~Capítulo 6.1: Traição
"Quando eu digo que não a trairei
Não é por respeito ao seu amor
Pois dele talvez, eu desconfie.
Não traio a minha dignidade
Porque ela está em mim
Eu não conseguiria viver enganado.
Teu amor pode só existir aqui,
É triste dizer isso.
Mas foram as coisas da vida
Que escreveram isso aqui.
Foram elas que me tornaram assim"
— Keidy Lee Jones
Hillary estava ali parada, segurando uma foto em suas mãos. Uma foto sua, meses antes de pintar o cabelo de loiro. Ela parecia estar no segundo ano, estava sozinha na foto e não se lembrava do momento no qual foi tirada. Olhava para o retrato sem entender o motivo de estar ali no meio daquela estrada de terra, foi quando sentiu uma pancada na sua nuca e caiu no chão, olhou para frente e viu um capuz verde, tentou focar no rosto, mas não conseguia. Parecia ter um pano preto na frente da face para não ser reconhecido.
Momentos depois acordou sentindo seu corpo sendo puxado. Sentia pedras arranhando suas costas e uma dor de cabeça terrível. Olhou para frente, alguém usando um casaco verde a puxava por sua perna esquerda. Na outra mão sua foto estava marcada em um "X". Tentou gritar e não ouvia sua voz, tentou se mexer e não comandava seus movimentos.
Sentia apenas a dor horrível das pedras a arranhando e sua cabeça batendo em várias coisas desconhecidas. Queria implorar que parasse, mas nem isso sabia como fazer.
De repente sentiu que os movimentos tinham cessado. Parou de se mover instantaneamente, ainda assim não conseguia se mexer sozinha. Suas mãos estavam livres e não conseguia levantá-las com pouco esforço. Sentiu algo grudar em sua boca e percebeu um rolo de fita adesiva na mão daquela pessoa. Sabia que seus olhos percorriam o ser em sua frente, mas sabia que não o reconhecia e talvez nunca fosse reconhecer.
Uma corda em volta de seu pescoço. Ansiava em sair daquele lugar, em chamar ajuda, em avisar seus amigos e querer viver mais um pouco. Queria realizar seus sonhos, queria conquistar seus objetivos e quando sentiu que seu pescoço estava sendo amarrado com aquela corda sentiu o arder de lágrimas descendo de seus olhos, entendendo de vez o que estava acontecendo. Era chegado seu momento final e não poderia ser pior.
O movimento retornou, ao invés de sua perna ser puxada era o seu pescoço que estava sendo puxado com aquela corda. Começou a sufocar e não conseguia se contorcer direito nem pensar em algo que a ajudasse com aquela situação. Seu olhar parou e o pequeno movimento desesperado em suas mãos também. Agora tinha um olhar vazio, o pescoço estava roxo e sangrando, ninguém se movimentava e nem fazia nada. Foi seu fim e não teve a pequena oportunidade de pensar em seu início.
Saindo do museu e sem saber sobre nada que acontecia nas redondezas. Lindinêz e Victoria caminhavam pela estradinha de terra em direção ao hotel. Conversavam sobre o que tinham ouvido no museu e se perguntaram quantas pessoas o tal Jeffrey Adams - antigo proprietário do hotel - não tinha matado e escondido naquelas paredes. A história macabra as tinha assustado um pouco e queriam chegar à segurança de seus quartos.
— O que foi isso? — Victoria perguntou retoricamente, segurando com força o braço de Lindinêz. Ouviu uma movimentação em meio às folhas das árvores e estava com medo de seguir - você também ouviu né?
— Ouvi — respondeu a única companhia que poderia contar aquele dia — tem alguma coisa ali.
Foram interrompidas quando algo saiu da floresta com um pedaço de madeira na mão. Ambas gritaram e correram pedindo socorro sem perceber que Brunno as tinha assustado e gargalhava do jeito como as pegou na brincadeira.
Sara apareceu atrás dele e soltou um pequeno coquinho na nuca dele também rindo. As duas corriam rápido em disparada na frente e a criatura assustadora em meio às folhas teve de deixar uma mensagem pedindo desculpas e explicando que tinha sido apenas uma pegadinha.
