Capítulo 24
O brilho do sol refletia na lateria do carro de Rodolfo, ele estacionou o carro de forma discreta e parou o som do carro, Peter resmungou já que a música era dele. Ana Elisa estava segurando sua mala encarando a tela de seu celular, seus grandes óculos pretos combinavam com suas roupas.
Peter sorriu ao ver sua amiga, ele colocou sua cabeça para fora e assobiou para ela, parecia um menino moleque de rua.
— Gostosa — Ele disse aplaudindo Ana Elisa e riu para.
— Ah como você é chato. — Mina saiu do carro como se tivesse sufocando — Eu me recuso ir no mesmo carro que eles
— O que houve? — Ana Elisa perguntou abraçando Mina
— Ele não para de falar e ele fala mais alto que meu fone de ouvido.
— Pode ir com a gente linda — Ângela disse pra Milena sorrindo para a moça que estava por algum motivo emburrada.
— Ah não — Peter cruzou os braços — Vem com a gente irmãzinha.
— Não mesmo.
— Eu vou — Ana Elisa disse encarando Rodolfo, ele ajeitou seu óculos escuro e sorriu discretamente para ela, naquele momento eles pareciam se comunicar sem falar nada.
— O que? Bonequinha não mesmo — Eduardo suspirou, ver Peter lá dentro era um incomodando e ela e Rodolfo tão confortável parecia estranhamente íntimos o que o deixava irritado.
Eduardo observou Rodolfo, ele além de um funcionário mais tinha problemas com a justiça estava batendo de frente com a administração do seu negocio e com seus diretores, isso o deixava incomodado.
— Papai se o motorista vai, vamos todos ficar apertado.
Rodolfo saiu do carro — Não se preocupa senhor, eu sou bom no volante e vou prender ele se encher o saco.
Rodolfo colocou seu óculos na camiseta polo, apertou a mão de Eduardo com um sorriso cortes, por algum motivo aquilo deixou Eduardo desconfortável, mas como explicar aquela sensação que ele sentia em relação a Rodolfo agora?
— Eu vou na frente. — Ana Elisa abriu a porta e tirou Peter do banco da frente, ela se sentou na frente ao lado do carona.
— Eu vou escolher a música ok? — Peter disse.
Peter conectou seu celular e ligou sua playlist de viagem novamente. Rodolfo guardou a mala de Ana Elisa eles tão. Ele voltou até Eduardo e disse:
— Não se preocupe senhor vou estar atrás de vocês e nada vai acontecer posso te garantir — Rodolfo estendeu a mão para Eduardo que aperto
Isso podia deixar ele mais calmo mas não deixa tranquilo com o fato da Ana Elisa estar aquele carro por ela não podia ir com eles? Talvez se tivesse outro motorista pra dirigir. Eduardo colocou seu óculos de sol e entrou no carro com ar de poucos amigos.
O deslocamento do carro diante da pista era suave, Rodolfo seguia o carro de Eduardo calmamente, poderia ser uma viagem ruim mais decidiu tirar o lado bom disso. Após muitos resmungo a música realmente deixou Ana Elisa brava.
— Peter sério?
— Doeu oh se doeuuuuuuu — Peter cantava alto e de forma desafinada a música sertaneja popular.
Rodolfo segurou a mão de Ana Elisa e beijou, ele estava feliz mesmo com a cantoria de Peter. A musica seguinte estava deixando ela de cabelos em pé, ainda mais a voz desafinada de Peter, ela desligou o som.
— Por favor, Peter. — Ela suspirou — O que houve?
— Eu to triste.
— Sim e eu estou aqui pra saber o que houve. — Rodolfo estava segurando a mão de Ana Elisa de e ria do reação dela a Peter.
— Eu me meti um problema Lili, estou fugindo.
— O que foi Pepe?
— Eu não prometi monogamia pro casal né. Eu passei um dia lá com a Bruna e depois fui pra piscina e Lili eu conheci uma mulher, linda. Perfeita, corpo, rosto e tão angelical sabe?
— Eu sei como é — Rodolfo atravessou a conversa e sorriu pra Ana Elisa que piscou pra ele.
— O que você fez? — Ana Elisa perguntou.
— Eu, passei meu telefone pra ela, animado Lili. Ficamos conversando super romântico eu. Eu só dei um beijinho nela, Bruna apareceu e me apresentou a sua filha e adivinha quem ela.
