Out Of The Woods
Uma coisa que eu aprendi nessa vida: Ter muitos amigos não faz você estar cercado de pessoas leais e confiáveis. Não foi ninguém que me disse isso, eu vivi. Vi toda a minha vida antiga escorrer pelos meus dedos como areia.
Eu era cercada por vários, hoje em dia não tinha quase nada.
Tinha apenas Jenna, Caitlin (sei que posso contar com Abby, mas não posso contar tudo a ela), ficando então apenas Jenna e Caitlin em minha vida.
Como alguém que vivia cercada de festas, amigos, namorados, pode ter apenas duas pessoas hoje em dia?
Eu não sei responder a essa pergunta, a única coisa que eu sei é que ter apenas duas pessoas confiáveis e leais em sua vida é bem melhor que ter várias e desleais.
Eu estava bem com minha vida exatamente assim. Ou não tanto.
Olhei pela janela do meu quarto, vendo a grande casa logo de frente. Todas as luzes da casa estavam apagadas, menos uma. Sabia que ele estava ali, e que ali poderia ser o seu quarto. Uma vontade louca e avassaladora de ir correndo para lá e me jogar em seus braços percorreu o meu corpo. Mas a outra parte, a parte orgulhosa, travou minhas pernas, me fazendo permanecer exatamente onde eu estava.
Fechei as janelas e as cortinas, indo me deitar, amanhã seria um longo dia e Caitlin chegaria logo pela manhã.
— Que saudades, que saudades, que saudades. — Caitlin gritava enquanto quase me enforcava, dando seu abraço de urso.
— Ok, Caitlin, menos. — disse me afastando e rindo. — Se continuar abraçando alguém assim vai acabar matando alguém asfixiado.
— Sou expert em asfixiar alguém. — deu uma piscadela e eu ri, tentando aliviar a tensão que meu corpo se formou, eu sabia que ela não estava brincando.
— Caitlin? — exclamou Jenna, aparecendo na sala sorridente. — Quanto tempo. — ela a abraçou. — Fiquei contente quando Kelsey disse que vinha.
— Estava com muitas saudades também. — Caitlin sorriu gentilmente e por um minuto pareceu ser uma boa menina angelical. Só pareceu mesmo.
— Vou voltar para cozinha, nosso almoço não vai ficar pronto sozinho. — Jenna sorriu e se afastou.
— Finalmente cheguei. — Caitlin jogou suas malas pro canto, duas enormes, uma média e uma pequena.
— Você não disse que só veio para ficar no máximo três dias? — cruzei o cenho, olhando toda a bagagem.
— E vou, chamo isso tudo de kit de primeiros socorros, nunca se sabe o que vai acontecer, vai que o tempo mude e caia um temporal durante dias e cancelem os voos? Como irei ficar sem roupa? — gargalhei e peguei uma das malas de Caitlin, empurrando com as rodinhas em direção ao meu quarto. — Do que está rindo? É verdade.
Terminamos de colocar as malas de Caitlin no meu quarto e fui sorrateiramente em direção a janela, dando uma espiada.
— É essa? — dei um pulo de susto com Caitlin aparecendo como assombração ao meu lado. Suspirei e assenti.
— Sim, ele está morando ali.
— Já se viram hoje?
— Não, ainda é de manhã, mas pode ter certeza que ainda vamos nos ver. — revirei os olhos e me afastei, me sentando na cama.
— Você fala como se isso fosse ruim.
Olhei para ela e cruzei o cenho.
— E não é?
— Você age como fosse, mas no fundo está amando tudo isso. — ela se aproximou e se sentou ao meu lado.
— O que? — encarei Caitlin, indignada — Porque estaria gostando de ser perseguida?
— Porque você o ama e está feliz por ele estar aqui, por ter vindo atrás de você. Qual é, Kelsey, toda mulher gosta de ser disputada ou ter o cara que ama correndo atrás de você.
Olhei para os meus pés e depois para as minhas unhas, fazendo de tudo para não encarar seus olhos azuis. Ela estava falando a verdade, e isso era o que mais me incomodava: o fato de ser verdade.
