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~Capítulo 21: Retorno

"Recebi novas notícias e pelo que parece o Andrey já escolheu seu par. O banheiro do Geek Bar no shopping da nossa cidade foi extremamente utilizado por nosso fav e um amigo. Vou deixar você, caro leitor, na indecisão. Será que o escolhido foi o Chris, o Timothy ou o Charlie?"

— Blog da Victória

— Ai meu Deus — Lavínia gritou ainda apertando o braço de Fran. Ela ouviu atentamente todos os relatos de Mayara sobre o dia em que aquele rapaz havia morrido — como você está vivo?

          Mayara entrelaçou os dois braços no corpo do amigo e em meio a lágrimas compulsivas, conseguiu sentir a vida no corpo dele. Ainda estava incrédula quanto a presença e toda a história que passava por seu subconsciente, agora sem fazer nenhum sentido. Pequenas gotículas de água iam de encontro ao seu rosto e a pessoa abraçada já queria sair de seu aperto, mas ela não possuía nenhuma vontade de soltá-lo.

— Mayara eu estou ficando sem ar — ele se pronunciou com um lindo sorriso no rosto e ao finalmente ser libertado pela amiga, foi posto em uma nova prisão nos braços de Lavínia — para pessoas com tão baixa estatura, vocês até que são bem fortes.

          Escutou o sorriso das duas e logo precisou retornar ao foco do momento. Percebeu Dulcy no cenário e notou a inquietação na mulher, mas não sabia acerca do motivo daquilo. Fran foi logo perguntando o que havia acontecido com as garotas e onde estavam todos os outros. A resposta foi dada e descontentou os três recém-chegados naquele helicóptero.

— Então você viu fumaça? — Fran questionou o relato de Dulcy e todos puderam visualizar a mulher assentir.

— A primeira suposição na minha cabeça foi algum tipo de incêndio no hotel, mas antes de chegar lá fui atacada — mostrou o machucado na cabeça — Andrey seguiu até a delegacia.

          Willian percebeu Cole colocando um bornal nas costas e checando alguma coisa na parte de baixo do helicóptero. Com o calor do momento só conseguia fixar sua atenção nas duas amigas assustadas e nos terríveis relatos pronunciados. Era a única coisa com importância suficiente naquele instante.

— Vocês estão machucadas de alguma forma? — Fran questionou e ficou aliviada com a resposta negativa de Mayara e Lavínia.

          Foi a vez de Willian questionar alguma coisa a Dulcy e a maior preocupação na sua cabeça era a última parte do relato.

— Andrey estava bem na última vez que vocês se viram?

          Todos observaram a aproximação de Dulcy e em seguida um longo tapa na cara de Willian. Até o rapaz ficou assustado com a investida daquela desconhecida, os outros começaram a segurar a mulher e a manter afastada.

— Você é um filho da puta — ela segurava a mão vermelha por causa de sua investida e não poderia se aproximar novamente do rapaz, já que Fran a segurava com firmeza — deixou o Andrey acreditar que tinha matado você por tanto tempo.

— Eu fiz isso querendo proteger ele — depois de sua justificativa foi a vez de Fran o agredir com outro tapa — eu aguentei você por horas, mas não vem dizer que o sofrimento dele foi por proteção.

          Mayara se posicionou a frente de Fran e tentou acalmá-la:

— Nós não sabemos o que aconteceu. Por favor se acalme e deixe-o explicar.

— Como assim deixar ele explicar? — Dulcy berrou novamente e olhou com muita raiva para o Willian —você não sabe quantas pessoas morreram por causa do seu desaparecimento? — ela respirou fundo e se sentou no chão — eu nem preciso te conhecer para sentir raiva disso.

          Cole apareceu ao lado da namorada e checou a mão dela. Apenas com o olhar ela notou seu pedido de calma e sensatez.

