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~Capítulo 19: Fuja Cintia, Corra

"Como sabem um grande amigo meu passa por momentos bastante delicados e por enquanto não tenho ânimo para o blog, mas coletei um incrível babado. Pelo que parece esse mesmo amigo estava em um encontro com o incrível Chris Ning, boy mais velho é tudo né? Quem diria amados, esse solteiro que desperta uma vontade de escalar paredes está na mira. Eu estou passada igual um chiclete tuti-fruti e vocês?"

— Blog da Victoria

Grant se manteve de pé calmamente, com o gravador ainda no bolso, após conseguir concluir seu primeiro motivo. Andrey ainda permanecia calado e temeroso com toda a história abordada pelo assassino de seus amigos, assim tentava ao máximo ouvir as informações sem manter contato visual com seu agressor, olhava sempre para o lençol da cama. Mantinha seu campo de visão naquele homem, apenas quando a notícia era chocante demais.

— Passei anos naquele lugar. Charlotte ainda me encontrou lá e avisou que estava grávida do Willian, foi uma pequena felicidade naquele lugar sombrio, mas nunca o levou para me conhecer nem nada. Depois de 15 anos preso em uma clínica psiquiátrica, consegui fugir e aproveitei da identidade falsa imposta pelo meu pai. Ele queria esconder meu nome e sobrenome verdadeiros para me desligar da família Wood.

          Depois de bastante tempo, Andrey finalmente se pronunciou com uma curta pergunta:

— Se sua identidade era falsa, como ela encontrou você?

           Para fazer a pergunta teve de realizar um enorme esforço, olhar para a pessoa que em breve o assassinaria. Ele contava a história de forma natural e nem parecia ser o homem por trás de tantas tragédias, mas em breve mostraria sua verdadeira face quando desligasse aquele gravador.

— Eu nunca parei para pensar por esse lado. Não faço ideia de como ela me encontrou, mas me visitou mais de uma vez naquele mês. Já estava até com a barriga um pouco grande, em todos aqueles anos eu fiquei feliz apenas naquele momento.

           Ainda sobre a fuga da clínica, aquela parte Andrey já sabia, mesmo assim ele continuou a contar o restante:

— Aí procurei meu filho, achei o colégio em que ele estudava e consegui o emprego de zelador, trabalhando apenas no turno da noite e podendo esconder também minha identidade falsa, afinal poderiam descobrir bastante sobre mim a usando. Cada dia passado com o Willian era de uma autodescoberta impressionante sobre as coisas perdidas naqueles quinze anos. Precisava vim uma coisa acabar com a minha alegria, meu segundo motivo chegou de carruagem para me atormentar.

          Era chegado o momento em que Adryelle entrava em todo aquele envolvimento, era de certo sua influência como segundo motivo.

— Eu morava de aluguel em uma quitinete, só tinha uma cama e um fogão lá dentro. Estava vivendo justamente e ainda sendo procurado pelo pessoal da clínica a mando do meu pai. Aí de repente me vem uma acusação de roubo, apareceu uma coisa no meu nome falso e antes da minha prisão, os médicos da clínica me encontraram e acabaram com minha liberdade mais uma vez. Os meus dias com o Willian caíram por terra totalmente, o único pingo de felicidade ainda restante na minha vida não poderia mais me ver. Você entende o quanto isso pesou em mim?

          O rapaz entendia. Ele soube no exato momento em que Adryelle contou o seu feito, ele entendeu ali mesmo o quanto machucado uma pessoa poderia sair por causa daquela história, mas foi no mesmo dia do memorial da Charlotte, não se aprofundou muito no assunto ali.

— Quando eu soube a Charlotte já estava morta, então você já tinha escapado da clínica pela segunda vez.

— Na verdade a Adryelle me libertou — Andrey sabia sobre a ajuda de Adryelle para a liberdade dele também — o pai dela conseguiu me soltar pedindo uma avaliação psicológica. Antes de conseguirem me prender pelo furto, fugi e me escondi. Deixei um recado para o Willian e veio mais uma grande surpresa, quando eu finalmente poderia encontrar um lugar e manter contato com meu filho, eu descubro o envolvimento dele com a irmã. Charlotte queria mandá-lo para a Alemanha, eu a encontrei, nós brigamos e acabei matando-a em um impulso de raiva.

