Arquivo
Passamos pela entrada da festa TAO Uptown, com suas luzes coloridas dando um ar chique e exótico a toda decoração oriental. Uma estátua Buda enorme ficava bem de frente a todas as mesas espalhadas. Ao lado direito ficava o bar, ao lado esquerdo ficava a pista de dança, onde muitas pessoas já se acabavam.
Havia acabado de dar meia noite, a noite só estava começando.
— Temos uma mesa reservada. — Justin gritou alto em meu ouvido, devido ao som alto. É claro que tínhamos uma mesa reservada, eu não esperava que fosse diferente.
A nossa mesa ficava em um ótimo acesso, tanto pro bar como pra pista de dança.
— Vamos dançar? — Caitlin disse empolgada, já se levantando da cadeira que ela mal sentou e puxando o meu braço em direção a pista de dança.
— Acabamos de chegar, quero pelo menos beber alguma coisa.
— Deixa para beber depois, vamos logo. — Caitlin me empurrou na cadeira e me puxou com ela, indo já toda animada pra pista de dança.
Logo acompanhei seu ritmo, me rendendo as ótimas batidas do DJ. Movia o meu corpo de acordo com a batida, rebolando de um lado para o outro, dando uma leve descidinha e subindo empinando a bunda, jogando os cabelos de um lado para o outro, enquanto movimentava o meu corpo.
— Olha aquele carinha ali. — Caitlin sussurrou em meu ouvido, olhando para uma direção, fazendo eu acompanhar seu olhar, encontrando um cara gostoso pra caralho do outro lado, de olho em nós duas. — Quero transar com ele hoje a noite, e você vai me ajudar. — olhei com espanto pela forma como ela foi direta, me fazendo rir logo depois.
— E você quer que eu faça o que?
— Vamos começar a dançar juntas de forma sensual, e eu vou ficar olhando pra ele, pra ele ver que estou afim.
— Justin não vai gostar...
— Dança olhando pra ele, ele não desgrudou mesmo os olhos de você. — ela deu de ombros e eu olhei na direção de Justin, ele realmente observava, mas com o cenho franzido, provavelmente se perguntando o que estávamos aprontando, mas quando notou que eu estava o encarando de volta, ele desviou o olhar, prestando atenção em qualquer baboseira que Nolan estivesse dizendo.
— Tudo bem, vamos jogar um pouquinho com eles.
— É assim que eu gosto. — nós duas batemos as nossas mãos, como se tivéssemos feito um grande acordo, e querendo ou não, nada melhor do que provocar um homem e deixar ele de quatro por você, então sim, fizemos um ótimo acordo.
Começamos a dançar de novo, pegando o embalo da nova música que começou a tocar. Eu e Caitlin ficamos de costas uma pra outra, eu de frente na direção de Justin e ela na direção do rapaz gostosão.
Nós duas começamos a rebolar, fazendo nossas bundas se chocarem uma com a outra, enquanto descíamos bem devagar, quase chegando no chão, então subindo e empinando nossas bundas uma com a outra, enquanto eu fazia um gesto sensual jogando meus cabelos para trás, mordendo o lábio inferior e olhando para Justin, que fingia não estar prestando atenção, olhando disfarçadamente para mim enquanto fingia estar prestando atenção na conversa dos garotos.
Segurei em meus seios e os apertei, descendo lentamente minhas mãos pelas curvas do meu corpo, chegando na minha coxa e a apertando, descendo até o final do meu vestido, subindo minhas mãos de novo, mas dessa vez por dentro do vestido, subindo lentamente, fazendo Justin dessa vez ficar com seus olhos só em mim, completamente vidrado com a visão de minha perna toda de fora, então eu soltei o vestido, fazendo ele cair de novo no seu comprimento normal.
Logo vi Justin virar seu whisky de uma só vez e dizer um "eu já volto" pros garotos, que não se importaram com a sua saída, já deveriam estar acostumados em saber que Justin Bieber nunca fica muito tempo sentado bebendo, ele sempre tinha que comer alguma vadia.
E a vadia da vez era eu.