— Ontem à noite nos beijamos.
— Ai meu Deus, e como foi? — ela deu pulinhos na cama. Revirei os olhos e comecei a rir.
— Chegamos a nos beijar outra vez, logo quando voltou, mas fiquei brava e o mandei ir embora. — e se foder também.
— Tudo bem, mas e agora? O que foi diferente?
Senti minha garganta se fechar e meus olhos ficarem marejados de lágrimas.
— Eu queria muito odiá-lo pelo o que aconteceu, manda-lo sair da minha vida, mas toda vez que eu digo isso ao mesmo tempo eu quero dizer para ele voltar, sabe? Para não ir, para ficar comigo. — deixei uma lágrima escapar e a enxuguei. — Então tudo é uma explosão de sentimentos, mas no final sempre volto pra estaca zero. — encarei ela, que me olhava e escutava tudo atentamente.
— Você ainda não se convenceu ou não achou um ponto certo para o perdoar.
— E como eu vou saber o ponto certo?
— Talvez saiba quando eu contar o motivo de estar aqui. — eu lembrava da nossa conversa no dia anterior, quando ela disse que viria hoje para LA, ela tinha algo que eu não sabia de Justin para me contar, e isso poderia me ajudar a perdoá-lo.
Se realmente ajudar.
— Está na hora de me contar, então, não acha? — quando Caitlin abriu a boca para falar, Jenna adentrou no quarto, nos fazendo dar um pulo da cama, assustadas.
— Desculpem meninas, não queria assustá-las.
— Tudo bem. — suspirei fundo, tentando fazer meu coração se acalmar. Dois sustos em curtos intervalos de tempo, assim não tem coração que aguente.
— Só vim avisar que o almoço está pronto, vamos almoçar.
Enquanto Caitlin e Jenna tagarelavam, eu comia silenciosamente, com meus pensamentos em alguém do outro lado da rua, que tem um nome, endereço, uma Lambo branca na garagem, e um sorriso cafajeste.
Quando terminamos de almoçar, ajudamos Jenna com a louça antes de Caitlin querer me arrastar para o shopping. Tirei o dia de folga, com os dias na casa, que eu tinha no trabalho, para passar esse dia só com Caitlin.
— É sério, você já trouxe muita roupa, como vai levar tudo isso?
— Com um carro alugado ou taxi e um jatinho particular, simples. — deu de ombros, como se fosse muito fácil, e para ela realmente era. Revirei os olhos, havia me esquecido que os Beadles têm um jatinho só deles.
— E que tal me contar sobre o Justin, lembra?
— Vamos deixar isso pra depois, não sei como o seu humor vai ficar depois disso...
— Caitlin. — parei no meio do caminho. — É sério, me conte.
— Não, Kelsey, vai ter que ser do meu jeito, não sei como vai reagir e quero minha melhor amiga legal e a salvo, ok? Depois você pode virar chata e amargurada, por enquanto quero a Kelsey legal.
— O que?
Ela riu.
— Só não sei como vai reagir, então primeiro vamos às compras e no final te conto, prometo. — cruzou os dedos e fez biquinho.
— Argh, tudo bem. — Caitlin deu pulinhos de entusiasmo, e fomos em direção a entrada do shopping.
Depois de várias provas de roupas e sapatos, paramos para tomar sorvete.
— Agora conte.
— Calma mulher, respira, pelo menos.
— Anda Caitlin, cumpri minha promessa, cumpra a sua. — ela parou de comer e me olhou, depois suspirou e largou a colher do sorvete.
— Tudo bem, ai vai... Não tem toda essa ajuda financeira e tudo mais que eu tenho te ajudado?
— Sim, e isso me fez lembrar que eu tenho que te agradecer, muito obrigada...
— Espera, deixa eu terminar.
— Desculpe — levantei minhas mãos, como se estivesse me rendendo — Pode falar.
— Vamos dizer que não era bem eu que estava ajudando. — ela sorriu. Fiquei séria, olhando-a com aquela cara de cachorro sem dono, sem entender onde queria chegar.
— Do que está falando?
