Capítulo 08
Lisa atravessou a porta de casa com um sorriso travesso brincando em seus lábios, uma energia vibrante pulsando dentro dela. Silenciosa como um segredo, ela se encaminhou para o banheiro, onde deixou a água quente do chuveiro lavar não apenas o cansaço do dia, mas também as preocupações que insistiam em assombrá-la. Cada gota que caía sobre sua pele parecia dissipar qualquer resquício de tensão, deixando-a renovada, pronta para se perder nos pensamentos que dançavam em sua mente.
Deitada na cama, envolta pelas especialidades dos lençóis, ela mergulhou nas lembranças da noite que passara com Rodolfo. Cada momento, cada toque, cada suspiro, parecia vivo em sua mente, parecia alimentar a chama ardente que agora queimava dentro dela.
A cortina se mexia devagar fazendo a luz entrar no quarto de Ana Elisa, ela se esticou em seus lençóis confortáveis tinha tido uma noite perfeita e seu dia seria maravilhoso. Ela se levantou pegou o celular e mandou mensagem para a irmã de Rodolfo lembrando que estava a esperando.
Algo aos longos da vida de Ana Elisa ela aprendeu, você deve conquistar primeiro a família e depois do homem. A família de Rodolfo era sua irmãzinha que ele colocava no pedestal e a moça estava decida a trazer Milena para seu lado.
Novamente ela entrou embaixo do chuveiro tomando seu banho, ela estava ouvindo uma música na sua caixa de som e dançando embaixo do chuveiro empolgada a tempos não sentia-se tão completa.
A mente de Ana Elisa flutuava nas ideias de como se vestir, ela precisava capturar a atenção de alguém em especifico, escolhendo uma peça que buscava chamar atenção de Rodolfo e colocou sua saída de piscina. Quando desceu para cozinha sua mãe estava com Berenice arrumando umas bandejas
— Bom dia minhas rainha — Ana Elisa se aproximou e abraçou as duas ao mesmo tempo.
— Ok Ana Elisa, por favor — Disse sua mãe Ângela.
— O que houve mamãe? — Perguntou Ana Elisa encarando ela mãe que estava visivelmente brava.
— Ah seu pai trás esse bando de gente pra cá, tudo bem os amigos dele agora tenho que ficar fazendo sala pra mulher desocupada — Ela colocava as coisas na bandeja com raiva — Eu sou uma boa anfitriã.
A mãe de Ana Elisa tinha feito aulas de etiqueta durante muito tempo, mas as mulheres que estava em sua casa deveria ser terceira ou quarta esposas daqueles homens, elas não tinham classe ou bom senso.
— Bezinha — Ana Elisa abraçou e o olhar de Berenice cresceu desconfiado pra ela — faz algo pra mim comer e leva na piscina, pra minha visita também.
— Convidou mais gente pra essa casa Ana Elisa? — Sua mãe ralhou.
— Convidei a irmã do funcionário novo, aquele moço alto.
— Ah Rodolfo, ele é um rapaz tão bonzinho. Se todos fosse bonzinhos como ele.
Ana Elisa pegou uma uva se debruçou sobre o balcão curiosa e disse:
— Ele é bonzinho como?
— Bom ele veio em alguns eventos, sempre foi gentil e educado e a namorada dele era realmente linda. Marcela, seu pai me disse que eles terminaram.
— Ela era mais bonita que eu mamãe? — Ana Elisa perguntou, sentiu uma pontada de ciúmes de saber que Rodolfo tinha uma namorada bonita.
— Ela era bonita e educada sabe, usava roupas discretas, gentil, não fazia movimentos bruscos sabe? Contida. — Ângela sorriu para filha — mas ninguém é mais bonita que você meu amor.
Quando olhou pela porta aberta que dava caminho para jardim viu Rodolfo e Mina chegando, ela sorriu para isso, Ângela olhava para bandeja mais Berenice viu o olhar de Ana Elisa para Rodolfo, a muito tempo ela não parecia tão empolgada com algo.
Ana Elisa saiu seu olhar para Rodolfo era aquele de um criança que vê um brinquedo novo e deseja ele. Quando se aproximou da piscina Mina já na piscina com sentada em uma boia grande.