           O assassino se sentou novamente na poltrona e se encostou sob os olhos tristes de Andrey.

— Willian ainda tentou acobertar seu crime, tentou colocar a culpa em si próprio. Disse que ia fugir com você e a Iasmim para ter uma vida legal.

— A Iasmim está morta, pois ela abandonou o Willian — Andrey parou sem conseguir pensar direito por um tempo, Iasmim morreu e ele nem sabia daquilo, quais outras pessoas poderiam estar mortas também? — não deixaria a assassina do meu filho viva, a gente fez um acordo e os dois tentamos driblar ele. Ela tentou driblar mandando você conversar com a Fran e eu mandei meu cúmplice matar ela.

          Até perguntaria qual era esse acordo, mas ficou com medo da resposta. Então ela acabou traindo o assassino quando o ajudou a ligar para Fran e pedir ajuda, ao menos morreu tentando reparar o erro. Era assim que Andrey queria morrer também.

— Quando eu matei a Charlotte, senti uma coisa diferente. Era uma combustão meio que espontânea, uma felicidade e um prazer enorme ao sentir aquela vida acabar.

— Você é um psicopata. Eu também matei alguém e só senti infelicidade, se sentiu algo diferente é por ser um ser humano podre.

          Ele levantou rapidamente e colocou uma mão no pescoço de Andrey para o prensar na parede.

— Eu sei o que eu sou. Todos que matei depois da Charlotte foi por prazer, tanto eu quanto meu amigo — soltou o Andrey e o deixou recuperar o ar perdido - o único amigo que eu fiz na clínica queria vingança sobre um assunto envolvendo a Adryelle, por isso é a festa dela aqui. Na verdade, ela nem me importava muito, eu queria mesmo destruir o hotel do meu pai, não por ele — frisou o fato de seu pai não ser o terceiro motivo - quando o Willian não foi ao meu encontro para fugirmos, eu entendi que tivesse fugido com a Iasmim sozinho e tocado a vida dele sem mim, só percebi o abandono dela quando a encontrei conversando com Hadassa pelo povoado uns dias atrás. Depois disso, descobri a morte do meu pai, foi quando o Oliver me achou e me fez uma proposta. Meu terceiro motivo é o meu irmão.

          Andrey ainda estava com a mão livre no pescoço e respirando lentamente para recuperar o ar, sua cabeça também doía por conta do baque contra a parede, mas ia conseguir resistir.

— Nosso pai morreu, então não precisava me vingar dele. Como o nome usado na clínica e na suspeita de roubo era falso, eu podia ajudar o Oliver no que ele queria. Eu sou o filho mais velho, ficaria comandando o hotel, mas como havia várias coisas no meu passado, Oliver me fez acreditar que era melhor ele tomar conta do hotel. A proposta dele me pareceu confiável: eu assinava um documento deixando-o tomar conta das propriedades de forma total, enquanto eu ganhava dinheiro apenas trabalhando como braço direito. Aceitei aquilo, meu irmão começou a tomar conta de tudo sozinho e eu ficava para auxiliar em algo caso precisasse.

          Agora sim estava explicado o fato de um homem tão novo ser o dono de todo aquele espaço.

— Mas ele foi um completo canalha. Descobri isso uns quatro meses atrás, foi aí que comecei a planejar tudo isso aqui junto com uns colegas. O documento assinado por mim, não deixava só o comando para o Oliver, passava tudo que era meu para ele e me deixava sem nada. Ele me dava dinheiro para encobrir o fato de eu não ter nada e construía a vida dele com tudo que devia ser meu.

          Todos os pensamentos do rapaz algemado eram focados em "uau" e "caramba", aquele final surpreendente ele não esperava.

— Agora que você sabe os meus três motivos — ele retirou o gravador do bolso e o desligou — vamos conversar sobre a minha vingança pelo Willian — Andrey engoliu em seco — afinal por isso eu trouxe você aqui.

