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Now I Can See


Enquanto Jenna corria para buscar um copo d'água, Christian e Castiel me ajudavam a se sentar. Podia escutar suas vozes falando comigo, mas tudo parecia um eco distante, vozes distantes, não deixando perceptível o que estavam dizendo.

Fiquei fitando o chão, ainda completamente chocado com que eu havia acabado de escutar. Eu sabia que tudo ao meu redor estava acontecendo rápido, mas para mim tudo estava em câmera lenta.

As vozes, os movimentos, tudo estava passando de forma lenta.

— Ele está em choque. — Pude pela primeira vez ouvir o que estavam dizendo, mas meu corpo continuava a não responder. Estava todo paralisado olhando para o nada, ainda tentando processar o que tinha acabado de ouvir.

Um bebê. Minha mente sussurrou para mim, começando a absorver a realidade. Kelsey estava grávida e tudo que eu tinha do doutor era "ela está estável".

O que diabos essa palavra significa de fato? "Ela ainda não morreu, mas a situação está complicada, então a palavra "estável" é adequada à situação."

Porra, eu queria saber de fato a sua situação, as chances de melhoras, as chances de sair viva dessa cirurgia.

Só queria que saísse viva.

— Ai estão vocês. — Despertei rapidamente do meu estado em transe, piscando meus olhos e vendo a figura ereta de Mikael na entrada da sala de espera. — Onde ela está? Como ela está? — Ele adentrou, intercalando seu olhar suplicantemente entre nós quatro.

— Você o chamou? — Perguntei com rispidez, olhando para Jenna que estava agachada a minha frente com um copo de água.

— Não, claro que não, estou tão surpresa quanto você.

— Então o que ele faz aqui? — Gritei, me levantando rapidamente, me esbarrando na mão de Jenna, fazendo o copo virar. Ele se levantou em um pulo, assustada. Com meu corpo rígido, fechei minhas mãos em punho, olhando com raiva para Mikael.

— Eu não sei, eu...

— Jenna não tem nada e ver com isso. — Indagou Mikael, interrompendo-a. — Soube pelos meus seguranças, ou você se esqueceu de que eu controlo a cidade e sei sobre tudo? — Trinquei o maxilar, fechando minhas mãos com força, sentindo as veias dos meus braços sobressaltar.

— Vai embora, Mikael, não o quero aqui.

— Mas ela com certeza quer.

— Basta! — Avancei, indo em sua direção. O mesmo permaneceu imóvel, apenas me observando enquanto Castiel e Christian me seguravam. Me debati tentando me soltar, mas parei assim que minha tentativa frustrante não adiantou de nada. — Será que dá pra me soltar? — Gritei, intercalando meu olhar entre Castiel e Christian.

— Se você se comportar, podemos fazer isso. — Retrucou Castiel.

— Justin, não iremos poder dar apoio a elas se formos expulso, então, por favor, coopera. — Indagou Chris. Olhei para ele por um tempo, quando perceberam que meu corpo relaxou, eles me soltaram.

Estavam certos, não podia simplesmente atacar Mikael estando em um hospital e com Kelsey do jeito que estava. Ela precisa que eu fique por perto.

Precisa de mim.

— Tudo bem, mas isso é pela Kelsey. — Falei apontando meu dedo para ele. — E fique afastado.

— Pode ter certeza que a última coisa que quero é ficar perto de você. — Retrucou ao se afastar e se sentar em uma das poltronas. Bufei e me virei, sentando do outro lado da sala. Jenna ainda estava parada confusa. Olhei para o copo que ainda estava caído no chão e saí da minha poltrona, indo até Jenna e pegando o copo do chão. Olhei para ela e devolvi o copo.

— Me desculpa, não deveria ter falado daquele jeito. Obrigada pela água. — Ela olhou para o copo e sorriu, o pegando de volta. — Pode deixar que irei chamar alguém para limpar.

— Obrigada! — Sorrimos um para o outro. Quando comecei a sair da sala, Jenna segurou meu braço, me impedindo. — Eu que sugeri a Kelsey.

— O que? — Virei-me para ela, franzindo o cenho. Ela engoliu em seco e observou ao redor, quando notou que ninguém prestava atenção em nós, voltou a dizer.

— Eu que sugeri a ela que escondesse a você sobre Mikael. — Ela notou minha expressão confusa, então continuou. — Eu sabia que ela queria tentar, mas você não iria deixar, então sugeri isso a ela, mas não por ser algo contra a você, só porque ela tinha esse direito. — Ela parou e olhou de relance para Mikael, ele olhava entretido para algo no celular. — Não queria que ela se tornasse igual há mim, do jeito que sou agora, vinte anos depois de tudo. — Então entendi o que estava dizendo, estava se referindo a sua história com Mikael. — Já estive na mesma posição que ela há vinte anos, colocava as prioridades e opiniões dele sempre acima das minhas, no final levei um tombo horrível, achando que havia sido abandonada. Só não quero o mesmo para ela, sabe? Quero que ela seja capaz de opinar sobre o que quer, ou sobre o que não quer.

