Capítulo 07
Quando chegou em casa Rodolfo olhou para o relógio já passava das três da manhã, ele entrou embaixo do chuveiro deixando a água quente cair sobre o seu corpo e tentava relaxar o tumulto de pensamentos que ele tinha, quando saiu do chuveiro ele foi para a cama, rolava de um lado para o outro tentando dormiu, levou horas para que conseguisse pegar no sono.
Parecia que havia acabado de fechar os olhos quando Mina abriu a porta, na sala estava ligado uma caixa de som, tocava Enemy tão alto que os vidros de seu quarto pareciam tremer.
— Mina os vizinhos vão reclamar — Ele disse cobrindo seu rosto com a coberta.
Mina entrou no quarto e abriu a cortina clareando todo o ambiente. — Abaixa o som — ele resmungou — mal dormi a noite.
— Ah, tem um motivo especial? — O tom de voz de mina era sugestivo.
— Não consegui dormir, que horas são? — Perguntou Rodolfo se sentando na cama.
— Já é 9h, a Lili já me mandou mensagem perguntando se não vamos pra piscina.
— Você disse que não né? — Rodolfo falou preocupado, quando a nuvem de excitação passava a ele conseguia novamente pensar lembrava que Ana Elisa acima de tudo é filha do seu chefe, aquela que ele chamava de Bonequinha.
— Eu disse que vamos — Mina abaixou o som com seu celular.
— Eu não quero ver ela.
— Ela quem? — Mina perguntou rindo, ela se sentou na cama do irmão — O que está acontecendo?
Rodolfo suspirou ele não queria falar o tudo que estava acontecendo. Rodolfo se levantou e foi até a cafeteira, começou a preparar um café enquanto Mina a seguia. Era possível sentir os olhos de Mina atravessando seu corpo, como se fosse um super herói disparando laser. Ele se virou e disse:
— O que foi? — Perguntou Rodolfo.
— Por que você está tão chateado? Você não é o tipo que se apega a esses detalhes. Primeiro a Eva que foi sua primeira namorada.
— Bom, Eva não era ótimo e ela foi estudar e achei melhor terminar relacionamento a distância não funciona — Explicou Rodolfo
— E a Marcela. Achei que vocês iam casar e terminaram do nada e você nem ligou.
Rodolfo se virou, ele ligava para o que tinha acontecido. Ele conheceu Marcela na academia do prédio, eles tinham tanto em comum que logo se tornaram amigos e durante uma noite ficaram juntos e foram aos poucos ficando. Depois de dois anos Rodolfo chamou ela para morar com ele, eles deveriam se casar, Rodolfo estava bem estável e ela também era uma mulher independente. Quando tudo estava acertado ela perguntou quando Mina voltaria a morar com a mãe dela, já que não moraria junto com sua irmã, aquilo foi o fim deles para Rodolfo, ele gostava dela, não era uma paixão, era confortável e agradável.
— Podemos mudar de assunto? — Perguntou Rodolfo serio, odiava falar de Marcela, ainda mais por que irmã dele brigou com ele pelo termino.
— Claro, eu vou ficar na piscina da Lili hoje e você pode ir ficar conversando com os idosos chatos.
— Eu não posso entrar na água também?
Rodolfo encarou Mina, ela apenas sorriu para o irmão — Com essas marcas? Parece que entrou em uma briga com alguém.
O rapaz suspirou, talvez tivesse entrado em uma briga de ego. Ana Elisa havia o mordido e deixado marcas pelo seu corpo que ele teria que fingir que sabe como estava lá.
— Se arrume, saímos em 20 minutos.
Mina deu a ordem e volto para seu quarto, Rodolfo não sabia se gostaria de ir ou não, mas ficava feliz das duas estarem conversando e se comunicando.
Rodolfo tomou um banho e se arrumou, Mina estava pronta esperando ele e mexendo no celular, ambos desceram e foram para o carro, enquanto a música tocava o barulho do motor agia suavemente eles iam novamente em direção a casa dos Ravanellis.
— Dorfo — Mina chamou o irmão, ela só chamava assim quando queria algo — O que está rolando entre vocês?
Ele pensou na resposta, o que deveria dizer a sua irmã? Devia ser sincero e honesto, ela já sabia que algo estava acontecendo. Eles tinham algo maravilhosamente físico, sexo intenso e quando estava perto ele esqueci do pequeno diferencia que era o fato dela ser filha do chefe.
— Ela é filha do meu chefe e isso complica tudo demais.
