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~Capítulo 8: Disputa Musical

"Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas"

— Leonid Pervomaisky

Preferiram caminhar até algum lugar no qual não fossem interrompidas. Iasmim não podia ser vista e mesmo assim se arriscava em aparecer para contar tudo que sabia e terminar de planejar as coisas com Hadassa.

          Ambas sempre foram boas amigas no passado e tinham precipuamente um afeto muito grande que nunca as deixou desamparadas. Com o desaparecimento, ficaram anos sem conversar até àquela noite que seria o momento exato, no qual as verdades seriam postas em cima da mesa e tudo seria combinado.

          Pararam de caminhar quando chegaram ao parque infantil. Com a disputa musical acontecendo dentro do hotel, a maioria dos hóspedes ficariam lá dentro assistindo e tentando vencer, a fim de levar o prêmio monetário. Estavam cobertas e podiam conversar sobre tudo que queriam sem ser vistas por alguns instantes. Sentaram-se em um dos bancos e Hadassa ouviu a voz sincera da amiga ao lado, querendo contar todos os motivos sobre seu desaparecimento e o envolvimento de Lavínia naquilo.

— Obrigado Hadassa — Iasmim falou com os olhos marejados e uma mão na perna da amiga entregando um pequeno afago — você é a única pessoa que posso confiar. Andrey e Adryelle estão envolvidos e sabe que ninguém acreditaria nas coisas sobre ela, apenas você poderia acreditar em mim e me sinto muito grata.

— O que você sabe especificamente? — Hadassa tinha uma lista imensa de perguntas começando a entrar em sua cabeça desde que recebeu a primeira ligação da amiga, dias antes de entrar no avião — o que eu acabei de fazer?

          Com muitas perguntas, a antiga desaparecida olhou para o chão, a fim de respirar antes de entregar as respostas. Depois de sugar o ar bem fundo e se acalmar, virou o rosto querendo começar a entregar as informações na sua cabeça e parou de indagar quando Hadassa voltou a sussurrar.

— Não queria que a Lav descobrisse isso dessa forma. Planejava contar em uma conversa civilizada. Ela é minha melhor amiga e eu a traí, agora ela foi... — parou, pois não sabia direito onde Lavínia estava no momento — onde ela está?

          Iasmim entendia o afeto que as duas compartilhavam, entretanto sabia da importância relativa para que pudesse executar seu plano. Entendia que para descobrir tudo, alguém precisava receber os enigmas deixados pelo assassino. Alguém que não fosse Andrey, pois aquele garoto sabia algo capaz de incriminá-la e por esse motivo ela havia fugido anos atrás — antes do desaparecimento de seu irmão, cujo não sabia do paradeiro.

          Resolveu começar a compartilhar suas informações com Hadassa. Segundo ela, era a única pessoa confiável o bastante no momento.

— Adryelle mudou uns papéis na escola e desviou dinheiro para duas contas. Uma dessas contas culpava o zelador e como o homem tinha histórico psiquiátrico foi internado. O resto do dinheiro nunca foi encontrado, mas financiou o investimento do pai dela e esse crime nunca foi ligado a ela — Hadassa parou olhando para Iasmim, ainda sem acreditar que estava na festa de uma criminosa — eu tenho o vídeo da câmera de segurança. A cópia que ela não conseguiu apagar e pretendo usar para descobrir o paradeiro do Willian.

          Parou de falar, querendo dar um tempo para a outra pessoa no cenário se recompor. Quando recebeu um sinal de atenção e um pedido silencioso de continuação, voltou a pensar no que precisava dizer.