— Bom... Vamos dizer que o dinheiro depositado na sua conta todo mês não vem exatamente de mim.
— Caitlin...
— Vem de Justin.
Meu coração parou na hora. Fiquei de olhos arregalados encarando Caitlin, enquanto ela sorria se graça e tentava aliviar a tensão.
— Esse sorvete está maravilhoso. — colocou algumas colheradas na boca, entupindo a mesma.
— Largue isso. — peguei o pote de sorvete e afastei-a dele. — Pode desembuchando mais sobre isso. Quer dizer que esse tempo todo Justin estava me bancando?
— Ajudando, na verdade.
— Caitlin, como você pôde? — rosnei, com raiva. — Você me disse que era você que me ajudaria.
— Não contei isso para brigar comigo, contei para chegar onde eu quero chegar.
— E como você acha que isso vai me fazer o perdoá-lo, não quero esmolas dele, você não deveria ter deixado.
— Esmolas? — disse, indignada. — Kelsey, eu realmente iria te ajudar, era eu que realmente iria fazer isso, mas assim que foi embora da mansão, Justin começou a me rondar, e eu disse que ele não precisaria ficar preocupado, eu iria depositar dinheiro para você todo mês, ele me infernizou e perguntou quanto você iria precisar, e então disse que ele iria depositar.
— E porque deixou?
— No início protestei, dizendo que você não iria gostar, então ele disse que você não iria precisar saber.
— Continuo a pergunta, porque você deixou? — dessa vez gritei com mais raiva, fazendo algumas pessoas em volta nos encararem.
— Porque eu estava lá e vi a dor nos olhos dele quando você foi embora, eu vi que ele estava sofrendo tanto quanto você. Fala sério, Kelsey, ele foi o homem que eu amei intensamente durante anos, e hoje em dia é um dos meus melhores amigos, eu não iria impedi-lo de fazer algo que iria aliviar um pouco o seu sofrimento. — aquilo na verdade foi como um tapa na cara, já havia me esquecido que Justin, por um momento, era o mundo de Caitlin, que eles se envolveram, que realmente se envolveram. Foi um pouco desagradável ouvi-la dizer claramente o quanto o amava, o quanto amava o meu homem. — Estou tentando dizer que eu vi de perto o quanto ele se importa com você — continuou — Quando vim pela primeira vez para LA fazer uma visita, ele me pediu para tirar fotos de toda a sua casa, tanto por dentro como por fora, porque ele queria ter certeza que estava em uma boa casa e confortável. — arregalei os olhos. — Sim, e a babaca aqui fez isso, tirei foto de tudo quando não estava por perto, e sabe o seu Audi? Não foi exatamente eu que quis traze-lo a você, dando aquela desculpa que os presentes dos exs namorados ficam. Foi ele, Kelsey, ele me pediu para trazê-lo a você, não queria que usasse transporte público. — meu coração batia mais forte que um show de Rock, uma erupção de borboletas dominou o meu estômago. Eu não sabia o que dizer ou o que pensar. — Entende o que eu digo? — encarei de novo os seus olhos, completamente em choque. — Ele não te abandonou por três meses, Kelsey, ele continuou cuidando de você. — me levantei rapidamente, com meus olhos se enchendo de lágrimas, pegando minha bolsa e saindo dali o mais rápido possível. — Kelsey? Espere, aonde você vai? — continuei andando rapidamente assim que escutei a dona da sorveteria barrar Caitlin, impedindo-a de sair sem pagar. Aproveitei a deixa e corri para o Audi, girando a chave na ignição e saindo cantando pneu.
"Aonde você vai?" Para o único lugar para onde eu realmente queria estar.
POV. Justin
Troquei o canal da televisão, colocando no canal de esportes, onde passava um jogo de basquete. Peguei minha Heineken, que estava apoiada na mesa ao lado do sofá, e dei dois longos goles. Sabia que Kelsey estava no shopping nesse momento, e também sabia que Caitlin estava em LA, ela havia me avisado de sua chegada, e eu vi tudo pela janela e pela câmera no corredor do apartamento de Kelsey (porque óbvio que eu pediria isso ao Christian, se for para vigiar alguém, que seja direito).
