Acerto de Contas
— O que você está querendo dizer? — eu olhava para Justin confusa, completamente confusa. Era exatamente isso que eu havia entendido?
— Você sabe do que eu estou querendo dizer, só está em dúvida se é isso mesmo.
— Não, eu não sei, porquê da última vez eu só ouvi um "Sua vida, seus problemas."
Ele deu uma risadinha e abaixou a cabeça.
— Eu não queria ter dito aquilo.
— Então o que você queria realmente dizer?
— Porra, você vai me fazer falar com todas as palavras?
— É claro, você não acha que me humilhou o bastante ontem? É o mínimo que você deve fazer.
Ele bufou e me encarou.
— Eu venho sentindo... coisas, coisas que nem eu mesmo consigo explicar. Eu só sei que eu quero que você seja minha, apenas minha.
— Mas isso eu já sou.
— Não falo do contrato e nem do nosso trato de sexo sem compromisso, eu falo de algo real, eu e você, juntos.
Senti uma felicidade dentro de mim, uma felicidade que eu não sentia a muito tempo. Na verdade, "felicidade" é uma coisa que eu desconhecia a muito tempo, e era bom sentir isso de novo.
Mas ao invés de pular em seus braços e o beijar, eu dei um soco forte bem em cima de seu machucado.
— Puta que pariu! — Justin grunhiu de dor, me olhando puto. — Porque você fez isso?
— Isso é por você ter me humilhado ontem.
— E precisava disso tudo?
— Precisava e ainda bato de novo se me irritar. — terminei o curativo e me levantei, guardando o kit.
— É só isso? Eu finalmente revelo que gosto de você e tudo que recebo é um soco?
— E não está bom?
— Kells... — eu simplesmente me derreti ao ouvir ele me chamando de "Kells", soava tão íntimo, tão doce, tão apaixonante...
— Vou tomar banho. — fingi não me importar, indo para o banheiro e começando a me despir. Ele pareceu logo depois.
— Então não estamos juntos? — perguntou se encostando no batente da porta me olhando com uma carinha de cachorro sem dono.
— Não sei se você está merecendo. — falei colocando a banheira para encher. Justin não respondeu nada, continuou me olhando e depois entrou no banheiro, fechando a porta logo depois. Ele começou a tentar se despir também, mas toda tentativa era fracassada, pois seu braço acabava doendo e ele grunhia de dor. — Deixa que eu te ajudo. — falei me virando de frente pra ele, completamente nua, então peguei delicadamente seu braço machucado e passei pela manga da blusa, depois o ajudei a passar o outro braço, então tirei a camiseta pela sua cabeça, bagunçando seus cabelos o deixando sexy.
E ficamos assim, cara a cara, com seus cabelos bagunçados e minha respiração ofegante.
Então com um impulso, eu o beijei, sentindo seus lábios macios e o sabor refrescante de menta. Envolvi meus braços ao redor do seu pescoço e grudei meu corpo no nele, intensificando o beijo.
— Você está abusando de mim. — ele disse entre o beijo me fazendo rir.
— E vai me dizer que não está gostando de ser abusado?
— Se for pra ser abusado assim, quero ser abusado todos os dias. — ele disse me fazendo rir, me beijando logo depois, segurando minha nuca com força com seu braço que estava bom.
— Justin, a água. — falei o afastando para fechar o registro, então Justin me puxou pelo cabelo de novo me fazendo virar de frente pra ele. — É incrível o que você consegue fazer só com uma mão. — ironizei e ele riu, me puxando para um beijo no qual eu correspondi com o mesmo ardor que ele.
Entramos na banheira e ele se sentou, me colocando em cima do seu colo. Não precisávamos mais nos preocupar com camisinha, eu já estava tomando as minhas pílulas.
Desci minhas mãos para dentro da água e comecei a massagear seu membro. Justin pediu passagem para minha língua e eu cedi, o correspondendo da mesma forma como ele me beijava: Desejo.
Quando senti seu membro já ereto, sentei lentamente, olhando fixamente para ele com nossas bocas se abrindo em um perfeito "O" ao sentir o prazer, então comecei a dar minhas investidas, subindo e descendo, com a água se movimentando e fazendo seu barulho natural.
