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Feelings Sprouting


A porta abriu com força com Justin adentrando no quarto. Ele fechou a porta atrás de si e encostou suas costas na mesma. Ele parecia feliz, estava com um sorriso no rosto e parecia animado. Sua blusa preta estava grudada no corpo, com um leve suor escorrendo perto dos cabelos, os deixando molhados e bagunçados.


Ele estava sexy.


— O que houve?


— Finalmente consegui acabar com Mikael. — ele sorriu.


— O que você fez? — perguntei me ajeitando na cama, esperando pelo pior.


— Apenas detonei ele em uma corrida. — ele sorriu. — Que tinha muita grana dele em jogo.


— Com certeza ele não está nada satisfeito agora.


— E é essa a intenção.


— Não pensou na possibilidade de que ele pode se vingar?


Ele riu debochado.


— Estou pouco me fodendo pra ele, Kelsey, não tenho medo de Mikael.


— Mikael já mostrou do que ele é capaz.


— E eu estou mostrando a ele que sou capaz também. Qual é? Está duvidando de mim?


— Não, é que... — deixei as palavras no ar, fazendo Justin arquear a sobrancelha.


— É que o que?


— Bom... Ele domina a maior parte do Canadá, querendo ou não, ele tem mais poder do que você.


Ele travou o maxilar, senti seus músculos se contraírem, mas ele relaxou, suspirando fundo.


— Não tenho que temer Mikael, eu ainda vou tomar tudo o que é dele, e vou fazer questão que você saiba. — ele sorriu e começou a caminhar lentamente em minha direção.


Sua expressão mudou, como se ele tivesse se transformado em um leão caçando sua presa. Ele foi se aproximando lentamente, olhando fixamente em meus olhos. Notei que eu comecei a chegar para trás, mas notando que eu já estava no meu limite entre o travesseiro e a cabeceira da cama.


— O que está fazendo? — perguntei quase sem voz, como um sussurro.

Ele abriu um sorriso galanteador e apoiou suas mãos na cama, se curvando para cima de mim e ficando cara a cara comigo.


— Lembra na semana passada quando eu disse que teria outros jeitos de eu me satisfazer? — assenti, entorpecida demais para falar alguma coisa. — Então, chegou a hora de eu te mostrar. — então ele me beijou com força, em um movimento tão rápido que me pegou de surpresa.


Justin continuou apoiando seu corpo em seus braços, para não apoiar em cima de mim, por causa do ferimento que eu ainda tinha (apesar de que agora já estava doendo bem menos).


Acompanhei todo o seu ardor, intensificando o beijo, o deixando mais exigente, mas então... ele parou.


Olhei pra ele decepcionada, o fazendo rir.


— Eu preciso parar de te beijar para fazer o que vou fazer. — disse se afastando, então ele começou a abaixar o meu short de dormir, lentamente, alisando minha coxa que estava exposta.


Engoli em seco observando seus movimentos. Eu queria que ele fosse rápido, fizesse tudo rápido, mas ele parecia estar adorando me torturar.


Depois quando ele finalmente se livrou do meu short, ele veio subindo alisando a minha perna, dando leves beijos na minha coxa, indo até a minha virilha.

Fechei meus olhos e respirei fundo.


Ele estava me deixando louca.


Então ele finalmente começou a se livrar da minha calcinha, puxando ela pra baixo lentamente, e então minha intimidade estava completamente exposta a ele.


Ele me encarou e eu já estava respirando ofegantemente, e então ele desceu sua cabeça, começando a chuparali.


Joguei minha cabeça pra trás, puxando todo o ar e soltando. Segurei seus cabelos com força, enquanto ele fazia seus movimentos com a língua, aumentando o ritmo lentamente.


Tentei mover meu quadril, mas uma dorzinha que incomodou, então Justin o segurou firme, para que eu não me movesse, me deixando refém da sua tortura prazerosa.