— A pessoa embaixo do capuz verde planeja alguma coisa. Descobriu onde eu estava e mandou o convite da festa, foi assim que parei aqui e comecei a prestar atenção na movimentação. Acompanhei vocês desde o ônibus e sei que algumas pessoas sumiram com desculpas esfarrapadas — ela observou que Micaelly, Letícia e Mayara não haviam chegado ao Povoado Country com os outros — Andrey ganhou uma foto e atrás pode ter algo escrito. A pessoa em questão deixa pequenos enigmas e quer que sejam solucionados, deve fazer parte do jogo dele. Acredito que as pessoas sumidas, devem aparecer quando solucionarmos o caso — ela não tinha a informação mais preciosa: duas daquelas pessoas estavam mortas.

          Hadassa continuou assentindo e não queria dizer nada antes de toda a informação ser dita.

— Willian matou nossa mãe — a mulher em sua frente quase soltou um grito e ficou em pé extasiada com a informação — minha mãe descobriu que nós dois tínhamos um amor maior que o de dois irmãos e pretendia nos afastar. Um dia antes dele desaparecer, Andrey descobriu o nosso caso e deve ter feito algo para ajudar meu irmão a sumir e não ser descoberto como assassino — Iasmim levantou e segurou as duas mãos da amiga — esse casaco verde — falou apontando para sua vestimenta — é uma cópia do casaco do meu irmão, mesmo casaco que aquela pessoa usa. Eu o vi matar a Hillary, não pude fazer nada ou eu seria morta junto com ela. Acho que a pessoa que me trouxe aqui e anda por aí embaixo do capuz verde é o meu irmão e eu preciso falar com ele.

— O que eu fiz com Lavínia? Mandei-a direto para um assassino?

          A desaparecida não havia pensado por esse lado. Sabia que um dos convidados estava morto e presenciou o assassinato, mas preferia acreditar na premissa sobre Lavínia ficar viva caso desvendasse o enigma e tinha conhecimento da enorme inteligência obtida por aquela mulher. Não queria mentir para a única pessoa que a ajudaria, logo começou a explicar o papel de Lav no plano.

— Sim. Não quero mentir para você, mas ele quer concluir o jogo dele. Precisa de uma pessoa que saiba entender seus enigmas e se Lavínia descobrisse o que você fazia sem que alguém contasse se provaria uma pessoa capaz, ficaria até vulnerável. Ela não foi assassinada, foi sequestrada e tenho certeza que vai receber pistas e descobrir algo.

— Mas, caso ela venha a ser assassinada e você esteja errada? Podíamos ir a policia, contar tudo é uma opção segura.

          Entendia a razão de Hadassa e sobre esse quesito, Iasmim seria bastante egoísta. Já sabia da capacidade que o irmão tinha em matar pessoas, mas se estivesse certa e a pessoa embaixo do capuz verde fosse mesmo seu irmão, não queria que ele fosse preso pelos crimes. Pretendia encontrá-lo e convencê-lo a permanecer com ela por um tempo, até as coisas se ajeitarem. Ainda no intuito de não contar mentiras, confessou tudo em voz alta.

— Se for o Willian, ele vai ser preso. Sei que é um criminoso e entendo tudo isso, mas é o meu irmão e preciso da sua ajuda — mesmo que fosse egoísmo manter um assassino livre por amor, Hadassa entendia os sentimentos da amiga e ajudaria no que fosse possível.

          Antes que pudesse perguntar os por menores de seu papel no plano, a pessoa em sua frente desatou a falar mais uma vez:

— Quero que ameace Adryelle durante a caçada de amanhã, assim vai entender que não sou a única que sabe algo e deve abrir o bico sobre o paradeiro dele. Não tem como falar com Andrey, pois não tenho nada contra ele e ele tem algo contra mim, além do meu envolvimento com meu irmão, é claro.

— É? — a curiosidade aflorava em entender as várias coisas acontecidas em 2017.

          Esperou alguns instantes para mais daquela história entrar em seus ouvidos e a pirar mais com o assunto.

— Ajudei a me livrar do corpo da minha mãe. Quando Andrey descobriu eu fugi, sabia que ele ligaria os pontos e como era próximo da minha mãe... Eu não imaginava o planejamento dele em deixar Willian fugir. A polícia me prenderia caso ele contasse suas descobertas e ele não contou.