Como seu braço estava ruim, ele não conseguia segurar minha cintura para me dar impulso, então apoiei minhas duas mãos no topo da banheira e peguei impulso aumentando as investidas.
Apoiei minha testa na sua, com seus olhos encarando os meus, até que gemi alto, chegando ao meu ápice. Justin apertou forte minha bunda, dando ainda as investidas dele, até que ele abriu sua boca, saindo um leve gemido, chegando ao seu ápice.
Deitei minha cabeça em seu ombro, com nossas respirações ofegantes.
— Ainda não estamos juntos? — perguntou me fazendo rir. Segurei o seu rosto e o beijei, e eu não precisei responder mais nada.
Ele já havia entendido que estávamos juntos.
Saímos do banheiro enrolados no roupão. Ajudei Justin a colocar sua cueca, já que nem isso ele conseguia fazer (apesar de eu achar que ele estava tirando uma casquinha de mim.)
Deitamos na cama e eu fiquei do meu lado direito e ele do lado esquerdo. Ficamos olhando para o teto, sem saber o que fazer ou o que dizer. Era nossa primeira noite realmente dormindo juntos, como um casal, e era estranho e incrível ao mesmo tempo.
— Venha aqui. — ele disse me puxando para perto, me aninhando em seu peito.
— Não é estranho pra você de repente dormir com alguém? — perguntei fazendo ele olhar para baixo para encarar os meus olhos.
— Algumas semanas atrás até poderia ser, mas agora seria estranho dormir sem você, igual noite passada.
Levantei minha cabeça para encará-lo melhor.
— Sentiu minha falta na noite passada?
Ele pareceu surpreso pela pergunta, mas se ele começou, ele iria terminar.
— Foi estranho ver seu lado vazio. — revelou, me fazendo sorrir.
— Foi estranho dormir sem você também. — revelei, fazendo ele corresponder ao meu sorriso.
— Agora durma. — ele deitou minha cabeça em seu peito de novo, com força.
— Ai, Justin, você não sabe ser delicado, né?!
— Delicadeza não é o meu forte.
— Nem gentileza.
Ele riu e logo ficamos em silêncio, até que caímos no sono.
POV. Justin
Coloquei o copo de whisky em cima da mesa e dei uma mordida no sanduíche. O que é melhor do que a cafeína de manhã? Whisky, é claro.
— Tinha que ser agora? — Ryan disse abrindo a porta do escritório, com todos vindo logo atrás dele, ainda com suas roupas de dormir e a cara amassada de sono.
— Espero que seja importante, meu sono estava maravilhoso. — reclamou Caitlin se jogando no sofá ao lado de Christian e deitando sua cabeça no ombro dele.
— Perdi o sono e acordei inspirado, tive uma ideia incrível de roubo.
Eles me olharam com cara de "Está falando sério?"
— São sete e pouca da manhã, Bieber, você não poderia ter dito sua ideia brilhante depois das dez? — disse Chaz irritado.
— Não, se eu estou inspirado agora então eu vou dizer agora.
— E porque essa inspiração repentina? — perguntou Christian e todos olharam pra mim.
— E porque está com esse sorrisinho no rosto? — continuou Caitlin, fazendo todos me olharem desconfiados.
— Não estou sorrindo.
— Está sim. — todos responderam em uníssono.
— O que é... vão ficar me interrogando agora, porra, já disse que não é nada, e eu não vim falar disso, vim falar do roubo.
— Então fala logo, porque quanto mais rápido acabar, mais rápido eu volto a dormir. — balbuciou Nolan, bocejando.
— Tive acesso a um sistema de um banco, e lá funciona com crachás. Os crachás dos visitantes são vermelhos, mas eles não têm acesso a área bancária por medidas de precauções. Mas os funcionários do banco têm acesso a tudo, então eu pensei em forjarmos um crachá igual dos funcionários, os crachás verdes, e assim teríamos acesso a todas as catracas.
— E é claro que isso seria trabalho para o Nerd aqui. — resmungou Christian.