Quando notei, Caitlin já estava cochichando no ouvido do seu pretendente, ela também já tinha conseguido o cara. Voltei a olhar na direção de Justin e me assustei ao ver que ele já estava colado em mim.
— Eu sei o que está fazendo. — senti sua mão apertando minha cintura, descendo pra minha bunda.
— Sabe? Então o que é?
— Eu não sou de falar...
— Sou de mostrar, é, eu sei. — eu conhecia esse seu lema a muito tempo, quando ele me disse pela primeira vez em nossa falsa lua de mel.
Justin me levou para fora do local, indo em direção ao carro.
— Pensei que tivesse quartos aqui. — protestei parando no meio do estacionamento, eu ainda queria curtir mais a festa.
— Não tem, vamos ter que ir pra um motel.
— Mas eu ainda quero curtir mais.
— Podemos voltar, mas agora você me provocou, então entra nesse carro. — ele foi em direção a SUV alugada, mas permaneci parada.
—Se formos embora não vamos mais voltar, vamos nos empolgar e depois vou ficar exausta.
— Problema é seu, antes não tivesse me provocado.
— Justin! — protestei de novo, fazendo ele me encarar com tédio, a porta do carro já estava aberta, mas eu não queria entrar e ir para outro lugar, eu sabia que não iríamos voltar e eu amei esse lugar.
Justin olhou para o carro, depois para mim e sorriu malicioso.
— Pode entrar no carro, não vamos sair daqui, eu prometo. — cruzei o cenho e cruzei meus braços, não entendendo onde ele queria chegar.
— Não vou cair nesse papo, está falando isso só pra eu entrar.
— É sério, não vou ligar o carro, e para provar isso... — ele pegou as chaves do carro e veio em minha direção, puxando o decote do meu vestido e colocou a chave ali, entre os meus seios. Olhei pra ele com a testa franzida. — Agora venha. — ele segurou minha mão e me arrastou para a SUV, fechando a porta logo depois, então entendi o que ele quis dizer.
Iríamos transar no carro.
— Isso é sério, no carro? — falei quando ele começou a se aproximar para me beijar.
— Não existe lugar para transar, babe, apenas aproveite. — então ele inclinou seu corpo sobre o meu, me beijando.
Seus beijos eram calmos, nada exigentes ou possessivos, apenas uma mistura de sentimentos, calor, lábios macios, e muito desejo. Deitei mais no banco de trás, com Justin ficando por cima de mim, entre as minhas pernas. Seus beijos calmos foram ficando exigentes e ofegantes, nada ficava calmo de mais tendo Justin Bieber.
Ele abaixou o decote do meu vestido, fazendo a chave cair no "chão" do carro, com ele não dando importância, estava muito ocupado encarando os meus seios antes de começar a chupá-los e mordiscá-los
Enquanto ele fazia seu maravilhoso trabalho, eu me contorcia em baixo dele. De um lado ele me chupava, do outro ele usava sua mão para apertar e massagear o meu seio. Então ele parou e me encarou com um olhar safado, passando suas mãos por todo o meu corpo, indo em direção a minha calcinha.
Senti seus dedos por cima da calcinha, estimulando lentamente o meu clitóris. Comecei a respirar ofegante, segurando os meus seios com força enquanto ele me torturava lentamente.
Então ele finalmente subiu meu vestido e apenas se livrou da calcinha e enfiou dois dedos em minha vagina molhada, fazendo eu contorcer minhas costas, abrindo minha boca e soltando um gemido rouco. Ele foi aumentando o movimento de seus dedos, fazendo um vai e vem rápido, fazendo eu mexer o meu quadril junto para o acompanhar, sentindo um prazer dominar o meu corpo, então... ele parou.
Encarei ele furiosa com ele apenas rindo ao ver minha reação.
— Agora não, babe.
— Ok, então, minha vez. — o empurrei, fazendo ele bater sua cabeça na janela, me encarando puto logo depois. Apenas dei uma risadinha e me sentei em cima dele, rebolando minha intimidade — agora nua — por cima de sua ereção sobre a calça.
