{Tragédia}

Hailey

Acordei com barulhos estranhos vindo do quarto ao lado, era o da minha mãe adotiva, encarei o relógio e o mesmo entregava que passada das três da madrugada, dei outra encarada e agora foi na porta, escutei um grito e rapidamente desci da cama, passei a mão no primeiro objeto que encontrei pela frente. Ao me aproximar do quarto dela coloco minha cabeça na pequena fresta e olho o interior do quarto tendo como primeira visão minha mãe toda ensanguentada no chão.

— Mãe? - digo trêmula.

Um arranhão que mais parecia ser de garras formou-se no chão ao lado de seu corpo fazendo-me recuar para trás. Tive a iniciativa de sair correndo mas algo inusitado perseguia-me, acabei perdendo o equilíbrio e caindo escada a baixo.

Fechei os olhos fortemente, eu estava aterrorizada. Sinto uma respiração oposta invadindo o meu rosto, eu não pude distinguir que tipo de animal poderia ser, logo escuto garras recuando-se para trás e o barulho da janela sendo quebrada me fez abrir os olhos e cheguei a conclusão de que a coisa tinha fugido. Levantei-me com dificuldade e fui em direção ao quarto dela mas já era tarde demais.

{Agora}

Sam

Dean e lúcifer estão trabalhando juntos por incrível que pareça. Estão à procura de Crowley e eu terei que convencer a única que consegue abrir aquela jaula a nos ajudar.

{...}

Adentro a lanchonete e olho o interior e logo avisto ela, Rowena. Aproximo-me de sua mesa.

— Espero que você não me faça perder tempo. - disse ela assim que me vê.

— Preciso da sua ajuda.

— Por que algo me diz que não é coisa boa?

— Quero que me ajude a libertar Hailey.

— Lúcifer me matou e gora você quer que eu ajude a libertar a filhinha bastarda dele?

— Eu sei que isso é demais pra você mas por favor Rowena, só você pode nos ajudar.

Hailey

— Pensou no que lhe propus? - digo fazendo o arcanjo encarar-me.

— Como planeja destruir uma jaula que foi lacrada por Deus?

Fiquei pensativa por alguns segundo, cruzei os braços e o olhei fixamente.

— Pensei na possibilidade de lançar nossos poderes em direção a grade...

— Por acaso está ciente que isso pode matar nós dois?

— Se for pra morrer, que seja tentando sair daqui. - digo segura na voz.

— Será que podemos levar a sério a possibilidades de ficarmos sentados e esperar o seu namorado vir lhe resgatar?

— Pela milésima vez, Sam Winchester não é meu namorado. - aumentei o tom de voz.

— Ok - ele diz levantando as mãos em sinal de rendimento — Espero ansiosamente que seu plano não nos mate.

Ficamos lado a lado de frente a jaula, respirei fundo e demos dois passos para trás e por fim lançamos o poder em direção a grade resultando em uma explosão. Fomos arremessados longe, a fumaça tomou conta do local, tento abrir os olhos mas tudo ao meu redor estava rodando, fechei os olhos fortemente e logo me atrevo abrir-los novamente, o chão já não estava rodando tanto, desviei meu olhar para Miguel, ele estava com uma expressão impenetrável. De bravo? Provavelmente sim.

— Não morremos, isso é bom. - digo enquanto a dor do impacto passava.

Tento me levantar mas foi inútil, Miguel percebeu a minha dificuldade de executar tal ato e resolveu me ajudar. Ele deu passos firmes em minha direção e me ajudou a ficar de pé.

— Valeu pela ajuda. - digo sacudindo a poeira da minha roupa.

Miguel olhou curioso para o chão e sustentou o olhar por mais algum tempo e então se virou outra vez pra mim carregando um olhar frio, ele pega a sua adaga escondida atrás de si e golpeia-me. Luto contra suas mãos e consigo arremessa-lo para longe. Puxo a adaga encravada em meu rim e jogo no chão.

— Você é um arcanjo morto. - digo com fúria.

Mesmo com dor Miguel se senta, rindo, limpando o sangue, a pele inchada com hematomas profundos.

— Você não pode me matar.

— E por que não?

— A casca no qual estou pertence a Adam winchester.

{...}