— Idiota — Sara murmurou para o namorado ainda sorrindo da reação das duas e indo em direção ao hotel.
Como estava anoitecendo era de se esperar que todos os perdidos pelo povoado estivessem voltando ao mesmo. As duas entraram no hotel desesperadas e pegaram os celulares prontas para ligar por ajuda. Mas viram no notificações o pedido de desculpas de Brunno e se enfureceram.
Fariam algo com ele, mas Adryelle apareceu com pequenos papéis informando a todos sobre uma noite de karaokê e focaram a atenção em outra coisa.
Cada uma delas desceu em um andar do hotel e entraram em seus próprios quartos. Lindinêz seguiu direto para banheiro, seu quarto era o único com uma estante de livros e ela foi comunicada sobre isso, mas eram livros antigos e em nada a importavam. Ligou a torneira da banheira e colocou o secador na tomada pronta para ajeitar os cabelos e poder estar apresentável quando fosse cantar algo em meio a um público.
Ela colocou vários produtos dentro da banheira e quando a mesma encheu entrou relaxando dentro do objeto. A estante de livros se abriu e a garota na banheira que relaxava com seus olhos fechados não tinha como notar. Alguém entrou no quarto, caminhou devagar até o banheiro com a porta aberta e percebeu o secador na tomada, sua ação foi rápida. Empurrando o secador para dentro da banheira sem que a garota dentro do objeto percebesse por conta de seus olhos fechados.
Quando voltou a abri-los sentiu a eletricidade e o cheiro de fumaça saindo de seu corpo. Tremia compulsivamente e quando parou de tremer sentiu todas as queimaduras em seu corpo. Quando ia gritar percebeu que uma pessoa se aproximava e com uma das mãos agarrava seu pescoço, mantendo-a embaixo dágua naquela banheira. Lutou cada instante para se livrar da mão que a agarrava, mas não conseguiu. Quando voltou à margem tinha os lábios roxos, várias queimaduras no corpo e os olhos fechados.
Estava morta, seu corpo foi erguido molhando todo o piso do banheiro e foi carregada para a abertura na parede que se fechou, não deixando que eles fossem revelados.
Batiam na porta do quarto, quem quer que fosse estava incomodando seu silêncio. Letícia Farias levantou da cama e tirou os pepinos de seus olhos, fazia um tratamento de pele para a festa que frequentaria naquela noite. Farias - assim chamada por todos os seus amigos de escola - era amiga de Cintia e as duas sempre andavam juntas. Era morena e não muito alta, foi convidada para a festa de última hora e ido direto ao hotel, não havia encontrado nenhum dos amigos que passearam no cruzeiro e queria estar apresentável quando essa hora chegasse.
Deitada na cama estava à amiga que levou consigo. Entregara sua individual que sobrava a uma grande amiga que conheceu na faculdade.
Rúbia era negra e também compartilhava dos cabelos morenos, ficou deitada na cama com os pepinos nos olhos esperando que a amiga fosse atender a porta e a poupasse de se esforçar naquele momento. As duas eram areia do mesmo caminhão, faziam a maioria das coisas juntas e na festa da noite planejavam balançar as camas dos quartos com pessoas que valessem a pena.
Farias abriu a porta e revelou uma Adryelle sorridente que entrou abraçando a amiga com força e matando a saudade que sentia:
— Vim avisar sobre a noite do karaokê — Disse Adry animada com a ideia de interação que tinha bolado. Mas olhando para as duas e os produtos de pele em todos os cantos do quarto entendeu que já sabiam sobre os eventos da noite — pelo visto já sabem sobre a festa de hoje à noite.
— Estamos ansiosas — respondeu voltando a abraçar a aniversariante demonstrando animação com as ideias — Rúbia também está animada ela só não pode falar por causa do produto.
Quando menos esperavam chegou o serviço de quarto levando a lagosta que pediram e segurando uma mochila. Era um homem bem atraente usando a farda do hotel — camisa verde de manga e gola social — e deixando os músculos saltarem daquela camisa.
As duas mulheres que não estavam com produtos faciais e podiam desfrutar da boa vista o olhavam com atenção enquanto ajeitava os cachinhos em seus cabelos.