Sabia que estava de olho em Kelsey, mas não iria seguir ela para umas compras sem fim com Caitlin, nem fodendo.
Dei outra golada na minha bebida, vendo os Lakers marcarem outro ponto, mas então barulho de pneu derrapando chamou minha atenção, me fazendo pegar o controle correndo e desligar a TV. Peguei minha arma, que havia colocado ao meu lado do sofá, e me levantei, preparei a arma e a posicionei, andando lentamente em direção a janela. Vi seus cabelos loiros voando contra o vento, vindo em direção a porta da entrada. Ela parecia ter chorado e estava com os olhos inchados. Desarmei a arma e a coloquei na cintura, indo até a porta e a abrindo, sem esperar ela bater.
Olhando agora
Tudo parece tão simples
Estávamos deitados em seu sofá
Eu me lembro
— O que houve... — antes de eu terminar Kelsey se jogou em cima de mim, envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço e me beijando. No primeiro momento, fiquei assustado, sem saber o que estava acontecendo ou o que fazer, mas acabei optando pela melhor opção, corresponder aos seus beijos, já que dessa vez foi ela que veio até mim.
— Posso saber o porquê disso? — perguntei quando ela se afastou, encarando suas íris azuis.
— Eu e Caitlin conversamos...
— E? Ela te convenceu a voltar pra mim? — ela deu um leve tapa em meu braço, me fazendo rir.
— Não exatamente isso, mas ela me disse uma coisa que ajudou.
— E o que seria? — ela fez uma pausa mordendo seu lábio inferior, céus, como eu estava com saudades de foder essa mulher.
— Foi você, esse tempo todo, foi você que vem me ajudado desde que eu cheguei aqui.
Você tirou uma foto de nós dois
E então descobriu (descobriu)
Que o resto do mundo era preto e branco
Mas nós tínhamos cores vivas
E eu me lembro de ter pensado...
— Caitlin te contou? É uma linguaruda mesmo.
— Se ela não tivesse me contado, eu não estaria aqui agora.
— Não ficou brava? — cruzei o cenho, a Kelsey que eu conheço iria se sentir inferior e iria querer me matar nesse momento.
— Sim, muita, mas então ela disse uma coisa que me fez enxergar o outro lado da história. Você me ama e se importava, mesmo não querendo demonstrar, você ficou cuidando de mim mesmo estando distante, você nunca se afastou de verdade.
— Fico feliz por ter percebido.
— E eu mais ainda por eu ter percebido. — então ela se aproximou, diminuindo o pouco espaço que afastava os meus lábios dos dela. Fiz impulso para ela subir em meu colo e fui nos conduzindo em direção as escadas, subindo um degrau de cada vez, com cuidado para não cair, estava concentrado de mais em seus beijos.
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Estamos fora de perigo?
Abri a porta do meu quarto e fui em direção a cama, a jogando brutalmente na mesma, fazendo ela sorrir maliciosamente. Subi lentamente por cima e segurei seu punho contra o colchão da cama, então parei e fiquei assim, apenas a olhando.
— O que foi? — ela me olhava calorosamente, e eu não tinha palavras para expressar o quanto eu estava feliz naquele momento.
— Você é linda. — ela sorriu, deixando seu rosto mais lindo que o normal. Me aproximei e beijei-a, sentindo seus lábios macios, o gosto de chocolate em sua boca (provavelmente por algo que comeu antes de chegar aqui), e pelo sentimento que cada beijo trazia: Amor, carinho, luxúria, desejo, paixão.
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Já estamos a salvo, que bom
Me afastei e tirei sua blusa, com ela fazendo o mesmo, tirando minha blusa, com eu a ajudando, jogando-a do outro lado da cama. Me inclinei para beijar seus lábios de novo enquanto minhas mãos apertavam suas cochas, subiam para cintura, depois para barriga e finalmente chegavam nos seios. Os apertei, fazendo um gemido escapar pelos seus lábios.