— Você que é o inteligente, se vira. — disse me levantando e dando uma volta pela minha mesa, me encostando na mesma e ficando de frente pra eles. — Só que não seria bom nós irmos fazer isso, seria melhor duas pessoas de confiança fazer esse serviço, para não ser tão suspeito vários homens entrando do nada em um banco, iria chamar atenção, fora que muitos conhecem todo mundo, vai ser estranho ver vários homens estranhos ao mesmo tempo.
— Uma mulher poderia disfarçar mais, nunca desconfiam de mulher. — sugeriu Ryan.
— Então vai sobrar pra outra Beadles. — murmurou Caitlin. — Mas como vou pegar tanta grana sozinha?
— Você não vai pegar em dinheiro, você vai jogar para minha conta. — Caitlin cruzou o cenho não entendendo, então eu continuei. — Você vai entrar na área bancária e no caixa você vai colocar um cartão, como se fosse sacar dinheiro, mas na verdade todo o dinheiro de todos os funcionários daquele banco vão cair na minha conta, nós vamos hackear o sistema.
— Então pelo menos um de vocês poderia ir comigo.
— Homem sempre chama mais atenção, é melhor não. — disse Nolan.
— Queria outra mulher na equipe para me acompanhar nessas furadas. — murmurou irritada.
— Ela não é exatamente da equipe, mas tem... — insinuou Chaz, quando notei de quem ele estava se referindo, minha expressão ficou séria.
— Ela não vai participar disso. — esbravejei, irritado.
— E qual o problema? É uma coisa tão simples. — disse Nolan.
— Mesmo sendo simples, ela não veio pra cá para isso, sem chances.
— Da outra vez você não fez questão de Kelsey se envolver, porque faria agora? — perguntou Chris pegando exatamente no meu calo.
Porque eu faria isso agora?
Porque eu me importaria com ela?
Mas eu sabia exatamente a resposta.
Eu estava apaixonado por Kelsey. Saber que algo poderia machucá-la simplesmente acabaria comigo.
— Por nada, só estou dizendo que ela não veio aqui pra isso.
— Até eu acho que vai ser super simples, e que ela poderia ir comigo. — disse Caitlin insistindo no assunto.
— Se não tem nenhum problema pra você como diz, então não tem problema nenhum. — disse Nolan, com um sorrisinho no rosto. Olhei para todos eles e eu sabia que eles estavam me testando, eles queriam que eu revelasse alguma coisa, coisa que eles não teriam.
— Tudo bem. — dei de ombros, fingindo ser indiferente. — Eu não me importo, chame-a aqui, Caitlin.
POV. Kelsey.
Senti alguma coisa me remexer.
— Kelsey? — escutei uma voz feminina, pensei ser de Jenna, mas logo reconheci de quem era. — Acorde, Kelsey, é uma emergência.
Caitlin me balançava tentando me despertar. Me remexi de um lado e do outro, me espreguiçando e bocejando, abrindo os olhos aos poucos.
— Anda preguiça, dois minutos no escritório de Justin. — me levantei na mesma hora, sentando na cama.
— No escritório de Justin? Por que? — cruzei o cenho.
— Ele quer repassar um plano, e acho que você vai participar.
— De novo? Eu já falei que não quero me envolver...
— Para de reclamar e anda logo. — Caitlin saiu do quarto fechando a porta logo depois.
Suspirei irritada e levantei da cama, indo até o banheiro e fazendo minha higiene, depois voltei para o quarto e coloquei qualquer roupa, eu só queria tirar isso a limpo.
Se ele realmente gosta de mim como disse que gosta, porque ele iria querer que eu participasse dessas coisas e colocasse minha vida em perigo?
Não faz sentido.
Ou até faz.
Ele não gosta de mim como realmente disse.
Entrei no escritório sem nem bater na porta, com todos parando o que estavam fazendo e olhando pra mim.
— Educação mandou lembrança. — alfinetou Justin.
— Sujo falando do mal lavado. — alfinetei de volta, cruzando os meus braços e o encarando irritada. Ele conseguiu mudar todo o meu pensamento da noite passada.
Como ele pode ser gentil em um dia e um estúpido no outro?
— Quer dizer que estão me colocando em um plano sem nem me comunicar?
— Nós comunicamos á você sim. — rebateu Justin.
— Me comunicaram depois de me colocar no plano. Eu já disse que não vou mais me envolver com isso.