— Não sei porquê...
— É estranho ela me deixa — Rodolfo procurava a palavra — Como uma adolescente, besta, pensando o que eu fiz de errado, se ela está me dando um sinal, se ela quer me dizer algo, por que ela não fala pra mim. Estou ficando doido.
Foi um desabafo, um necessário intervalo para a confusão que sentia. Por mais que gostasse dos momentos, Ana Elisa era filha do seu chefe, e isso o fazia temer que acabaria enlouquecendo por causa desse desejo proibido.
— Pra lidar com um doido tem que ser doido.
— Como assim?
— Sabe em meninas malvadas quando a Cady vai entrar pro grupo? Ela se torna malvada pra ganhar respeito. — Mina explica sua teoria usando um filme adolescente deixando Rodolfo mais confuso ele a encara, ela solta um suspiro como se fosse algo obvio — Pra lidar com um doido tem que ser doido.
— Ser como ela? — Rodolfo perguntou e ela concordou.
Rodolfo ficou em silêncio, será que era um papo estranho pra ter com a sua irmã de 17 anos? Ele estava tentando entender toda a situação e talvez fosse simples. Ela iria pagar de pegar no pé dele e se ele não fosse resistente, ele não resistia muito mais pensava em ser menos.
Quando chegaram foram recebidos por Eduardo e sua esposa, eles estavam casualmente arrumados, Caio já estava lá, sentado em um dos sofá suando um óculos preto. Mina foi direto para piscina empolgada ao ver as boias.
— Sua irmã é um doce de menina — Eduardo falou para Rodolfo.
— Ela se tornou minha melhor amiga, ficou doida com a piscina. E ela gostou muito da Ana Elisa.
— Ela é um encanto — Um dos diretos disse — Quem sabe um dia não viremos família.
— Ah sim senhor, claro — Eduardo fechou sua cara — Meu bem mais precioso não é pro bico dos filhos malandros de vocês.
A voz dele foi alta o suficiente para ver Caio fazendo uma careta, Rodolfo não sabia se o motivo era desgosto pelo comentário de Eduardo ou se era a ressaca depois de todo o Whisky que ele havia tomado.
Caio se aproximo de Rodolfo e comprimento daquele jeito nada cordial dele.
— Está melhor da ressaca? — Perguntou Rodolfo.
— Sim, estou acostumado a beber.
— Claro — Rodolfo riu do amigo vendo que ele estava totalmente apagado rapidamente.
— E você, teve uma boa noite.
Caio observava o pescoço de Rodolfo ele tinha marcas roxas que tentou esconder com um pouco de maquiagem mais não, ainda estava visível. Aquelas marcas que Ana Elisa havia deixado para que ele não se esquece dela. Após analisar as marcas Caio disse:
— Entrou em uma briga. — A voz dele tinha um tom de brincadeira.
— Sim e eu acabei perdendo. — Rodolfo admitiu, na briga com Ana Elisa ela sempre ganhava quando mexia seus quadris na frente dele.
Rodolfo discretamente se afastou de Caio, voltando sua atenção para a mesa repleta de membros da diretoria. Entre eles, ele era visivelmente o mais jovem, uma discrepância que não passava despercebida. Ao seu lado, apenas uma outra mulher compartilhava da juventude no círculo de poder: a diretora jurídica. A diretora de RH, que também era mais nova, havia se ausentado recentemente por razões que Rodolfo desconhecia.
Ele fez um esforço hercúleo para se manter a par das conversas, que oscilavam entre decisões estratégicas e anedotas de um passado corporativo que ele mal podia imaginar. Apesar de sua inteligência lhe permitir destacar-se, a idade era uma barreira invisível que muitas vezes o isolava. Era uma realidade incômoda, sabendo que alguns dos diretores tinham filhos mais velhos que ele próprio.
Rodolfo buscava incessantemente se integrar, mergulhando nas discussões quando possível. Mas sempre havia um obstáculo, uma distração que desafiava sua concentração e o impedia de se sentir completamente parte do grupo: Ana Elisa. A presença dela o desestabilizava profundamente, perturbando sua calma com uma facilidade desconcertante.
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Esse capítulo é basicamente uma quebrazinha de tempo pra explicar umas coisas, vai ter alguns então os capítulos vão ser curto. Vamos ter alguns assim... enfim, bora lá meu povo.
Deixe seus votos e comentários, não sejam fantasminha, em breve vamos ter mais fotos de Mina, Peter, Ângela, Eduardo e Caio.
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