Desci minhas mãos e entrei por dentro do seu short, começando a estimular seu clitóris. Kelsey contorceu suas costas contra o colchão, com um gemido escapando dos seus lábios. Parece que alguém também estava sentindo a minha falta.
Ela rapidamente começou a tirar meu bermudão, o jogando de lado e colocando sua mão por cima da cueca, acariciando meu membro. Arfei entre o beijo, a beijando com mais ardor.
— Senti sua falta, filha da puta. — murmurei entre o beijo, fazendo-a sorrir e ficar irritada ao mesmo tempo, mas antes que ela falasse algo, mordi seu lábio inferior, o soltando lentamente, fazendo ela ficar entorpecida demais para protestar alguma coisa.
Olhando agora
No último mês de Dezembro (último Dezembro)
Estávamos predestinados a cair aos pedaços
E nos unimos novamente (novamente)
Ela estava com muita roupa, queria ela nua em minha cama o mais rápido possível. Me livrei de seu short e rasguei ao lado de sua calcinha, me livrando dela como se fosse papel. Kelsey me olhou irritada, mas não disse nada, boa menina.
Deitei meu corpo sobre o seu (sem colocar todo o peso) e comecei a contrair minha cintura contra a dela. Eu estava com apenas minha boxer, impedindo que finalmente chegássemos lá, mas eu queria prolongar um pouco mais, tudo que vinha dela era pouco perto do que eu senti falta.
Quando mais dela eu tiver, melhor será.
Ooh, seu colar no meu pescoço
aquela noite que não conseguíamos esquecer
Quando decidimos (decidimos)
Tirar os móveis do caminho para podermos dançar
Baby, como se fôssemos conseguir
Dois aviões de papel voando, voando, voando
E eu me lembro de ter pensado...
Logo ela começou a acompanhar meus movimentos, movendo seu quadril junto com o meu. Segurei sua mão com força contra o colchão, intensificando os movimentos... então parei. Ela me encarou puta, mas eu sabia que mudaria logo de ideia.
Me livrei da minha boxer, o único pedaço de pano que ainda restava em meu corpo, então inclinei meu corpo sobre o seu, deixando meu membro na entradinha de sua vagina, mas sem penetrar.
— Anda logo. — disse com um olhar suplicante. Sorri satisfeito.
— Com prazer. — então penetrei com tudo, com força, muita força. Ela gritou alto, fechando seus olhos com força e sentindo o prazer. Comecei um vai e vem rápido, batendo com força meu quadril contra a sua virilha. Subi suas mãos para a cima de sua cabeça, enquanto estocava com força.
Depois a peguei pela cintura e me sentei na cama, fazendo ela se sentar em cima de mim, encaixando em meu membro. Segurei sua cintura enquanto ela subia e descia de forma rápida, me dando uma visão privilegiada de seus seios em meu rosto. Segurei um enquanto eu o chupava e mordiscava, apertando o outro com a outra mão.
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Estamos fora de perigo?
Ela começou a gemer alto, e eu sabia que ela estava chegando ao seu limite, assim como eu. Joguei seus cabelos para trás, para ter uma visão dos seus olhos.
— Olhe para mim. — ela obedeceu, encarando os meus olhos. Apoiei minha testa contra a sua, fixando seus olhos nos meus. — Vamos chegar ao ápice assim, um vendo o prazer do outro, entendido? — ela balançou a cabeça, assentindo, então travei sua cintura e comecei a estocar rapidamente, sentindo suas unhas arranharem meus ombros, enquanto ela olhava fixamente em meus olhos, com sua respiração ofegante e sua boca abrindo em um "O", com um gemido prazeroso saindo do fundo de sua garganta.
Era prazeroso vê-la chegar ao seu ápice e saber que eu proporcionei aquilo.
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Já estamos a salvo, que bom
Abracei o seu corpo com força, soltando um gemido rouco ao chegar ao meu ápice, e então ficamos assim por um tempo, com seu corpo caído por cima do meu, com sua cabeça apoiada no meu ombro, enquanto eu ainda abraçava o seu corpo, mas dessa vez com menos força devido ao ápice.