— Oi Mina — Lisa se aproximou da irmã de Rodolfo, tirou sua camisa deixando seu biquini amostra, sabia que o Rodolfo estava a observando. Ela aproveitou para ajeitar as fitas que tinha nele seu olhar subiu para Rodolfo e um sorriso cínico surgiu nos lábios dela. Quando entrou na água. — Como está?
— Bem e você? Dormiu cedo? — Mina sorriu pra Lisa, sabia que Rodolfo e ela haviam passado a noite juntos e seu irmão havia chegado muito tarde a noite.
— Bem cedo.
— Tem algo pra mim — Mina disse encarando ela.
— Tenho e você tem algo pra mim? — Ela se apoiou na boia de Mina.
— Meu irmão não estava de bom humor quando acordou.
— Estranho.
— Então, sinceramente esse seu biquini chamou atenção dele e de outros. — Elisa estava de costa mais Mina observava tudo. Milena sorriu para o irmão que pareceu notar que estava babando em cima de Ana Elisa.
— Só quero atenção dele por enquanto. — Lisa olhou para trás e Rodolfo estava a encarando, ela sutilmente acenou para ele — Está mesmo bravo?
—Não diria bravo, acho que ele gostou de você. Só não sabe lidar com isso.
— Tenho muitas perguntas sobre isso, como era as ex namoradas dele?
Enquanto Lisa e Mina conversavam sobre ele, Rodolfo tentava organizar seus pensamentos, não que não tenha visto ela sem roupa mas só aqui também era covardia, o biquini branco abraçava as curvas do corpo de Ana Elisa, os pequenos triângulos realçavam suas silhuetas de forma provocativa, as fitas amarradas delicadamente pareciam chamar seu nome pronta para ser desfeita, o traje mal cobria seu corpo criando uma aura de provocação para Rodolfo.
Quando seus olhos se desviaram das curvas de Ana Elisa ele pode notar que todos os homens a observava, ela se apoiou na boa dando uma vista pro seu amplo decote. Rodolfo sentia seu corpo responder apenas de olhar para ela.
Um desconforto profundo envolveu Rodolfo quando seus olhos pousaram em homens que poderiam facilmente ser o pai de Ana Elisa, olhando-a com uma intensidade que ele não podia ignorar. Era uma sensação de impotência que o consumia, uma mistura de ciúmes e frustração que o deixava ainda mais tenso.
Ele não podia simplesmente se aproximar dela, não podia marcá-la como sua. A ideia de reivindicá-la como sua própria, de proteger aqueles olhares insistentes, era um desejo que o corroía por dentro.
Rodolfo desviou o olhar, procurando Eduardo, o pai de Ana Elisa, para que talvez falasse algo já que ele não poderia.
— Senhor, sua filha é uma linda mulher — Rodolfo comenta pra ele discretamente quando ninguém está olhando Eduardo levanta o olhar para ele desconfiado — Não me leve a mal, mas o biquini dela não está tão adequado.
— Como?
— Olha o Caio, está quase babando sem contar os outros. E ela tem idade pra ser filha deles — Rodolfo encarou ela, estava sentada sobre a boia conversando com sua irmã — talvez seja melhor dar um toque discreto nela, para não a constranger, não que tenha algo errado, mas sabe como são os homens e esse então..
— Ah entendo — Eduardo colocou a mão no ombro de Rodolfo — Obrigado filho, por ter falado.
Eduardo caminho até a piscina e gesticulou para filha se aproximar, Ana Elisa chegou próxima do seu pai, mas ele não parecia de bom humor.
— Ana Elisa, eu acho bom você mudar sua roupa
— O que houve?
— Bonequinha esse tarados estão te olhando como se você fosse um pedaço de carne, se não fosse Rodolfo avisar — Ele bufa — Ele me entende como é cuidar de uma menina, pode fazer isso
Lisa bufa mas concorda com a cabeça, realmente a maioria deles a conheciam desde de menina eram estranhos. Ana Elisa sai da piscina pega sua camisa e volta para dentro de casa. Eduardo nota todos os olhares se voltar pra sua filha enquanto Rodolfo estava concentrado em seu celular.
— Ei — Ele gritou com seus colegas de trabalho — Vocês viram as noticias da bolsa.
Ela caminhou silenciosamente para dentro e, alguns instantes depois, Rodolfo foi atrás dela. Ela entrou no quarto e fechou a porta suavemente, mas antes que pudesse se trancar em seu mundo particular, ele alcançou, abrindo a porta abruptamente.