— Dessa vez é bem mais simples, Kelsey, vai por mim. — disse Caitlin.
— Mais simples como?
— Roubar um banco. — disse Nolan indiferente, dando de ombros.
— E roubar um banco é simples pra você? — perguntei incrédula.
— Da forma como vamos roubar, sim. — completou Caitlin.
— E de que forma seria?
— Vocês irão apenas hackear o sistema passando todo o dinheiro para nossa conta. Irão entrar e sair sem ser notadas. — respondeu Justin.
— E como eu e Caitlin iremos fazer isso?
— Nada demais, apenas entrar no local, colocar o cartão no caixa eletrônico e quando finalizar é só retirar o cartão e ir embora, pois esse cartão que irei dar a vocês já vai fazer tudo sozinho. — explicou Christian.
— E se notarem algo estranho?
— Eles até poderiam notar se fossemos nós, mas nunca suspeitariam de mulheres, ainda mais duas lindas mulheres. — Nolan disse sorrindo para mim e Caitlin.
— Ainda estou um pé atrás com isso tudo. Nunca me imaginei entrando em um banco e roubando todo o dinheiro.
— Eu também nunca pensei que iria fazer isso, e aí? — Caitlin disse dando de ombros. — Não vai ser nada demais, já fiz coisas piores, vai dar certo.
Suspirei e olhei para todos que me encaravam, apenas esperando minha decisão final. Olhei para Caitlin e ela me olhava apreensiva. Revirei os olhos e sacudi minhas mãos pra cima.
— Tudo bem, me convenceram. — disse por fim, fazendo Caitlin dar um pulo do sofá vindo até mim, me abraçando forte.
— Obrigada por fazer isso. — ela agradeceu me apertando.
— Tudo bem, Caitlin, está me sufocando. — ela se afastou, me deixando respirar. — E quando vai ser isso?
— Provavelmente em algumas semanas, vamos só esperar Christian forjar os crachás e o cartão, e então entramos em ação. — disse Justin mas eu não respondi nada, virei a cara e prestei atenção no que Caitlin estava me dizendo (apesar de que eu também não estava prestando muita atenção nela, estava ocupada demais estando puta com Justin.)
Ele nem se importou em negar, em me deixar de fora, ele está cagando e andando pra mim.
Garota estúpida, você deveria saber, ele não se importa com você.
— Podem deixar eu e Kelsey a sós agora? — disse Justin e todos se entreolharam. — Anda porra, deixe eu e Kelsey sozinhos. — todos bufaram mas fizeram o que Justin havia mandado, saindo do escritório e ficando apenas nós dois. — Porque aceitou? — disse bravo.
Ou esse garoto é doente ou ele é bipolar.
— Não foi você que quis que eu participasse?
— Claro que não, foram eles que inventaram isso, eu mandei chamar você porque pensei que iria negar.
— Eu pensei que você queria que eu participasse, que não se importasse.
— É claro que eu me importo, porra, você acha que eu iria mandar minha namorada pra um assalto?
"Minha namorada".
Deixei um sorriso bobo aparecer em meu rosto.
— O que foi? — perguntou confuso.
— É diferente ouvir você se referindo a mim como sua namorada.
— E não é o que você é?
— Eu sei, só que é... diferente.
— Um diferente bom ou ruim?
— Um diferente muito, muito bom.
Ele sorriu e então se aproximou, envolvendo seu braço bom ao redor da minha cintura e me puxando pra perto.
— Eu não queria que você participasse disso, mas quando eu neguei eles ficaram suspeitando.
— Eles já suspeitam de nós.
— Você quer contar?
Pensei em Castiel e de como tudo aconteceu tão recentemente. Não seria uma boa ideia.
— Vamos esperar mais um pouquinho.
— Tudo bem. — ele se inclinou e esbarrou seus lábios nos meus. — Quando eu repassar todo o plano para você e Caitlin, por favor, preste muita atenção e tenha muito cuidado na hora.
— Eu posso me cuidar sozinha.
— Não, não pode, não quando é algo que você não está acostumada.
— Caitlin vai estar comigo e ela sabe como se virar.
— Mesmo assim quero que tome cuidado.
— Entendido, Bizzle. — ele sorriu ao ouvir o apelido e me beijou.
