Paranoid
Jenna me ajudou a arrumar todas as minhas coisas no Closet de Justin. Eu ainda não conseguia entender o porquê dessa mudança repentina, até Jenna ficou com um ponto de interrogação quando eu pedi para ela me ajudar a guardar as minhas coisas no Closet de Justin, mas fiquei aliviada por ela não ter perguntado nada, pois eu também não saberia responder.
A única coisa que eu sabia responder é que agora eu e Justin dividíamos o mesmo quarto, igual realmente a um casal.
Só tirando a parte de sermos um casal, coisa que não somos.
Entrei em seu banheiro assim que Jenna terminou de me ajudar e saiu do quarto, me deixando sozinha para explorar tudo.
O banheiro era todo claro de pedra mármore com detalhes em ouro. Com certeza era cinco vezes maior que o meu antigo quartinho de empregada.
Liguei a banheira e jogueis sais, fazendo espuma e deixando um cheiro agradável no ar.
Entrei na banheira e tomei um delicioso e relaxante banho. Foi o banho mais agradável que eu tive nessa mansão.
Desci as escadas para tomar um copo de suco, era a única coisa que iria conseguir ingerir agora de manhã. Chris, Chaz e Ryan estavam na cozinha com cara de sono e mostrando visivelmente que estavam de ressaca, assim como eu.
— Bom dia. — falei, todos eles me olharam sem empolgação, e não precisaram dizer nada, eu já havia entendido que não era um bom dia.
— Caralho, eu estou muito mal. — resmungou Chaz.
— Nunca mais vou beber na minha vida. — disse Ryan. Todos nós encaramos ele e depois caímos na gargalhada. — Eu sei, eu sei, mas posso reclamar da ressaca em paz? — disse rindo, vendo a nossa reação.
— Tomei uma aspirina antes de arrumar as minhas coisas no Closet de Justin, ai tomei um banho relaxante e melhorou um pouco o mal estar. — falei me sentando junto com eles a redor da mesa.
— Espera ai, arrumando suas coisas no Closet de Justin? — Chaz perguntou com um sorrisinho malicioso.
Puta merda, acabei falando demais, mas se eu iria agora dormir no quarto de Justin, todos iriam saber, e ver.
— É...
— Ela vai passar a dormir no meu quarto agora, algum problema? — Justin me interrompeu entrando na cozinha e indo até a geladeira, pegando um iogurte. Parece que eu não era a única pessoa aqui que não estava muito bem para comer algo pesado.
— Nada. — ele respondeu segurando uma risadinha.
— Nada. — disse Ryan, com um sorrisinho no rosto.
— Nada. — completou Chris, dando de ombros e segurando o riso.
Justin revirou os olhos e foi para o escritório. Me levantei e fui até ele, entrando no escritório logo depois dele.
— Não é só porque está dormindo no meu quarto que você vai ter total liberdade para fazer o que quiser. Meu escritório continua sendo restrito.
— Eu só tenho uma dúvida. — disse caminhando para perto de sua mesa, ficando de frente para ele que já estava sentado em sua poltrona de couro. — Porque mudou de ideia?
Ele suspirou e colocou o iogurte em cima da mesa, me fitando.
— Quando eu trouxe você pra cá ontem à noite, eu levei você até o seu quarto... — fez uma pausa e então prosseguiu. — Você não parava quieta um segundo sequer, então eu tive que deitar com você. — arqueei minha sobrancelha, não esperando isso dele e nem me lembrando de isso ter acontecido. — Mas estava sendo insuportável tentar dormir naquele quarto, era desconfortável e abafado. Então peguei você no colo e a trouxe pro meu quarto, e decidi que dormiria lá, de agora em diante.
— E porque não em outro quarto?
— Não sei, Kelsey, para de me fazer perguntas que eu não sei responder. Agora saia, tenho coisas para resolver.
Bufei e saí do escritório, batendo a porta com força de propósito. Fui em direção as escadas para ir até o quarto de Caitlin, mas esbarrei com Castiel no caminho.
— Hey, você está péssima. — ele disse olhando o meu estado.
— Muito obrigada, esse é um ótimo elogio que toda mulher gostaria de ouvir.
Ele riu.
— Parece estar com uma ressaca daquelas.
— Nem me fale. — resmunguei. — Mas o que faz aqui?
— Estava indo até o seu quarto, para ver como estava. — fiquei travada. Eu contava ou não contava a ele? É melhor não contar.
