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~Capítulo 18: O Último Suspiro

"Família tóxica é um assunto que precisa ser abordado por alguém em algum momento. Pelo menos eu farei este trabalho em meu blog, imagine quantas coisas ruins podem acontecer por causa de um pai desinteressado nos filhos ou por causa da pressão de seus próprios parentes. Se pessoas se matam por isso, também podem acabar matando, fica o pensamento para reflexão. A família pode ser motivo para vários de nossos problemas, desenvolvidos com a maturidade"

— Blog da Victoria

O som das árvores se agitando era até bem reconfortante e já havia entrado em seus sonhos. Dulcy começou a sentir gotas de água baterem em sua face e logo após, quando a ação se intensificou, acordou com uma enorme dor de cabeça. Ao seu lado visualizou uma lanterna acesa e uma pessoa deitada. Ao passar a mão por sua testa, sentiu o quente de seu sangue. Lembrava da pancada, lembrava de deixar Andrey seguir sozinho e lembrava da fumaça, mas não sabia em qual local estava.

          Cercada por árvores e com a pequena luz propagada pela lanterna, levantou-se com dificuldade e percebeu outra pessoa deitada ao seu lado direito. Duas mulheres que não conhecia de forma alguma, também não lembrava de servi-las no bar, mas se aproximou de uma delas, segurou o pulso na tentativa de observar se havia vida e não conteve o sorriso quando a moça começou a despertar.

— Quem é você? — a mulher perguntou já se afastando com medo de Dulcy. Olhou para o lado e visualizou a outra figura deitada — Lavínia.

          Levantou-se com dificuldade e correu até a outra mulher ainda adormecida. A balançou compulsivamente até acordá-la, a fim de desfrutar do imenso alívio com a vida de sua amiga.

— Mayara? — a mulher ainda deitada levantou os braços o suficiente para abraçar a amiga. Quando olhou para trás e notou Dulcy se assustou e começou a ficar na defensiva — Quem é você?

          As duas se levantaram e olharam para a figura desconhecida no cenário. Não sabiam a ação mais adequada para se tomar, porém estavam com medo daquela presença, afinal já passaram por maus bocados nos últimos dias.

— Meu nome é Dulcy, eu trabalho no bar aqui do povoado — ela falou pausadamente na tentativa de explicar para as duas mulheres que não era uma ameaça — vocês são das convidadas da festa que desapareceram?

          Mayara e Lavínia se entreolharam. Lav cruzou os braços demonstrando o frio por conta da forte chuva desabando em cima de si e olhou a desconhecida dos pés à cabeça.

— Aquele bar perto do hotel? — Lav perguntou ainda bastante desconfiada com aquela presença.

— Sim e eu sei quem você é — a afirmação surpreendeu as duas e elas se recuaram um pouco depois daquilo — eu não quero fazer mal. Sei sobre vocês, as coisas que o Andrey me contou.

— Onde ele tá? — Mayara se aproximou rapidamente de Dulcy e a segurou nos ombros com firmeza — ele tá bem?

          Lav também se aproximou da figura para ela desconhecida e fez o mesmo apelo. Ambas possuíam a vontade de conversar com ele sobre alguns assuntos.

— Eu não sei — as duas desanimaram e se entreolharam — vocês foram sequestradas pela pessoa de capuz verde? As outras pessoas também estão vivas?

— Foi ele que machucou sua testa? — Mayara percebeu o balançar de cabeça de Dulcy assentindo.

— Temos que conversar sobre algumas coisas — Dulcy pegou a lanterna do chão e manteve a mão pressionando sua testa — mas podemos fazer isso tentando sair daqui. Precisam confiar em mim — as duas assentiram e começaram a caminhar em trio.

O Hotel Country estava cheio de gente. Nenhuma daquelas pessoas queria se arriscar a adentrar os outros cômodos do lugar e divagavam sobre a situação na recepção ou no restaurante do térreo. A chuva ainda caia bem forte lá fora, assim as chamas da segunda parte puderam deixar de existir.

          Chris permaneceu no restaurante ao lado do corpo de sua irmã. Tudo que conseguia fazer era chorar por sua perda, mas sabia dos outros no mesmo cômodo, apenas mexendo na cozinha e procurando comida na despensa, sem nenhum envolvimento com seu momento de tristeza.

          Giselle e Arthur foram os únicos ao lado de Chris, tentando apoiá-lo e tirá-lo de perto daquele corpo, mas ele insistia em ficar.