          Iasmim pensou muito sobre o assunto antes de fugir. Quando Andrey descobriu o romance proibido entre os dois ligou os pontos do assassinato da Sra. Ning àquelas duas pessoas. Antes que a polícia pudesse ser contatada ela fugiu, mas acreditava que de alguma forma Willian tivesse escapado e convencido o amigo a omitir seu homicídio.

          Tudo foi entendido. O arquivo do vídeo foi enviado para o celular de Hadassa e depois de um longo abraço, retornou à disputa pensando em como aquilo podia se sequenciar, bastava esperar que tudo ocorresse bem. Mas a pessoa embaixo do capuz verde ficou escondida em um lugar próximo ouvindo tudo que falavam e pensando em como fazer seu plano dar certo. O assassino ergueu o corpo de Lavínia e começou a adentrar a floresta com a certeza de sua discrição.

Uma garota loira de olhos verdes estava cantando e participando da competição que Adryelle proporcionava aos convidados. Todos estavam se entretendo bastante e dançavam juntos com a pessoa em cima do palco. Quando pulava a galera entrava na loucura e bebia mais conteúdo alcóolico, já vivenciando um estado de embriaguez.

          Todos aguardavam ansiosamente a vez de seus amigos. Cintia já estava inscrita no concurso e bebia moderadamente, com o pequeno intuito de vencer acima de tudo e colocar todos os outros competidores para visualizar seu imenso talento e carisma. Pensava ainda em qual música cantaria e descia suas listas de coreografias no celular buscando algo útil e que a deixasse bem visível, a fim de vencer a pequena disputa.

          Daniel entrou no salão e nem olhou para Cintia, apenas seguiu direto com a irmã ao seu lado e tomou a única mesa vazia no salão. Sem demora Victoria sentou naquela mesa ao lado de uma amiga antiga e começou a conversar. A irmã do caso passado de Cintia, era na verdade uma grande amiga dela e os dois nem tinham conversado sobre aquilo. Larissa Xavier era uma das poucas pessoas que não participaram das festas que aconteciam e das brigas que decorriam aqueles encontros. Por isso, mantinha sua amizade com todos.

          Começaram a conversar e trocar ideias para as apresentações que aconteciam. Os três pensaram sobre fazer um número juntos e tentar vencer de alguma forma. Todo o salão parou de aplaudir e conversar quando Ítalo subiu no palco e começou a cantar.

          Ele segurava uma garrafa de tequila e mal conseguia ficar em pé direito. Sua voz estava muito embargada e as palavras saídas das cordas vocais não eram entendidas pelo público. Abaixou-se e vomitou um líquido demasiado e gosmento, foi retirado por alguns seguranças que o colocaram do lado de fora daquele salão.

          Ainda não satisfeito, tentou entrar novamente no salão e as portas foram fechadas, a fim de impedir sua passagem. Começou a caminhar até o parque ainda segurando a garrafa e bebendo todo o líquido de dentro com longas goladas. Cambaleava um pouco enquanto andava e ainda cantava a mesma música da apresentação.

          Observou um banco ocupado, sentado nele alguém de casaco verde contrastava com todas as outras cores turvas que o rapaz enxergava.

— Ei, você — chamou Ítalo tentando se aproximar da única pessoa no ambiente — por acaso foi você que comeu minha namorada? — começou a sorrir e a se aproximar cada vez mais da outra pessoa que não conhecia.

          Aproximava-se lentamente e quando chegou, entendeu quem estava ali sentado. Não era uma pessoa e sim um manequim branco. Puxou o capuz do corpo daquele boneco e não entendeu bem como havia parado no parque infantil.

           Empurrou o boneco no chão e começou a pisotear a cabeça rindo e gritando alto. Era tudo que queria fazer: bater em algo a fim de acabar com sua raiva momentânea e buscar um jeito de resolver a situação.