O som da maçaneta girando fez Ana Elisa virar-se, seus olhos encontrando os dele em um instante de tensão palpável.
— Esta me seguindo? — Ela sorriu discretamente, ela desejava o provocar então.
— Ana Elisa que biquini é esse? — Os passos fortes de Rodolfo chegando proxima dela
— É apenas uma roupa. Qual o problema?
Ele deu passos ficando bem próximos, suas mão tocou a parte de baixo do seu biquini — O problema — ele empurrou o biquini facilmente com o dedo indicador e deslizou o dedo médio no centro de seu sexo — é que fácil de mostrar algo que é só meu
Ela suspirou ao toque dele, sua voz a deixava com tesão — Desculpa — ela sussurrou tentando puxar o ar.
— Toque de roupa e que vai ficar tudo bem. — Ele tirou sua mão e encarou Ana Elisa.
— Me ajuda então. — Ana Elisa virou de costa para Rodolfo, sim aquelas fitas amarradas tão delicadamente estavam mesmo esperando por ele.
Rodolfo puxou as que estava na parte de cima, o tecido branco caiu na frente de Ana Elisa, ela se virou seus seios amostras ele deslizou a duas mãos pela lateral do corpo dela, desamarrando um de cada vez cada laço do pequeno biquini de dela que caiu no chão.
Ele deu um passo para trás a observando, seu corpo pulsava de desejo por ela, sua respiração ficou pesada, ela se curvou abaixando para pegar uma nova peça, Rodolfo encarava seu sexo rosado ele fechou os olhos rapidamente para tentar controlar seus instintos primitivos.
A peça de cor preta era única, um pouco maior e ainda deixava a moça desejava demais. Ela se virou para ele com um sorriso mordaz e disse:
— Melhor?
— Ainda quero te fuder mesmo com esse. — Ele se aproximou dela e a beijou com desejo reprimido que estava sentido, sua língua invadiu a boca dela da dominando rapidamente.
Os lábios de Rodolfo deslizando ele beijou o pescoço dela, ele era suave como uma pluma, Ana Elisa jogou os braços sobre os ombros de Rodolfo se entregando a sensação que estava lhe proporcionando, aos poucos eles se afastou dela, os olhos de Ana Elisa o encararam quando Rodolfo se virou e saiu de seu quarto.
Ele havia feito pior que ela, ela o provocava pois queria algo ele apenas a provocou e foi embora, e ainda tinha deixado uma marca em seu pescoço, um leve vermelho que apenas olhos atentos iam ver, parecia que seu desejo era marcá-la.
Antes de voltar para piscina Rodolfo fez uma pausa na cozinha para tomar um gole de água, ele estava com calor, respirando para manter o sangue nos lugares corretos, talvez dar um mergulho ajudaria ele a esfriar seu calor. Quando terminou sua água ele caminhou para piscina e acabou entrando na água.
Mina tirou os fones de ouvido e remou com a boia para perto do irmão, ela estava com um sorriso para o irmão.
— Onde você estava? — Ela perguntou
— Alguém notou que sumi? — Ele perguntou
— Não.
Alguns segundos depois Lisa apareceu, ela se sentou na cadeira e começou a passar protetor solar, suas mãos percorriam o corpo como uma cena erótica, Rodolfo enfiou a cabeça na água para tentar não olhar para ela, se perder naquelas curvas era tudo que ele gostaria naquele momento.
Quando voltou a superfície Mina sorriu para ele e disse:
— Você é rápido irmão
— Caladinha Mina.
Horas se transformaram em um dia inteiro de diversão, enquanto o sol rastejava pelo céu azul sem nuvens .
O almoço e o jantar foram servidos à beira da piscina, mudando a área ao redor em um cenário de convívio animado. Risadas e conversas preenchiam o ar enquanto todos desfrutavam da comida e da companhia uns dos outros.
À medida que a tarde se transformava em noite, uma combustão gradualmente se instalava, especialmente para Mina, que sucumbiu ao cansaço e se refugiou na cama de Elisa. Enquanto isso, Rodolfo continuou a conversar, encerrando um assunto.
— Onde está Mina? — Perguntou para Ana Elisa, ambas tinham ficado o dia colado.
— Dormindo no meu quarto.
— Vou chama-la pra gente ir.
