — resmungou, indo atrás dos garotos.


POV. Justin


— Quero roubar um banco. — falei assim que todos entraram no escritório, sem nem dar um bom dia. — Estou sentindo falta da adrenalina, sei lá, faz quantos meses que não assaltamos um banco?


— Seis meses. — disse Christian, e eu não duvidei, ele sempre sabia de tudo.


— Já está na hora de botar o terror de novo.


— Ainda nem chegamos perto de acabar com toda a grana que roubamos no outro banco, vamos assaltar outro de novo? — perguntou Caitlin.


— E essa é a graça, acumular dinheiro.


— Ok, e onde vamos assaltar dessa vez? — perguntou Chaz.


— Eu estava pensando em algo grande, que nunca fizemos antes.


— Já fico com medo quando fala assim, sei que vai ter trabalho pra mim. — murmurou Christian.


— Ainda bem que você sabe. — falei, e então mudei de posição na minha poltrona. — Estava pensando em assaltar um banco em Manhattan.


— Nova Iorque, Manhattan? Você quer ser pego pela polícia? Por que eu não estou nem um pouco afim. — disse Ryan, me fazendo revirar os olhos.


— Sei que é ruim assaltar um banco em Manhattan, todos os dias aquela cidade é uma loucura.


— Fora que não tem lugar para estacionar, nem em frente aos bancos e muito menos em alguns quarteirões ali perto. Todas as ruas ficam fechadas de carros, como iremos escapar? — perguntou Nolan.


— Vocês podem calar a porra da boca e me deixar explicar? — eles bufaram mas assentiram. — Eu já pensei em tudo. Diferente de como fazemos aqui, vamos assaltar o banco de manhã, perto das dez horas. — eles cruzaram o cenho, mas como não disseram nada, eu prossegui. — Todas as quartas e domingos as dez da manhã o lixeiro vem recolhendo o lixo, então todas as ruas do lado esquerdo devem estar livres para o caminhão.


— Então seria a hora perfeita para estacionar o carro perto do banco, assaltar, voltar para o carro e sair pela pista vazia. — finalizou Christian. Seu cérebro brilhante já havia entendido.


Sorri satisfeito e ele sorriu de volta.


— É uma ideia genial. — concordou Christian olhando para os outros — Isso realmente pode dar certo.


— Se estão dizendo que vai dar certo e que não tem como a gente ir pra cadeia, eu estou dentro. — disse Caitlin dando de ombros.


— Acho melhor fazermos uma simulação. — sugeriu Nolan, e eu também concordava.


— Vamos ter toda a preparação pra isso. Um plano bem calculado, simulação, tudo que for necessário para não termos dor de cabeça depois. — indagou Christian.


— E quando vai ser esse roubo? — perguntou Chaz.


— Em menos de um mês.


POV. Kelsey


Eu estava faminta, mas odiava ter que comer sozinha. Jenna havia preparado uma ótima refeição, mas eu não estava afim de comer sozinha. Peguei meu aparelho que Castiel havia me dado e o apertei. Em segundos ele apareceu correndo, vindo em minha direção.


— O que houve? Você está bem? — ele dizia rápido e ofegante.


— Estou bem, desculpe se o preocupei, é que todos estão no escritório a trabalho e não quero almoçar sozinha.


Ele riu.


— Desperdicei minha corrida atoa?


Bati levemente em seu braço.


— É sério, almoça comigo?


— Não posso comer aqui, lembra? E nem pense em comer lá, só tem um monte de marmanjo. — completou quando eu pensei em abrir a boca para pedir para almoçar com ele na área dos seguranças.


— Então vamos sair, vamos comer fora. — falei, me levantando da cadeira e indo em direção ao meu quarto, com Castiel vindo atrás.


— Mas se o Bieber não gostar?


— Ele está em reunião, não deve sair de lá nem tão cedo, convocou Caitlin e os garotos agora pouco.


Ele pareceu ainda receoso quanto a isso, mas deu de ombros e esperou eu terminar de me arrumar e pegar a minha bolsa.


Logo estávamos a toda velocidade em sua moto. Estava com meus braços ao redor de sua cintura enquanto meus cabelos voavam com o vento. O tempo hoje estava agradável no Canadá, nem quente e nem frio demais.


Chegamos em um restaurante francês e pedimos Salmão Poché.


— E como você está? — Castiel me perguntou assim que o garçom se afastou para fazer o nosso pedido.


— Como assim, "como eu estou"? — dei uma risadinha não entendo sua pergunta.


— Como você está, com tudo isso, foi tanta coisa nessas últimas semanas.


— Estou há um mês aqui e já parece ser tanto tempo...


— Eu acho que você já está conseguindo se enturmar.