— Essa é a mochila que faltava? — perguntou o funcionário mostrando uma mochila da cor verde com listras amarelas para as duas pessoas que lhe davam atenção.
— Sim, é a minha mochila — Farias pegou o objeto da mão do rapaz e sorriu para Adryelle que já saia do quarto e batia na porta do quarto vizinho para informar sobre a festa do karaokê que tinha programado — então, você trabalha aqui, os hóspedes sempre podem contar contigo?
— Sim, minha função é ajudar no que for necessário. Está precisando de alguma coisa em que eu possa te auxiliar?
— Amanhã terá uma competição de esportes e depois eu queria visitar o bar que fica aos arredores. Talvez — olhou para o crachá do rapaz de cabelos enrolados a sua frente e leu seu nome em voz alta — Éder, você pudesse me acompanhar.
— Claro, seria um imenso prazer — ele disse e depois saiu do quarto. Farias ouviu o telefone tocando em uma ligação de Cintia e atendeu para marcar o encontro que teriam naquela noite.
Em breve anoiteceria e ela reencontraria todos os amigos que ainda não teve a chance de rever.
O assassino estava em uma sala fechada e bem iluminada. Nas paredes despontavam fotos e em um pequeno corredor tinha um incinerador já em funcionalidade. No meio da sala, amarrada em uma cadeira estava Mayara com uma mordaça na boca sem querer olhar para os dois corpos que dividiam o espaço com ela.
Na parede várias fotos estavam pregadas e a pessoa de capuz verde colava duas com um "X" vermelho e bem grande gravado. Eram as imagens de Lindinêz e de Hillary, que estavam deitadas uma do lado da outra no chão.
Depois de um pequeno tempo, o assassino carregou o corpo de Hillary e jogou dentro do incinerador. Amordaçada e sem forças, a garota tentava não gritar vendo que duas amigas suas estavam sem vida no chão e sabendo que ela provavelmente seria a próxima.
Abriu os olhos quando percebeu que seu desespero estava sendo filmado, tinha uma câmera bem na sua frente capturando cada momento dela. Tentava mexer suas mãos, entretanto estavam amarradas naquela cadeira assim como seus pés também estavam.
Seguia a pessoa irreconhecível com os olhos temendo que algo a acontecesse. O observava anotar em uma lista e colocar linhas vermelhas ligando as fotos. A foto de Andrey e Adryelle estava interligada. Eram coladas figuras de facas entre algumas fotos que ela não reconheceu. Tinham pessoas que ela sabia que iriam ao aniversário, porém não as tinha visto em momento algum e depois daquela situação que passava desejava que estivessem o mais longe que pudessem estar de toda aquela loucura.
Suava com o calor do incinerador e sentia um cheiro de carne queimada sabendo que vinha de uma de suas amigas. Chorava bastante e tentava não fazer barulho para não chamar a atenção de quem poderia lhe fazer mal.
Quando olhou para as fotos lembrou-se da última vez que tinha visto um "X" vermelho marcando algo, foi no aniversário de Cintia, anos antes:
Aracaju (18 de fevereiro de 2017)
Ouvia os sons que Andrey fazia tentando se soltar das garras de Willian e fugir do que estava para acontecer. Estavam curtindo a festa de Cintia e tinham parado um pouco a diversão para fazer um pequeno favor ao amigo.
Ficaram dentro do banheiro feminino esperando os dois chegarem, foi um trabalho bastante árduo carregar todos aqueles objetos para dentro do cômodo e esperar os dois garotos — que não deveriam estar ali — era loucura.
Ela colocava as coisas necessárias em cima da pia do banheiro e contava com a ajuda de Cintia que naquele dia sorria mais que nos dias anteriores. Depois de vários minutos os dois garotos finalmente entraram no banheiro feminino sorrindo e fazendo cócegas um no outro tentando escapar daquilo.
Andrey entrou sendo empurrado pelo amigo de cabelos loiros que insistia muito que fosse até o cenário ver o que o aguardava, quando entrou ouviu o som da voz de Cintia com informações que ele não tinha.
— Finalmente. Decidimos te ajudar a ficar apresentável, então vamos te ajudar a se arrumar e trouxemos algumas coisas que podem auxiliar.