Então ele penetrou sua língua em mim, me fazendo gemer. Pude ver ele sorrindo, era isso que ele queria, ter o total controle sobre mim. Apertei com força o lençol da cama, respirando pesadamente. Segurei com força seus cabelos enquanto ele continuava com as investidas, fazendo meu corpo tremer e eu gemer alto.  


Cheguei ao meu ápice, com meu corpo relaxando e minha respiração ficando mais leve. Senti Justin se mover na cama, subindo seu corpo para cima do meu, mas o apoiando com suas mãos em cima da cama. Encarei seus olhos caramelados, então ele disse:


— Sua vez.


Três semanas depois...


A casa estava uma correria, homens de preto pra lá, homens de preto pra cá, os garotos correndo de um lado para o outro resolvendo coisas, Christian não saia do telefone, Caitlin dando ordens e Justin trancado no escritório.


Todos resolvendo coisas para o assalto em Nova Iorque.


Durante essas três semanas em que eu me recuperava, eles treinavam todos os dias. Agora estávamos aqui, faltando pouco para a meia noite e iríamos pegar um voo para Nova Iorque.


E durante essas três semanas Justin não me procurou. A última vez que tivemos um envolvimento sexual, foi quando fizemos sexo oral três semanas atrás, quando eu ainda estava "acidentada", depois disso vieram as simulações do roubo e ele ficou muito ocupado.


Pelo menos eu acho que ele não me procurou por isso, não por outro motivo.


E eu esperava estar certa.


E eu também não iria perguntar nada a ele, não iria implorar por sexo, por favor.


Justin saiu finalmente do escritório, colocando seus óculos escuros — mesmo sendo de madrugada — e passando pelo Hall de entrada, indo para a garagem. Todos seguimos ele na mesma direção e seguimos em direção dos seus respectivos carros.


Antes de eu entrar no carro de Justin, sua Lambo branca, avistei Castiel entrando em uma SUV preta. Ele piscou pra mim e acenou, mas antes de eu responder, Justin abaixou a janela do carro.


— Anda, Kelsey, entra nesse carro. — falou ríspido, dando uma olhada pra mim e para Castiel.


Suspirei e fiz o que mandou, não estava a fim a essa hora entrar em uma discussão com Justin no meio da garagem e na frente de todos.


Quando saímos da garagem, liguei o som, fazendo Justin me olhar irritado e o desligar. Olhei pra ele irritada e liguei o som de novo. Ele me encarou puto da vida e desligou, de novo. Então quando eu fui ligar pela terceira vez, ele me encarou puto.


— Porra, qual é o seu problema?


— Eu quero ouvir música.


— Mas eu não quero.


— Porque está tão irritado?


— Se você não notou, estamos indo assaltar um banco em Nova Iorque.


— Você está indo, eu não.


Ele bufou, mas então me arrependi de ter o irritado. Fiquei olhando pra ele enquanto ele olhava atento para a estrada. Ele estava preocupado e concentrado.


E ele é tão lindo.


Balancei minha cabeça e desviei o olhar, olhando pela janela. Então o ambiente silencioso foi tomado por uma batida de Rap. Olhei para Justin e ele me olhou e sorriu. Retribui o sorriso.


Ele havia ligado o som de novo pra mim.

Quando chegamos no aeroporto, fomos até o jatinho privado com Bieber escrito em ouro. Tudo era feito rápido para não perder tempo. Não iríamos ficar muito tempo em Nova Iorque — para a minha tristeza —, iria ser apenas o tempo de eles roubarem o banco e logo estaremos de volta para o jatinho.   


Quando aterrissamos por volta das sete e pouco da manhã em Nova Iorque, todos estavam com uma cara de sono, mas isso não impediu de Justin começar a dar suas ordens.


— Kelsey e Castiel, vão junto com Christian para o hotel. O restante já vão me acompanhar para o local do assalto.


— Mas já? — perguntei, fazendo todos olharem pra mim.


— Vamos assaltar de manhã, Kelsey. — respondeu Caitlin.


— Mas já? — perguntei de novo, indignada, fazendo todos rirem.