— Acha adequado? Você bebeu, todos beberam mais eles tem motorista você não deveria pegar estrada.
— Ela tem razão, — Ângela mande e Ana Elisa concordou — Deveria ficar aqui.
— Pensei no motorista — Disse Ana Elisa.
— Cadê seu pai? — Ângela foi atrás de Eduardo
— Seria ótimo se você ficasse — Ela piscou para Rodolfo agora que só estavam eles na cozinha.
Eduardo apareceu rindo com um copo de Whisky, agora tinha poucas pessoas com eles apenas os amigos mais próximos, três homens jogando pôquer, os demais tinham ido embora, até mesmo Caio que foi para uma festa com o primo.
— Rodolfo — Ele ria para vento — Fique com a gente, pode dormir em dos quartos de hospedes ou ir com o motorista como quiser.
— Não — Ângela protesto — A menina tá dormindo, fiquem e amanhã vocês vão. Você tem compromisso?
Rodolfo fez uma pausa, ele não queria responder mas tinha apenas negou com a cabeça
— ótimo, arrume o quarto de hospede pra ele amor — Eduardo puxou ele para fora, para jogar com os demais. Seu motorista tinha virado o croupier.
Após a rodada de porque eles jogaram vinte e um e não tinha para ninguém contra o Rodolfo ele adorava cálculos e ganhou quase todas as rodadas. Foi uma boa noite para estreitar os laços. Os homens seguiram bebendo e jogando quando Rodolfo se retirou. Ana estava sentada na sala lendo um livro.
— Estava te esperando. — Ela se levantou e caminhou até ele. — Vou te mostrar seu quarto, relaxa. Até parece que tem medo de mim.
Em um recôndito da mansão dos Ravanellis, encontra-se o quarto de hóspedes, um refúgio de serenidade e elegância. A porta de mogno maciço, adornada com detalhes entalhados à mão, abre-se para revelar um ambiente de luz suave, emanando uma atmosfera acolhedora. As paredes são revestidas por um delicado papel de parede floral em tons pastéis, que contrastam com os móveis de madeira escura com acabamento lustroso.
Um amplo tapete persa, tecido com fios de ouro e cobalto, repousa sobre o piso de carvalho polido, adicionando um toque de opulência ao espaço. Na janela, cortinas de seda drapejadas em tons de marfim filtram a luz do sol, criando padrões hipnotizantes sobre o chão.
— Obrigado por isso, posso ir buscar a Mina para você ter o quarto só para você. Ela é pequena.
— Esta tudo bem — Lisa colocou as mãos para trás — Boa noite.
Ana Elisa ficou para no meio do quarto por alguns segundos, ela se aproximou de Rodolfo que estava completamente parado a aproximação dela, o ar quente saia de seus lábios e repousava na pele dele dele com suavidade e doçura, quando se afastou ela tinha um sorriso nos acanhado, em passos apressado ela saiu do quarto, Rodolfo acabou rindo sozinho da situação.
Ele se aproximou da porta que havia no quarto e do outro lado tinha um banheiro compacto oferecia o básico, mas impecavelmente limpo, com toalhas dobradas cuidadosamente sobre o balcão.
Rodolfo aproveitou o momento para relaxar um pouco. Ele rapidamente se despiu e tomou um banho revigorante, sentindo a água quente acalmar seus músculos cansados. Ao sair do chuveiro, enrolou uma toalha ao redor da cintura, apreciando a sensação de frescor e limpeza que o banho proporcionava.
Com um suspiro de contentamento, Rodolfo se deitou na cama, deixando-se envolver pelo conforto do colchão. O quarto tranquilo era exatamente o que ele precisava depois de um dia agitado. De olhos fechados, ele se permitiu relaxar, deixando os pensamentos fluírem para Ana Elisa, ela tinha tantas camadas e ele não pode evitar sorrir pela cena de poucos minutos.
A porta se abriu entrando um fio de luz dentro do quarto, Rodolfo olhou em direção a porta e pode ver a silhueta bem desenhada de Ana Elisa sem sua roupa de dormir, ela entrou sem dizer nada, fechou a porta e caminhou pelo quarto escuro. Aquela situação parecia inusitada quando Rodolfo disse:
— Tudo bem?
— Sim.