— Chris, por favor conversa com a gente — Giselle estava extremamente preocupada com seu amigo. O rapaz ficava apenas olhando aquele buraco na testa de sua parente, não largava a mão já fria e as lágrimas ainda nasciam de seus olhos, demonstrando a imensa tristeza da perda.

          Com nenhum envolvimento de diálogo, Arthur se levantou e puxou uma das toalhas de mesa. Cobriu o corpo de Iasmim com aquele tecido branco e obrigou o amigo a olhar para ele, a fim de ser claro o suficiente em seus apontamentos seguintes.

— Você precisa focar em fugir daqui — Chris olhava atentamente para os olhos de Arthur e tentava com afinco levar aquilo em consideração — tenho certeza de que sua irmã ia querer sua vida salva.

          Enquanto eles ajudavam o amigo a se recompor, algumas pessoas estavam em seus próprios momentos de tristeza no cômodo vizinho. Eder ficou ao lado de Farias, esperava pacientemente o momento de seu despertar e usava um pano úmido para limpar a fuligem do rosto dela. Sempre observava as outras pessoas assustadas assim como ele e se perguntava como iria proceder tudo aquilo, afinal sabia da impossibilidade de fuga da região.

          Carol pegou as malas de seu carro e colocou para dentro antes de fechar a porta e encostar um sofá pesado ali. Alguns dos convidados ficaram olhando o lado de fora por brechas na cortina e anunciariam caso houvesse algum movimento suspeito no jardim de verão.

— Vocês têm um carro, não podem sair do povoado e chamar ajuda usando-o? — Gaby estava segurando a cortina e observando o lado de fora atentamente, mas jogou uma pergunta para os dois funcionários ali desolados.

          Eder permaneceu em silêncio, mas Carol, que já havia tentado conversar com o pessoal sobre possíveis rotas de fuga, a respondeu.

— Instantes atrás eu tentei falar com todos vocês e fizeram pouco caso, agora querem conversar comigo?

          Para uma pergunta retórica bastante grosseira, restava também uma resposta no mesmo nível.

— Talvez nós estivéssemos assustados com o assassinato de uma pessoa bem na nossa frente e um incêndio que quase nos matou — abusou da grosseria na mesma medida da pergunta direcionada a ela.

          Gaby fechou a brecha e se aproximou do balcão da recepção, onde Carol tentava usar o sistema do hotel.

— Desculpe — Carol falou com sinceridade — também estou assustada com isso tudo.

— Eu entendo.

          Vários papeis estavam em cima do balcão, era uma relação dos hóspedes do hotel naquela semana de aniversário. A funcionária se estressou com o computador e o desligou, olhou para Gaby e percebeu sua frustração com todos aqueles nomes.

— Os hóspedes fugiram nos ônibus. Não tivemos tempo de fiscalizar se todos foram embora, mas caso ainda restasse alguém teria aparecido, então só ficamos nós, não precisa se preocupar com nenhum deles — a faxineira se levantou e empilhou os papéis para guardá-los nas gavetas — essas pessoas estão indo para Seattle em segurança agora.

          Saber da evacuação dos outros até a confortou um pouco, afinal sua namorada estava entre eles, mas não tinha certeza acerca do êxito na fuga, apenas torcia por aquela possibilidade.

— Foi tudo muito rápido — assustada, foi a única coisa dita. Ainda ficava meio apreensiva em falar sobre aqueles assuntos, pois não entendia direito todos os acontecimentos.

— As pessoas estavam eufóricas, não demorou a encher os ônibus, por isso conseguimos evacuar o hotel bem rápido.

— Essas pessoas que fugiram – com lágrimas nos olhos e voz embargada, Gaby teorizou algo importante — podem sentir nossa falta e comunicar alguém. Minha namorada está entre eles, vai sentir minha falta tenho certeza.

— Só nos resta esperar e ficar aqui em segurança.

          Depois de empilhar todos os papéis, olhou para aquela menina assustada e caminhou até o sofá no fim do cômodo. Ambas se sentaram e observaram a presença de Cintia chegando ao lado para agradecer a ajuda daquela simples faxineira.

— Obrigada pela roupa — Cintia agradeceu o vestido branco agora em seu corpo. Como todos eles se molharam na chuva e se sujaram com a fuligem, as roupas de Carol e de Eder ajudariam o coletivo por enquanto. Ao menos não ficariam passando frio com vestimentas molhadas enquanto nada se decidia sobre o decorrer do dia.