— Não. — Ana Elisa disse em completo choque.
— Sim
— Quantos anos Bruna tem?
— 41 anos.
— Nossa Peter, como assim você conseguiu isso? Quantos anos ela tem? Foi algo criminoso?
— Bom ela sabe o estilo de vida dos pais e odeia e simplesmente me deu um tapa na cara e foi embora. — Peter suspirou — Avisei eles que estava saindo com vocês e ela disse pra não fazer nada. E ela tem 22 anos.
— Bruna é um estilo bem diferente — Ana Elisa comentou, isso para ela não era algo incomum mais crescer em uma casa onde seus pais tem esse tipo de relacionamento deve ser difícil.
— Mas ela é gostosa, isso é um fato — Comentou Rodolfo como naturalidade
— Mas que eu amorzinho? — A mão dela parou na perna de Rodolfo de jeito provocativo.
— Ninguém meu bem.
Ana Elisa e Rodolfo sorriram um pro outro, naquele momento é como se não tivesse mais ninguém. Ele sentia os dedos de Ana Elisa em sua perna e suspirou discretamente, quando olhou pra frente lembro que no carro da frente estava o pai de Ana Elisa.
Peter vendo aquilo pensou que ele não ficaria de vela hoje, isso o deixaria incomodado, quando disse:
— Verdade meu bem — Peter enfiou a cabeça entre eles — o que eu faço agora?
— Sai a francesa? — A resposta dela tinha um tom de pergunta.
— Igual você com o Rodolfo, deu muito certo né. — Peter encarou a mão de Ana Elisa e tirou discretamente fazendo Rodolfo sorriu.
— Vocês saiu a francesa comigo? — Rodolfo com um tom jocoso na fala.
— Bom, não foi bem a francesa, eu achei que não ia te ver novamente só fui até você pq era gostoso.
— Nossa Ana Elisa, se não fosse eu seria outro
— Se não fosse você seria, eu, Peter um grande gostoso — Ele comentou dando um tapa no ombro do Rodolfo que fico com o ombro tenso pela brincadeira.
— Bom a gente se achou e estamos felizes o resto vai bebê.
— A senhora R sabe de vocês? — Perguntou Peter.
— Sim. — Rodolfo segurou a mão Ana Elisa e sorriu. Eles estavam sérios e isso era uma vitória
— Me joguei pra fora do carro vou ficar de vela. — Peter gritou de um jeito dramático se tacando em direção a porta.
— Ah meu amor, não vai. — Ana Elisa sorriu pra ele — vamos ficar juntos assim meu pai não implica com a gente, pode ser?
— Pode ligar o rádio?
Ana Elisa ligou o radio e a música de sofrência voltou. Em quanto a cidade fica mais longe ele seguiam a diante na músicas intermináveis de Peter. Ana Elisa e Rodolfo conversavam um pouco.
O telefone de Rodolfo tocou na tela aparece o nome de Eduardo ele parou atendeu a música parou automática. — Alô — Rodolfo disse seriamente.
— Rodolfo vamos encostar no próximo posto, descansar e comer algo.
— Tudo bem, Senhor.
— Vocês estão bem? — A voz de Eduardo fez Ana Elisa e Rodolfo se olharem, tinha um tom incógnito. — Tranquilo...
— Sim, Senhor. Na medida do possível.
— Ok — Eduardo fez uma pausa longa novamente — Até logo.
Assim que a ligação se encerrou o clima apareceu tudo estranho, todos estavam em silêncio, os olhares entra um mistério. Quando Peter disse:
— Isso foi estranho? — Ele disse levemente chocado com a situação. — Sou eu achei ele estranho?
— É — Ana Elisa deu de ombros fingindo não estar preocupada com o que seu acabou de falar.
Quando o motorista do carro dos Ravanelli ligou a seta Rodolfo fez o mesmo, acompanhando o motorista e estacionando ao lado. Mina foi a primeira a descer do carro, Ana Elisa abriu a porta e foi até o encontro de Mina.
— Está com fome? — Ana Elisa perguntou a Milena.
— Estou com sono — Mina disse cansada da viagem, ela não estava acostumada a sair tanto.
— Vamos comer algo e tomar um café pra você dar conta de chegar lá — Ana Elisa sorriu para ela — Algo estranho aconteceu?