Farias já tinha acordado e bebia água ao lado de Eder e alguns outros amigos. Nenhum deles podia fazer nada a não ser esperar os hóspedes evacuados darem falta de alguém ali presente para mandar ajuda. Cintia ainda olhava o lado de fora pela brecha da cortina, quando finalmente lembrou de algo.

— Gente — ela gritou e chamou a atenção dos que estavam na recepção — a After Party — completamente animada com seu lembrete.

— Não vai acontecer mais, Cintia — Dani falou com voz preguiçosa. Estava deitada em um dos sofás com a cabeça no colo de Kayo.

          Nenhum deles entendeu o seu lembrete, pelo visto teria de explicar sua ideia. Todos olharam esperançosos no seu primeiro grito e agora voltavam para seus devaneios de solidão.

— Vocês não pensam não? — ela falou e chamou mais uma vez a atenção de todos — pensem bem direito em, quem organizou essa pós festa?

          Sara se levantou do chão, onde estava ao lado de Victoria, e olhou para a amiga com o mesmo lembrete que ela.

— Meu Deus a Luiza.

— Ela ia vir ao povoado no dia da After — Cintia falou enquanto olhava para Sara ainda animada — não lembram do evento do pai dela?

           Todos começaram a ficar eufóricos com aquela informação e se lembraram da amiga restante. Luiza, Elis e Jace tinham um compromisso na madrugada do dia 13 e não poderiam comparecer para a festa de Adryelle, em decorrência disso, alugaram uma casa para fazer a pós festa e poder curtir mais três dias com alguns dos convidados no Povoado Country.

— Eles não vinham de carro — Cintia olhava para Carol, a fim de jogar aquela última informação e a animar com a notícia — alugaram uma lancha.

           Todas aquelas pessoas se encheram novamente de esperanças depois do lembrete de Cintia. Uma pessoa chegaria ao povoado para ver a situação instalada e teria um meio de fugir de lá para avisar acerca dos remanescentes no Hotel Country, assim como os assassinatos acontecendo na região.

           Porém, nem tudo foram flores, uma parte daquela esperança seria essencialmente falha.

— Mesmo que eles venham, o assassino não vai deixá-los irem embora — Giselle mencionou e entristeceu metade das pessoas ali presentes — quando chegarem vão entrar no povoado e talvez sejam até mortos.

— Isso supondo que esse assassino esteja atrás da gente ainda — Arthur chamou toda a atenção para si com aquela simples oração. Deixou Chris no restaurante um instante para participar daquele diálogo — gente, o hotel pegou fogo não foi?

           Depois de um pingo de felicidade, muitos começaram a ficar inquietos apenas ao recordar os piores momentos de suas vidas, mesmo assim alguns seguiram com o diálogo.

— Você acha que a pessoa por trás dos assassinatos deve ter ido embora depois de colocar fogo no hotel? — Carol entendia o apontamento de Arthur e foi a única pessoa a não descartar aquele posicionamento.

— Sim, afinal todos ficamos lá dentro, deve achar que estamos mortos. Pensam assim também? — agora que ele tinha falado, muitos começaram a raciocinar e levaram a situação para o lado positivo, afinal seria muito mais fácil de lidar com a situação se ao menos o grande agressor não estivesse à espreita do lado de fora.

           Um instante de silêncio no qual todos na recepção raciocinaram acerca dos lembretes. Bem ou mal, a lancha com os organizadores da After Party podia ser a chance de eles saírem do povoado em segurança.

— Sendo assim, alguém precisa estar na marina, esperando a Luiza chegar — Dani se sentou no sofá abandonando o colo de Kayo e olhou esperançosamente para a dona daquela ideia — foi isso que você supôs, né Cintia?

          Ela foi a única a sacar o verdadeiro planejamento da amiga e não se espantou quando a cabeça dela fez sinal afirmativo.

— Alguém precisa ficar lá para mandar a Luiza voltar e chamar ajuda — ainda olhando para o jardim pela brecha da cortina, Cintia tomou a decisão que talvez salvasse todos e a sentenciasse.