          Imaginava os níveis de raiva sentidos e pensou em ficar ressentindo aquilo como a última coisa daquela noite, porém na verdade sentiu algo frio cortar seu pescoço e a dor excruciante que veio após aquele choque foi o último sentimento da noite e da sua vida.

          Caiu na areia do parque sangrando e agonizando. Olhou para a pessoa em pé, segurando uma faca suja com seu sangue, enquanto agonizava. O corpo foi colocado em um carrinho de mão, junto com toda a areia manchada de sangue e o manequim. Rapidamente o assassino carregou aquele carrinho para dentro da floresta sem ser visto, ouvindo apenas a música que saia do salão marcando a competição.

No salão karaokê, Brenda — melhor amiga de Adryelle e seu contato preciso para alugar todo o hotel — subiu ao palco e deixou ecoar um toque lento de piano para a canção que desejava cantar. Tinha formato de ópera e ela conseguiu se dar bem com o publico, todos a aplaudiram e alguns até começaram a ficar marejados de tão bonita que havia sido a apresentação. Orgulhosa de si ela deixou o palco e entregou o microfone nas mãos de Adryelle.

— A última apresentação da noite finalmente — falou Adryelle no microfone olhando para o público e querendo saber se todos davam a atenção necessária ao seu pronunciamento — nossos jurados estão fantasiados com alguns de vocês pelo que pude perceber. Vamos à última apresentação da noite, sobe ao palco nossa querida: Cintxela Tsunami.

          Cintia começou a caminhar em direção ao palco e antes que começasse a cantar olhou para a mesa de Daniel e tentou não chorar. Tentou deixar todos aqueles sentimentos presos e se permitiu focar apenas na competição. Segurou o microfone e começou a cantar com as duas mãos presas nele. Nem percebeu o quanto todo o salão ficou envolvido com a apresentação, apenas cantava como se fosse à única coisa que precisasse fazer e soltou toda emoção dos acontecimentos dramáticos que havia vivenciado naqueles instantes em formato de música, deixando todos fantasiados e muito felizes com tudo que ouviam.

Os lábios ainda colados e as línguas se enrolando uma na outra. O pequeno retrato que começou com aquela conversa agora estava no chão sendo pisoteado por aqueles dois que não paravam de se lamber.

          Tanto Andrey quanto Grant, desejavam aquele momento e queriam que ficasse mais picante. Quando a grande ereção do homem de toalha começou a espetar suas pernas, o único tecido que aquele homem usava caiu no chão e seu corpo foi erguido até que sentasse na cômoda sem desgrudar os lábios dos dele.

          Sentado naquela cômoda e derrubando todos os fracos de perfume e desodorantes que incomodavam sua estadia naquele objeto, sentiu novamente o que era ser amado de verdade, mesmo que com uma pessoa desconhecida. Uma blusa retirada e jogada ao chão, depois os sapatos sendo empurrados contra o pé e escapando do membro. Uma mão investindo no pênis ereto como se fosse à única coisa importando naquele momento e após longos instantes seu corpo erguido novamente apenas para ser jogado em cima do sofá, agora sem suas calças.

          Em cima de si, o homem musculoso que o havia interceptado de seu devaneio e sugerido uma programação para aquela noite. Em cima de si, o único homem que sentia seu corpo depois de meses sem contato físico daquela magnitude. Em cima de si, a pessoa que queria tocando nele e investindo nele. Em cima de si, a felicidade de um romance casual que não sabia que precisava tanto. Abdome sarado em suas mãos e muitos centímetros em cima de sua pele, movendo-se deliciosamente de cima a baixo.

— Você quer? — perguntou Grant já um pouco sem fôlego depois de todos os movimentos que seus corpos faziam juntos.

— Sim eu quero — e antes que pudesse terminar aquela frase, sentiu-se penetrado por todos aqueles centímetros que desejava desde que encostou seus lábios no dele.