— Faz parte do nosso plano, não se preocupe, gatinha. — disse Nolan dando um beijo em minha bochecha.


Depois todos voltaram a fazer o que deveriam fazer. Pegar as malas com as armas, colocar nos carros, repassar os planos... Então avistei ele, que estava quase escondido atrás do jatinho.  


Justin estava concentrado enquanto falava no celular. Quando ele notou que eu me aproximava, ele finalizou a ligação, olhando pra mim.


— Porque desligou? Conversando com alguma puta?


— Claro, estávamos marcando de nos encontrar mais tarde. — deu uma piscadela, indo em direção de uma mala prateada e a colocando dentro de uma Ferrari.


— Então vou marcar com alguém mais tarde também, ai podemos sair juntos em um encontro a quatro.


Ele olhou pra mim e revirou os olhos.


— Estava apenas conversando com Kenny, ele não veio junto, se não notou. — olhei ao redor e foi ai que notei que todos estavam ali, os garotos, Caitlin, Castiel, seguranças, mas não o chefe deles. — Ele ficou no Canadá para proteger a mansão e o Demon.


Demon, estava com saudades de ir lá.


Justin pareceu notar a minha expressão e sorriu.


— Podemos ir pra lá quando voltarmos, para nos divertir. — ele disse se aproximando, e eu notei todas as suas segundas intensões. Desde aquele sexo oral depois do racha com o Mikael, nós dois não nos envolvemos sexualmente desde então, e eu confesso que estava sentindo falta.


Dei uma olhada disfarçadamente para o lado, para ver se alguém estava nos vendo, mas o carro estava nos escondendo e todos estavam ocupados com alguma coisa.


— Eu iria adorar. — respondi sorrindo, fazendo ele sorrir também.


— Justin! — Ryan o chamou, fazendo ele se afastar e olhar por cima do carro. — Está tudo pronto. — Justin assentiu, prestes a se virar para entrar no carro, mas por um impulso eu segurei o seu braço, o impedindo.


Ele se virou pra mim e me encarou.


Eu estava tão nervosa, é como se eu não quisesse que ele fosse.


— O que foi? — continuei parada olhando pra ele, sem saber o que falar, então com um impulso, me aproximei e esbarrei meus lábios nos dele. Ele visivelmente se assustou, por tanto que ele não moveu os seus lábios, ficou apenas sustentando o selinho demorado, até que eu me afastei e encontrei

seus olhos arregalados.


Droga, ele deve estar me achando uma retardada total.  


Me virei e sai andando, sem falar mais nada a ele. Estava com tanta vergonha que minha vontade era de entrar nesse jatinho e depois me jogar. Justin me chamou umas duas ou três vezes, mas ignorei e entrei no carro em que Castiel e Christian estavam me aguardando.  


Eu não sabia como iria encarar ele depois dessa.


POV. Justin


Eu estava indo para um assalto em um banco em Manhattan, e tudo que eu pensava era no beijo estranho que Kelsey havia me dado.


O que há de errado com essa garota?


Uma hora ela é toda intocável, dizendo que vai ser apenas uma relação de sexo sem compromisso e de repente vem me dando um beijo de "despedida"?

Kelsey era mais difícil de decifrar do que um jogo de caça-palavras.


— Justin, está me ouvindo? — Christian me despertou pela escuta.


— Sim, estou.


— Já chegamos no hotel, já estou em meu quarto, já podemos iniciar, já chegaram?


— Já estamos chegando, mas já pode dar início, assim que chegarmos já entramos em ação.


— Ok!


Logo depois avistei o banco. Como planejado, a pista esquerda estava livre. Era dia do lixeiro passar, e dos assaltantes de bancos também.


Não que eles esperassem por isso.


— Estou pronto, e vocês? — perguntou Christian. 


— Mais pronto impossível. — disse, com os caras e Caitlin confirmando estarem prontos.


— Então... AGORA! — Chris ordenou e todos nós jogamos os nossos carros para a direita, parando os carros em frente ao banco e colocando as máscaras, saindo do mesmo com nossos revolves em mãos.