Ana Elisa viu que Ângela tinha decido do carro Eduardo estava dentro do carro aparentemente falando no telefone.
— Seu pai está estranho, eu não sei o que ele tem não. — Ângela comentou com Ana Elisa.
— Ele falou algo de mim e do Rodolfo? — Ana Elisa olhou ao longe, vendo seu belo namorado abastecer o carro, ele abriu um sorriso pra ela que piscou para ele discretamente — Já te disse que seu irmão é perfeito?
— Sim, umas dez vezes — Mina disse exasperada da melação discreta dos dois — Por que vocês não se casam e acaba logo essa agonia?
— Você acha bom? — Ana Elisa perguntou para Mina.
— Ele tá comprando uma casa pra você, linda por sinal.
— Pra nós manina — Ana Elisa abraçou Milena que apesar de boba retribuiu.
Eles entraram na loja de conveniência e compraram algumas coisas para comer. Rodolfo encontrou Ana Elisa debruçada no freezer de sorvete, ele suspirou observando seu pelo quadril desenhado ela era muito mais do que ele merecia. Ele se aproximou e a puxo ela saiu com os cabelos levemente gelados.
— Oi.
— Olá — Rodolfo empurrou suavemente no canto aproximando seus corpos — Como você está?
— Comprando sorvete — ela suspirou suavemente — terminou de abastecer?
— hurum — Ele beijou o pescoço de Ana Elisa fazendo ela se arrepiar.
— Você quer um sorvete? — Perguntou ela inclinando a cabeça para o lado dando espaço para Rodolfo — tem de morango, chocolate.
— tem um com seu sabor? — ele perguntou apertando levemente a cintura dela — eu estou ficando doido, Ana Elisa.
— Está mesmo, meu pai está por ai.
Um suspirou foi ouvido quando ele soltou ela e deu um passo para trás, aquilo o incomodava, ele queria poder tratar Ana Elisa como sua mulher, mais perto do pai dela, ele tinha que fingir apenas aguentar ela, por mais que fosse um trabalho que ele tivesse falando ultimamente
Ambos andaram junto pegando as coisas na loja, Milena estava poiada no balcão tomando um café em um copo de isopor.
— Quando quiser ir — Rodolfo sorriu. — Onde esta Peter?
— Foi ao banheiro e levou um monte de coisas que deixam migalhar pro seu carro — Milena comentou
— Tudo bem. — Já havia entendido que Peter vida de Ana Elisa e ele teria que aceitar isso querendo ou não — Pegue o que quiser vocês duas e vamos sair logo logo.
Rodolfo pegou dois cafés e deixou seu cartão com Ana Elisa pra pagar a conta, deu um beijo no rosto dela e saiu da loja.
Caminhou até o banco de madeira que estava sentado o motorista levando um café, o homem deveria ter 44 anos aproximadamente, era um dos funcionários mais velho da casa dos Ravanelli. Ele entregou o café para ele e se sentou ao lado de Motorista.
— Viagem longa não é — ele esticou a mão — Rodolfo.
— Marcos — Ele apertou a mão de Rodolfo — Obrigado pelo café.
— imagina amigo, ainda temos um caminho longo. — Falou Rodolfo — Você quer algo pra comer?
Antes de ter uma resposta Ângela apareceu na frente deles, carregando um lanche pra Marcos. Ângela era um anjo mesmo de doçura, preocupava-se com todos os seus funcionários. Por mais que Eduardo fosse bom perto das pessoas do nível social dele ainda podia ser ordinário quando queria.
— Vamos ter algumas horas de estrada não pode ficar sem comer. — Disse Ângela sorrindo.
— Obrigado Senhora, estou tomando café.
— Estrada cansa demais — Comentou Ângela — Está cansado Rodolfo? — Perguntou de forma gentil a Rodolfo..
— Não muito, mas ainda temos umas horas.
— Três horas — Marcos disse comendo.
Ana Elisa saiu da loja de conveniência carregada de petisto, ela se aproximou de Rodolfo e entregou o cartão — Obrigada pelo lanche
— De nada, Princesa — Rodolfo guardou seu cartão vendo Ana Elisa ir pro carro carregada de coisas.
— Não a deixe gastar indiscretamente Rodolfo
— não posso evitar — Ele riu — Ela é tão fofa comendo.