— Isso não é necessário, vocês estão postergando o inevitável, babies — Kayo falou com olhar duro para as pessoas que participavam da conversa — ao menos dois assassinatos foram vistos no meio de todo mundo, essa notícia vai vazar rápido.

— Se alguém ainda se ilude com isso, que pare — Eder alisava os cachos de Farias, mas fez questão de participar do diálogo — as reservas para o hotel estão fechadas até o dia primeiro de junho. Ninguém vai telefonar para o povoado e nem se preocupar pela falta de atendimento, a evacuação não vai ser noticiada e muito menos os assassinatos.

          Kayo já se levantou indignado com aquela incredulidade. Para ele era óbvio o fluxo de notícias na televisão acerca dos acontecimentos na região. Estava pronto para acalorar a discursão.

— Ele está certo — foi interrompido por Chris na porta do restaurante. Sua face estava abatida e os rastros de lágrimas ficavam aparentes pela presença de luz no cenário — o dono desse hotel vai impedir a notícia na internet e na televisão, os moradores do povoado quando chegarem a Seattle vão tratar a evacuação de forma natural, pois já aconteceu antes e moram aqui sobre aviso.

— E quanto aos assassinatos ninguém vai poder noticiar lá fora. Wood paga uma boa quantia por silêncio — Carol continuou o pensamento — eu já moro aqui a um tempo e as pessoas que morrem só são notadas no enterro, nem no rádio local passa. Por isso a fama da região segura e da qualidade de vida, ele nunca permitiu a notícia das mortes nem por infarte, quem dirá assassinato.

          Então, restava apenas uma alternativa para conseguir sair desse lugar. Por todo o tempo ficaram apenas sentados e esperando a ajuda chegar sozinha, mas se continuassem nessa técnica poderiam passar dias sem que fossem salvos. Doía em Cintia propor aquilo e se colocar em risco, no entanto ela não fazia apenas pelo coletivo, fazia por ansiar sair da região e poder tocar sua vida como antes.

— Alguém precisa esperar a lancha chegar na marina, iam sair de lá bem cedo — notificou os indivíduos no cenário e observou enquanto Duda olhava o relógio no pulso, ainda não passavam das sete da manhã — eu vou, mas sozinha não.

— Vou com você — Dani afirmou e logo se levantou — como chegamos lá? — foi até o balcão ao lado da amiga e pegou um mapa com Carol, assim poderiam se guiar até a marina e esperar que o plano ocorresse de forma correta.

— Mas precisa de um homem né? — Arthur falou no canto do cenário e transformou o medo de Cintia em combustível.

           Ela se virou, enquanto o pessoal ajudava a tirar o sofá da frente da porta, e olhou bem no fundo dos olhos de Arthur, se aquele fosse o último diálogo dos dois ficaria feliz no túmulo.

— Você quer vir? — extremamente ignorante e chamando a atenção dos outros. Ele não respondeu, mas modificou sua face e os pelos de seu braço logo arrepiaram. A resposta claramente era um não — então fique aí sentado donzela, pelo que parece duas mulheres vão salvar sua vida, escroto do caralho.

          Saiu do hotel acompanhada de Dani e sem mais nenhuma pessoa se prontificar a ir junto. Com medo e insegurança, partiram para onde ficava a marina com uma esperança. Chris observou a porta se fechando e não podia deixar de lembrar da última vez que esteve em um passeio de lancha, afinal depois da morte de Iasmim, todos os momentos estavam o deixando nostálgico quanto aos irmãos. Mais umas lágrimas desceram de sua face e voltou ao restaurante para se sentar próximo do corpo frio e duro da irmã.

Aracaju (18 de março de 2018)

Chris descia a rampa da lancha com cabelo molhado e uma mochila nas costas. Aproveitou um pouco do passeio com uns amigos do ensino médio pela última vez, afinal já tinha terminado seus estudos e tentaria uma bolsa na faculdade para o próximo ano. Quando se despediu de todos e chegou à avenida preparado para chamar um táxi, sentiu pequenas pontadas no seu ombro e se virou a fim de ver quem o chamava.

