Playing Dirty
Horas antes.
POV. Justin
Não ia esquentar minha cabeça com Parker. Pelo menos não hoje. Tinha uma festa em poucas horas, e eu só queria beber, me drogar, e me divertir.
Coloquei apenas uma calça, ficando sem camisa.
"O que é bonito é pra se mostrar", esse ditado é mais do que certo.
Sei que eu e Kelsey tínhamos um combinado, mas nem quando tive um namoro com Caitlin anos atrás eu fui fiel, porque seria agora? E justo com Kelsey, uma garota mimada que me irrita ao extremo e não tem porra nenhuma comigo.
Tava pouco me fodendo pra ela.
Depois de arrepiar meu cabelo como eu queria, e colocar as correntes de ouro no pescoço, sai do meu quarto, indo pra festa. Já era quase meia noite e a casa já estava ficando cheia.
Como eu sempre digo, toda festa pequena sempre acaba ficando grande. Eu sempre sou exagerado e exijo ter as melhores festas.
Quando desci as escadas, olhei para algumas putas passando em volta. Elas me olhavam a abriam um sorriso malicioso, no qual eu correspondi, mordendo meu lábio inferior.
Queria comer várias putas hoje.
Essa frescura de Kelsey de me fazer esperar não era pra mim. O pior, é que quanto mais eu tentava me satisfazer com alguma mulher, era dela que eu tinha vontade.
Kelsey me deixou louco naquela noite em que a vi se tocando. Senti aquela necessidade de dar prazer a ela. E agora, enquanto eu não fizer isso, vou ficar com isso na cabeça.
Encontrei Caitlin e os caras perto de uma mesa, onde tinha um narguilé. Todos eles estavam fumando ali em volta, e com alguma bebida em seus copos.
— O rei chegou. — disse Chaz abrindo seus braços. — Está gostando da festa vossa majestade?
— Chaz fica gay bêbado e drogado, está comprovado. — falei fazendo todos rir.
— Temos que animar mais isso. Vamos fazer alguma brincadeira, só entre nós? — sugeriu Caitlin.
— Que tipo de brincadeira? — falei com tédio olhando em volta, não gostava desses joguinhos ou coisas bobas que rolam em algumas festas.
— Como sei que gostam de uma boa putaria — eu e os caras abrimos um sorriso malicioso — Estava pensando em Sete minutos no céu, o que acham?
— Como é isso? — Nolan perguntou, eu não precisei prestar atenção, eu sabia como funcionava.
Isso sim era uma boa brincadeira.
— Opa, gostei dessa parada ai. Quem vai primeiro? — Nolan olhou para todos nós.
— Eu — levantei minha mão — E acho bom escolher uma puta de uma gostosa.
POV. Kelsey
— Você sabia disso né seu idiota? — dei um tapa em seu ombro.
— Não, eu estou tão surpreso quanto você. — Justin disse em sua defesa.
— É um mentiroso. — rosnei com raiva.
— Acabou o tempo. — Chaz abriu a porta, com um sorriso no rosto e se assustou ao ver as luzes acesas e eu e Justin nos encarando. — Então vocês já descobriram? — ele riu.
— Não achei isso engraçado, Chaz. — saí bufando do pequeno armário. — E como você podê deixar fazerem isso? — perguntei para Caitlin que estava logo atrás dele.
— Eu tentei te impedir, mas você não me ouviu.
— Poderia ter feito qualquer sinal.
— Não bote a culpa nela, não deixamos que ela falasse nada, e ela tentou mesmo dizer alguma coisa. — defendeu Nolan.
— Para de drama, Kelsey, não é como se nós dois não já tivéssemos feito isso antes. — disse Justin fazendo eu o encarar furiosa.
— O que? — os garotos e Caitlin gritaram, depois caíram na gargalhada.
— Eu aqui me sentindo culpada e vocês já tinham se pegado? Qual é?! — Caitlin disse bebericando sua bebida.
— Dessa a gente não sabia — disse Ryan — Então vocês já conheciam o território? — falou fazendo piadinha.
— Vai se foder, Ryan. — passei por ele me afastando.
— Kelsey, espera... — Caitlin me gritou, mas eu não dei atenção, entrei no meio da multidão e desapareci.
Estava com raiva e envergonhada.
Com raiva pelo fato de terem zoado com a minha cara. Com vergonha por ter deixado Justin me tocar daquele jeito.
Tudo bem que falta pouco pro meu prazo acabar e eu vou pra cama com ele, onde vamos fazer coisas piores, mas isso só vai acontecer quando formos transar, apenas. Não vamos ficar como namoradinhos, se beijando por ai. Vai ser só sexo e pronto.