          Vários minutos se passaram até que tudo estivesse terminado. Ambos suados e sem fôlego começaram a balbuciar situações em cima do sofá. Uma cabeça deitada no ombro musculoso e suas pernas enlaçadas com as dele. Todo o carinho e atenção que sentia saudades de sentir grudados em sua pele.

          Usou a mão para investir novamente no instrumento incansável e ainda ereto. Continuou os movimentos íntimos com sua boca e ficou vários instantes sentindo o homem penetrar na própria loucura, pedindo que entrasse mais fundo, pedindo que fosse mais rápido, pedindo que não parasse e não parou até que mais uma vez tudo estivesse acabado.

          Vestiram suas roupas e balbuciaram um pouco sobre ir ao bar terminar a noite agradável, formada com os laços casuais acabados de criar. Andrey se viu novamente dentro de um carro, sua companhia não estava mais com a farda do hotel, vestia agora roupas normais e usava um perfume que reconheceria caso sentisse outra vez. Não demoraram a chegar ao destino, muitas pessoas bebendo e desfrutando de uma apresentação naquele bar. Sem demora uma mulher que pareceu ser a proprietária chegou para reverenciar os clientes colocando uma mão no ombro de Grant.

          Grant se esquivou daquela mulher mais velha que os dois e resolveu apresentá-la:

— Andrey essa aqui é Natália proprietária do bar — disse apontando as suas outras duas companhias até que eles se abraçassem e se cumprimentassem. Quando sentaram, Andrey percebeu uma pessoa conhecida na mesa vizinha.

— Licença já volto — falou para o homem que já o conhecia mais que várias pessoas e deu um pequeno sorrisinho para a proprietária que não cansava de investir romanticamente enquanto anotava os pedidos. Não precisava ser culpada, pois aquele homem era muito atraente para vários que olhassem e ela não era a única percebendo o dilema. Andrey chegou à mesa que Farias estava com outro funcionário do hotel e puxou assunto — então eu não sou o único fugindo da festa no Hotel Country?

          Os dois na mesa sorriram e assentiram. O crachá tinha o nome do acompanhante de Farias, seu nome era Eder. Puxaram um assunto e Grant se aproximou sentando com eles à mesa. Foram convidados a ficar ali como amigos e não faltavam assuntos que pudessem conversar. Todo o falatório no bar cessou quando Natália subiu ao palco para dar um anúncio.

          A proprietária era de uma beleza surpreendente. Seus cabelos eram negros e presos em um coque, seu corpo era pequeno, mas muito nutrido de belas curvas.

— Como sempre, nos dias de hoje temos uma apresentação especial da nossa garçonete e minha melhor amiga — ela olhava para todos os fregueses que riam e esperavam a grande atração que o bar daria naquela noite — então com vocês, nossa querida e perfeita: Dulcy Estrela — gritou o nome da mulher que se apresentaria e todo o público aplaudiu quando a pessoa em questão saiu de trás das cortinas e começou a dançar vestida de enfermeira sexy.

— Ela é uma sensação aqui no Povoado Country — Grant falou para as outras três companhias na mesa e notou as atenções voltadas para si — todo mundo no povoado conhece a história dela, sofria muito com o marido e fugiu de casa. Mora no bar com a Natália há sete anos.

— Nossa — Farias balbuciou devagar olhando para o funcionário que havia fisgado — que coisa mais triste. Então, já que adiantamos nosso encontro para hoje à noite — ainda falava com Eder e ignorava os outros dois à mesa — que acha de me ajudar com um probleminha?

          Ambos levantaram e caminharam em direção ao corredor mais aos fundos do bar. Os pedidos de Grant chegaram e começaram a comer batatas fritas que pelo entendimento de Andrey eram por conta da casa e gostou disso. Ali entendeu o quanto uma vida pacata poderia ser legal, olhava para Dulcy dançando no palco e sabendo da história que ela havia enfrentado, mesmo sem a conhecer, sentia orgulho daquela pessoa, uma vez que enfrentou todas as situações ruins existentes em seu relacionamento e mesmo assim se manteve de pé, mostrando-se uma mulher forte e determinada. Quando a apresentação acabou todos no bar deram aplausos e ela voltou para trás das cortinas sorrindo.