— A única forma de dar paz ao Andrey era desaparecendo e eu não voltaria nunca — Willian começou a gritar com os olhos marejados — só voltei quando a Luiza me ligou dizendo que ele tinha tentado suicídio, mas quando cheguei, ele estava feliz ao lado do Timothy e superou tudo de antes. Fiquei nas sombras até não aguentar mais estar sozinho — ele começou a chorar e se ajoelhou no chão com as mãos no rosto. O barulho de sua lamentação amoleceu o coração de todos os presentes.

— O que a Luiza tem a ver com isso? — Lav perguntou com a respiração ofegante e medo transparecendo nas veias latejantes de preocupação em sua testa.

— Foi ela quem me ajudou a sair do túmulo — todos pararam e o olharam assustados — é, eu fui enterrado também.

          Algumas lágrimas desceram dos olhos de Mayara. Ela olhou para as outras pessoas e notou o sentimento de compaixão presente em cada um deles, pois todos olhavam para o rapaz no chão com pena. Estavam convencidos de seu posicionamento, assim como estavam convencidos da impossibilidade em seguir com o plano de Francielle.

—Nós precisamos de reforços, Fran — Cole a avisou já chorando após o relato de Dulcy — se o hotel pegou fogo, minha irmã pode estar morta e esse assassino não vai desistir só do Willian aparecer. Afinal, parece ser um crime mais premeditado do que você me contou.

— Se ele matou todo mundo de uma vez no incêndio — Willian falou enquanto se levantava do chão — talvez nem esteja mais por aqui.

— Mas se estiver a gente também corre perigo. Foi burrice topar o plano da Fran, mas ainda podemos reparar o erro.

          Ele voltou ao helicóptero e checou o rádio amador tentando sinal com algum tipo de autoridade, mas o objeto simplesmente não funcionou.

— Droga, essa merda está quebrada.

          O olhar de preocupação transpareceu em Francielle e ela se viu extremamente preocupada. Chegar no Povoado Country para salvar o primo e os amigos era uma grande esperança, mas se um incêndio tivesse matado todos poderia ser uma viagem perdida, ou pior, uma sentença de morte.

          Cole pegava o celular e constatava a ausência de sinal na região. Levava uma mão a testa e expressava toda a preocupação, revirou o bornal sob o olhar dos outros, mas não havia nada no kit de segurança que fosse suficiente para ajudá-los. Depois de tanto arrodeio, enfim olhou para Mayara.

— Mayara, você sabe pilotar helicóptero? — olhou inexpressivamente para a mulher e naquele momento demonstrou até uma pitada de nervosismo — lembro de ver você no heliporto de Aracaju algumas vezes.

— Meu pai tem um helicóptero, aprendi a pilotar uns meses atrás, mas estou no curso e não o concluí — a própria não tinha total segurança em pilotar uma coisa daquelas sem o auxílio do instrutor, mas aquilo já era bastante para o plano de Cole, formado de forma imediata em sua cabeça.

          Ele voltou a olhar a parte de baixo do helicóptero e seus arredores, quando voltou ao grupo adentrou seu olhar em Mayara para lhe fazer um pedido:

— Foge daqui e leva eles.

— Como assim fugir daqui?

— Você já sabe pilotar ele com perfeição?

— Sei, mas nunca fiz isso sem um instrutor me orientando e vai cair uma tempestade...

— Isso já basta — interrompeu-a — situações drásticas exigem medidas desesperadas.

          Fran caminhou no cenário até alcançar o namorado e colocar suas mãos de forma carinhosa nas bochechas molhadas dele. Alisou um pouco o cabelo preto e clamou com os olhos por sua segurança, mas ele já sabia no que o momento inesperado de ternura levaria o grupo. Francielle não sairia do Povoado Country sem saber acerca do paradeiro do primo.

— Sem o Andrey eu não saio daqui, principalmente se for para te deixar sozinho.

— Eu entendo, afinal sinto a mesma coisa por minha irmã, mas eu temo por sua segurança — sua fala estava um pouco apressada e a namorada até notou aquilo, mas resolveu não desfocar do assunto principal.