          As três ficaram sentadas naquele sofá, se entreolhando e com faces abatidas. Todas as pessoas no cômodo estavam abatidas, uns ainda choravam por tudo, outros estavam com os olhos bastante vermelhos, mas nenhum deles dialogava sobre assunto algum.

— Caiu uma árvore no meio da estrada — as outras duas mulheres ao lado de Carol se assustaram ainda mais depois daquela informação — não tem como sair daqui sem acesso a ponte, por isso voltamos para o hotel. Tentar usar os telefones mais uma vez e avisar que não fomos evacuados, só que não tem nada disso funcionando.

— A situação piorou, né? — Cintia falou de face abatida e rastros de lágrimas em seus olhos.

          Mesmo temerosa em tocar naquele assunto, a funcionária olhou para a moça usando seu vestido branco e a perguntou:

— O que aconteceu com vocês?

— Mataram o auxiliar da xerife, depois Adryelle tentou salvar a gente e o hotel começou a pegar fogo — Cintia já chorava apenas ao lembrar daquilo tudo, enquanto Gaby roía as unhas em devaneios — achei algumas chaves no chão, todo mundo gritava enquanto o fogo aumentava, me pressionando para abrir aquilo logo. Acho que nem a gente sabe direito o que aconteceu, a gente só viveu.

          Gaby levou seus braços para os ombros da amiga e lhe deu um abraço bem apertado. As duas choravam por causa de todos os momentos e não queriam se desgrudar de forma alguma.

— Está amanhecendo — Rúbia falou antes de fechar a brecha da cortina e se aproximar das outras mulheres. O abraço acabou e ficaram as quatro sentadas sem mais nenhum assunto para discutir, pois a única coisa que restava era a espera.

O tiro acertou o mural de fotos bem perto de Andrey. Com o susto ele caiu sentado no chão fixando o olhar em seu agressor. Notou quando a arma foi jogada para o lado e Grant se aproximou dele com agressividade, mesmo percebendo toda a brutalidade daquele homem, não conseguiu se mover. Os batimentos de seu coração estavam rápidos e ele ainda estava assustado com o tiro.

          Sentiu o aperto do assassino em seu braço e se levantou apenas com a força brutal dele com seu corpo. O tratamento estava totalmente diferente da última vez em que estiveram sozinhos em um cômodo. O aperto fugiu de seu braço e foi para a parte de trás de seu pescoço, manteve-se abaixado até que foi jogado em cima de uma maca e seu pulso preso por uma algema.

          Ele chorava, mas não conseguia pronunciar uma só palavra. Manteve-se sentado naquela maca e olhava o seu agressor andar de um lado para o outro enquanto tirava o casaco verde de seu corpo. Mesmo corpo no qual aproveitou uns dias atrás, mesmo corpo no qual abraçou e se sentiu seguro anteriormente. Pelo visto a segurança tinha caído por terra, assim como todo tratamento bondoso um dia dedicado.

— Calma — ouviu a voz de Grant ecoar em seus ouvidos e ainda era bastante difícil de acreditar — deixei pistas para descobrir que o assassino era o pai do Willian, mas chegou no meu nome verdadeiro, como você fez isso?

          Ainda era bastante difícil pronunciar uma só simples palavra. Olhava temerosamente para os olhos verdes, antes podia jurar que eles os fitavam apaixonadamente, mas sabia do terrível engano.

— Você os matou? Todos eles? — ele perguntou enquanto suas mãos tremiam por causa do imenso pavor em estar presente com o assassino de seus amigos.

— Mayara e Lavinia estão vivas — os olhos verdes o penetraram novamente sem o mesmo significado de antes — responde minha pergunta, estou curioso. Tenho certeza de que o Willian não mencionou meu nome verdadeiro.

— Encontrei sua foto no jornal, depois sua ficha criminal, juntei sua inicial com a frase que me deixou.

          O assassino sorriu e se sentou em uma poltrona ao lado da maca. Usava uma camisa preta e calça jeans azuis.

— Muito esperto. Bem que Willian falava muito sobre sua inteligência, ela só demorou a chegar — ele se levantou e se sentou na maca junto de Andrey. O rapaz recuou o quanto podia para ficar afastado daquela figura ameaçadora — não precisa ter medo de mim por enquanto, vamos apenas conversar.