— Mas eu nunca a impedi das coisas... — Ela arqueou uma sobrancelha para mim, me fazendo suspirar. — Tudo bem, talvez em algumas coisas, mas pode ter certeza que eu era muito pior no início.

— Sei que você mudou muito, eu vi isso acontecer. Do quarto da empregada ela passou a dormir na melhor suíte da casa. Um relacionamento escondido passou a ser assumido aos olhos de todos — Ela sorriu para mim e acariciou meu cabelo. — Ela mudou a sua vida, da mesma forma que você mudou a dela. Vocês dois se completaram de forma inesperada, ninguém esperava por isso, mas aconteceu, e desde então um tem lutado pelo outro. Sei que está assustado, Justin, com o acidente, com o bebê, com tudo. Mas você não é o mesmo de dois anos atrás. — Ela segurou meu rosto com suas mãos, para que eu olhasse bem em seus olhos. — Você não tem mais os mesmo pensamentos, não com Kelsey na sua vida. Agora isso só cabe a você perceber isso. — Então se afastou, jogando o copo fora e se sentando perto de Castiel.

Será que ela estava certa? Eu não tinha o que temer? Minha cabeça realmente mudou depois desses anos?

Eu ainda não conseguia ver isso, e o pânico ainda estava presente.

Busquei um copo de água e o bebi, depois fui ao banheiro e molhei meu rosto várias vezes com água. Voltei para a sala de espera onde ficamos sentados aguardando, cada um com seus pensamentos.

POV. Jenna

Justin se retirou da sala. Continuamos em silêncio até que os movimentos de Mikael chamaram a minha atenção. Ele se sentou ao meu lado, me fazendo olhar para Chris e Castiel. Os dois também me olharam, mas depois desviaram o olhar e se mantiveram quietos.

— O que você quer? — Sussurrei, sem olhá-lo.

— Não pode ficar fugindo de mim pra sempre, Jenna. Temos uma filha juntos e um passado.

— Disse certo, passado, já foi, vivemos no presente agora.

— Você foi embora com muitas mágoas de mim, e entendo o porquê, mas você sabe que foram mágoas falsas, eu nunca a abandonaria. — Fechei meus olhos com força e suspirei, ainda sem encará-lo.

— Estamos aqui pela Kelsey, ok? Apenas por ela, não aproveite da situação para conversar sobre um "nós" que nem existe mais.

— Você nunca me deu uma chance de me reaproximar, como não irei aproveitar da situação?

— Mikael... — Suspirei fundo. — Estamos aqui só pela Kelsey, não é hora nem o momento certo. Prometo depois deixar você contar a sua versão da história, mas não aqui, muito menos agora. — E então olhei em seus olhos. Meu coração se apertou, ele me olhava da mesma forma de vinte anos atrás, quando eu discutia algo com ele, de forma cautelosa para não me irritar mais do que eu já estava. Os olhos não haviam mudado em nada. Me olhavam com a mesma intensidade de antes, e era a mesma que me olhava agora. Me sentia de novo com dezoito anos. — Se você continua sendo o mesmo que eu conheci, sei que será um bom pai, então apenas foque nela. — Ele balançou sua cabeça, assentindo.

— Você tem razão. — E então se levantou, voltando a se sentar onde estava. Dei graças a Deus por nossa conversa ter acabado, naquele momento Justin voltou para a sala de espera e se jogou na poltrona, se afundando em seus pensamos.

POV. Justin

Nolan e Chaz chegaram por volta do almoço com lanches, sabiam que poderíamos já estar com fome, e acertaram, já estava faminto há essa hora. Za e Khalil ficaram na mansão para supervisionar, depois desse ataque, não podíamos abaixar a guarda.

Mordi com vontade o hambúrguer, sentido o alívio por finalmente estar comendo alguma coisa. Chaz e Nolan estranharam a presença de Mikael, mas também lhe entregaram um hambúrguer.

— Obrigado. — Disse, aceitando o lanche. Chaz e Nolan se entreolharam e depois olharam para mim. Apenas dei de ombros. Depois teria que explicar tudo isso a eles.

— Desculpe a demora, mas consegui as filmagens. — Um rapaz adentrou na sala e foi até Mikael, lhe entregando um envelope. — Aqui estão as fotografias, mas tenho as filmagens em meu notebook.

— Obrigado, Will, se precisar de alguma coisa, lhe aviso. — Ele assentiu e se retirou.

— Quem era ele? — Perguntei, olhando para ele e para o envelope. Sabia que algo em relação ao acidente estava ali.

— Trabalha para mim, meu Hacker.

Franzi o cenho.

— Seu Hacker? Achava que Bruce fazia isso.

— Como Bruce não trabalha mais para mim, tive que arranjar outro, não acha? — Havia me esquecido disso. — E ele é muito, muito bom. Pedi que tentasse encontrar algo do acidente. — Disse abrindo o envelope, então olhando algumas imagens. — Reconhece esses carros? — Perguntou estendendo uma fotografia. Deixei meu hambúrguer sobre a mesa de centro e fui até ele, pegando a fotografia de sua mão. Eram fotos de cenas da câmera de segurança do túnel onde elas estavam, o carro de Kelsey foi cercado por dois carros, um atrás e outro vindo à frente, na contra mão. Os dois bateram em seu carro, as esmagando no meio. Trinquei meu maxilar.