           Eles juntaram os lábios como se estivessem fazendo aquilo uma última vez. De forma apressada e cheia de desejo como se tentassem consumar todos os anos que ficaram juntos.

— Desculpa ter ocultado as informações do caso de Willian — ela sussurrou e observou um pequeno sorriso se formar nos lábios de seu amado.

— Isso não importa mais — ele a beijou mais uma vez antes de concluir seu plano — precisa sair daqui e se salvar. Eu imploro a você, pois se eu perdi a minha irmã, isso já é sentença o suficiente. Mas se eu acabar perdendo vocês duas, não vou aguentar.

          Fran o soltou e deixou a tristeza escapar de seus olhos, pois já não havia nada a ser feito, uma vez que a decisão de seu namorado estava por fim concretizada.

— Leve-me com você.

— Nunca na vida, você vai ficar muito mais segura longe daqui — ele sorriu ao lembrar da profissão deles — eu sei sobre seu treinamento, só não quero colocar você em perigo. Foge daqui, por favor.

— Vou dar um jeito, agora pegue sua arma e me promete — ela o olhou novamente no fundo dos olhos — ainda vamos nos ver mais uma vez.

          O homem assentiu e após puxar uma arma da cintura correu até a estrada e desceu a ladeira até a floresta. Todos conseguiam ver o telhado do hotel do lugar no qual estavam. Assim, não seria difícil de encontrar a enorme construção. Ela se virou para Mayara e começou a arquitetar um novo plano.

— Vocês três no helicóptero agora, vão sair do povoado, contar tudo a alguma autoridade e chamar reforços — ela praticamente gritou com as três mulheres no cenário e começou a empurrá-las para dentro do transporte.

— Fran talvez seja melhor pensar nos fatos — Willian começou a dizer, mas duas de suas amigas já estavam lá dentro e se preparavam para levantar voo — pensa melhor sobre esses últimos instantes.

          A detetive recriminou Dulcy quando ela permaneceu em pé e distante do transporte.

— Vai moça, foge daqui com a Mayara e a Lavínia.

— Não estou com um bom pressentimento, prefiro ficar aqui.

— Prefere ficar aqui a fugir em segurança?

          Um trovão assustou todos colocando em pauta o início de uma nova tempestade. Mayara desceu do helicóptero com medo da promessa de chuva e logo a relutância de Dulcy foi esquecida.

— A gente sobrevoou com chuva também e eu sei que vai conseguir. Agora vai até Seattle e busca reforços, por favor — ela respirou fundo e abraçou a mulher — pode ser a única esperança.

          Ela já estava estressada o suficiente e quando olhou para trás, novamente um aviso de Willian:

— Fran pensa direito nas coisas, talvez não seja a melhor opção — Willian gritou e foi completamente ignorado pela detetive. Lav abraçou o amigo antes de correr até o transporte e se instalar no banco.

          May olhou para trás e percebeu a segurança de Dulcy em não subir no transporte. Lavínia já estava sentada no banco do passageiro, pronta para a decolagem.

— Só faz se estiver segura — Willian suplicou a Mayara e ela assentiu. Correu até o amigo e o abraçou mais uma vez — é bom te ver de novo — ele disse antes da amiga se afastar e entrar no transporte — tem gasolina suficiente? — perguntou a Fran e recebeu uma resposta automática e positiva — eu também não estou com um bom pressentimento — ela o olhou e sorriu com a preocupação, mas já estava decidida a fugir — tem alguma coisa errada.

— Eu passei momentos muito ruins aqui e se tem a oportunidade de fugir é nela que vou me agarrar — May falou antes de começar a andar até o veículo e fechar a porta. Virou-se rapidamente para dizer uma última coisa — avise ao Andrey que vou estar espetando ele para falar sobre a Ashley Benson — sorriu e entrou no veículo completamente esperançosa.