— Estou bem, só de ressaca.
— E que tal a gente fazer alguma coisa hoje?
Fiquei pensativa e olhei em direção ao escritório, olhando para Castiel de novo logo depois.
— Eu acho melhor pararmos de fazer coisas juntos. — disse devagar, com medo de sua reação.
— Do que está falando? — ele cruzou o cenho.
Tentei encontrar as palavras certas para que não o chateasse ou o magoasse, Castiel era muito importante pra mim.
— Você sabe... — sussurrei. — Aquelas coisas... — estava sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Como falar diretamente o que eu queria dizer sem o magoar?
— Está falando de ficarmos? Quando a gente fica?
— Isso. — suspirei aliviada por ele ter encontrado uma palavra mais adequada das quais eu estava pensando. "Sem-vergonhice", "Safadeza", "Piranhagem".
— E por qual motivo? — quis saber, me deixando mais ainda sem reação, porque eu não sabia o real motivo de que eu não queria mais beijar ele, mas todas as vezes em que essa pergunta passava pela minha cabeça, era o nome de Justin que surgia em minha cabeça.
Eu não queria mais estar com Castiel por causa de Justin.
— Eu não sei te responder isso, e por favor, não force a barra, eu só não quero, ok? — respondi o que melhor eu achei para responder. Não iria magoar Castiel dessa forma dizendo que tinha algo haver com Justin, até porque, meu "relacionamento" com Justin continuava sendo uma coisa só nossa.
— Tudo bem, você que sabe. — ele se aproximou e beijou minha testa, se retirando logo depois.
Uma parte de mim estava triste, mas aliviada.
Então voltei a seguir meu caminho até o quarto de Caitlin, bati na porta mas tudo que eu ouvi foi um resmungo. Abri a mesma e gritei, com ela acordando assustada.
— Ai meu Deus, me desculpa. — disse cobrindo os olhos. Caitlin estava com um cara na cama, os dois acordaram assustados.
— Tem que bater na porta antes de abrir. — disse Caitlin com voz de sono.
— Eu bati, mas não sabia que tinha visita. Estou saindo. — sai do quarto com minha mão ainda cobrindo meus olhos, quando fechei a porta suspirei aliviada. Parecia que Caitlin também havia se divertido muito na noite passada.
Fui em direção ao meu quarto, então parei ao notar que eu estava prestes a ir pro quarto de empregada, dei meia volta e subi a outra escada, indo pro terceiro andar e entrando no quarto de Justin. Me assustei ao encontra-lo lá, só com a toalha em volta de sua cintura e com os cabelos molhados.
— Se ficar olhando desse jeito, a toalha pode acabar caindo. — retrucou com um sorriso malicioso.
Bem que eu queria que caísse.
— Nem estava olhando, e porque está tomando banho agora?
— Uma coisa inesperada e de última hora. — disse revirando suas roupas, ele parecia estar em busca de algo perfeito.
— E o que seria? — perguntei me sentando na cama, olhando ele ir de um lado para o outro.
— Minha mãe está a caminho.
Levantei em um pulo da cama.
— O que? — gritei assustada. — Por que ela está vindo pra cá?
— Porque ela viria pra cá? — disse sendo irônico, como se fosse óbvio o motivo de ela vir pra cá: Ver seu filhinho querido.
— Ai meu Deus, porque não me disse antes? Preciso trocar de roupa e melhorar essa cara de ressaca.
— Relaxa, ela não vai saber que somos "casados".
— E porque não? — me senti um pouco ofendida, mesmo sem saber o porquê de estar ofendida, afinal, eu sei que é tudo por contrato e sempre quis assim desde o início.
— Porque eu deixo ela fora de tudo, ela não precisa saber disso. — ele disse tirando sua toalha e colocando a cueca, mostrando sua bundinha perfeita.
— Tudo bem, então vou ficar aqui. — falei me jogando na cama.
— Não, você vai descer junto.
— E porquê? Ela não precisa saber de mim então.
— Mas eu quero que ela saiba de você.
— E porquê? — perguntei, fazendo ele parar de fazer o que estava fazendo e me fitar. Notei que ele não sabia a resposta, e eu não forcei a barra.
Ultimamente eu não andava conseguindo responder todos esses sentimentos estranhos que estavam dentro de mim, não exigiria isso dele também.
— Você quer que eu vá, é isso? — perguntei e ele assentiu, balançando sua cabeça devagar. — Então tudo bem, eu vou.