          Não precisavam de doutorado para entender o que os outros dois fariam aquela noite. Estavam do lado de fora do bar com os lábios encostados e buscando prazer com seus corpos. Eder não retirava a mão das costas daquela mulher e sabia que ela não tiraria a mão de dentro de suas calças. Pararam apenas de se conhecer quando um barulho de metal caindo ecoou nos ouvidos dos dois. Aproximando-se um pouco perceberam que eram apenas dois gatos brigando e não deviam exercer preocupação com aquilo.

          Voltaram à atenção para seus corpos e continuaram seus movimentos constantes, querendo conhecer mais um do outro. Cada intimidade, cada prazer que podiam entregar um ao outro e permaneceram ali em pé por vários minutos.

Adryelle subiu ao palco, no qual haviam três troféus no chão. Sua cara exemplificava o cansaço, quase amanhecendo e ainda estava em pé resolvendo as atrações da festa com puro prazer e dedicação. Olhava sempre para o público durante as apresentações, querendo saber se não estavam entediados ou procurando outro meio de diversão. Lembrou que em algumas horas seu irmão chegaria para ficar sob seus cuidados e desejou frustrantemente que a mãe esquecesse a ideia e a deixasse passar o resto da semana sozinha.

          Colocou suas duas mãos no microfone a fim de entregar o resultado:

— Todos os participantes se esforçaram bastante, a pessoa que ganha em primeiro lugar formará um time exclusivo para o campeonato de esportes à tarde e ganhará três mil em dinheiro — quando o valor monetário foi mencionado o público gritou e comemorou desejando que seus amigos mais próximos fossem os vencedores. Ao acalmar da plateia, ela voltou a falar sobre os outros prêmios — o segundo lugar leva dois mil em dinheiro — mais gritos do público e ela sorria com o envolvimento de todos no salão. Estava amanhecendo sabia disso e no fundo do cenário, olhou para o amigo acompanhado de Letícia Farias, ambos sorrindo para ela — o terceiro lugar ganha mil dólares e vamos para o resultado.

          Um dos funcionários entregou um envelope com os resultados e as pessoas pararam e retornaram suas atenções para Adryelle em cima do palco. Nos cantos do salão, haviam muitas pessoas tristes e sofrendo com os próprios fantasmas. Anny, sozinha em uma mesa, com uma garrafa de vodca quase seca. Sara, Giselle e Victoria sem bebidas, mas conversando e com feições preocupadas. Hadassa e Arthur em um canto mais afastado apenas olhando para o palco e sem falar sobre nada, ansiosos com o resultado. Daniel e Larissa Xavier ainda posicionados no salão na espera daquele resultado e por último Duda e Brenda também estavam muito ansiosas com o resultado esperando que fossem vencedoras, pois precisavam daquele dinheiro em questão.

— Não me impressiona que o terceiro lugar seja da... — parou um pouco querendo algo como um suspense, já que todos pararam de balbuciar e colocaram toda a atenção no resultado que sairia — Brenda — todo o público começou a gritar e aplaudir enquanto a garota se levantava e ia buscar o troféu e o cheque que tanto desejava.

          Mais um envelope foi entregue com o resultado do segundo lugar e mais uma vez as pessoas pararam de fazer barulho, a fim de comemorar o vencedor na hora mais correta.

— O segundo lugar é um pouco surpreendente e bastante merecido lógico — disse olhando para o fundo do salão encarando a vencedora — Hadassa esse prêmio é seu.