Ficamos respirando ofegantemente, com sua cabeça ainda deitada em meu ombro, enquanto ela se recompunha.
— Eu te amo, Bizzle. — ela sussurrou, de uma forma quase ilegível, ainda com sua cabeça deitada em meu ombro, sem olhar para os meus olhos. Sorri ao ouvi-la dizer isso, tanto o "Eu te amo" quanto o "Bizzle".
Esse era o primeiro "eu te amo" que ela me dizia.
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Será que já estamos fora de perigo?
Estamos fora de perigo?
— Devo mandar você ir se foder também? — ela levantou sua cabeça rindo, me encarando.
— Se você fizer isso eu te mato.
— Eu também fiquei com vontade de te matar, fique você sabendo.
— Se você me matasse não teria como ir atrás de mim quando sentisse minha falta.
— Você tem razão, seria terrível.
— Muito terrível. — nós dois começamos a rir e eu a joguei na cama, a enchendo de beijos antes de finalmente o cansaço nos vencer e pegarmos no sono.
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Será que já estamos a salvo?
Já estamos a salvo, que bom
POV. Kelsey
Escutei um barulho de algo caindo e zíper sendo aberto, me fazendo abrir os olhos e olhar ao redor. Dei de cara com duas grades janelas, com o céu em um tom de alaranjado, iniciando o pôr do sol.
Virei para o outro lado, vendo Justin colocar um monte de suas roupas em uma grande mala preta.
— O que está fazendo? — perguntei me sentando na cama, cobrindo meu corpo com o lençol.
— Não queria ter te acordado, foi mal. — revirei os olhos, eu sabia que havia feito de propósito, Justin sabia ser discreto quando queria.
— Você não respondeu minha pergunta.
— Vamos voltar para o Canadá, o que mais seria? — respondeu como se fosse óbvio, o que me fez ficar irritada, o que o fez pensar que eu voltaria para lá?
— Espera aí, você disse "nós"? No plural?
— Óbvio, e seria o que? Nós dois não voltamos? Então já podemos voltar para o Canadá.
— Espera ai, Justin. — ele parou o que estava fazendo e me encarou com um ponto de interrogação em seus olhos, era legível o quanto ele estava confuso. — Sim, tecnicamente estamos juntos de novo, mas isso não significa que eu quero voltar pro Canadá. — ele ficou parado me olhando, do mesmo jeito que estava, ajoelhado no chão com várias roupas ao redor. Ele parecia perplexo.
— Como assim, Kelsey? Que porra é essa? Você sabe que minha vida toda é lá.
— E você sabe que minha vida toda é aqui. Acabamos de voltar não tem nem vinte e quatro horas, e você já quer me arrastar para a sua vida de novo?
— Eu tenho negócios no Canadá, e foi assim que você me conheceu, então é assim que deve me aceitar, porque eu aceitei você mesmo sendo uma patricinha metida a sabe tudo.
— Patricinha metida a sabe tudo? — agora ele havia passado dos limites, com certeza, quem ele pensava que era para dizer isso de mim? — Eu não quero voltar para algo incerto, acabamos de voltar.
— Eu larguei tudo para vir até aqui, eu preciso voltar, Kelsey, a vida não gira em torno de você, tenho negócio para tratar no Canadá, então por favor, coopera comigo. — ele voltou a colocar suas roupas na mala, mas dessa vez de qualquer jeito, deu para perceber que estava com raiva.
— Não! — exclamei com firmeza, fazendo ele me encarar puto da vida. — Não vou mudar minha vida completamente de novo, não para ter o mesmo fim.
— Então com vai ser, Kelsey? — ele se levantou, irritado, e parou em frente à cama, me encarando nos olhos. — Porque eu não sou o tipo de cara que vive um namoro a distância, ver só de mês em mês, ou namorar pela internet, isso não vai rolar. — não disse nada, apenas fiquei encarando seus olhos enfurecidos e tristes ao mesmo tempo. — Então como vai ser, me diz? Quer dizer que voltamos à estaca zero? — o pior disso tudo é que eu também não tinha a resposta.
Será que já estamos fora de perigo?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro