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Hell In High Heels


— Acorda Kelsey, vá se arrumar. — escutei a voz de Caitlin do outro lado da porta. Era hoje o grande dia, estaríamos indo pra Vegas.


Quando eu e Justin voltamos do falso-almoço-de-casal, arrumei as coisas que iria usar para no máximo dois dias. Justin não queria dar bandeira ficando muito tempo em Vegas. Iríamos mal entrar e sair, sem sermos notados por Mikael.  


Fui em direção ao meu pequeno banheiro e tomei um banho quente relaxante, colocando minha calça preta de couro, uma Bootie preta, uma blusa preta de bolinhas brancas, com uma jaqueta de couro vermelha por cima.


Deixei meus cabelos soltos jogados de lado, colocando um óculos e pegando uma bolsa preta. Conferi o resultado final no espelho. Estava arrasando, tenho que admitir.


Depois de caprichar no perfume, peguei minha pequena mala roxa e levei-a até o Hall de entrada, onde todos se encontravam deixando suas malas onde seriam levadas para os carros. 


— Assim você acaba comigo, Kelsey. — disse Nolan, como sempre.


Sorri pra ele e beijei sua bochecha, dando um bom dia. Cumprimentei os outros com apenas um aceno, e então deixei minha mala perto das outras.


— Bom dia! — disse Caitlin surgindo com sua mala rosa. Não que eu não esperasse algo assim vindo dela.


— Bom dia, animada?


— Já estive em Vegas várias vezes, então nem tanto. Fora que estamos indo a trabalho.


— Mas Justin disse que se tudo der certo vamos comemorar. — disse Ryan se intrometendo.


— A conversa não chegou aí, Ryan. — Caitlin sorriu pra ele, e quando ele pensou em revidar, Justin chegou, carregando sua mini mala preta, usando Jeans, uma blusa branca de manga curta — deixando a mostra seus braços fortes e tatuados — e uma touca vermelha.


Ele estava quente e sexy. 


— Está tudo pronto? — perguntou, com sua voz em um mal humor, para variar.


— Sim, só esperando seu comando. — disse Chris, sempre tão profissional e "certinho".


— Então vamos. — Justin colocou seu óculos escuro e passou por mim, deixando seu delicioso perfume masculino no ar.  Todos nós o seguimos, indo para a garagem, as nossas malas já estavam nos devidos carros que elas pertenciam. — Você vem comigo, Kelsey. — ele disse irritado quando eu fui em direção ao carro de Caitlin. Bufei mas fiz o que ele disse, não estava a fim de uma discussão a essa hora da manhã.


— E o meu pai? Castiel comentou que ele iria junto.


— E ele vai, mas mandei ele nos encontrar no aeroporto.


— E Castiel?


Justin bufou.


— Ele vai junto com os outros seguranças, nas SUV's atrás de nós. — ele disse, engatando a marcha e dando partida. Logo algumas SUV's ficaram ao nosso redor, fazendo a proteção. Minha mente não parava de processar que Castiel estava em um desses carros.


Quando chegamos, fomos direcionados direto para o jatinho privado do Justin. A única vez que entrei em um jatinho privado foi quando eu estava indo para o Havaí, mas aquele era alugado, esse claramente pertencia realmente ao Justin, pois o nome "Bieber" grande em dourado destacava o jatinho dos outros.


— Muito discreto. — ironizei, fazendo Justin abrir um sorriso.


Quando nos aproximamos, notei um homem que usava roupas escuras e óculos escuros parado perto do jatinho. Meu pai.


— Pontual, é assim que eu gosto. — sibilou Justin, mal dando atenção para o meu pai e já subindo as escadinhas do jatinho.


— Bom ver você, filha. — Parker sussurrou em meu ouvido quando passei por ele. Não respondi, passei direto sabendo que Caitlin estava vindo logo atrás, em seguida dos garotos e meu pai.


— Sejam bem-vindos. — disse a acompanhante de voo com um sorriso gentil no rosto — Por favor, sentem-se e coloquem seus cintos pois iremos decolar.


Todos fizemos o que ela pediu. Sentei ao lado de Caitlin, Justin ao lado de Ryan, Chris com Nolan e Chaz com meu pai. Podia notar o ânimo em seus olhos, com certeza era a primeira vez em que ele estava em um jatinho privado.


Depois do jatinho ter decolado podíamos andar livremente. Entre uma refeição e outra, nós bebíamos e ficávamos conversando bobeira. Justin não me olhou e nem dirigiu uma palavra a mim durante todo o caminho. Nossa relação estava exatamente como sempre foi. Seca. 


Assim que o jatinho aterrissou, já estava no fim da tarde, não tínhamos muito tempo. Demos entrada no hotel vinte minutos depois, com Caitlin se despedindo apenas com um olhar, no qual eu retribuí, então cada um seguiu para o seu quarto, inclusive meu pai.


Óbvio que nossos quartos eram muito melhores dos quais meu pai ficou, mas isso já era muito pra ele. Não tinha visto Castiel e nem os outros seguranças, e Justin pareceu notar.


— O grupo no qual Castiel veio junto não estão aqui. O jatinho deles aterrissou logo depois do nosso, mas eles foram direto para o local do evento para ficarem as espreitas e para conhecer melhor o lugar caso seja preciso fugir, como Castiel é seu segurança particular e você é a principal da missão, ele foi junto. — Justin disse enquanto todos nós caminhávamos em direção ao elevador. Meu pai foi o primeiro a sair, logo depois os garotos e Caitlin, ficando eu e Justin por último. Quando as postas se abriram no nosso andar — a cobertura — eu fiquei maravilhada.


Dava para ver toda Las Vegas daqui de cima. 


O elevador se abria já na nossa sala, com paredes cor creme, lustres pendurados, mobília de cor marrom escuro com um sofá grande ao redor de cor cinza e toda a iluminação no teto, dando ao lugar um ambiente chique e confortante.  Logo de frente havia uma varanda enorme, com uma vista privilegiada de Vegas. As luzes já estavam começando a ganhar vida nessa cidade onde a noite era uma criança.


Fui até a varanda e senti Justin vindo atrás, ele parou ao meu lado e ficou apreciando a vista comigo.


— Essa cidade é como uma grande buceta, esperando para ser fodida. — ele disse, me fazendo o encarar espantada. Sua boca se torceu em humor — É melhor ir se preparando, o que você vai ver ou ouvir aqui, você nunca viveu nada parecido antes. — deu uma piscadela e se virou, me deixando sozinha naquela grande varanda. 


Voltei meu olhar para aquela cidade, onde de tudo acontecia. Com certeza nunca vi nem a metade das coisas que aconteciam aqui, e eu iria ver tudo em uma única noite. Não sei se estava bem preparada para isso, mal tive tempo de ingerir essa história toda. Estarei pela primeira vez na minha vida envolvida em uma missão que eu sei que me escolheram porque não se importam se vou sair morta ou viva no final.


Mesmo com toda a proteção, se alguma coisa der errado eles não irão se lamentar em meu túmulo.


Mas eu queria mesmo fazer isso para provar algo a mim mesma. Que eu era capaz de muito mais do que eles pensavam. 


Voltei pra sala e Justin não estava lá. Fui para o quarto e lá estava ele, colocando alguma coisa que estava dentro de uma capa em cima da cama.


— Não deu tempo de te mostrar hoje, chegou pela manhã, mas tínhamos que pegar logo o voo, então...


— Isso é pra mim? — perguntei cruzando o cenho. Justin me comprando um vestido?


— Hoje é uma festa de Gala, só vai ter gente importante, você não pode ir usando Jeans ou qualquer vestidinho de balada.


— Então comprou um vestido pra mim? Você?


— Porque? Está duvidando do meu gosto?


— Não é isso, é que... você sabe escolher um vestido?


Ele riu.


— É claro que eu sei, sei saber se uma mulher ta gostosa ou não em um vestido. — continuei olhando pra ele, arqueando minha sobrancelha — E Caitlin. Mas eu escolhi sozinho, ela apenas aprovou a escolha. — completou, me fazendo sorrir. É claro que ele não iria saber escolher um vestido de Gala sozinho. — Aqui está, veja.


Peguei no zíper da capa e a abri, vendo um tecido preto de veludo que era magnífico. Tirei o vestido da capa e o admirei, completamente chocada. Era mais que magnífico, se isso era possível.


Ele ia até o chão, e tinha uma abertura na coxa, deixando toda a perna direita exposta. Na parte de cima havia detalhes em diamantes no meio dos seios que ia por cima dos ombros, com as pedras brilhantes reluzindo de longe.


— Uau. — exclamei perplexa. 


— Viu só, eu sei escolher. — ele sorriu se gabando, e eu tinha que tirar meu chapéu pra ele, mandou muito bem na escolha, mas não iria deixar ele saber disso, seu ego já era grande por si só. 


— Sim, é muito bonito. — falei tentando soar indiferente, o fazendo bufar, mas com um sorrisinho no rosto, ele sabia que eu não queria admitir o quanto ele era bom em tudo.


Isso era completamente assustador, ele é bom em tudo.


Construiu uma fortuna, é chefe com apenas vinte anos, é lindo e sedutor, inteligente e estratégico, egocêntrico — não que isso seja total motivo de orgulho — beija bem, é bom de cama, não se descontrola e não se apega a nada, é sempre indiferente aos outros, nunca espera nada de ninguém, ele faz tudo por si só, nunca se decepciona, e ainda sabe escolher um vestido. Porra, ele é bom em tudo.


— Pedi a Caitlin para te ajudar com o cabelo e maquiagem, ela já frequentou festas assim, então vá se arrumar, logo ela vai estar ai.


E é claro que ele é controlador, antes mesmo de eu pensar em pedir ajuda da Caitlin, Justin já havia feito isso. 


Ele tinha sempre que estar fazendo tudo antes dos outros, e isso era uma das coisas que já estavam me irritando nele. Outra coisa que me irritava era ter que fazer o que ele mandava, mas realmente estava precisando de um banho.


Fui para o banheiro que era toda de mármore branca com cinza, com uma banheira maravilhosa de hidromassagem que estava me chamando. Botei a banheira para encher e joguei os sais, fazendo espuma e um cheiro maravilhoso invadir o banheiro. A última vez que tomei um banho assim foi no banheiro de Scarlett.


Tirei minha roupa e entrei na água, relaxando. Mas o "relaxando" não fez mais sentido quando Justin adentrou no banheiro.


— Hey, eu estou aqui. — falei me afundando na espuma, para que ele não visse nada.


— Eu sei, e daí? Não tem nada ai que eu já não tenha visto. — rebateu pegando sua escova e escovando os dentes. Fiquei o encarando irritada enquanto ele terminava de escovar seus malditos dentes impecavelmente brancos, e então ele pegou o fixador de cabelo e começou a passar, logo depois pegando o secador.


Ele só podia estar de brincadeira com a minha cara.


— Justin? — gritei, fazendo ele me encarar pelo espelho — Cai fora, agora! — rosnei, fazendo ele revirar os olhos, pegando seu secador e saindo do banheiro.


Esse garoto era impossível, parece que fazia de propósito, só para me ver irritada.


Suspirei, fechando meus olhos e apoiando minha cabeça na banheira, e quando estava bem relaxada, a porta do banheiro se abriu, de novo.


— Porra, Justin, será que eu posso tomar... — parei de falar ao ver Caitlin na porta. — Ah, é você.


— Vim te apressar, sai logo desse banho, estou te esperando no quarto. — ela disse saindo e fechando a porta.


Resolvi terminar logo meu banho e ir me arrumar, já que eu percebi que não iria ter paz.


 +++


— Meu Deus, você está um arraso. — Caitlin disse, me olhando dos pés à cabeça.


Me olhei no espelho e eu realmente estava um espetáculo. O vestido caiu perfeitamente em meu corpo, minha bunda ficou gostosa pra caralho e o detalhe dos seios em diamantes deu uma aparência elegante. Meus cabelos estavam soltos com um volume maravilhoso. Caitlin os jogou todo de lado e ondulou as pontas do cabelo, fazendo eles terem um caimento perfeito. A maquiagem nos olhos estava escura e bem esfumada, com um batom nude para completar o look.