Apoie minhas mãos no vidro da janela e aumentei as reboladas, ficando ofegante ao sentir seu membro já ereto em baixo de mim. Eu queria muito arrancar sua calça e quicar em cima de seu membro, mas eu iria torturá-lo um pouco mais.
Esbarrei meus lábios nos dele, intensificando o beijo, então fui descendo pelo pescoço. Puxei sua blusa para cima, me livrando dela, era completamente inútil sua utilidade naquele momento. Passei minhas mãos pelo seu peito e fui depositando beijos, até chegar lá.
Desabotoei sua calça, tirando seu membro já ereto de dentro da cueca e fui passando minha mão delicadamente por toda sua ereção, abaixando minha cabeça e passando minha língua no início até o final do seu membro, fazendo ele me encarar com desejo e luxúria.
— Sei o que está tentando fazer. — sua voz saiu tremula, era bom saber que eu estava o deixando daquele jeito.
— Sabe? — me fiz de desentendida, arqueando a sobrancelha e sorrindo maliciosamente, estava adorando provocá-lo.
Antes de ele responder, comecei a chupá-lo, subindo e descendo, fazendo movimentos circulares em seu membro, com ele jogando sua cabeça para trás e soltando um gemido rouco, segurando meu cabelo com força, me ajudando com os movimentos.
Ele começou a movimentar seu quadril, acompanhando meu ritmo, com seus gemidos roucos frequentes, ele iria gozar. Parei, me soltando dele, que me encarou puto.
— Sabia que ia fazer isso. — disse ofegante. — Você é do tipo vingativa? — ele sorriu malicioso de uma forma que me deu medo com uma mistura de excitação. — Eu também adoro ser vingativo. — então ele me jogou no banco, entrando no meio das minhas pernas e penetrando com força. Com uma mão ele apoiou na parte de cima do banco, com a outra ele apoiou na porta do carro, enquanto ele estocava com força.
Estava frio naquela noite, mas naquele momento o ambiente foi invadido por um calor sem igual. Estávamos completamente suados, com Justin apoiando sua testa na minha enquanto batia seu quadril com mais força de encontro ao meu.
Comecei a sentir aquele prazer dominar o meu corpo.
— Oh, Justin... — gemi alto, contraindo minhas costas de prazer.
— Eu sei babe, eu sei. — ele disse com sua voz entrecortada, aumentando mais as investidas, e então arranhei suas costas, de fora a fora, enquanto sentia meu corpo todo em êxtase.
Eu havia chegado ao meu ápice.
Justin deitou seu corpo sobre o meu, ainda dando investidas, até que seus gemidos anunciaram que ele havia acabado de chegar ao seu ápice.
Estávamos suados, sem fôlego e ofegantes, mas eu adorava saber que proporcionava todo esse prazer a ele.
Quando ele se recuperou, ele me encarou, ainda deitado por cima de mim, mas apoiando suas mãos no banco do carro, para não colocar todo o seu peso.
— Onde você aprendeu a chupar desse jeito? — dei um tapa em seu braço e começamos a rir.
Logo depois colocamos nossas roupas de novo e voltamos para a festa, afinal, a noite estava apenas começando.
Caitlin pegou uma pilha de roupas e colocou em cima do pobre atendente, enquanto ela escolhia mais outra peça de roupa. Estávamos na luxuosa loja Cartier em Nova York fazendo compras, e Caitlin não se decidia em qual roupa levar — não que isso não fosse uma coisa típica de Caitlin — mas eu já estava sentindo pena do atendente.
— Mais alguma coisa, senhorita? — ele disse educadamente e Caitlin passou os olhos pela loja.
— Queria a loja inteira, na verdade, mas vou levar só isso. — o atendente olhou para a pilha de roupas, com certeza achando o "só isso" de Caitlin exagerado.
— Você nem adora compras. — ironizei, olhando para algumas sacolas que eu já tinha e para as milhares que Caitlin já havia comprado.
— Você ainda não está acostumada. — ela disse colocando seu braço ao redor do meu ombro, com nós duas andando pela loja abraçadinhas. — Logo você vai se acostumar com isso e vai estar igual a mim.
