Hailey

Acordei com barulhos vindo da cozinha, sentei um pouco na cama e olhei em volta. Sam ainda estava dormindo, vesti minhas roupas e sai do quarto sem acordá-lo.

Fui em direção a cozinha e quando cheguei me deparei com Dean fazendo um lanche, ele me olha mas logo volta sua concentração para o que estava fazendo. Passei por ele sem dizer nada e andei em direção a saída.

— Aonde você pensa que vai?

— Tomar um ar. — Digoo saindo sem esperar o consentimento de Dean.

Quando sai daquele Bunker foi como se eu estivesse sendo libertada. Permaneci por um tempo olhando aquela paisagem, meus pensamentos estavam bagunçados e distantes, não demorou para eu sentir uma presença já esperada.

— Nosso plano ainda está de pé? —  Perguntou-me Lúcifer aparecendo do meu lado.

— Sobre isso, não irei mais fazer parte do seu plano.

Lúcifer começa a rir fazendo-me o olhar confusa.

— Caso não tenha percebido agora você não tem mais escolha.

— E por que não?

— De alguma forma Miguel se libertou da jaula e algo me diz que você já o viu.

— Não! — Afirmo engolindo seco.

— Tem certeza? Porque o dono da mentira aqui sou eu e percebo que você não herdou esse dom de mim. —  Disse lúcifer fazendo-me revirar os olhos.

— O que terei que fazer?

— Primeiro pegue suas coisas e venha comigo.

{...}

Assim que Lúcifer me recrutou eu entrei no bunker sem ser notada e peguei as minhas coisas e fui para o inferno. Ao chegar fomos recebidos pelos seus demônios e um deles me levou para os meus aposentos.

— Nunca imaginei que no inferno haveria quarto para hóspedes — Digo no tom irônico.

— Se precisar de qualquer coisa é só pedir. — Disse o demônio saindo e fechando a porta atrás de si.

Analisei cada detalhe daquele cômodo e não era tão desconfortável assim, peguei uma roupa e fui tomar banho e logo em seguida me arrumei e sai deparando-me com dois demônios na porta do meu quarto.

— Eu vou dá uma volta.

— Recebemos ordens para não deixar você sair. — Disse um deles.

— O que? Eu não vim pra cá para viver em cativeiro, eu irei sair agora e quem tentar me impedir vai morrer. —  Digo fazendo-os assentir e me liberar.

{...}

Sai literalmente daquele inferno e fui para um lugar que depois de tudo que aconteceu não tive tempo para visitar.

— Sinto tanto a sua falta. — Digo em frente ao do túmulo da minha mãe adotiva.

Permaneci ali tentando de todas as formas assimilar tudo que estava acontecendo na minha vida até que escuto barulhos de asas logo um pouco atrás de mim.

— Olha só quem resolveu sair da zona de proteção dos winchesters.

— E eu pensava que vocês anjos eram mais espertos.

Me virei para encará-los, havia pelo menos três deles.

— Agora você vem com a gente. — Disse um anjo aproximando-se de mim.

— Não, mas agradeço pela gentileza.

Eles colocaram suas adagas em mãos e vieram até mim, lutamos por um certo tempo e então matei dois deles apreciando a marca de asas que ficaram sobre o chão.

— Agora vaza e avisa o seu chefe que não estou mais de brincadeira. — Digo para o único anjo que deixei vivo, ele me olha assustado e então desapareceu. 

Dean

Depois daquele momento, não cheguei a ver mais Hailey no bunker, fiquei mexendo no notebook até que encontrei um caso na cidade mais próxima. Sam logo acordou e veio até mim dizendo que as coisas de Hailey não estava mais no quarto dela e que havia um bilhete dizendo que ela agradece por termos salvo a vida dela mas que agora não precisa mais da nossa ajuda.

— Agora temos uma bomba relógio sozinha por ai. — Digo irritado.

— Não acho que ela está sozinha, tinha cheiro de enxofre no quarto dela.

— Lúcifer...

Sam estava revoltado e então resolvi comentar com ele sobre o caso que achei e que seria uma boa estratégia para esfriar a cabeça, e sem hesitar ele concordou em irmos resolver o caso, pegamos nossas coisas e fomos para a estrada.

Após um tempo chegamos na cidade e paramos em uma lanchonete mais próxima. Ao adentrar sentamos em uma das mesas vagas e não demorou muito para uma garçonete gostosa nos atender e anotar nossos pedidos.

— Achou mais alguma coisa sobre o caso? — Perguntei sem tirar o olho da garçonete que sorria pra mim.

— Não, agora só temos que interrogar algumas testemunhas. — Disse Sam e eu assenti.

{...}