          Ao invés de muitas comemorações, os aplausos misturaram-se com algumas vaias. Hadassa pegou o troféu e o cheque e saiu o mais rápido que pudesse daquele lugar. Cintia começou a ficar nervosa, já achando que ela poderia ser a grande vencedora e desejava que aquilo se concretizasse. Caminhou até a entrada do salão e ficou de pé ao lado de Andrey e Farias que a encorajaram a acreditar que podia sim ser a vencedora da disputa.

          Parecia besteira para muitos a importância que aquele concurso ocupou no subconsciente dela, entretanto sentia uma necessidade natural de ser boa em algo, uma vez que destruiu o único bom relacionamento com mentiras.

          Sentiu o cheiro de suor e esperma que irradiava do amigo e sorriu para ele com satisfação, sentiu o mesmo cheiro em Farias e começou a pensar em várias possibilidades.

— Vocês dois fizeram sexo? — ela perguntou, referindo-se ao ato feito com os dois, sem acreditar que pudessem adentrar tanto na amizade.

— Sim. Com pessoas diferentes — Farias mencionou deixando a amiga um pouco menos empolgada — não transei com o Andrey.

— Isso. Pegamos funcionários diferentes — Andrey mencionou e as duas começaram a sorrir com a informação, até que todas as atenções retornaram à disputa.

          Os três olhavam para o palco esperando aquele último envelope se abrir e revelar o que todas as mais de duzentas pessoas no salão queriam saber.

— A esperança é a última que morre, certo? — sussurrou uma pergunta para os dois amigos ao lado que assentiram e ficaram atentos ao palco, no qual sairia o resultado do grande vencedor da Disputa Musical daquela noite — lá vem o resultado.

— Então — Adryelle começou a falar com receio na voz, olhou para Cintia e balançou a cabeça em negação fazendo que entendesse sua derrota no concurso. Ela virou as costas e se dirigiu ao quarto a fim de descansar um pouco. Andrey também começou a caminhar em direção ao seu quarto e Farias ficou em pé sozinha ainda a espera daquele resultado — não me surpreende que mais mulheres vençam a disputa, foi uma dupla que ocupou nosso primeiro lugar — olhou para o fundo do salão e percebeu que Cintia não estava mais em pé naquele lugar — Gabriela e Santana vocês ocupam nosso primeiro lugar.

          As duas começaram a caminhar em direção ao palco. Era um casal e as duas se chamavam Gabriela, mas para diferenciá-las os amigos começaram a chamar uma pelo sobrenome e sempre foi denominada como Santana, pela maioria dos conhecidos. A outra recebeu o diminutivo de Gaby e namoravam desde o primeiro ano do ensino médio. Pegaram o troféu maior e se apossaram do cheque. Desceram do palco e os convidados começaram a abandonar o salão karaokê indo em direção aos quartos descansar um pouco da madrugada em claro que passaram.

          Andrey passava pelo corredor do hotel e quando entrou em seu quarto observou que nada estava do jeito que deixara. Suas roupas jogadas no chão, as cortinas fora dos trilhos e todas as luzes acesas como se alguém o tivesse revirado em busca de algo. Observou a cama desforrada e os lençóis do outro lado do quarto. Tudo estava revirado e na porta de vidro da varanda estava escrito um aviso com tinta vermelha:

"Cuidado em quem vocÊ confia"

          Em cima da cama desforrada observou um álbum. Não sabia quem havia feito aquilo, mas as opções não eram muitas. E foi aí que se lembrou dos dois últimos dias que passou ao lado de Willian, os dias mais catastróficos de toda a sua existência.

Esse capítulo eu confesso ser meu amorzinho. Muitas coisas ainda vão acontecer nesse livro e esse capítulo é essencial demais por algumas das revelações e menções feitas aqui.

Sobre as Gabriela's, prestem atenção nelas. Apenas uma vai seguir na nossa história, porém isso é lá no próximo ciclo. Vocês possuem muito a prestar atenção até o fim do Ciclo 1.

Obrigado pela atenção mozis! ♡

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