— Vamos terminar de comer e seguir viagem — Ângela disse, se sentando em um banco que estava ao lado do que Marcos e Rodolfo estavam.
Todos voltaram para o carro lembrando-se do longo caminho que tinha pela frente. As curvas ficavam mais sinuosas, o sol lançava seus últimos raios dourados sobre a paisagem pintando o céu com tons de laranja e rosa enquanto se preparava para se recolher no horizonte distante.
Após algumas horas de estrada, finalmente chegaram ao seu destino. As luzes da residência dos Ravanelli estava acesas, quando chegaram. Todos desceram dos carros, Rodolfo abriu o porta malas para tirar a mala de Peter que correu para dentro como uma criança animada. Quando Ana Elisa disse:
— Está cansado? — Rodolfo pegava a mala dela e sorriu fracamente, seus olhos estavam cansados.
— Exausto amor, dirigir cansou menos do Peter falando a viagem toda. Ele é mesmo seu melhor amigo? Você não podia ter amigo normal?
— Não podia, ele é tão gentil quando quer. Ele anda meio confuso ultimamente e você ser um novo membro na nossa história. Pode ter confundido a cabecinha fraca dele.
— E eu sou.
— Claro que é. Seremos Pepe, Lili e Roro.
— Péssima ideia — Rodolfo disse sorrindo — Quais são as chances do Pepe deixar você dormir comigo?
— Devia perguntar quais são as chances dele deixar a gente dormir. — Ana Elisa pegou a mala dela e eles entraram.
Peter estava na sala empolgado conversando com Mina, ambos estavam planejando no que fazer.
— Vamos comprar comida, vocês tão com fome? — Mina disse.
— Sim, por favor.
— Aqui só entregam pizza então. — Ana Elisa riu — Não tem muito que procurar, é meio fora de mão e eles cobram por for.
— Vou pedir pizza de qualquer jeito.
Ângela apareceu estava sorrindo — o que os jovens vão fazer? — disse se sentando ao lado de Mina e abraçando ela
— Pedir pizza.
— Eu quero dormir — Rodolfo disse com os olhos de cansado.
— Vou mostrar os quartos, voltamos pra comer. — Ana Elisa parou e encarou sua mãe — cadê o papai?
— Não sei, ele ficou o tempo todo no telefone
— Tudo bem.
Ana Elisa levou Rodolfo até os quatros em cima, todos eram parecidos tirando de seus pais, Rodolfo colocou a mala em um quarto e foi com Elisa levar a dela.
— Tranque a porta, não quero Peter aqui.
— Sim senhor.
Rodolfo apoiou sua cabeça no ombro de Ana Elis, ele estava exausto.
— Vamos descer, você deita no sofá. — Ele balançou a cabeça concordando — Pelo menos assim você pode dormir um pouco comigo.
Ambos voltaram pra sala e Peter e Mina estavam escolhendo um filme, Ana Elisa sentou na ponta do sofá, Ana Elisa se ajeitou e Rodolfo deitou a cabeça sobre o peito dela aproveitando o momento que estavam apenas as pessoas que tinham conhecimento de seu relacionamento com ela. Ela fazia carinho no cabelo dele fazendo ele pegar no sono com mais facilidade. Todos estavam vendo filme e rindo quando Rodolfo acordou.
— Oi — Ana Elisa fez um carinho no rosto dele e sorriu — Quer comer?
— Quero, quanto tempo eu dormi?
— 30 minutos.
Rodolfo se sentou e resolveu comer um pouco, ele olhava em volta e pensou em onde estaria Eduardo, ele poderia estar estranho mais Rodolfo jamais viraria a cara para quem o apoiou quando não era ninguém.
— O que houve com seu pai? Por que ele não veio comer?
— Senhor R tá lá no escritorio trancado.
— Eu vou até lá.
— Ah vai puxar o saco do chefe — Peter disse zombando
— Me deixa Pepe.
— Roro é malvado miga — Peter disse enquanto via Rodolfo se afastar
Ele bateu à porta e uma voz do outro lado disse simplesmente "entra". Quando Rodolfo adentrou, sentiu imediatamente uma vibração pesada no ar.