— Eu espero que não. — fiz cara feia ao me lembrar do seu quarto rosa, com tapete de zebra e lustre enorme de diamantes extravagante.
— Porque não? — ela me olhou ofendida.
E agora, como não magoar os doces sentimentos de Caitlin Victória Beadles?
— Porque seria impossível ser como você. — disse sorrindo, fazendo-a sorrir e jogar os longos cabelos.
— Isso não posso discordar. — começamos a rir e logo o atendente trouxa as outras milhares de sacolas de Caitlin.
Saímos da loja e empurramos as sacolas para dentro da enorme Range Rover que ela havia alugado para aquele dia. Assim que saímos do acostamento, notei que Caitlin ficou olhando pelo retrovisor com o cenho franzido. Tentei acompanhar seu olhar mas tudo parecia normal para mim. Seguimos rumo para um restaurante, já havia passado um pouco da hora do almoço e estávamos famintas, mas durante todo o trajeto Caitlin mantinha sua atenção no retrovisor, de olho em alguma coisa.
— O que foi? — perguntei olhando pra ela, esperando uma resposta.
— Não se desespere, mas estamos sendo seguidas. — arregalei meus olhos e comecei a olhar para trás, com Caitlin bufando. — Não se desespera, caralho.
— Tem alguém nos seguindo? Como assim? Ai meu Deus, me deixe sair. — tentei abrir a porta mas Caitlin segurou meu braço com força.
— Está maluca? — ela me olhou irritada. — Você só vai piorar tudo, eles ainda não sabem que sabemos que estamos sendo seguidas, temos que usar isso ao nosso favor.
— E o que vamos fazer?
— Ligue para Justin, anda logo. — rapidamente peguei meu Iphone e disquei o seu número, aparecendo o nome Justin com um coração na tela do Iphone, com a chamada sendo iniciada.
— Um coração? — Caitlin me encarou com tédio.
— Fique quieta... JUSTIN? — gritei quando ele atendeu. — Estamos sendo seguidas...
POV. Justin
Estávamos parados no acostamento de uma rua, apenas aguardando a Range Rover. A ligação de Kelsey não tinha sido nada tranquilizadora e a vida das duas estavam em perigo. Tive um envolvimento com Caitlin há muito tempo, mas isso não deixava de eu ter um afeto por ela, além do mais, ela é irmã de um dos meus melhores amigos, e se algo acontecesse com ela isso afetaria Christian, o que me afetaria também.
Se algo acontecesse com Kelsey... eu não gostava nem de pensar, era algo fora do normal, fora de qualquer coisa que eu já havia sentido.
Isso me destruiria.
— Elas estão perto. — avisou Christian, e então Caitlin passou correndo com a Range bem na nossa frente, com uma SUV preta logo atrás. Ligamos nossos carros e os seguimos, com o meu carro e o de Ryan cercando a SUV preta, com Chaz e Nolan indo mais a frete, fazendo a escolta de Caitlin e Kelsey, com Chris ficando atrás, caso a SUV resolvesse fugir.
Caitlin seguiu pela direita junto com Chaz e Nolan as escoltando, fazendo elas saírem da perseguição, restando apenas eu, Ryan, Christian e esse filho da puta.
Eu acelerei, passando a SUV preta, com Christian tomando o meu lugar, ficando lado a lado com a SUV. Minha intenção era virar o carro e o cercar, mas ele freou com tudo, bruscamente, fazendo um barulho e fumaça subir, com ele virando o carro e fugindo.
— Filho da puta. — falei acelerando o carro e seguindo em sua direção.
— Justin, não, pare! — Christian gritou na escuta em meu ouvido. — Não estamos no nosso território, não arrisque. — freei o carro na mesma hora. Fiquei olhando puto da vida para o carro que desaparecia. Ele estava certo, isso poderia ser uma cilada, poderia ser justamente isso que queriam, me atrair usando Caitlin e Kelsey. — Pensou agora, né? — Christian disse. Meu silêncio serviu como resposta a ele. — Deduzi isso antes mesmo de ele pensar em desistir e fugir, por isso eu saí de trás do seu carro, para eu ter certeza que ele iria fazer isso. Ele só queria que você o seguisse para algum lugar.