Escutei as vozes aumentando no andar de baixo. Eu reconhecia a voz de todos, Chaz, Ryan. Christian e Caitlin, menos uma outra voz feminina, que eu apostava que era a de sua mãe.
— Vamos logo, quanto mais cedo isso acabar, melhor. — ele disse saindo do quarto e eu o segui.
Quando descemos as e fomos para a sala, vi uma mulher baixinha de cabelos escuros tagarelando com os garotos, toda sorridente. Quando ela notou nossa presença, ela nos olhou e sorriu, e então paralisou seus olhos em mim.
Foi como se tudo ao redor tivesse parados, o tempo, as pessoas, tudo. Seu rosto foi tomado por uma expressão séria e ao mesmo tempo admirável, como se eu fosse uma relíquia ou algo muito valioso.
— Quem é ela? — perguntou com sua doce voz.
— Oi pra você também, mãe. — disse Justin fazendo sua atenção tirar o foco de mim.
— Desculpe meu filho, que saudades. — ela se aproximou dele e beijou suas bochechas, fazendo os garotos rirem. — E que é ela? — voltou sua atenção para mim.
— Essa é Kelsey, é uma amiga nossa.
— Amiga. — cantarolou Ryan, soando irônico.
— Olá, Kelsey, Sou Patrícia, mas todos me chamam de Pattie. — ela se apresentou educadamente.
— É um prazer, Pattie. — sorri.
Então ela se aproximou e colocou suas mãos ao redor do meu rosto, olhando bem em meus olhos.
— Tem os meus olhos azuis e os cabelos loiros, iguais o de Justin. Você acha que sua irmã seria assim? — ela olhou para Justin, com todos encarando Justin para saber o que ele iria responder. Justin tinha uma expressão triste, como se ele estivesse magoado.
— Talvez, quem sabe? — ele deu de ombros. — Agora chega, vamos comer alguma coisa. — ele se aproximou e tirou as mãos de Pattie do meu rosto e levou ela para a cozinha.
— O que aconteceu aqui? — perguntei.
— Vamos dizer que a mãe do Justin não é a mesma desde quando perdeu a sua filha. — respondeu Chaz.
— Não ache estranho, ela fez isso comigo também quando me viu pela primeira vez, mas foi bem pior, ela tinha a total certeza que eu era a filha dela. — disse Caitlin me fazendo arregalar os olhos. — Tenho cabelos escuros e olhos azuis, igual a ela, ela tinha a total certeza de que era sua filha. — ela riu. — Fizemos teste de DNA e tudo, só para Justin fazer sua mãe parar com a paranoia.
— Nossa. — fiquei mais chocada ao saber que isso foi tão longe ao ponto de fazerem teste de DNA. — Notei que Justin ficou chateado comigo.
— Ele não ficou chateado com você. — disse Chris. — Ele fica triste em saber que sua mãe nunca vai recuperar isso. Nunca.
Suas palavras pesaram em minha mente. Nunca é uma palavra muito forte para se dizer.
Em volta da mesa do almoço foi a coisa mais estranha da minha vida. Mais do que me mudar para o Canadá e me casar por contrato com um mafioso, muito mais.
Pattie sempre me olhava e me enchia de perguntas.
— Você é daqui mesmo? — fez outra pergunta.
— Não, sou de Loas Angeles.
Ela pareceu surpresa e então voltou a comer e a fazer outras perguntas.
— Porque veio pra cá?
— Para trabalhar, chega de perguntas. — Justin interviu para o meu alívio. — Kelsey, termina de comer no seu quarto. — Justin pediu me fitando e eu percebi que ele estava falando muito sério. Peguei meu prato e meu copo com suco e ameacei levantar da mesa, mas Pattie segurou meu braço.
— Pode deixar que ela fique, por favor, não faço mais perguntas. — ela disse olhando suplicando para Justin, mas ele já tinha sua palavra final. Saí da cozinha e fui para o meu novo quarto e terminei de almoçar por lá.
Pattie parecia ser uma pessoa gentil, mas seu passado estava a afetando de uma forma assustadora.
POV. Justin
Depois do almoço fui com minha mãe para o escritório, onde normalmente ela fica me mimando sem que todos vejam.
— Está comendo direito, Justin? Olha pra você, como está magrelo. E essas calças? Suba isso menino. — ela puxou minhas calças pra cima, me fazendo bufar.