Mas acabei ficando no maior amasso com ele. Não que eu não já tivesse o beijado antes, mas aqueles beijinhos no Havaí não contaram, não chegaram nem aos pés do que aconteceu aqui.
E o pior disso tudo é que eu gostei. Eu gostei muito.
Fui para o mesmo local que estava antes e encontrei Castiel olhando para todos os lados me procurando. Tadinho.
— Me desculpa. — falei quando me aproximei — Caitlin me chamou e tive que sair daqui.
— Tudo bem, sem problemas. — ele me entregou um copo com alguma bebida.
— Vodca com energético, gosta? — gritou no meu ouvido, devido ao som alto.
— Gosto sim, obrigada. — beberiquei um pouco. — Gosta de dançar?
— Eu arisco, não que eu seja bom. — ele riu.
— Então vamos dançar um pouco. — o puxei pela mão, o conduzindo ao centro da pista de dança.
Ficamos balançando no ritmo da música. Uma batida não tão rápida, mas também não era lenta. Ousei mais na dança envolvendo meus braços ao redor do seu pescoço e rebolando. Ele ficou um pouco rígido, mas segurou em minha cintura e fazia os mesmo movimentos que os meus.
Então senti uma mão apertando minha cintura com força, não pertencia a Castiel.
Olhei para trás, encontrando Justin, ainda sem blusa, com várias correntes de ouro no pescoço, e agora usava uns óculos escuros.
— Temos que ficar juntos, já que é minha adorável esposa — podia sentir o sarcasmo em suas palavras. — E estar se esfregando com outro homem, ainda por cima seu segurança, não pega bem, Kelsey. — abriu um sorriso irônico.
Bufei.
— Ele está certo, Kelsey. Me desculpe senhor Bieber. Com licença. — Castiel se afastou.
— Qual é seu problema? — perguntei furiosa, cruzando meus braços.
— Você estragou meu prazer naquele dia na praia, quando tacou um suco em mim, e eu estraguei o seu. — ele sorriu — Mas seu nível está sendo bem mais baixo, Kelsey. — ele se aproximou, colando seu corpo no meu e fingindo me puxar para uma dança. — Justo um segurança de merda? — ele riu pelo nariz — Achei que a patricinha de Los Angeles fosse mais que isso.
— Você não sabe nada sobre mim. — falei entre dentes.
— Sei o suficiente pra saber que você vai ser esperta e vai respeitar o papai aqui. Você tava de agarração com ele na frente de todos, esqueceu que é a esposa do Bieber?
Revirei os olhos.
— Grande merda.
Ele segurou forte meu braço, me machucando.
— Se liga garota, aqui a realidade é outra. — então me soltou, me fazendo acariciar meus braços onde ele havia apertado. — E você me surpreendeu no armário, tenho que admitir.
— Eu não sabia que era você, se não nunca teria o deixado me tocar daquele jeito.
— A questão nem é essa, é que você se comportou como uma verdadeira putinha e fica de fogo no cu em fazer logo o nosso combinado.
— O prazo ainda não acabou. Ainda tenho Dois dias.
Justin olhou em seu relógio e sorriu.
— Meia noite, lindinha. Agora só tem Um dia.
POV. Justin
Isso nunca aconteceu antes, mas estava contando as horas para esse prazo idiota da Kelsey acabar.
Depois dos amassos que nós dois demos tudo ficou mais provocante. Eu estava ansiando por esse momento, e enquanto ele não acontecesse], iria ficar com essa obsessão.
Pelo menos o que eu esperava era que tudo voltasse ao normal depois de finalmente conseguir o que eu quero.
Nunca fui de ficar transando sempre com a mesma mulher, até com Caitlin foi assim. Enjoei e tive que trocar.
E essa era uma parte do trato que Kelsey não sabia.
Com Kelsey seria a mesma coisa, ela só não precisava saber que eu não ia seguir muito bem o nosso combinado. Contando que ela siga o dela.
— Vamos dar uma volta por ai. — falei a conduzindo entre a multidão.
Meus amigos Za e Khalil apareceram, vindo em minha direção.
— Eles são meus amigos, me fornecem drogas e armas. Finja ser uma ótima esposa. — apertei firme seu braço, dando meu aviso final.
— Fala ai, Bieber. — Za me cumprimentou, depois Khalil — E essa é a famosa Kelsey, não é? — ele a olhou e sorriu.
— Sim, essa é minha esposa, Kelsey.
— É um prazer em conhecê-los. — ela abriu um sorriso, mas eu sabia que era falso.
— É um prazer conhecer uma beldade como você. — Za pegou sua mão e a beijou, me fazendo revirar os olhos.
Ele nunca perdia tempo, nem sabendo que ela é minha esposa.
— Digo o mesmo. — Khalil também a cumprimentou.
— Fico contente por terem vindo, eu iria mesmo entrar em contato. — falei tirando a Kelsey do foco.
— Precisando de drogas ou armas? — perguntou Za.
— Só de armas. — falei olhando para Khalil, ele era responsável pela venda de armas — Quero comprar algumas novas.
— Tudo bem, é só entrar em contato que trago tudo de primeira geração.
— Perfeito! — disse sorrindo.
— Justin, vou vê se encontro Caitlin. — Kelsey gritou em meu ouvido, para que eu pudesse ouvir.
— Pensei que estivesse puta com ela.
— E estou, mas preciso falar com ela.
— Tudo bem, vai lá.
Ela virou e saiu apressadamente. Olhei pro lado e vi uma gostosa do outro lado, olhando pra mim e sorrindo. Então ela fez um sinal com o dedo, me chamando.
Sorri e olhei para Za e Khalil.
— Hora da diversão.
POV. Kelsey
Só inventei uma desculpa esfarrapada para Justin me deixar em paz, porque estava ainda puta da vida com Caitlin.
Andei pela mansão tentando encontrar Castiel, mas não o achava em lugar nenhum. Também não avistei Caitlin e nem os garotos. Apenas rosto desconhecidos e estranhos.
Alguns homens viam de gracinhas, me puxando pela cintura, mas logo me livrava de seus braços e saia correndo.
Desisti de procurar e peguei mais vodca, dessa vez pura, com muito gelo, e subi as escadas indo pro segundo andar. Tinha algumas pessoas ali, mas não muitas.
Fui até o final do corredor e sentei no chão, encostando minhas costas na parede.
Fiquei apenas bebendo e olhando algumas pessoas que passavam e iam pra algum quarto vazio.
Nunca tinha me sentido tão sozinha como estava naquele momento.
Então vi Christian passando, ele tava indo em direção ao seu quarto mas parou quando me viu. Olhei para ele e ele olhou para mim, depois olhou para trás, pra vê se via alguém, então voltou a me olhar.
Entre todos dessa casa, ele foi o único que nunca falou comigo, e eu realmente não sei o por que.
Ele então começou a andar até mim e se sentou ao meu lado.
— Está tudo bem? — perguntou, então me olhou, esperando alguma resposta.
— Porque se importaria? Nunca nem falou comigo.
Escutei ele suspirar.
— Desculpe, não queria parecer grosso.
— Você não foi grosso, só foi mal educado.
Ele riu pelo nariz.
— Vou aproveitar que está bêbada e te contar.
— Eu não estou bêbada, é apenas meu terceiro copo de Vodca.
— Já ta chegando lá. Mais dois ou três copos você já ta doidoda. — eu e ele rimos.
— Mas pode falar. — eu falava sem olhar pra ele, apenas olhando pra parede na minha frente e bebericando minha bebida.
— É que quando você entrou naquele dia no Demon, eu achei você super atraente. — agora eu olhei pra ele, prestando mais atenção. — Achei você maior gata. Mas vi que estava entrando com o Bieber, então notei que você era a Kelsey que ele tinha nos falado.
— E o que isso tem haver de você não ter falado comigo e ter sido mal educado?
Ele riu.
— Você é sempre direta assim?
— Só quando estou bêbada. — levantei meu copo, e eu e ele rimos.
Ainda não estava bêbada de tudo, mas já estava sentindo as coisas ficarem estranhas, ainda mais depois de ter dançado, parece que fez o álcool subir á cabeça.
— Continuando... Eu achei que te ignorando ajudaria a tirar essa quedinha idiota.
— E resolveu? – olhei pra ele.
— Resolveu.
— Mas ainda não entendi. Você sabe que é casamento de fachada.
— Mas sei como o Bieber é. — ele disse se levantando — Ele é obsessivo até com as coisas que não pertencem á ele.
+++
No outro dia, acordei sentindo uma leve dor de cabeça.
Fiquei o resto da noite sozinha, bebendo, e depois vim para o meu quarto e capotei na cama. Não vi Caitlin, Justin, os garotos ou Castiel. Acho que todos seguiram seus rumos durante a madrugada.
Tomei um banho e troquei de roupa, fui para cozinha atrás de Jenna, precisava de um remédio para essa dor de cabeça.
Jenna não estava na cozinha, mais Caitlin estava, e eu ainda estava puta com ela.
— Ainda está bolada comigo? — perguntou erguendo os ombros, ficando na defensiva caso eu resolvesse atacar.