— Você e seu cérebro me assustam. — finalmente falei, podendo ouvir sua risadinha. — Arrume nosso jatinho e vamos voltar para o hotel e pegar nossas coisas, não vamos abusar da sorte.
POV. Kelsey
Eu andava de um lado para o outro aguardando Justin e os outros. Estava com medo de que algo muito ruim pudesse ter acontecido. Meu Iphone apitou e eu fui correndo em sua direção, poderia ser alguma mensagem dele, mas na verdade era de Castiel.
"Feliz ano novo, Blake."
Estava tão bêbada na noite passada que não havia me lembrado de desejar um feliz ano novo a ele.
"Feliz ano novo, Cas."
Antes de ter tempo de Castiel me responder, a porta da suíte foi aberta, com Justin passando pela mesma.
— Justin! — joguei o celular no sofá e fui até ele, o abraçando forte. — Você está bem? O que houve?
— Não temos tempo, arrume suas coisas, vamos voltar.
— Mas o que aconteceu? Você viu quem era?
— Não, o filho da puta fugiu. — arqueei a sobrancelha, achando aquilo estranho. Ele estava escondendo algo. — Não vi quem era e ainda bem que fugiu, agora sei que sabem que estou aqui, precisamos voltar.
— Será que foi Mikael?
— Pode ser qualquer um, eu pertenço a máfia, tem sempre alguém de olho em mim. — os pelinhos do meu corpo se arrepiaram.
Iria odiar uma vida em que eu teria que estar sempre fugindo e me escondendo.
Mas agora essa era a minha vida também.
Arrumamos nossas coisas e seguimos para a porta da suíte, mas antes dele abrir ela, ele parou e me olhou, me puxando com força em sua direção e esbarrando seus lábios nos meus.
Fiquei assustada com aquela demonstração de afeto repentina, mas correspondi, o beijando com mais intensidade, até que paramos de nos beijar quando estávamos quase sem fôlego.
— Fico feliz por estar segura. — e então pegou suas malas e abriu a porta da suíte, saindo pela a mesma.
Fiquei parada tentando assimilar o que havia acontecido. Deixei um sorrisinho bobo se formar em meu rosto, pegando minhas malas e seguindo por onde ele passou.
Depois de algum tempo de viagem, finalmente chegamos em Stratford. Alguns de seus seguranças estavam ali. Procurei por Castiel, mas ele não estava junto com os outros, o que era estranho, já que eu estava ali, então ele deveria estar também.
Fomos para a Lambo de Justin que nos aguardava, e então seguimos em alta velocidade para a mansão.
Os garotos e Caitlin nos seguiam logo atrás, com milhares de SUVs pretas nos escoltando. Depois do pequeno susto em Nova York Justin não iria arriscar.
Quando chegamos na mansão, ao lado de fora, meu pai estava discutindo algo com Castiel, que parecia estar bastante irritado com Parker, a ponto de sacar uma arma e estourar seus miolos.
— O que está acontecendo ali? — perguntei, com Justin também não entendo o motivo de Parker estar ali, ainda mais discutindo com Castiel.
Justin buzinou, avisando que estávamos ali, parando a Lambo na entrada da mansão, bem ao lado de Parker, abaixando o vidro e o encarando.
— O que faz aqui? Não gosto quando vem aqui quando não estou.
— Não vim ver você, Bieber. — Parker disse sorrindo para Justin, mas eu sabia que não era um sorriso amigável. Justin travou o maxilar e olhou para ele e depois para Castiel, voltando seu olhar para Parker de novo.
— Desculpe então ter atrapalhado a conversa de vocês, podem continuar...
— Já terminamos. — Castiel disse, entrando da mansão. Olhei com o cenho franzido para Parker, o que estava acontecendo entre eles?
— Bom... — Parker pigarreou envergonhado, sorrindo disfarçadamente logo depois. — Acho melhor eu ir, aguardo sua ligação, Bieber. — e então colocou seus óculos escuros e foi em direção ao seu carro.