Aquela regra básica: Se a sombra for escura o batom tem que ser claro, e vice-versa. 


— Justin vai ficar babando quando te ver. — ela disse animada, me fazendo revirar os olhos.


— Eu não quero que ele fique babando em nada, Caitlin.


— Ok. — ela disse sorrindo, como se eu tivesse falado a maior mentira do mundo. E talvez fosse.


Não que eu quisesse estar bonita pra ele, mas seria bom ter Justin Bieber em minhas mãos. 


— Só falta agora o perfume. — ela pegou um perfume que deu para notar que era da Dolce & Gabbana e espirrou em mim, fazendo um aroma maravilhoso invadir o quarto, onde de longe você notava o cheiro de perfume caro. — Agora sim está prontinha.


— Então vamos logo, quando mais rápido formos mais rápido isso acaba. — disse pegando minha bolsa de mão e saindo do quarto, dando de cara com Justin no bar na sala.


Olha, devo dizer que uma das melhores coisas que já me aconteceram desde o ano novo foi ver a reação do Bieber. Ele ficou visivelmente deslumbrado ao me ver.


— E ai, gostou? — perguntei para provocar.

— Está bonita. — ele disse dando de ombro, se fazendo de indiferente, da mesma forma como eu fiz quando ele me mostrou o vestido e esperou por algum elogio meu. Bieber sabia jogar, e como sabia. — Agora vou colocar isso em você. — ele me mostrou um aparelho pequeno. — É uma escuta que vai ficar em seu ouvido, é assim que vamos nos comunicar. 


— Tudo bem, vou pro meu quarto só trocar de roupa e já podemos ir daqui a pouco. — disse Caitlin, saindo da suíte e nos deixando a sós.


— Porque ela vai se arrumar? — perguntei cruzando o cenho.


— Porque depois quando o plano der certo nós vamos terminar a noite em uma boate fodinha daqui.


— Como tem certeza que o plano vai dar certo?


— Simples. Porque fui eu que planejei. 


POV. Justin


Não iria admitir o quanto ela ficou gostosa naquele vestido, mas isso não ajudava muito quando todos no hotel tinham os olhares apenas para ela. Quando chegamos na recepção ela saiu do elevador com seus cabelos voando, com todos ao redor babando. Nolan estava mais gay do que o de costume, e até eu não podia negar, ela estava incrível.


Ela caminhava confiante para a entrada do hotel, onde havia uma limusine a aguardando.

Conforme ela caminhava seus saltos faziam barulho no chão, com sua bunda rebolando e sua perna direita a mostra, mostrando que ela era o verdadeiro inferno em saltos altos.


Ela era perigosa quando queria, e eu tinha que tomar cuidado com isso.


Haviam cinco BMW alugadas nos esperando, e a limusine de Kelsey. Antes de ela entrar, segurei seu braço, a fazendo me encarar. Encostei minha boca em seu ouvido e sussurrei:


— No final da noite eu vou arrancar esse vestido e te foder até não conseguir andar. — então soltei seu braço e saí caminhando sorrindo ao ver a expressão de pânico em seu rosto.


POV. Kelsey


Toda hora eu olhava para trás e via as BMWs correndo na pista, logo atrás de mim. De repente todas elas entraram em ruas diferentes, fazendo eu olhar assustada tentando entender o que estava acontecendo.


— Senhor? — chamei o motorista, que eu sabia que trabalhava para Justin. — Para onde os outros foram?


— Estamos chegando, eles foram ficar em seus postos.


Ah sim, claro, cada um tinha um posto caso algo desse errado, e seria estranho cinco BMW pretas rondando o evento de um mafioso que tem muitos inimigos. 


Seria suspeito demais.


Quando a limusine parou, um homem engravatado que trabalhava no evento abriu a porta para mim. Coloquei um pé e depois o outro, começando a andar pelo tapete vermelho. Havia uma escadaria logo a minha frente, então comecei a subir com vários olhares para mim.


— Está nos ouvindo? — escutei a voz de Justin em meu ouvido, me fazendo dar um pulo de susto, mas logo me recompus.