— Estou bem — disse o garoto que só queria sair daquele lugar o mais rápido que pudesse.
Observou enquanto o único outro homem no local trancava a porta do banheiro e apanhava uma mochila do chão. Ele carregava uma foto revelada de Andrey e a segurava junto de uma caneta vermelha. Usando a pia desenhou um "X" por toda a dimensão da foto e a virou para o amigo que ainda não entendia nada que estava para acontecer.
— Essa é uma foto do Andrey que já morreu. Esse X no seu rosto mostra que está morto, foi ideia de Mayara fazer isso para te assustar — Willian contou, sorrindo para a garota do outro lado do cômodo, olhando Andrey e querendo que concordasse com aquilo que queriam fazer — desenhei, pois a pessoa que está nessa foto não precisa existir mais.
Todos pararam para olhá-lo com atenção e tentar entender o que estava pensando sobre o ocorrido, mas nem ele entendia direito para que serviam todas aquelas palavras sendo ditas.
— Presta bem atenção — Mayara começou a falar antes de perceber o nervosismo que radiava daquele menino — você tem o costume de ser inseguro e de se esconder atrás do gorro cinza na cabeça e do par de óculos sem grau que usa.
— Descobrimos que o problema de visão de quando era criança foi resolvido — Cintia o olhava tentando explicar em que lugar queria chegar — ainda usa os óculos para se esconder de quem é de verdade. O "X" marca que o Andrey de mentira acabou de morrer e deve deixar o real tomar a si mesmo. O problema é que não sente orgulho de quem é e antes de tudo deve se aceitar.
Ele olhou para as três pessoas naquele lugar e puxou o gorro cinza da cabeça. Prestou atenção enquanto a coisa começava a acontecer. Tinha cortado o cabelo no salão com Adryelle aqueles dias, entretanto mesmo assim Willian usou a tesoura e fez uma franja nele.
Colocou a camisa de manga amarrada na cintura e ficou apenas vestindo a blusa preta que estava por baixo. Observou enquanto pegavam o par de óculos, o pisavam e rasgavam a foto marcada com o X vermelho apenas para jogar no lixeiro.
Os três balançaram a cabeça, o mandaram sair e do nada, quando saiu do banheiro feminino, sentiu Adryelle segurar sua mão direita, mais arrumada do que tinha chegado e o acompanhar até a pista de dança.
Todos olhavam para os dois, pela primeira vez Andrey percebeu que chamava a atenção de Chris sendo a pessoa que tinha vergonha de ser e a partir daquele momento ouvia as palavras de Cintia sobre orgulho de quem é ecoarem em seu subsconsciente toda vez que se sentisse tentado a desistir de algo.
Aquelas palavras o inspiraram a ser quem era hoje e ali sentiu que estava começando junto com a melhor amiga uma nova fase em toda a vida.
Povoado Country (08 de maio de 2020) — PRESENTE
Mayara não entendia de maneira nenhuma como eles conseguiram inspirar Andrey a mudar tudo que era em razão de se transformar em algo mais formidável. Mas um dos caminhos foi ter mostrado o "X" vermelho no garoto morto que ele deixava para trás.
Ali naquela sala entendia que todas as pessoas marcadas daquela forma estavam mortas. Olhava para os rostos nas fotos e não acreditava que algo daquela magnitude pudesse estar acontecendo.
Observou a linha vermelha e a ligação que ela fazia. Via que ligava Andrey e Adryelle cujas fotos estavam no centro de tudo e acima da foto de Willian. Depois percebia que as fotos mais afastadas deles tinham a marca vermelha em todo o comprimento. Como as de Hillary e de Lindinêz, por exemplo, deviam estar em metros de distancia do centro, uma de cada lado daquela parede.
Ainda sentia o cheiro aterrorizador que saia do corredor e temerosa olhou a figura no capuz verde, levantar o corpo nu da melhor amiga dela e partir em direção ao corredor daquela salinha.
O motivo de ainda estar viva não entendia, mas voltou a olhar para câmera que a filmava em cima do tripé, esperando que fosse encontrada em breve.