          A hélice começou a girar e todos foram atingidos por uma forte ventania vinda do movimento das pás. Depois as mulheres começaram a flutuar junto ao automóvel e pela frente conseguiram acenar aos três fixos no chão. O plano era seguir decolando até achar um lugar para pouso na cidade, por isso começou a se locomover na direção oposta do hotel.

— O que é aquilo piscando embaixo do helicóptero? — Dulcy questionou e todos procuraram algo.

— Não deve ser nada demais — Fran falou segura de si, mas não imaginava ser interrompida por Willian com apontamentos tão plausíveis.

— Pois eu espero mesmo. Cole foi muito suspeito nesses últimos momentos — o helicóptero já estava um pouco distante em direção ao sul para a felicidade deles e Fran olhou indignada para o rapaz, mas antes de poder falar algo, ele continuou — eu também seguia o Andrey e eu o ouvi falando o motivo de estar com o Timothy, usava ele.

— Você mesmo disse que achava o Andrey uma pessoa feliz ao lado do Timothy — Fran jogou um momento de instantes atrás em cima do rapaz e recebeu mais uma bofetada de palavras.

— Ele se sentia feliz fazendo com o Timothy a mesma coisa que recebia. Ele disse com todas as letras ao telefone com a Adryelle e eu ouvi. Cole mandou o irmão coletar alguma confissão para expedir um mandato e fazer uma gravação lícita. Sinceramente é só parar para pensar e o Cole começa a ser muito suspeito.

— Cole não mandaria o próprio irmão enganar alguém para se dar bem no trabalho.

— E se ele te fez mandar duas pessoas em um helicóptero para seguir com algum tipo de plano?

— Você está delirando.

          Quando ela negou, todos ouviram uma explosão. Era o helicóptero, agora uma nuvem de fumaça e chamas no céu.

— Eu falei que era melhor checar os fatos antes — Willian murmurou com água escorrendo em suas bochechas, assustado, e ouvindo gritos vindos de Dulcy.

Aracaju (18 de março de 2018)

Andrey passava os olhos por estantes e mais estantes de livros. Desde o pior dia de sua vida, sair de casa e caminhar sozinho era seu maior meio de distração. Depois começou a se encantar cada vez mais pelos livros e começou a lê-los, não só pelo prazer de uma boa leitura, mas para esquecer de sua vida triste e solitária, lendo romances que sempre teriam um bom e previsível final feliz.

          Agarrou o livro "Belo Desastre" em suas mãos e resolveu carregá-lo para si. Seria uma grande distração para os próximos dias, principalmente com todos os familiares distantes indo até sua casa para ver como o adolescente fragilizado estava. Apenas duas situações juntam toda a família para falar bem de você e te prestar condolências: a morte e a quase morte.

          Olhou para mais uma das estantes cheias de romances hot bem desenvolvidos e segurou mais um com seus dedos. O livro "Pacote Completo" pesava em sua mão e, por um instante de descuido, derrubou-o no chão. Naquele momento um rapaz apareceu e fez a gentileza de ajudar. Mais uma vez Timothy Mendonça estava em seu campo de visão.

— Parece que o destino está fazendo a gente se encontrar mais uma vez — ele falou enquanto Andrey pegava o exemplar e virava de costas em direção ao caixa.

— O que você chama de destino, eu chamo de perseguição — falou alto o suficiente para ser ouvido e percebeu uma risada escapar de Timothy.

          Ainda sendo seguido pelo Mendonça mais insistente da face da terra, chegou ao caixa e deixou os livros para a atendente exercer seu trabalho. Ficou observando o serviço da mulher quando um convite lhe foi feito.

— A gente pode ir até o Geek Bar e conversar um pouco, que acha?

— Eu também posso ir à minha casa e dormir um sono.

          A atendente disse o valor e ele logo entregou um cartão para pagar a dívida. Foi questionado sobre a forma de pagamento e depois de digitar a senha, estava liberado para correr o mais rápido que pudesse daquele rapaz. Não podia ficar próximo dele pelo mesmo motivo no qual se afastava de Brenda, ambos estavam perto demais do investigador do caso de desaparecimento do Willian.