— Estou. — sussurrei.


— Christian já está dentro do sistema, estamos tendo acesso a todos os cômodos do lugar, estamos te observando.


Não disse nada porque já haviam pessoas por perto, apenas parei na entrada quando o segurança me parou.


— Seu nome, mocinha?


— Fala "Brittany Johnson". — ordenou Justin. 


— Brittany Johnson. — repeti, vendo o homem conferir a lista e me olhar sorrindo.


— Seja bem-vinda, Srta. Johnson. — ele deu espaço para eu passar. Sorri agradecendo e entrei na festa, dando de cara com um lindo e grande salão, com mesas espalhadas e gente importante em trajes elegantes.


— Brittany Johnson? Quando iria me dizer que eu teria que trocar o meu nome?


— Eu disse agora, isso já foi o suficiente. — rebateu. Fiz uma carranca mas me recompus, haviam pessoas ao meu redor agora.


Alguns olhares vieram em minha direção, com homens me cortejando.


— Você está chamando muito atenção, Srta. Johnson — reconheci a voz de Christian em meu ouvido, com um leve humor. — Vá logo para o segundo andar.


E foi o que eu fiz, andando calmante pelo salão, pegando uma taça de champanhe de um garçom que passava na hora e continuei caminhando tranquilamente, dando leves goles. Esse champanhe era maravilhoso, por sinal.


Entrei no elevador e quando ele se fechou eu suspirei aliviada. Era agora.


As portas se abriram e eu estava no último andar, onde Mikael estaria hospedado, incluindo seu notebook com informações importantes. Todo o andar estava vazio.


— Para onde, agora? — sussurrei.


— Segue reto e vire a esquerda. — a voz de Chris invadiu meu ouvido, e assim eu fiz. —Agora segue reto e depois vire a direita, é a última porta, você vai saber, é a única de duas portas.


— Ok. — segui o trajeto descrito por Chris e lá estava a única de duas portas. — Está vazio, né? — perguntei antes de entrar.


— Não, iríamos fazer você entrar com Mikael lá dentro. Claro que não, porra, entra logo. — Justin disse sendo mais delicado do que nunca.


Fiz questão de olhar para uma câmera que estava no corredor e mostrar o dedo do meio. Pude ouvir as risadas dos garotos depois, e mesmo não tendo uma visão do seu rosto, eu sabia que Justin estava super puto e trincando o maxilar.


— Cuidado, garota. — ele disse, eu sabia que era uma ameaça, mas não me importei.


Entrei no quarto e fechei a porta rapidamente, olhando tudo ao redor. Quarto grande e extravagante, como eu imaginei. Ele e Justin não eram muito diferentes nisso.


Avistei o notebook preto da Apple em cima da cama. Corri até ele e o liguei, tirando meu Pen drive da bolsa e aguardando ele ligar. Tentei não ficar nervosa, porque se alguém estivesse vindo para cá eles iriam me avisar.


Quando o notebook finalmente ligou, fui em seus documentos, vendo que havia mais coisas do que eu pensava. 


— É muita coisa, Justin.


— Copia a porra toda e passa logo pro Pen drive.


Bufei, mas fiz o que disse. 


Conforme eu ai copiando fui notando o que havia nos documentos. Além dos galpões onde ele escondia as armas e drogas, havia muito mais coisas ali que poderiam ferrar com Mikael. Tinha vários casos de assassinatos, de gente muito importante, como políticos, pessoas inocentes, muita coisa que se parasse nas mãos do FBI isso iria acabar com Mikael. 


E era justamente isso que Justin queria.


Quando copiei tudo, coloquei o Pen drave e abri a pasta, passando todos os documentos pro mesmo. Assim que finalizou, retirei o Pen drive com força, não havia tempo para "retirar com segurança".


Desliguei o notebook logo no botão, sem toda aquela baboseira de ir no iniciar e desligar, tudo tinha que ser rápido, e também estava pouco me fodendo.


— Eu posso sair, está tudo livre? — perguntei, mas tudo que eu ouvi foram chiados. — Justin? Christian? Alguém? — perguntei de novo, e continuei ouvindo os chiados, como se a transmissão tivesse sido interrompida.