Eu nem havia parado para pensar nisso mas até que fazia sentido. Eu não estava mais sentindo aquela saudade de casa, quer dizer, óbvio que eu sentia, da minha mãe e de tudo como era antes, mas agora eu estava conseguindo lidar melhor com essa ausência.


Ele estava certo, eu estava conseguindo conquistar o meu espaço em um lugar diferente.


Nosso almoço chegou e nos deliciamos com o maravilhoso salmão e de sobremesa comemos o típico Petit Gâteau. Saímos do restaurante e subi direto na garupa da moto de Castiel, colocando o capacete. Ele corria a toda velocidade pela estrada, e então seguiu um rumo diferente a mansão de Justin.


— Para onde vamos? — gritei entre o vento para que ele pudesse me ouvir.


— Não vamos, é essa a intenção. 


Cruzei o cenho e já estava começando a achar que Castiel havia enlouquecido de vez.


— O que está dizendo?


— Estou dizendo que vamos seguir sem rumo. Agora aperte firme sua perna em volta do meu corpo e se levante, ficando em pé.


— O que? — olhei pra ele espantada. Ele endoidou de vez.


— Faça o que eu disse — então ele virou um pouco o seu corpo e encarou os meus olhos. — Confie em mim.


Fiquei um tempo ainda olhando para ele e assimilando aquela situação. Esperava não me arrepender disso mais tarde. Fiz o eu ele disse, segurei em seu ombro e peguei impulso para me levantar, então fechei minhas pernas bem firmes em volta dele.


— Agora abra seus braços. — disse ele, e antes que eu pudesse questionar alguma coisa, ele continuou. — Confie em mim.


Respirei fundo e abri meus braços. Quando dei por mim, estávamos em uma estrada "deserta", não havia nada ao nosso redor, apenas grama, uma estrada de terra e morros ao redor. Olhei para frente e respirei fundo, sentindo o vento bater em meu rosto com meus cabelos voando agressivamente.


— Agora bata os seus braços. — ele disse e dessa vez eu nem pensei em questionar, fiz o que ele mandou. Comecei a bater os meus braços, bem lentamente, pra cima e para baixo, como se estivesse voando.


A sensação era maravilhosa.


Sensação de liberdade.


— Porque estou fazendo isso? — perguntei.


— Lembra quando você veio para cá e se sentia presa e tudo o que você queria era ser livre? Então, finja que é um pássaro, agora você está livre, Kelsey.


+++


Quando cheguei na mansão estava com um sorriso de orelha a orelha. Havia adorado a tarde que passara com Castiel.


— Devemos repetir isso mais vezes. — disse assim que desci da moto e entreguei o capacete para Castiel.


— Irei cobrar. — ele disse sorrindo, me fazendo sorrir também.


— Kelsey! — escutei uma voz grave e irritada de dentro da mansão. — Kelsey! — Justin pareceu na porta de entrada da mansão, me olhando irritado. — Onde esteve?


— Pra que isso tudo? Só fui almoçar com Castiel. — ele encarou Castiel por um tempo e depois voltou a me olhar.


— Eu já disse que se for sair da mansão, precisa me avisar. Que isso não aconteça de novo.


— Sim, senhor. — falei fazendo continência, igual um militar. Castiel segurou os risos, deixando Justin mais puto.


Mas assim que ele abriu a boca para revidar, escutamos barulhos de pneus derrapando no asfalto. Olhei para trás em direção as grades que cercavam a mansão e vi várias SUV's se aproximando rapidamente, então as janelas se abriram e vários homens encapuzados começaram a atirar.


— Pro chão! — gritou Justin se jogando no mesmo. Eu e Castiel fizemos a mesma coisa, então os carros passaram em alta velocidade em frente a mansão atirando para todos os lados, quebrando janelas, vasos de plantas e qualquer outra coisa que estivesse na frente.


Um deles jogou um objeto para dentro do jardim, e logo desapareceu na outra rua junto com os outros carros.


— Filhos da puta! — Justin gritou na direção que os carros haviam fugido.


Observei enquanto Justin se levantava do chão e ia em direção ao pequeno objeto no chão. Ele se aproximou com cautela, depois de ver que tudo estava seguro, abaixou e pegou o objeto do chão.


Era uma pedra com um pedaço de papel em volta. Justin pegou o papel e leu o que havia escrito, logo depois jogou a pedra do outro lado do jardim, puto da vida.


— Eu vou acabar com você, seu filho da puta. — ele gritou de novo na direção onde os carros haviam fugido. O que for que seja que estivesse escrito naquele papel, Justin não havia ficado nada contente com a notícia.


Mas antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, comecei a sentir uma queimação em direção a minha costela. Estiquei meu braço e senti uma dor torturante, logo minha mão estava coberta de sangue e uma mancha vermelha se formava em minha blusa.

  

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