Victoria permanecia sentada na festa de Adryelle em um dos bancos no balcão de bebidas tomando um copo de vodca e limão. Ao seu lado tinha uma mulher que a encarava bastante, mas que não reconhecia. Com olhos claros e cabelos ruivos claramente pintados, a outra mulher colocava um canudo na boca e voltava a encarar tentando ser discreta.
— Victoria? — a mulher no outro lado da mesa se aproximou mais tentando puxar assunto — vejo que assim como os outros não se lembra de mim — disse observando o olhar de desconhecimento que recebia — sou eu, não se lembra mesmo de mim?
A mulher demonstrou que se sentia ofendida. Elas tinham estudado juntas e andado juntas em vários momentos na escola. Ficaram no mesmo ciclo de amigos e lanchavam juntas no intervalo, não era possível que tivesse mudado o suficiente para não ser reconhecida por pessoas tão próximas em seu passado.
— Desculpe — Victoria realmente estava tentando se recordar da mulher a afrontando, entretanto não conseguia lembrar-se de nenhuma pessoa com aparência igual ou meramente parecida — realmente te conheço?
Ficando triste instantaneamente. O olhar que Victoria recebia era de incompreensão, olhava para os cabelos ruivos pintados e para os olhos verdes ainda sem conseguir lembrar de que lugar a teria conhecido. Enfurecida a mulher a deixou sozinha sem dizer quem era e caminhou até a saída do salão de karaokê.
Victoria colocou sua atenção no palco a frente, no qual Adryelle aparecia com uma calça jeans e uma blusa azul de mangas compridas. Segurava um microfone com suas duas mãos e batia os pés esperando que as pessoas no salão fizessem silêncio a fim de poder dar os avisos que pretendia.
— Oi — falou outra mulher se aproximando de Victoria, essa ela conhecia e abraçou mostrando afetividade.
Do lado da amiga de escola estava o namorado dela, uma relação que mantinha desde que tinham acabado o ensino médio. Eles eram Anny e Ítalo, sentaram-se próximos no balcão de bebidas olhando enquanto Farias, Cíntia e outra mulher que não conheciam — a amiga de Farias chamada Rúbia — apareciam para completar a companhia e pediam drinks para começar a noite.
O salão começou a se silenciar aos poucos e todos começaram a olhar para o palco onde Adryelle visualizava um papel preparada para dar seus avisos.
— Ei, se liguem. Preparei uma competição para hoje à noite chamada Disputa Musical — ela estava em cima do palco sorrindo enquanto todos aplaudiam com suas bebidas na mesa ou com os copos na boca — quem se apresentar melhor vai poder formar o time no campeonato de esportes amanhã e ganhar uma quantia em dinheiro.
Todos gritaram quando falou da premiação monetária que entregaria aos que passassem vergonhas naquele palco.
— Na moralzinha, basta chegar e anotar seu nome na lista aqui na beira do palco. Detalhe: eu vou ser jurada, logo espero ser surpreendida por alguém que não seja Andrey cantando músicas bregas — ela olhou para o fundo da plateia e sorriu para o amigo que recebia olhares risonhos de todos.
Alguns se deslocaram até o palco para se inscrever na competição e no balcão de bebidas havia uma Anny arrastada para o lado de fora do hotel por Ítalo que avisou ter algo bastante importante a comentar.
Eles estavam juntos a mais de um ano. Passavam todo o tempo colecionando momentos para os dois. Construíram vários planos e entraram na mesma universidade a fim de não ter de se afastar pelos estudos e seguir o caminho como o casal amoroso que eram.
Mas o relacionamento estava muito próximo do término e apenas a mulher nele sabia disso. Quando chegaram do lado de fora e entraram na área da piscina olharam para a garrafa de champanhe e as taças em cima de uma mesa. Assim como as velas que decoravam o cenário veemente preparado para alguma situação especial.
Gente desculpa dividir esse capítulo na melhor parte, vocês não sabem a treta que está vindo aí, sério mesmo.
A obra tem muitos personagens, quero saber se até agora está tudo bem ou se preciso fazer um capítulo apenas contando quem é cada personagem para ajudar. Caso estejam mesmo confusos acho que o Capuz Verde vai ficar feliz em eliminar algumas pessoas dessa festa que acham?
Me: Deus me livre e guarde!
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