Capítulo 45
Guilherme
— Senhor, a dona Lívia está aqui — suspiro olhando para Rosa.
— O que ela quer desta vez? — pergunto, sem esperar uma resposta. — Ok, estou descendo — ela concorda com a cabeça e sai.
Deixo os documentos que estavam nas minhas mãos sobre a mesa. Fecho os olhos e volto a abri-los poucos segundos depois.
Levanto.
Nesse mês que passou é a terceira vez que Lívia vem atrás de mim. As primeiras duas foram na empresa. Depois que mandei barrar a sua entrada ela deve ter decidido vir para cá.
Apesar de tudo, não tenho coragem de pedir que os seguranças impeçam a sua entrada qui. Foi sua casa também. Mesmo sendo a Lívia, não consigo.
Ela está sentada num dos sofás com um copo com suco de laranja. Mesmo não querendo sorrio negando com a cabeça.
Lívia sendo Lívia.
— A que devo a honra? — pergunto com ironia.
— Ah, que bom que você veio — ela levanta vindo em minha direcção. Então paro de caminhar esperando que ela venha.
— Eu tenho uma proposta. — reviro os olhos.
— Deixa eu adivinhar? — pergunto sem paciência — Você e eu paramos com o processo de divórcio, mas cada um segue sua vida, mantemos um casamento de fachada e eu posso sair com quem eu quiser?
— Bom, é mais ou menos isso — ela diz na maior cara de pau e reviro os olhos.
— Entenda Lívia, eu não quero nada com você. Nosso casamento já era. Segue em frente porra. — digo sem paciência.
— Mas o que você ganha com isso?? — ela pergunta com raiva — Você nem está com aquela garota. Ela foi embora Guilherme.
— Eu a amo — digo — E nosso divórcio aconteceria mais cedo ou mais tarde, eu não te amo. Nosso casamento não fazia nenhum sentindo.
— Guilherme... — a interrompo.
— Lívia, por favor, saia com seus próprios pés. Não me obrigue a chamar os seguranças — ela engole em seco — Você escolhe.
— Ok. Ok. Eu vou. — ela diz e estande sua mão com o copo para que eu pegue. Reviro os olhos mas pego nele — Adeus Guilherme — ela diz com sarcasmo.
Pelo menos dessa vez não terminou com uma ameaça.
Já é um avanço.
A vejo sair.
Continua dinheiro quase tudo é possível. Meus advogados estão apressando o processo do divórcio. Provavelmente até o próximo mês eu serei oficialmente divorciado.
Quando Lívia atravessa a porta me viro e vou para a cozinha deixando o copo sobre a pia.
Volto para o meu escritório e fico terminando algum trabalho.
[...]
O som do meu celular tocando me faz parar de olhar para os documentos.
Trabalho.
É a única coisa que tem me impedido de afundar na mágoa.
Cecília. Ela chegou quando tudo parecia acabado. Eu estava conformado. Eu estava sem esperanças.
E ela chegou. Quando eu não esperava mais.
E na mesma rapidez. Se foi. Ela foi embora, sem querer lutar por nós.
As vezes eu sinceramente penso que o sentimento só existe do meu lado. Sei lá, eu estou cansado.
E disse para mim mesmo, eu não vou para trás dela.
Se for para perdê-la. Ok. Eu não quero mais me esforçar por nada.
Droga. A quem eu quero enganar.
Toda vez tenho que me conter para não ir atrás dela, tenho que ir para empresa, me trancar numa reunião e me mergulhar em trabalho para não pensar nela.
O celular não para de tocar. Não queria atender mas o som irritando me faz mudar de ideia.
Leandro. O que ele quer?
— Boa noite — digo assim que atendo.
— Oi Guilherme — irônica como sempre, como não reconhecê-la.
— O que você quer Manuela? — pergunto impaciente.
— Hei, não precisa ser chato não — ouço sua risada — Quero te convidar para uma festa no próximo sábado — oi?
— Como assim?
— A Cecília estará lá. Será no Clube dos amigos.
Suspiro. Cecília.
— Ok.
Quando vou terminar a ligação ela é mais rápida.
— De nada — diz com sarcasmo e reviro os olhos antes de encerrar a ligação.
Suspiro e me jogo na cederia olhando para o teto.
Será em vão ir para está festa. Ela não irá olhar para mim. Não irá ouvir nada que eu diga.
Porra. Eu não sei o que fazer.
_________
Parece que essa festa promete nem?
Continuem lendo para juntos descobrirmos o que irá acontecer.
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