— Vamos ao Geek Bar?

— O que você quer Timothy? — Andrey parou de andar e penetrou seu olhar na figura esguia em sua frente — aparece igual uma assombração e está longe de ser o Gasparzinho.

— Eu posso sim ser seu camarada.

— Eu vejo suas segundas intenções nos seus olhos — deu um sorriso confiante a voltou a caminhar abandonando-o ali, mas com a certeza de que seria seguido.

          Quando chegou ao Geek Bar e pediu um suco, precisou apenas esperar alguns instantes até receber uma companhia. O lugar não estava muito lotado e parecia até calmo demais, infelizmente nenhum atendente venderia bebida alcoólica para menores de idade, por isso pediu algo lícito.

— Então aceitou meu convite — Timothy revelou completamente confiante enquanto se sentava na mesma mesa que Andrey.

— Na verdade, vim ao Geek Bar para tomar um suco e você apareceu e se sentou em minha mesa, como sou educado demais para te expulsar, deixo você ficar.

          Ele sorriu e logo despejou a primeira pergunta acerca do motivo de estar ali:

— Então foi assim que conquistou o Willian? Fingindo desinteresse?

          Andrey já havia sacado, pois era óbvio demais. Um encontro ao acaso, um interesse repentino jamais demonstrado antes, uma perseguição no shopping e um convite para date. Se aquilo não fosse joguinho em prol de algum interesse oculto, só poderia ser um garoto de programa, e isso já possuía certeza sobre ele não ser.

— Adryelle e Brenda não instruíram você a me fazer companhia não né?

— Se eu disser que sim, posso ficar?

— Eu já disse que não vou te expulsar.

— A resposta é não, apareci por ter me interessado em você, mas não respondeu minha pergunta.

          Ele fez questão de relembrar aquela pergunta, logo não podia ter sido um flerte avulso, era o real interesse do rapaz.

— Preciso ir ao banheiro rapidinho, pede uma porção de batata-frita, pode ser?

— Claro.

          Levantou-se da cadeira e andou até o banheiro, pegou o celular já dentro de uma as cabines e discou o número de Adryelle. Quando ela atendeu, deixou de lado todas as partes bobas de uma ligação e partiu direto para a parte importante.

— Oi migles.

— O Timothy está aqui e já me fez uma pergunta sobre o Willian.

— Então meu pai previu certo, Cole vai usar os irmãos para coletar informações nossas e saber se somos culpados.

— Não vai conseguir muita coisa — ele afirmou em sussurros dentro daquela cabine — vai ser muito divertido — sorriu um pouco e deu a resposta definitiva — vou fazer o Timothy ficar na minha mão e de quebra vou passar meu tempo.

— O que você vai fazer? — Adryelle já estava um pouco nervosa com o rumo daquela conversa — você precisa se afastar dele.

— Não mesmo. Tem uma coisa que ele quer além de coletar informações e isso eu posso dar.

          Desligou a ligação ainda sorrindo e voltou à mesa mais confiante. Caso Chris não o entregasse pelo caso de Willian e ele achava aquilo pouco provável, precisaria continuar escondendo aquilo e nada melhor do que ficar próximo da investigação e de quebra, se divertindo bastante.

Povoado Country (13 de maio de 2020) – PRESENTE

Dulcy gritava olhando para aquela bola de fumaça no céu. Fran estava paralisada com aquilo e não sabia quais ações tomar depois, claramente algo muito errado estava acontecendo ali e apenas ela não percebeu, uma vez que os outros dois expressaram algum tipo de sentimento.

— Cole é cúmplice disso tudo, bem que eu suspeitei. Eu devia ter impedido as meninas de entrarem ali, eu devia — Willian se atirou no chão e voltou a chorar compulsivamente. Duas pessoas mortas a sua frente em uma situação que podia ser revertida.

— Eu senti que tinha alguma coisa errada, me veio um pressentimento ruim — Dulcy também chorava pelas duas amigas e, além disso, sentia culpa pelo ocorrido.