— Andrey? — ele se espantou com a presença. A cidade toda já sabia da condição do rapaz depois de tentar suicídio e a mãe dele não permitia visitas por enquanto.

          Observou a formação de um sorriso sem graça na face da pessoa em sua frente, assim percebeu uma áurea de tristeza no ar.

— Preciso conversar com você, por mais que vá me odiar depois — ouviu as palavras com o peso de uma grande revelação, mas em seu subconsciente, não imaginava o rumo da conversa.

          Andrey caminhou um pouco e se sentou em frente ao Rio Sergipe, observava a água se movimentando, alguns pescadores pescando, o vento movendo seus cabelos e algumas pessoas caminhando do outro lado do rio, mesmo que parecessem pequenas formigas turvas na distância onde estava. Chris se sentou ao lado dele e olhou atentamente para a mesma face triste de instantes atrás, pelo andar uma grande notícia chegaria.

— Se eu não contar isso a você, vai doer mais — ele falou quando virou o rosto em direção a Chris. Penetrar seu campo de visão naqueles lindos olhos castanhos era um esforço bastante complicado com a culpa adentrando seus pensamentos.

— Tem algo a ver com nosso beijo?

            Um dia antes da morte de Willian, eles haviam se beijado, mas Andrey já não se lembrava. Tantas coisas tomaram rumos diferentes apenas instantes após aquele beijo. Em meio a chuva e no meio da rua, ele fez algo que achou necessário, ele parou de tentar resistir ao impulso de gostar do homem em sua frente. Sabia dos dois anos de diferença em idade, como também sabia de todo o sofrimento causado com seus atos.

— Não. Na verdade, eu nem estava pensando nisso agora.

          Ainda persistiam dúvidas quanto os seus sentimentos por Chris. Depois do beijo ele teve envolvimento carnal com Willian, que tinha a mesma idade dele, mas agora estava morto graças a suas ações. Saber de todo o sofrimento passado pelo menino de cabelos pretos em sua frente doía em seu peito, por isso decidiu contar logo tudo e caso uma sanção viesse a cair em cima de sua cabeça ele acataria. Preferia anos de sofrimento próprio a anos sabendo o sofrimento mútuo.

— Então no que estava pensando?

           Aí ele contou, largou as palavras que talvez mudassem a vida daquele homem. Falou sobre a morte de Willian, sobre o paradeiro do corpo e todos os outros acontecimentos do dia 23 de novembro. Convivia com a culpa a meses, aquilo o consumia de formas constantes e desde que deixou de ver o Willian pelos cantos, após sua tentativa de suicídio, queria deixar as coisas diferentes.

— Desculpe. Acho que meu pedido não vai ajudar muito levando em consideração tudo que eu fiz — o homem em sua frente chorava sem saber quais palavras expressar — mas eu sinto muito.

           O dono dos lindos olhos castanhos se levantou, assim ele também decidiu se levantar. Fitou a face triste e desejou voltar atrás da decisão de revelar aquele inóspito segredo, mas já não podia fazê-lo.

— Eu já sabia sobre a morte da mamãe —ele revelou — os policiais descobriram o envolvimento de um fugitivo da clínica psiquiátrica no assassinato dela — as lágrimas rolavam e despertavam à vontade em Andrey de gritar — por isso acredito em você, agora as peças finalmente encaixam.

            Respirando bem fundo e com medo das ações de Chris, ele tentou se acalmar e responder a qualquer coisa.

— Se quiser me entregar para a polícia eu vou entender.

— Eu preciso de um tempo, tá bom?

— Sim.

           Chris ainda o abraçou e saiu de lá. Pediu um tempo para pensar sobre as informações reveladas para ele aquele dia, mas nunca contou e entendeu o ocorrido. Acreditou cegamente em Andrey, pois as informações sigilosas da polícia coincidiam com todas as coisas mencionadas pelo rapaz. Depois da descoberta, ficou mais fácil tocar sua própria vida.