— Isso foi estranho. — falei, com Justin olhando para onde Parker estava indo embora, e depois me olhando. Ele deu de ombros e continuou a entrar na mansão, mas eu sabia que ele também havia notado algo estranho.
— Christian, chame Castiel, quero ele em meu escritório. — Justin deu sua ordem assim que entramos na mansão.
— Eu vou também.
— Não! — Justin disse autoritário, me encarando. — Apenas Castiel.
— Mas eu quero saber o que está havendo.
— Eu já disse, Kelsey. — disse firme me encarando com raiva, eu sabia que ele odiava quando eu teimava, mas eu também odiava quando ele me deixava de fora. Então ele foi para o escritório, fechando a porta logo depois. Christian olhou para mim e deu de ombros, indo atrás de Castiel.
— Kelsey, minha linda, você voltou. — Jenna apareceu tirando meus pensamentos da conversa de Justin e Castiel. Abracei Jenna forte, não sabia que havia sentido tanto sua falta em dois dias.
— Vamos comer alguma coisa. — ela ofereceu e eu aceitei na hora, tudo seria melhor do que ficar aqui angustiada tentando saber o que Justin e Castiel iriam conversar.
— Foi tudo tipo muito incrível, chegamos no hotel já cinco e pouca da manhã, aproveitamos bastante. — contava a minha noite de Réveillon para Jenna, que sorria vendo a minha empolgação. Estava comendo suas famosas panquecas com chocolate quando Christian entrou na cozinha, chamando a minha atenção.
— Kelsey, Justin pediu para você ir ao escritório, e eu não sei por que, mas ele acha que eu tenho cara da porra de um pombo correio. — ele saiu da cozinha reclamando, fazendo eu e Jenna rir.
— É melhor eu ir lá. — dei um beijo na bochecha de Jenna e saí da cozinha, indo para o escritório.
Com certeza ele se tocou que agiu errado, que não deveria ter me tratado daquela forma mais cedo e iria me pedir desculpas.
Abri a porta do escritório, dando de cara com Castiel ainda ali. Olhei para ele, que me olhava apreensivo, e depois para Justin, que estava sério, sem nenhuma expressão em seu rosto.
Meu coração começou a acelerar e minhas mãos começaram a suar frio.
Castiel contou tudo a Justin, só podia ser isso.
Entrei calmamente no cômodo e fechei a porta, indo na direção deles e ficando em frente à mesa de escritório de Justin, que estava sentado atrás da mesma. Castiel se mantinha em pé ao lado dele, só um pouco mais distante, mas os dois estavam de frente pra mim.
— O que está acontecendo? — perguntei olhando para Justin e depois para Castiel, tentando descobrir alguma pista através de seus olhos.
Se ele contou à Justin eu nunca o perdoaria.
— Temos um assunto importante para contar a você? — Justin começou e eu franzi o cenho, olhando de novo para Castiel e voltando meu olhar para ele.
— Vocês querem me contar uma coisa?
— Sim, tem uma coisa importante que precisa saber. — Justin disse e meu coração se aliviou. Não era sobre eu e Castiel que ele queria falar.
— Tudo bem, então fale, mas porque Castiel está aqui? — olhei para Castiel e depois para Justin.
— Porque foi por causa dele que eu tivesse essa informação, e mais do que qualquer outra pessoa, você precisa saber também. — cruzei meu cenho achando tudo aquilo muito estranho. De que porra eles estavam falando?
— Fala logo o que está acontecendo.
— É melhor você se sentar. — sugeriu Castiel, me deixando mais irritada.
— Vou ficar como estou, falem logo. — cruzei meus braços, irritada, odiava quando ficavam enrolando e não falavam porra nenhuma.
— Tudo bem. — Justin suspirou, tomando fôlego para começar. — Está vendo esse livro em minha frente? — só agora observei um livro grande, grosso de capa preta em cima da mesa, de frente para Justin. Balancei a cabeça assentindo, então ele prosseguiu. — É um livro que pertence a Parker, Castiel o pegou, por isso ele estava aqui hoje, ele sentiu falta desse livro e veio interrogar Castiel, para saber se ele o pegou ou se ele sabia de alguém que poderia ter o pegado. — cruzei meu cenho, aquilo tudo estava ficando cada vez mais complicado, era só um livro, porque Parker insistiria tanto em achá-lo? — Eu não sei se você sabe e provavelmente não, os Gangsteres tem o costume de fazer trabalhos sujos para outros mafiosos em busca de mais dinheiro e status. — Justin fez uma pausa e prosseguiu. — Esses trabalhos sujos eles têm o costume de chamar de Arquivos.