Adentramos no local, levantando as armas fazendo as pessoas entrarem em desespero.


— Mãos ao alto, todos para aquele canto. — Ryan ordenou, fazendo todos o obedecerem.


Peguei a gerente do banco e mandei ela digitar a senha. Assim que as portas foram abertas, avistamos prateleiras e mais prateleiras com as verdinhas. Abrimos nossas bolsas e começamos a jogar os tabletes de dólares.


— Vamos, vamos. — apressou Christian.


Fechei minha bolsa e coloquei ela nas costas, os outros fizeram o mesmo, então saímos com nossas armas apontadas, com os reféns deitados no chão com as mãos atrás nas costas, em um lugar visível.


Saímos do banco e entramos em nossos carros. Engatei a marcha e saí cantando pneu pela pista esquerda. Virei na direita e joguei a bolsa com os dólares em uma caçamba enorme de lixo. Ryan, Chaz, Nolan e Caitlin fizeram a mesma coisa logo atrás de mim, então começamos a correr pelas ruas de Manhattan.


Mas então começamos a ouvir as sirenes.


— Companhia. — disse Chris. Olhei pelo retrovisor e vi os carros de polícia se aproximando.


— Não por muito tempo. — afirmei, notando que o sinal da outra rua tinha acabado de fechar e o sinal da nossa pista tinha acabado de abrir. — Ryan, Chaz, Nolan e Caitlin, colem comigo, agora! — ordenei, fazendo eles obedecerem e chegarem mais perto. — Quando eu falar "já", todos pisam fundo no acelerador, entendido? — assim que eu ouvi todos confirmarem, contei os segundos, 10...9...8...7...6...5...4...3...2...1... — Já! — gritei, fazendo um barulho ensurdecedor de pneus tomar conta da pista. Aceleramos com tudo assim que o sinal abriu e passamos para o outro lado da pista. Olhei pelo retrovisor e assim que os carros iriam passar, o sinal fechou, bem na hora que eu imaginei que fecharia.


Sorri satisfeito.


— Eu disse que não seria por muito tempo.


— Se gabe menos e aja mais, Justin. — disse Ryan, me fazendo revirar os olhos.


Paramos em um ferro velho, onde havia seguranças me esperando com outros carros. Saímos dos nossos carros e entramos em outro, então os outros carros que usamos para roubar foi dominado por chamas. Meus seguranças começaram a tacar fogo nos carros, entrando nas SUV's pretas logo depois.


Seguimos caminho de volta para o aeroporto.


POV. Kelsey


Eu estava nervosa, muito nervosa.


Todos eles estavam lá fora em um assalto nesse exato momento, como eu

poderia não ficar nervosa?


Christian se isolou na suíte, e eu e Castiel ficamos na sala. Às vezes eu conseguia ouvir Christian falando algumas coisas, mas não era totalmente legível para eu identificar o que era.


Eu só esperava que isso acabasse logo e que tudo desse certo.


— No que está pensando? — Castiel interrompeu meus pensamentos se sentando ao meu lado.


— Que isso acabe logo. — dei de ombros.


— Não se preocupe, eles já estão mais do que acostumados com isso.


— É, mas eu não.


Ele chegou para mais perto de mim e colocou seus braços ao redor de meus ombros, me puxando pra perto.


— Então ocupe sua mente com outra coisa.


— Que coisa? — olhei pra ele esperando que ele me respondesse, mas ao invés de me responder, ele me mostrou.


Ele me beijou. Seus beijos eram calmos e calorosos. Eu sabia que tinha que corresponder da mesma forma, como antes, mas agora seus beijos eram diferentes.


Não que eles não fossem bons, mas eram diferentes.


Em cada movimento eu pensava que estava traindo a confiança de Justin. Tínhamos um combinado e eu estava me sentindo estranha ao fazer isso.

Mas no fundo eu sabia que não era apenas pelo combinado.


Era por Justin.

Chegamos no aeroporto e tudo estava silencioso. Chris estava quieto, o restante dos seguranças também estavam, mas eu notei que muitos não estavam ali. Logo depois avistei mais SUV's pretas se aproximando, era o restante dos seguranças que eu estava dando falta.


— Pegaram a grana? — perguntou Chris ao primeiro que ele viu sair do carro.


— Até o último saco. — o homem respondeu sorrindo.


— E cadê Justin e os outros? Porque não vieram juntos? — perguntei.


— Eles já estão a caminho, eles foram trocar os carros enquanto os seguranças pegavam a grana que eles colocaram na caçamba de lixo. 


— Mas porque iriam deixar a grana em uma caçamba de lixo? — questionei franzindo o cenho.

Não fazia sentido você roubar um banco e jogar o dinheiro no lixo.


— Foi o nosso plano. Eles deixavam a grana em uma caçamba e depois os seguranças recolhiam o "lixo" com o caminhão de lixo enquanto Justin e os outros se livravam dos carros para não serem seguidos depois.


— E como conseguiram esse caminhão? — dessa vez foi Castiel que perguntou.


— Ameaçamos o motorista e pegamos o caminhão, simples. — disse um dos seguranças e logo depois todos começaram a rir.


Então avistei Ferrari's se aproximando. Meu coração ficou mais alegre, e fiquei tentando adivinhar em qual das Ferrari's Justin estaria.


Ele saiu da Ferrari vermelha, vindo em nossa direção. Escondi meu sorriso e toda minha empolgação. Ele se aproximou e me olhou por um tempo antes de desviar sua atenção para Chris.


— Conseguiram?


— Conseguimos.


— Então chega de perder tempo, vamos vazar daqui.

Vi Caitlin se aproximando e corri até ela e a abracei. Todos estavam aqui, sã e salvos.


Acompanhei Caitlin indo em direção ao jatinho. Justin estava indo na frente com os garotos logo atrás, mas antes de subir as escadas, ele parou, dando passagem para Ryan ir primeiro, e depois Chaz, e assim sucessivamente, até que chegou a minha vez, então ele segurou o meu braço e sussurrou em meu ouvido: "Precisamos conversar."


Duas simples palavras que me perseguiram durante toda a viagem. Só não toda a viagem porque eu dormi metade dela. Na verdade, todos dormiram durante o caminho de volta, só acordávamos para comer, estávamos exaustos. Quando chegamos, todos entraram em seus receptivos carros. Acompanhei Justin e entrei em sua Lambo olhando logo em seguida para ele. Estava na esperança de que ele dissesse alguma coisa, mas tudo o que ele fez foi pegar o seu cigarro e começar a fumar.


Abaixei a janela e bufei. Ele sabia que eu odiava quando ele fumava no carro.

Quando chegamos na mansão, Justin continuou quieto, isso estava me matando.


Será que ele sabe sobre eu e Castiel?


Ai Meus Deus, como eu não pensei nisso antes? E se Christian tivesse visto algo e dedurado para Justin? É por isso que ele disse que precisávamos conversar e é por isso que ele está tão frio e distante (mais do que o normal).

Comecei a ficar nervosa e estava quase indo perguntar quando ele resolveu falar.


— Estou super cansado, podemos deixar nossa conversa pra amanhã?


Minha vontade era dizer "não, não podemos", mas ao invés disso eu assenti, deixando que ele subisse as escadas e desaparecesse logo depois.


— Kelsey? — Caitlin me chamou e foi ai que eu notei que ela estava ao meu lado. — Está tudo bem?


— Sim. — sorri fraco, tentando disfarçar. — Eu estou bem, só cansada, acho que todos vão dormir agora. 


— Com certeza, eu estou acabada. — ela me abraçou. — Boa noite. — ela disse, indo em direção as escadas.


— Na verdade é boa tarde. — eu disse, fazendo ela rir.


— Tanto faz, só durma, Kelsey.

— Acorda! — escutei uma voz rouca, abri meus olhos e encarei Justin em pé ao lado da minha cama, usando uma blusa branca de manga e Jeans. Com certeza era a roupa mais normal que eu já vi ele usar desde que cheguei aqui. — Troca de roupa, quero te levar em um lugar. — e então ele foi em direção a porta e saiu, fechando ela logo depois.


Bufei e afundei meu rosto no travesseiro, mas logo levantei e fiz o eu ele mandou. Tomei um banho e troquei de roupa, colocando um vestidinho de alcinha todo rodado, com uma estampa colorida e com um cintinho marrom para dar um charme, com os cabelos soltos e ondulados, com uma maquiagem leve para combinar, ficando mais bonita do que eu pretendia, e o que me assustou mais foi o fato de eu querer estar bonita pra ele.


Encontrei Justin na cozinha, ele estava apenas sentado à mesa enquanto todos estavam tomando café.


— Bom dia. — disse entrando na cozinha trazendo toda a atenção pra mim.


— Uau, está uma gata. — disse Caitlin me fazendo sorrir.


— Ela é uma gata. — disse Nolan se aproximando e me agarrando, beijando minha bochecha.


— Nolan, fala logo que você é louca para pegar a Kelsey. — alfinetou Chaz e todos começaram a rir, menos Justin.


— Já chega, vamos Kelsey. — Justin me puxou pelo braço, me tirando da cozinha.


— Não vamos tomar café?


— Comemos depois, agora venha.


Ele continuou me levando até a garagem, só ai soltou meu braço.


Justin escolheu dessa vez uma BMW, entramos nela e seguimos o caminho em silêncio, até que eu resolvi falar, essa dúvida estava acabando comigo.


O que será de tão importante que ele tinha para me contar? Será que Christian viu alguma coisa e contou a ele?


— Você poderia me adiantar o que vamos conversar? Porque tem que ser longe da mansão?


— Fica tranquila, não é nada demais, eu só quero te mostrar um lugar.


— Mas você disse ontem que precisávamos conversar.


— Sim, e precisamos, mas não agora.


E foi tudo o que disse, fazendo tudo voltar ao silêncio.


Justin começou a seguir por um caminho mais pobre de Stratford, me fazendo olhar pra ele com o cenho franzido.


— O que estamos fazendo aqui? — perguntei, mas foi a mesma coisa como se eu não tivesse perguntado, pois ele não me respondeu. Ele olhava com atenção as casas, as crianças, todo o ambiente humilde com uma expressão de dor.


Ele finalmente parou o carro em um lugar longe das casas, onde havia um campinho e uma pista de Skate acabada.


— Porque estamos aqui?


— Lembra da história que eu te contei de como eu entrei na vida do crime? — assenti. — Era aqui que eu vivia com minha mãe. — olhei pra ele espantada com a revelação. — Era aqui que eu passava todos os míseros dias da minha vida, até que encontrei Billy, ou ele me encontrou, como eu já te contei essa história. Ele me mostrou que eu podia ser mais, ter mais, e eu gostei disso. — continuei paralisada, olhando para ele sem reação enquanto ele me contava seu passado mais sombrio. A Pobreza. — Era ali os dias mais felizes da minha vida. — ele apontou para o campinho e para a pista de Skate. — Eu e Ryan adorávamos esse lugar. Fazia muito tempo que eu não vinha aqui, e por isso eu quis trazer você hoje. — ele fez uma pausa e então finalmente ele parou de olhar para frente e olhou para mim, apenas para mim. — Eu só queria te mostrar que eu falo pouco, demonstro menos ainda, mas porra, Kelsey, eu sinto pra caralho.

Eu sorri pra ele e então apoiei minha mão em seu rosto, fazendo ele estranhar esse afeto, mas logo ele se adaptou, relaxando mais.


— Obrigada por dividir isso comigo. — ele sorriu e então se afastou, abrindo a porta do carro e saindo do mesmo. Abri a porta e sai para ver o que ele estava fazendo e então ele abriu a porta de trás do carro e tirou dois Skates do mesmo.