          Fran passou por uma epifania de momentos e lembranças sobre os eventos. Só podia ter sido algum tipo de psicologia reversa, pois o namorado concordou com seu plano em Seattle, mas bastou chegar no povoado para o achar burrice. Como Dulcy afirmou, ele mexeu mesmo embaixo do helicóptero e realmente insistiu bastante para que fugissem.

— Ele sabia que você não iria embora e muito menos me deixaria ir, Fran — o menino de cabelos loiros falou ao levantar a cabeça e observar a detetive ainda paralisada.

— Mas sabia que eu mandaria as três e depois da explosão, seriam menos pessoas para acusar ele de ser partícipe nos assassinatos.

          Era obvio demais, mas difícil de acreditar. Namorou o homem por anos, os dois evoluíram juntos tanto profissionalmente quanto como um casal e agora, sem mais nem menos, era um assassino frio e calculista.

          Ela lembrou de uma briga de anos atrás, da forma na qual ele ficou obcecado em construir o caso de desaparecimento de Willian e mesmo depois de conseguirem a vaga de emprego no exterior, levou meses até que esquecesse aquele caso já arquivado. Depois passou em seu subconsciente uma mera justificativa acerca de sua participação na história do Povoado Country.

— Ele esteve aqui uns meses atrás para encontrar um amigo — os dois no cenário visualizaram a mulher – um amigo que ele conheceu em Aracaju enquanto investigava o caso de seu desaparecimento — olhou para Willian — esse homem é influente por aqui e conseguiu fazer o dono aceitar alugar a propriedade para a Adryelle. Brenda ligava pedindo isso a ele todos os dias, até que ele veio em pessoa pedir o favor.

          As imagens da viagem do namorado passavam por sua cabeça. Adryelle estava que nem louca querendo um lugar para fazer a bendita festa e Cole ligou para Brenda falando acerca do Hotel Country, depois disso a garota ligou todos os dias para saber se era possível alugar o hotel. Cole precisou pegar o helicóptero e ir em pessoa falar com esse amigo.

— Qual o nome desse amigo dele? — Willian levantou e segurou os braços de Fran frustrado, mas a própria mulher já não possuía forças para combater aquelas lembranças. Pelo visto, a sua total confiança naquele homem sentenciou duas pessoas e aquilo já doía em seu peito.

— Eu não lembro, é um nome meio estranho. Nunca me ocorreu saber mais sobre esse amigo dele — ela pensou mais um pouco já sobre pressão e lembrou um pouco da pronúncia — não é brasileiro, mas parece um pouco com Eduardo.

          Os outros dois no cenário olharam assustados para Fran como quem sabiam da pessoa mencionada:

— Se for quem estou pensando, é um dos donos do Hotel Country, mas é um doce de pessoa. Não pode ser ele.

— Você o conhece? Qual a última vez que o viu? — Fran falou enquanto se soltava dos apertos de Willian.

— Eu o vejo sempre, na última vez ele estava muito preocupado com os corpos que caíram na festa de Adryelle, mas pensando melhor, também estava no bar com o Andrey outro dia. Vocês acham que...

— Ele se aproximou do Andrey por minha causa — Willian interrompeu Dulcy e já querendo voltar a chorar continuou com o diálogo — o nome desse amigo é Edward?

          Fran assentiu usando sua cabeça e Dulcy demonstrou ter falado da mesma pessoa. Em um lugar tão pequeno era quase impossível existirem duas pessoas com aquele nome.

— É o nome do meu pai.

Estamos de luto por Mayara e Lavinia, peço um minuto de silêncio por elas.

Está aberta a temporada de caça em A Festa de Sangue, do 13 ao 21 foi para revelar as coisas, vocês já sabem do que precisam saber para esse ciclo, agora que venha a pancadaria.

Obs: Coloquei a foto do Louis com o cachorrinho por ser a coisa mais fofa que eu vi hoje. E por ele meio que ser o Willian, é isso.

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