Seu sogro, com um olhar sério, o encarava fixamente. Por algum motivo, a expressão de Eduardo não transmitia boas sensações. Para Rodolfo, aquilo não era apenas uma má impressão; ele se sentia como se estivesse diante de um juiz que o julgava por um crime que não cometera. No entanto, Rodolfo não era o tipo de pessoa que se deixava abalar facilmente por olhares acusadores. Permaneceu tranquilo, confiando em sua consciência em relação ao que quer que viesse a seguir.
— Tudo bem senhor? — Perguntou Rodolfo — Você não vem comer
— Meu jantar — Ele levantou um copo de whisky
— Acho que não é saudável
— Rodolfo senta ai, vamos conversar.
Rodolfo sentiu um frio percorrer sua espinha. Ana Elisa, como ele explicaria a situação dela? Ele estava em mal lençóis, não conseguia parar de pensar nisso. Sentiu-se pela primeira vez apreensivo.
— Por que você se absteve?
— Como senhor?
— Bom primeiro você votou não e depois você se absteve, gostaria de saber o motivo.
— Apenas não achei que era um bom negócio senhor.
— Tem algo haver com a sua família?
— Não deixo minha vida atrapalhar meu serviço.
— Você nunca se absteve de nada. Eu não consigo entender — Eduardo encarou Rodolfo atrás de resposta.
— Se eu votasse não seria voto vencido, me abster parecia muito sensato.
— Por que?
— Pra não criar inimizades, de nada serviu. — Rodolfo sabia que agora seria uma questão de tempo até caio fazer de sua vida um inferno
— Me diga, por que você absteve, o que você não acha que era bom.
— É difícil explicar.
Eduardo pegou uma pasta e jogou sobre a mesa, era artigo de jornais do 2018 a empresa estava com problemas financeiros e faliu cheio de dividas, tudo que Rodolfo já sabia.
— Senhor — Rodolfo devolveu a pasta para mesa — certeza que de vendas conferiu isso.
— Sabe de quem eu recebi isso? — Rodolfo apenas negou com a cabeça — Carmela, ela me disse que Caio queria minha filha para dominar a minha empresa por ela ser minha única herdeira, por isso que ele estava aparecendo tanto. Seu plano é seu meu sucessor e outras coisas muito absurdas.
— São absurdas? — Rodolfo perguntou com um olhar serio. — Senhor, se são tão absurdas por que o senhor está chateado com comentários sem provas.
— Isso não pode ser verdade — Eduardo disse — Ângela não gosta dele, ela desaprovava o relacionamento de Ana Elisa com Caio quando eram jovens, dizia que não passava confiança sempre achei que era besteira. Mas notei que ela se estressa com Ireneu também, algumas coisas pareciam passar batidas agora estão claras.
— Senhor, lembra quando me convidou para fazer parte da mesa diretora, eu disse que era jovem e inexperiente e o senhor disse que tinha bons instintos e que um homem alguns momentos deviam confiar em seus instintos, confie nós seus.
— Meus instintos dizem algo que não quero pensar.
— Então o senhor já sabe a verdade, ficar aqui não vai adiantar.
— Acha que algo ruim vai acontecer?
— Só o tempo dirá. — Rodolfo sabia a verdade mas não era o momento — Vamos pra lá, sua esposa vai continuar te incomodando.
— Ela deu trabalho pra você?
— Na verdade não, eu achei que a Senhora Ravanelli era uma pessoa de origem humilde. Não sabia que era como eu.
— Como você?
— Uma pessoa que luta pra sair de onde está senhor. Vamos lá comer.
Eduardo sorriu, quebrando a tensão inicial, e ambos se levantaram, dirigindo-se à sala de estar. Lá, Ana Elisa, Ângela, Peter e Mina estavam absortos em uma série de televisão. Rodolfo escolheu se sentar próximo a Ana Elisa, enquanto Eduardo se acomodou ao lado de Ângela.
Enquanto todos desfrutavam de petiscos e trocavam risadas, a atmosfera se tornou descontraída. Os pais foram os primeiros a se retirar, dirigindo-se à feira dos mercadores, uma prática comum que Ângela sabia que seu marido fazia para conquistá-la.
Mina estava acompanhada por um novo namorado, um fato que Ana Elisa havia notado, pois a amiga passava horas absorta em seu celular, exibindo um sorriso bobo no rosto.
Os três restantes permaneceram na sala para assistir à TV, embora Peter passasse a maior parte do tempo reclamando sobre sua vida, interrompendo brevemente o clima de descontração.
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