— O que acha? — disse irônica, indo até a geladeira e pegando uma garrafa de suco de laranja.
— Me desculpa, ta? Eu tentei te impedir, eu juro. Sei que eu deveria ter feito mais alguma coisa, e vai, não é também como se não tivesse gostado. — olhei para ela e depois começamos a rir. — Eu sabia, não tem como não gostar. — ela riu.
— É que, nossa, fomos longe demais, sabe? Realmente nos pegamos ontem.
— Mas ele havia dito que vocês já fizeram isso antes.
— Foi apenas uns beijinhos no Havaí, não chegou nem aos pés do que fizemos ontem.
— E o que foi que vocês fizeram ontem? — ela arqueou as sobrancelhas, com um sorrisinho no rosto, visivelmente curiosa.
— Nada demais, apenas uns bons amassos.
— Adoro bons amassos. — ela disse me fazendo rir.
— Onde está Justin e os outros? Essa casa está em um silêncio.
— Já saíram, parecia que tinham alguma coisa para resolver.
— Acordaram de manhã depois da festa de ontem? E sem almoço?
— Kelsey, já passou das Duas da tarde.
— O que? — arregalei meus olhos, fazendo Caitlin rir.
— Você foi a última a acordar. Jenna separou um prato pra você, está no microondas.
— Preciso de um remédio pra dor de cabeça também.
— Isso posso providenciar. — ela disse se levantando e abrindo uma gaveta da cozinha.
— E para onde eles foram?
— Não me falaram. Apenas resolver negócios matinais.
POV. Justin
Chutei uma pedra que estava em meu caminho quando estava indo para a casa de Ethan. Se você tem família e não tem grana pra pagar uma agiota como eu, então não pegue dinheiro com um.
Esse foi o grande erro de Ethan.
No dia em que ele esteve em minha mansão o espanquei até quase ficar inconsciente. Agora estou aqui em frente da sua casa para pegar seus documentos como eu havia dito da primeira vez.
Toquei a campainha e uma garota lindinha que aparentava ter doze ou treze anos atendeu.
— Olá, princesa. — abri um sorriso galanteador — Seu papai está?
— Está sim, vou chamar...
— Não, eu vou entrar, quero fazer uma surpresa. — abri mais o portão da casa e adentrei, com Ryan, Chaz, Nolan e Christian vindo logo atrás.
Entrei na casa sem cerimônias, com a menina vindo desesperada atrás.
— Vem cá, lindinha, qual seu nome? — perguntei puxando ela pra perto, colocando minha mão em seu ombro. Ela ficou visivelmente rígida, mas manteve a compostura.
— Elisa. — disse com a voz um pouco trêmula, acho que ela não estava acostumada com isso.
— Não está acostumada com rapazes como eu, Elisa? — abri um sorriso olhando o corpo dela. Quando ela tiver uns dezoito anos vai ser maior gostosa. — É melhor ir se acostumando, muitos caras vão ficar atrás de você.
Ela sorriu sem graça e colocou uma mexa de seus cabelos castanhos atrás da orelha.
— Quantos anos você tem?
— Treze. — respondeu com uma voz inocente.
Essas são as melhores.
— E já ficou menstruada, lindinha?
— Justin! — Christian me repreendeu, achando aquilo tudo ridículo.
— Elisa, quem era... — Ethan parou de falar assim que me viu com minha mão no ombro de Elisa, provavelmente sua filha.
— Não me disse que tinha uma filha adorável, Ethan. — sorri.
Ele enrijeceu.
— Deve ser porque isso não te interessa. Venha para cá, Elisa. — ele a chamou e a garota obedeceu, ficando perto do pai. — Creio que veio buscar meus documentos e o número da minha conta. — ele trincou o maxilar. Não adiantou da ultima vez quando ele me desafiou. Além de ter levado porrada na cara, continuou sem seus documentos.
— Parece que você não é tão burro assim.
Ele se afastou com Elisa junto, não desgrudou da garota nem por um momento se quer, e depois voltou com vários documentos em suas mãos.
— Está aqui. — ele me entregou — Quando eu te pagar você vai me devolver tudo, não é?
— É claro que sim, porque iria ficar com essas merdas? Pague o que me deve e terá tudo seu de volta. — me virei para sair, mas parei e olhei para Elisa — Foi um prazer em conhecê-la. — voltei a olhar para Ethan — Pague logo o que me deve. Dou mais três meses, nada mais que isso. Se não pagar, tem outra coisa nessa casa que eu poderia pegar. — disse olhando para Elisa, com um sorriso malicioso.
Ethan fechou suas mãos em punho, trincando o maxilar.
Eu amava jogar sujo.
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