O peso suave de Ana Elisa fez com que o macio colchão se afunda-se levemente, ela deitou arrastou-se para próximo de Rodolfo, apoiando a cabeça dela sobre o peito dele, ela podia ouvir o seu coração que batia em uma melodia suave e acelerada, cada batimento era uma declaração do seu desejo, ela sorria ao ouvir as batidas, ela deslizava sua mão suavemente pelo peito nu de Rodolfo acariciando delicadamente.
— O que está fazendo aqui? — Ele perguntou baixo preocupado com alguém ouvir ambos juntos.
— Vim dormir com você. — Ana Elisa relaxou seu corpo suavemente sobre o dele, mas o ambiente estava frio por mais que Rodolfo fosse quente, havia uma coberta nos pés da cama que ela puxou — Está frio aqui.
— Gosto de dormir no frio.
Ela não respondeu, apenas continuou deitada acariciando seu peito, suas unhas percorriam com suavidade a carne nua dele, o escuro silencioso quarto era embalado pelo ritmo de pulsar do coração dele — seu coração bate rápido.
— Desculpa — Rodolfo achou estranho mas ele ficou tímido com o comentário dela.
Ana Elisa aos poucos parou o movimento de sua mão e seu corpo relaxou e ela dormia tranquilamente sobre Rodolfo, que por sua vez não conseguia dormir, ele suspirou profundamente seus pensamentos circulavam sua mente que não conseguia parar de martelar desconexas.
Demorou um tempo mais o cansaço cedeu para os pensamentos de Rodolfo o fazendo mergulhar em um sono profundo e calmo mesmo com Ana Elisa próximo dele.
Quando acordou pela manhã levou uns segundos para que Rodolfo localizasse onde estava, Elisa havia dormido com ele? O cheiro do perfume dela estava no ar mas não estava mais ali; Observando a sua volta parecia que havia sonhado, esticou o braço para pegar o celular na tela marcava onze horas.
No susto Rodolfo se levantou cambaleante, meio perdido entre o mundo dos sonhos e a realidade, dirigiu-se ao banheiro. Lá, vestiu-se às pressas e, com movimentos quase mecânicos, escovou os dentes, seu reflexo no espelho ainda carregando vestígios de um sono não totalmente dissipado.
Quando desceu as escadas se deparou com uma cena que ele que o fez sorrir, Mina estava conversando animadamente com Elisa, ambas estavam rindo, a copeira também conversava com elas as três riam de algo que Rodolfo não sabia.
Rodolfo havia observado as interações de Elisa, notando como ela tecia gentileza em cada gesto e palavra, uma natureza amável que se estendia a todos ao seu redor, sem exceção.
— Calma, Tato, vai perder o metrô? — Mina, captando a expressão atordoada de Rodolfo, sua voz tinha um tom divertido.
— Por que me deixaram dormir tanto? — A pergunta de Rodolfo carregava um misto de reprovação e perplexidade, enquanto tentava recuperar o controle de seu ritmo matinal atípico.
— Eu tentei te acordar, mas você parecia a Bela Adormecida, até te dei um tapa — Lisa entrou na conversa, seu tom leve, insinuando uma cumplicidade brincalhona. — Você estava completamente apagado.
— A Bela Adormecida é acordada com um beijo — Rodolfo retrucou, tentando se inserir na brincadeira, embora seu coração pulsasse um pouco mais rápido com a troca.
— Eu te beijei também — Lisa respondeu com uma pisca, arrancando de Rodolfo um rubor que tingiu suas bochechas, um testemunho silencioso de sua timidez súbita. — Olha só, ele ficou tímido! Eu nem fui lá, decidi deixar você descansar. Não faço ideia de como você conseguiu dormir através da algazarra deles jogando cartas e rindo por horas a fio.
— No fundo, ele é tímido — Mina, pegando no comentário, soltou uma risada, uma celebração daquele momento de leveza e conexão entre eles.
Quando Ângela voltou para dentro da casa, sua presença trouxe um novo ânimo ao ambiente. — Tudo bem, meninas? — Ela lançou a pergunta com uma energia contagiante, virando-se então para Rodolfo com um caloroso — Bom dia, Rodolfo.
— Bom dia, Senhora, — Rodolfo respondeu educadamente. Mina, entregou uma xícara de café para o irmão, que aceitou com um aceno e tomou um gole, apreciando o aroma e o sabor que ajudavam a despertar.