— Vá se arrumar, vou levar você para almoçar.
Arqueei uma sobrancelha.
— Tipo um encontro?
Ele sorriu.
— Tipo um encontro.
Saímos escondidos, aproveitando que todos haviam voltado para dormir. Justin fumava calmamente no carro (como de costume), mas pelo menos dessa vez manteve as janelas abertas.
Quando chegamos ao restaurante, ele era chique, mas aconchegante, e tinha referência francesa.
Nossos lugares já estavam reservados, bem no meio do restaurante, nem muito perto da entrada e nem muito longe, fora que eu sabia que havia seguranças ao nosso redor disfarçados.
Justin não foi cavaleiro e não me ajudou a se sentar, puxando minha cadeira, mas não falei nada, estar ali em um restaurante, em um encontro, já era demais pra ele, então deixei isso passar.
— Você quer que eu peça pra você? — ele se ofereceu ao ver minha cara de que não estava entendendo o cardápio, já que tudo ali era sobre a culinária francesa.
— Sim, por favor. — falei fechando meu cardápio e colocando em cima da mesa.
Justin analisou o cardápio e depois chamou o garçom, fazendo o nosso pedido.
— Então Kelsey, eu quis almoçar sozinho com você porque preciso te dizer que eu não sou acostumado com isso. — fez uma pausa e logo continuou. — Eu não sou do tipo que vive um , então não posso prometer que as coisas não vão ser quebradas, que tudo vai ser sempre perfeito, porque eu sei que vou pisar na bola, eu sou assim, eu nasci completamente torto.
Dei uma risada.
— Agora me fale o que eu não sei? Eu também não sou acostumada com isso, é tanto uma novidade pra você quanto pra mim.
Ele cruzou o cenho.
— Mas e aquele seu ex-namorado viadinho?
Ri do jeito que ele se referiu ao Jered.
— Está com ciúmes, Bizzle? — provoquei, fazendo ele revirar os olhos.
— Me responda, Jenner.
— Não cheguei a amá-lo exatamente, estávamos juntos a pouco tempo...
— Quando tempo?
— Uns três meses no máximo. Interrogatório agora?
— Só tem umas coisas que eu queria saber.
— Mas você não tinha pesquisado sobre tudo?
— Pesquisei sobre tudo por alto, os detalhes eu não sabia.
— Então agora me fale de você, quantas garotas você realmente considerou como namorada?
— Quatro.
— Humm... — falei enciumada e ele riu.
— Está com ciúmes, Jenner? — alfinetou da mesma forma que eu, me fazendo
revirar os olhos igual a ele.
— Apenas curiosidade.
— E vai me dizer sobre aquelas festas loucas em que você ia com suas amigas?
Lembrei das fotos que ele disse que havia encontrado. Meu rosto ficou vermelho na hora.
— Não me lembre sobre isso, por favor. — ri envergonhada.
— Já fiz coisas piores em festas, mas você parecia bem louca nas fotos.
— Aquilo era resultado de ecstasy, sempre rola de ter ecstasy e maconha em festa de riquinhos.
— Então eles sabem se divertir bem. — ele disse sorrindo e bebendo de seu vinho que o garçom já havia trazido.
De repente uma movimentação estranha aconteceu ao nosso redor, alguns homens que estavam espalhados pelo local sentados em suas mesas, se levantaram e se aproximaram, e então um homem se sentou ao nosso lado.
Era Mikael.
Olhei para Justin e depois para Mikael, depois para Justin de novo.
Era isso mesmo que eu estava vendo? Mikael estava sentado na mesma mesa que eu e Justin?
— Olá, fedelho, quanto tempo, hein? — disse olhando para Justin e depois desviou seu olhar olhando pra mim, de forma tão fria que os pelinhos dos meus braços se arrepiaram. — E olá Brittany Johnson, ou devo dizer, Kelsey Jenner, esposa de Justin Bieber?
Engoli em seco, olhando assustada para Justin.
Da última vez em que eu e Mikael estivemos cara a cara, eu era Brittany Johnson e estava invadindo sua festa privada para roubar informações de seu notebook.
Mas agora ele já sabia quem eu realmente era.
E eu sabia que isso teria um acerto de contas.
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