Povoado Country (13 de maio de 2020) – PRESENTE

A marina era construída em três pistas e era apenas isso mesmo. Três pistas feitas de madeiras na horizontal, com espaços grandes o bastante para estacionar objetos de transporte aquáticos. Escondidas atrás de algum tipo de tunel, Dani e Cintia ficaram sentadas a espera de alguma lancha na marina.

— Certeza de que eles vão vir? — Dani perguntou insegura — se aquela Carol e os outros estiverem errados e tudo for noticiado, eles não virão.

— Se ela estivesse errada e as coisas tivessem mesmo sido noticiadas, alguém teria vindo.

          Uma das poucas certezas obtidas por Cintia realmente era a de ineficiência dos serviços naquele povoado. Claramente nada acerca dos acontecimentos do lugar foi noticiado, uma vez que não apareceu ninguém para coletar os corpos de Anny e de Bruno no salão de debutantes, e nem procurar as outras pessoas assassinadas e desaparecidas na região.

          Com as fotos encontradas durante o banho de tinta em Andrey e Adryelle, ela teve certeza das pessoas já mortas nos dias anteriores. Olhou cada uma das imagens e pode ler como decorreu aquelas mortes, seus amigos mais íntimos sentenciados a um final trágico por erros não pertencentes aos mesmos. Pecados não cometidos por nenhum deles e talvez ela fosse a próxima a pagar por algo que nunca realizou.

          A única chance poderia ser os outros amigos chegando no lugar. Eles haviam combinado de chegar no povoado bem certo, curtir o último dia da festa no Hotel Country e depois ficar para uma after na região.

— Está ouvindo isso? — Dani tirou Cintia de seus devaneios e a fez ter mais atenção para os barulhos ao redor.

          Ao focar sua visão para mais longe, percebeu um objeto se aproximando rapidamente do lugar no qual estava, só podia ser a lancha alugada por Luiza.

— São eles, eu sabia — gritou cantando vitória por sua ideia. Começou a correr até o lugar no qual estavam estacionando.

          Elas gritavam para pararem, mas a distância era meio grande e deviam correr mais rápido para a pista do meio. Jace as notou e acenou, ele vestia uma blusa estilo junina e possuía um bornal nas costas, estava abaixado amarrando a lancha em um pequeno poste. Luiza e Elis já desciam da lancha de forma lenta e começaram a dar pulinhos de animação ao observar duas amigas se aproximando.

          Os três, depois de amarrar a lancha, começaram a correr em direção às amigas. Sabiam que elas gritavam alguma coisa, mas não sabiam o que era, por isso continuaram a investir e se afastar do meio de transporte que os locomoveu até o povoado.

          Elis chegou primeiro e atravessou seus braços em um abraço nas duas.

— Vocês precisam voltar para a lancha — Cintia gritou enquanto Dani saia do abraço e já agarrava Jace pelo braço.

— A gente acabou de chegar, more — Luiza falou tentando abraçar a amiga e sendo impedida com uma euforia constante.

— Vocês precisam voltar e chamar ajuda pra gente — foi a vez de Dani gritar, já empurrando Jace para a direção na qual a lancha estava estacionada, enquanto ele ficava firme sem se deixar ser empurrado.

           Nenhum dos três falou nada e as olhou com faces incompreendidas. As amigas não paravam de falar para eles voltarem e tentavam empurrá-los a força sem nem conseguir completar uma frase. Foi Jace que as interrompeu e apontou para algo na pista lateral da marina.

— Quem é aquela pessoa fantasiada?

           Dani foi a primeira a reagir, o Capuz Preto estava com uma arma apontada bem na direção de Cintia e apenas ela percebeu o objeto pronto para disparo.

— Uma arma — ela gritou e os três se assustaram ao notar — Fuja Cintia, corra.

          Três disparos ecoaram nos ouvidos de todos antes que pudessem correr e o plano de fugir na lancha caiu por terra.

Esse autor avisa que não quer ser atacado em caso de morte da fav Cintia de vocês.

Espero que estejam gostando desse ciclo dois viu, senão vai ser tiro, porrada e bomba. Literalmente falando, se é que me entendem hahahahhaha. Até amanhã né!

Vejam novamente a promo oficial dessa semana de loucos capítulos especiais

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