Droga, droga, droga. Eu tinha que tentar a sorte agora.


Caminhei lentamente em direção a porta, mas assim que eu ia abri-la, ela abriu primeiro, com eu dando de cara com Mikael.


Arregalei meus olhos e meu coração quase saiu pela boca.


— O que está fazendo aqui? — perguntou me olhando de cima até em baixo, parando mais em minhas pernas.


Eu tinha que inventar alguma coisa, e logo.


— É que... — me recompus, ele não me pegou no flagra, bom, pegou, mas não literalmente, eu ainda podia me sair dessa. — Me desculpe, estava procurando por um banheiro e como achei essa suíte eu sabia que havia um banheiro nela. — dei uma risadinha. Logo ele abriu um sorriso.


— Bem pensado, sempre tem um banheiro em uma suíte. — ele abriu um sorriso galanteador, revelando os leves pés de galinha nos seus olhos, devido já estar ficando mais velho. Quarenta, ou quarenta e um ele já aparentava ter. — Qual é seu nome? Desculpe ser inconveniente mas não em lembro de tê-la convidado.


— Eu vim com outras pessoas, me desculpe se não gostou.


— Se você fosse um homem ai sim teria problema, mas uma mulher tão linda como você — ele me analisou — É uma honra tê-la aqui. — ele sorriu.


— Muito obrigada — sorri sem graça. — Agora eu realmente preciso ir.


— Eu já estarei descendo, te encontro lá?


— É claro.


Ele pegou minha mão direita e a beijou. Saí do quarto e assim que escutei ele fechando a porta, saí correndo.


— Estão me ouvindo?


— Kelsey? — escutei a voz de Caitlin.


— Caitlin?


— Graças a Deus, você ainda está viva.


— Ainda? O que aconteceu?


— Você precisa sair daí agora, alguém cortou nossa transmissão.


— Porque só consigo falar com você?


— Porque o sinal dos outros ainda está voltando. Agora saía daí, agora!


— Já estou saindo. — falei, entrando no elevador e apertando o botão do térreo. Quando as portas se abriram, tentei parecer normal, apesar de estar andando mais rápido do que o de costume. 


Quando saí a mesma limousine estava me aguardando. Entrei nela, me assustando ao ver Castiel.


— Cas. — pulei em cima dele, o abraçando.


— Você está bem? Alguém te machucou? — ele quis saber.


— Não, deu tudo certo.


— Ótimo, fiquei preocupado, alguma coisa aconteceu com o sinal, alguma coisa poderia ter acontecido.


— Eu estou aqui, é isso que importa. — falei e me assustei quando vários BMW pretas apareceram ao nosso redor. Justin, Ryan, Chaz, Nolan e Caitlin estavam por perto.


— Agora coloque esse vestido, Caitlin que me pediu para te dar. — ele me entregou um tecido curto e dourado. — Agora nós vamos comemorar, quer dizer, vocês vão comemorar, eu estou a trabalho.


— Tudo bem, então vira, eu preciso me trocar.


Ele me olhou e depois riu, mas se virou mesmo assim.


— Como se eu já não tivesse visto nada... — cantarolou, mas eu o ignorei, tirando meu longo e maravilhoso vestido de Gala e colocando o dourado, que super combinou com meu salto bege com pedras. Caitlin acertou em cheio.


Logo a limusine parou em frente a uma boate com luzes piscando para todo o lado, com o som tão alto que de onde eu estava já conseguia ouvir perfeitamente.


Saí da limusine logo depois de Castiel, recebendo olhares contentes dos garotos e de Caitlin,  que me abraçou brevemente. Então vi ele, que caminhou até mim e parou ao meu lado, segurando minha mão — como se fossemos mesmo um casal — e me conduzindo para dentro, mas não antes de sussurrar em meu ouvido:


— Espero que esteja preparada para essa longa noite. — ele me olhou de rabo de olho e sorriu malicioso.


Eu sabia de todas suas segundas intenções para essa noite, mas eu não estava assustada.


Eu estava ansiosa.


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