— Terminou? — resmunguei e me sentei na minha poltrona.
— Não. — ela se sentou na cadeira em frente à minha mesa. — É ela, Justin, tenho certeza absoluta dessa vez.
Resmunguei e bufei, coçando os meus olhos.
Vai começar tudo de novo.
— Mãe, já falamos disso milhares de vezes.
— Eu nunca vi o corpo de sua irmã.
— Christian já procurou essa criança pelo mundo inteiro, ela não está viva.
— Isso não quer dizer nada, ele apenas não conseguiu encontrar, são muitas pessoas no mundo.
— Mãe, não é só porque você não viu o corpo da criança que ela vai estar viva, chega disso, Kelsey não é sua filha, nem Caitlin, nem ninguém.
— Ela é tão parecida com você, cabelos loiros, magrinha, meus olhos azuis, ela é perfeita.
— Não é só porque você olha pra uma garota e idealiza que ela poderia ser sua filha, que ela realmente vai ser. — ela ficou em choque me olhando, e então eu percebi que havia sido grosso demais. — Olha Mãe, me desculpe, eu...
— Chega desse assunto, você tem razão, sua irmã está morta.
Depois quando minha mãe foi embora da mansão, fui atrás de Kelsey que ainda estava no quarto.
— Ela já foi? — perguntou assim que eu entrei no quarto.
— Sim. — suspirei e me sentei na cama.
— Está tudo bem, Justin, não estou incomodada.
— Mas é chato, nem pelo fato de ela ficar tentando encontrar a filha dela em outras pessoas, mas pelo fato de que eu posso ter tudo mas não posso dar justamente o que minha mãe quer. — ele suspirou pesadamente. — Queria ser tão forte quanto demostro ser.
Notei todo o peso das mágoas de suas palavras. Fui em sua direção e me sentei ao seu lado, deitando minha cabeça em seu peito.
— Não se preocupe, ela vai ficar bem. — ele virou sua cabeça para me encarar, com seu rosto tão próximo, então eu me aproximei mais um pouco e dei um selinho em seus lábios.
Ele correspondeu intensificando o beijo.
— Eu estou precisando de uma distração.
— E eu adoro ser ela. — falei subindo em seu colo, ficando de frente pra ele, com suas mãos em minha cintura e então o beijei com mais ardor.
O empurrei contra a cama, sem parar de beijá-lo, deitando meu corpo sobre o dele. Suas mãos desceram de minha cintura para minha bunda, apertando com força, me fazendo gemer entre o beijo.
Abri sua calça e abaixei o zíper, tirando seu membro para fora da cueca Boxer. Comecei a massageia-lo enquanto nos beijávamos, com seu membro ficando ereto em minhas mãos.
Fui descendo os beijos pelo seu corpo, até chegar lá.
Comecei a chupá-lo o masturbando com as mãos ao mesmo tempo. Então depois ele me jogou contra a cama, subindo por cima e assumindo o controle.
— Já foi com a Caitlin no ginecologista? — dei um tapa em minha testa, tinha esquecido completamente. — Porra, vou te foder sem camisinha mesmo assim. — ele disse tirando meu short, mas eu o impedi.
— Não, está louco? Eu posso ficar grávida.
— Não vou gozar dentro, sem problemas, ok? — então ele continuou a tirar o meu short, tirando a calcinha logo depois. — E também tem a pílula do dia seguinte, eu ainda tenho algumas. — e então me penetrou, com minha boca abrindo em um perfeito "O" ao sentir aquele prazer diferente.
— Ai meu Deus. — gemi, arqueando minhas costas contra o colchão.
— Diferente, não é? — ele disse e então começou a estocar com força.
Sem camisinha tudo era mais gostoso, a sensação, o contato pele com pele, tudo era surreal.
POV. Kelsey
Justin saiu do quarto apenas de cueca, indo pegar alguma coisa na cozinha.
— Justin? — chamei por ele para ele trazer alguma coisa pra mim, mas o mesmo já havia ido. Peguei um roupão de banho que estava no banheiro e saí do quarto, dando de cara com Castiel encostado em uma parece que dava de frente para a porta do quarto.
Ele estava de braços cruzados me olhando sério.
— O que faz aqui? — perguntei espantada, mas ele não respondeu, continuou me fitando sério e então ele saiu, descendo as escadas.
Fiquei paralisada sem saber qual atitude tomar.
Ele sabia sobre mim e Justin.
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