Os Skates eram personalizados, o que me fez perceber que ele já pretendia me trazer aqui. Notei logo de cara que o seu Skate era o modelo de uma guitarra com uma caveira, era simplesmente foda. Já o outro era mais feminino, parecia um rosto de uma mulher com seus olhos azuis.


— Escolhi esse pra você porque lembra seus olhos azuis. — ele me entregou o Skate que eu já sabia que seria meu.


— Mas o que você espera que eu faça com isso?


Ele riu.


— Andar, é óbvio, vamos. — ele foi em direção a pista, com eu seguindo seus passos logo atrás.


— Está louco? Eu não vou andar de Skate em uma pista de Skate, eu vou me esborrachar no chão.


— Essa é a graça, é cair e se esborrachar. Mas eu vou te ensinar primeiro, mas antes eu quero saber porque me deu aquele beijo antes de eu ir pro assalto?

Fiquei congelada. Então era disso que ele queria conversar.

Pensei em todas as possibilidades de que eu poderia dizer, e a única coisa que aparecia na minha mente era: "Eu acho que eu gosto de você."

Mas eu não iria conseguir pronunciar essas palavras, jamais, de forma alguma, então disse o que me pareceu mais conveniente.


— Sei lá, acho que foi para desejar boa sorte. — dei de ombros, como se não fosse importante.


— Então... — ele se aproximou e me puxou pela cintura, grudando meu corpo com o seu, me deixando sem ar, então me beijou, mas bem diferente do meu selinho, ele me beijou de verdade, com vontade. — Esse beijo é para te desejar sorte também. — então ele me soltou e começou a caminhar em direção a pista de Skate.


E eu continuei paralisada observando ele.

As horas seguintes foram as mais agradáveis desde o dia em que eu cheguei aqui. Justin me ensinou a andar de Skate e eu até arrisquei algumas manobras (caindo e ralando meus joelhos, mas eu arrisquei).


Passamos uma manhã agradável, e eu estava feliz de que estávamos nos entendendo. E eu estava feliz de poder enxergar pela primeira vez o Justin, o Justin de verdade, não o mafioso ganancioso em busca de poder.


Mas sim a pessoa incrível que ele era.


Mas de repente avistamos um carro dirigindo rápido em nossa direção. Justin rapidamente me puxou pelo braço e nos abaixamos atrás da pista de Skate, com Justin apontando sua arma em direção ao carro caso ele representasse alguma ameaça. Então o carro parou ao lado do carro de Justin e uma mulher com os cabelos escuros saiu desesperada do mesmo.


Era Caitlin.


— O que ela faz aqui? — perguntei.


— Como ela sabia que estávamos aqui, isso sim. — disse Justin guardando a arma e indo em direção a Caitlin. Eu o segui e ela estava mais branca que um papel.


— O que houve? — perguntei.


— Como sabia que estávamos aqui? — Justin perguntou nem se importando em saber o que estava atormentando Caitlin.


— Chris me ensinou a rastrear os carros caso seja necessário, mas isso não vem ao caso, uma coisa muito estranha aconteceu hoje.


— Fala logo, porra. — Justin murmurou irritado, me deixando irritada com ele. Ele não sabia esperar?


— Hoje de manhã logo depois do café, Christian ficou de me buscar o shopping.

Assim que ele me ligou avisando que já estava no estacionamento me esperando, eu fui procurar por ele, mas chegando lá eu só encontrei o seu carro e o celular jogado no chão, bem ao lado do carro, mas sem sinal de Christian. — Justin franziu a testa e travou o maxilar. — Sei lá Justin, acho que alguém sequestrou meu irmão. — ela disse com seus olhos marejados de lágrimas.


Fui em sua direção e a abracei, com Justin pegando seu celular e fazendo uma ligação.


Nós não tínhamos muita informação, a única coisa que sabíamos era que o seu carro foi encontrado sozinho junto com o celular.


E é claro, também sabíamos que Christian Beadles estava desaparecido.

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