— Vamos, Mina, — Rodolfo disse, pronto para iniciar o dia, mas foi interrompido por um suspiro dela.
— Ah, Tato, — Mina expressou um misto de resignação e expectativa.
— A gente vai sair, — Ana Elisa anunciou, capturando a atenção de todos.
— Sair? — Rodolfo perguntou, confuso com a mudança repentina de planos.
— Vamos ao shopping, fazer as unhas e massagem. Nós três, — Ana Elisa explicou, incluindo Mina e Ângela na proposta. — Era pra ser quatro mais a Bê não quer ir — Ana Elisa lançou um olhar desapontado para Berenice que apenas riu.
— Temos que ir para casa, — Rodolfo começou a argumentar, mas Ângela rapidamente interveio com um tom conciliador.
— Ah, deixa ela ir conosco, Rodolfo. Prometo que a devolvo inteira, — Ângela disse, com uma promessa leve, mas sincera.
— Posso ir? — Mina olhou para o irmão com um olhar que misturava súplica e entusiasmo, aquele tipo de expressão difícil de recusar.
— Tudo bem, mas eu vou para casa, — Rodolfo cedeu, a contragosto, mas reconhecendo o desejo da irmã de aproveitar o momento.
— Depois, eu a levo para casa, — Ângela se comprometeu, pronta para assumir a responsabilidade. — Vou avisar seu pai, — ela adicionou, garantindo que todos estivessem a par dos planos e se sentissem confortáveis com eles.
— Vou pegar minhas coisas para você levar, — Mina disse, antes de correr para o quarto de Elisa, onde havia deixado suas coisas.
Todos que estavam na cozinha saíram, quanto estavam a sós, Ana Elisa se levantou e caminhou em direção a Rodolfo, ela sentiu seu cheiro de sabonete, como poderia tão belo?
— Dormiu bem? — Ana Elisa perguntou, com um sorriso cativante dirigido a ele.
— Sim, e você?
— Bem. — A expressão de Lisa era enigmática, sua mão segurou a de Rodolfo — Não sentiu minha falta depois que sai?
Rodolfo sentiu seu coração dar um salto. Não era uma ilusão; ela realmente havia passado a noite lá com ele.
A expressão de Rodolfo fez com que ela sorri-se, ela acariciou rosto de Rodolfo percorrendo delicadamente, deixando um rastro de calor em seu rastro. Ele fechou os olhos, rendendo-se à sensação do toque dela, seus lábios quase se encontrando com os dele antes que ela o beijasse de leve no rosto próximo a boca. — Menino bonzinho.
Eles ficaram ali, imersos no silêncio carregado de significado, seus olhares se encontrando e se perdendo em um mar de emoções. Rodolfo sentiu sua garganta secar, uma mistura de nervosismo e desejo palpitando dentro dele, deixando-o momentaneamente imóvel, sem saber como reagir.
Foi apenas quando Mina tossiu, chamando a atenção deles, que a magia daquele momento foi quebrada, trazendo-os de volta à realidade, mas deixando um rastro de expectativa e paixão no ar.
— Minha bolsa. — Ela entregou a mochila para Rodolfo, um gesto que carregava mais significado do que palavras poderiam expressar.
— Pegou o que vai precisar?
— Só preciso do meu celular.
— Tá bom. Eu vou indo. — Rodolfo beijou a testa da irmã com ternura, seus lábios deixando um carinho silencioso e reconfortante. — Se comporta.
Rodolfo se virou para sair, mas então ouviu a voz travessa de Elisa, uma melodia que despertou algo dentro dele. — Eu não ganho um beijo?
Ele se virou, seu rosto assumindo uma expressão séria, mas havia um brilho travesso em seus olhos, uma chama que ela conhecia tão bem. — Não.
Rodolfo foi para seu carro, mergulhado em pensamentos confusos e sentimentos tumultuados. Era estranho explicar o que estava acontecendo; ele não sabia ao certo como agir. Parecia que havia ultrapassado algum limite invisível, algo que estava além das palavras, mas que permeava o ar com uma tensão elétrica.
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Olá meus amores, oxe olha eu aqui em pleno sábado em. Então meus amores, primeiro gostaria de agradecer as minhas leitoras, Eli (ElaineGabardon) E Mylw0310 (mana não sei seu nome).
Obrigada meninas por comentar o último capítulo. Eu sou muito grata. #tmj
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