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Logo após Hailey nascer, ela foi abandonada pelos seus pais biológicos, mas acabou sendo adotada por uma senhora que cuidou dela até seus dezessete anos de idade.

A mulher que adotou Hailey, infelizmente faleceu há dois dias atrás, de uma forma que ninguém soube explicar a causa de sua morte. 

Dean

— Ainda prefiro contar logo a verdade pra ela. — Digo firme.

— Jura Dean? — Sam me olha surpreso — Quer falar para a garota que somos caçadores de demônios e que a mãe dela supostamente vendeu a alma para o cão do inferno? —  Ironizou Sam.

— Olha, não séria uma péssima ideia.

Sam suspirou irritado.

— Calma Sammy, só foi uma brincadeira. — Digo rindo do seu estado.

Ele deu de ombros e tocou a campainha.

Hailey

Estava em meu quarto quando escutei a campainha tocar, desci as escadas e logo abri a porta e tinha dois homens de ternos que ao me verem já vieram me mostrar os seus distintivos.

— Sou o agente Robert Plant e esse é o meu parceiro J.Bonham — Disse um deles.

Sem perde muito tempo logo perguntei

— Em que posso ajudá-los?

— Viemos fazer algumas perguntas sobre a sua mãe adotiva.

— Já falei tudo que sabia para os polícias. — Digo um pouco incomodada.

— Iremos ser rápidos. — Insistiu o mais alto.

Encarei-os por alguns segundos averiguando a situação, suspirei e dei passagem para que possam entrar e claro, não pude deixar de notar no agente mais alto.

— Fiquem à vontade! — Digo ainda de pé vendo-os andar em direção ao sofá. — Aceitam café?

— Sim, por acaso teria torta? — Pergunta o mais baixo, ao se acomoda no sofá.

— J.Bonham! Isso são modos? Desculpe o meu parceiro, ele é sem educação mesmo. — Disse o agente Robert meio sem graça.

Assenti e após alguns minutos volto com uma bandeja em mãos, um dos agentes estava um pouco irritado e aparentava brigar com o seu parceiro mas ao notar minha presença na sala se calou, aproximei e coloquei o café e a torta sobre a mesa e sentei-me no sofá a frente deles.

— O que querem saber? — Fui direta na pergunta.

— Há 10 anos atrás sua mãe conseguiu algo que desejava muito?

— Não que eu me lembre, mas por que a pergunta?

— Essa informação ajudaria muito no caso, e reparei que no relatório do seu depoimento afirma que você estava presente no momento do ocorrido, por acaso notou algo de estranho?

— Tudo que eu sei já falei no meu depoimento que aparentemente você já leu, então me diz, o por que estão aqui? — Digo incomodada com a situação.

— Só queremos entender o que realmente aconteceu porque no laudo que saiu de sua mãe diz que ela foi assassinada por um animal de porte grande, e nós sabemos que por aqui não existe animais que causaria isso, e então, vai me dizer o que realmente aconteceu?

Confesso que dessa vez ele me pegou desprevenida, por alguns segundos fiquei a deriva sem dizer uma só palavra, engoli seco e me atrevi a dizer algo.

— Se eu contar vocês vão achar que estou louca, igual os polícias fizeram, eu não tiro a razão deles até porque o que acho que vi não pode ser possível...

— Acredite, nada é estranho pra nós. —  Disse J.Bonham rindo com a boca toda cheia de torta fazendo Robert o olhar com negação.

— Ignora o meu parceiro e prossiga.

— Eu só lembro dela sendo mutilada por algum animal inusitado, no qual o mesmo em seguida veio na minha direção e naquele momento eu pensei que iria ser morta mas para minha surpresa ele não me atacou.

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