— Ok, porque eu preciso saber disso? Eu sei que meu pai não é um santo...
— Ainda não terminei. — Justin me interrompeu. — Para você entender melhor como funciona esse lance de Arquivos, aqui está o livro de Arquivos do seu pai. — Justin pegou o livro e indicou ele em minha direção. Eu o peguei, e como era pesado decidi me sentar, até porque notei que essa conversa seria longa. Abri o livro e vi algumas coisas que não conseguia entender.
Arquivo 335 — Osmet — Subornar.
Arquivo 336 — James — Espionar.
Arquivo 337 — Dewes — Matar.
Lendo alguns dos Arquivos comecei a entender o que aquilo significava.
— Isso são pessoas, não é? Esses sobrenomes, e esses números de Arquivos, cada um desses números significa uma pessoa diferente, não é? — Justin assentiu.
— Eles numeram os Arquivos de acordo com a vez, então ao lado colocam o sobrenome da pessoa, porque se cair em mãos erradas e colocarem o primeiro nome, pode dar um grande problema, então eles colocam apenas o sobrenome, e então ao lado o que eles devem fazer com aquela certa pessoa.
Olhei de novo para a lista, subornar, espionar e matar. Meus olhos se arregalaram e senti um calafrio correr pelo meu corpo. Ao lado meu pai coloca exatamente o que ele devia fazer com aquela pessoa. Era tão frio e sujo que eu chegava ter mais nojo dele do que eu já tinha.
— Porque você queria que eu soubesse disso? Se era pra me mostrar o quando ele é sujo, isso não é novidade pra mim.
— Não é isso, tem algo mais importante que precisa saber. — disse Castiel.
— Então o que é? — Justin e Castiel se entreolharam, pareciam que estavam fazendo uma disputa pelo olhar para ver quem iria contar, e parece que Justin acabou perdendo.
Ele suspirou e passou sua mão no cabelo, e então olhou para mim.
— Vire a página naquela parte em que eu marquei. — olhei para o livro e nem havia notado que tinha uma parte marcada, então a virei, vendo mais Arquivos por ali. Passei meu olho rápido pela página e então vi algo que me chamou atenção.
Arquivo 1989 — Jenner — Infiltração.
Cruzei o cenho e fiquei olhando, então voltei a olhar para Justin, sentindo meu coração parar e começando a entender onde ele queria chegar.
— Tem meu sobrenome aqui. — Justin assentiu cautelosamente, e então prosseguiu.
— Foi tudo armação do seu pai. A morte de sua mãe não foi uma fatalidade, ele forjou os remédios dela, foi Parker Jenner que provocou sua morte, ele já tinha a intenção de traze-la para o Canadá e infiltrá-la em minha vida. — Justin fez uma pausa para ver minha reação, eu estava paralisada, com uma mistura de emoções dentro de mim. Raiva, ódio, angustia, medo, tristeza, tudo ao mesmo tempo, e tudo que eu queria era gritar "Para, para, para, eu não quero saber", mas um nó se formou em minha garganta. — Kelsey, você é um Arquivo.
A Palavra "Arquivo" foi inspirada na fanfic Holy Fool. Holy Fool é minha fanfic preferida desde sempre, a palavra "Arquivo" é apenas mais uma palavra direcionada aos Gangsteres, muitos deles fazem trabalhos para mafiosos e "maqueiam" para não deixar tudo muito evidente, por isso o nome Arquivo. Estou aqui esclarecendo caso alguém já tenha lido Holy Fool e ter notado isso, antes que venham de ignorância dizendo sobre plágio ou qualquer coisa, uma história é completamente diferente da outra, o nome "Arquivo" foi apenas inspirado.
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