Quem fez isso iria pagar, e da pior forma.

— Não faço ideia, fora que são carros pretos, todos meus seguranças usam desse modelo.

— Esses são blindados, por isso o impacto grande. — Peguei outras fotografias para observar. Chris agora estava ao meu lado, também analisando as imagens.

— Estão sem placa também, foram usados especialmente para isso. — Observou Christian. — Mas não é difícil suspeitar sobre quem pode estar por trás disso. — Devolveu as fotos para Mikael, então o encarou. — Você tem Bruce que quer derrubá-lo agora que você o chutou. — Então ele se virou para mim. — E você tem Hanks, que já matou Ryan e está louco para foder com você assim que tiver uma oportunidade. Agora resta saber quais dos dois estão por trás disso.

Depois de lancharmos e esperarmos por quatro horas, finalmente o doutor adentrou na sala. Todos nos levantamos em um pulo, fazendo-o se assustar.

— Tinha isso tudo da ultima vez que estive aqui? — Perguntou olhando ao redor, vendo os seguranças de Mikael que agora estavam o acompanhando junto com todos que me acompanhavam. — Esquece, vim dizer que a cirurgia foi um sucesso. — Senti um alívio dentro de mim, até o clima na sala ficou mais leve. — Caitlin já está no quarto, só Kelsey que ainda está na UTI, ainda precisamos mantê-la em observação por causa do bebê, é muito cedo para saber como ela irá reagir de agora em diante. Já fizemos de tudo, agora só dependerá dela.

— Posso vê-la? — Eu, Mikael e Jenna perguntamos ao mesmo tempo.

— Podem, mas ela ainda está dormindo devido à anestesia, e apenas um de cada vez poderá entrar.

— Posso ver minha irmã? — Perguntou Christian.

— Claro, Caitlin pode receber até quatro visitantes por vez. — Castiel, Chaz e Nolan acompanharam Christian enquanto eu e Mikael concordamos em deixar Jenna ir primeiro, até porque ela é a mãe.

Quando Jenna voltou, sabia que tinha chorado, e estava com medo do que eu poderia ver. Mikael assentiu para mim assim que Jenna retornou, como se estivesse me dando permissão para ir primeiro.

Eu já iria de todo jeito.

Lavei minhas mãos com álcool, coloquei a roupa especial, máscara e touca, nada poderia transmitir bactérias, ela havia passado por uma cirurgia complicada.

Quando adentrei ao quarto, perdi o oxigênio. Fiquei paralisado olhando para ela, com vários fios em seu peito, um tubo grande de respiração em seu rosto — para ajuda-la a respirar —, e os machucados horríveis pelo seu rosto e corpo.

Ela estava irreconhecível por baixo de vários hematomas.

Meus olhos se encheram em lágrimas.

Essa não era a Kelsey cheia de vida que eu conhecia.

Aproximei-me lentamente, queria segurar sua mão, nem que fosse só por um tempinho. Seus dedos estavam frios, mas ainda sim era ela.

Olhei em direção a sua barriga, havia um bebê ali, dependendo de Kelsey para sobreviver.

Meu filho, sangue do meu sangue, uma parte de mim.

Levantei lentamente minha mão e apoiei sobre sua barriga, bem delicadamente. Mesmo estando desacordada, não queria machuca-la mais.

E então, uma lágrima escorreu sobre o meu rosto, senti toda uma emoção invadir o meu corpo. Uma onda de choque com prazer, alegria, entusiasmos, tudo ao mesmo tempo, me dominou por completo. Olhei para ela e então sorri sobre a máscara, deixando mais lágrimas de emoção cair.

Acariciei a barriga e chorei, mas foram lágrimas dos melhores sentimentos do mundo.

Agora eu entendia o que Jenna havia me dito. Agora eu entendia tudo que ela havia me dito. Eu realmente não era o mesmo de dois anos atrás. Agora aqui, nesse momento com Kelsey e meu filho, eu conseguia ver. Tudo que eu mais queria naquele momento era vê-la de véu e grinalda, nossa criança correndo pela casa, com seus cabelos loiros e com os olhos azuis da Kelsey.

Eu queria uma vida marcada, uma vida repleta de amor, com todas as consequências da vida, e queria isso ao lado dela. Eu queria essa criança mais do que eu imaginava que pudesse querer. Eu queria Kelsey para sempre, mais do que eu poderia imaginar que iria querer alguém assim.

Jenna estava certa, Kelsey mudou completamente a minha forma de pensar sobre a vida.

Agora eu consigo ver.


OBSERVAÇÃO: Sorryyyyyyyy, esqueci de atualizar aqui no sábado, é que meu "ponto" principal é o Social Spirit, atualizei lá e esqueci de atualizar aqui HAHA. Desculpem, não irá acontecer de novo, espero que gostem <3 

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