           Mais uma vez se sentiu seguro próximo daquela pessoa e a culpa bateu. Não devia estar seguro perto do assassino de seus amigos íntimos, não devia estar seguro ao lado da pessoa que ameaçava sua vida, mas ele transpareceu novamente confiança quando afirmou apenas uma conversa no momento.

— Por isso quis ficar próximo de mim? Para me enganar e vingar o Willian? — Andrey ficou com a voz embargada rapidamente e ficou aliviado quando o agressor se levantou da maca e voltou para a poltrona.

— Não. Nada do plano tinha ligação com o Willian, acabei descobrindo tudo pela Mayara, na mesma filmagem assistida por você na recepção ainda agora.

          As coisas ficaram ainda mais confusas. Se o grande motivo daquele assassino não era a morte de seu filho, então qual seria? O olhar de confusão transpareceu em Andrey e Grant percebeu, como também percebeu a transformação da face dele ao descobrir o real motivo e começar a chorar com mais intensidade.

— Você é realmente muito inteligente, se tivesse visto aquele jornal uns dias atrás meu plano ia cair por terra.

          Com os sorrisos daquele homem, ele sentiu ódio e as lágrimas despontando de seu rosto apenas demonstravam.

— Você é herdeiro do hotel? Quantos anos você tem?

— Um pouco mais de trinta. Por isso falei que sua inteligência demorou a aparecer, pensou que eu tivesse uns 23, aposto.

          Ele se levantou mais uma vez e caminhou um pouco. Encostou-se na parede próximo da porta do quarto de hospital e olhou com a face alegre para Andrey mais uma vez.

— O jornal noticiava que o filho mais velho dos Woods tomaria conta do hotel durante essa semana. Então sim, eu sou herdeiro do hotel e esse é o real motivo de todos os acontecimentos dessa semana. Ser a festa de Adryelle não tem a ver comigo, isso é outra coisa.

— Você ficou do meu lado no salão de debutantes então tem um cúmplice.

          O homem sorriu mais uma vez com a inteligência do rapaz. Andrey olhava para as algemas em sua mão direita o prendendo na maca, feliz em descobrir finalmente sua ausência de culpa pelo assassinato dos seus amigos, mesmo assim estavam mortos, logo jamais poderia sorrir em uma situação daquelas.

— O pessoal que ficou para ser interrogado não está morto — o Capuz Verde recebeu um olhar atento do rapaz algemado e percebeu um possível ar de felicidade estampado nele — parece ser uma pessoa preocupada com os amigos, pena que manteve em segredo a morte do meu filho. Mas daqui a pouco eu toco nesse assunto.

          Pela aparência, a conversa ia mudar o foco e isso arrepiou todos os pelos do corpo de Andrey.

— Sabe aqueles assassinos em série que sempre deixam uma marca? Eu quero contar meus motivos, vai que depois vira um filme, mas eu não penso em deixar o assassino do meu filho vivo por aí. Vou te contar exatamente a minha vida inteira e depois eu me vingo de você. Daí termino de destruir o hotel.

          Colocou a mão no bolso e retirou um gravador. Ativou o dispositivo apenas para devolver ele ao compartimento de sua calça jeans, sentou-se novamente na mesma poltrona e começou a derradeira história.

— Não sei se você foi ao museu do povoado, mas lá tem uma árvore genealógica da minha família até os atuais herdeiros. O nome do meu pai é Junior e para o azar da árvore genealógica ele teve dois filhos homens, mas preferiu ocultar o meu nome, por isso lá tem Ed. O simples Edward com seu nome em siglas para as pessoas levarem sua existência ao esquecimento.

          Encostou-se na poltrona de uma forma que parecia mais confortável e continuou a falar:

— Meu irmão nasceu quando eu tinha meus catorze anos e quando ele completou três meses, minha mãe se sentiu culpada por dar mais atenção a ele do que a mim, então me levou para um passeio de canoa no Rio Country – Andrey respirou fundo já entendendo o finalizar daquela história — meu pai reservou a canoa e a gente só entregou o cartão para desfrutar da tarde. Ela me vestiu com a boia e ficou remando. Quando a canoa virou, ela não tinha o colete por isso afundou bem rápido. Como eu fiquei boiando na parte de cima, gritei por socorro e conseguiram tirar a gente do rio – foi a vez de ele respirar bem fundo a fim de conter as lágrimas – meu pai apareceu correndo e ela ainda estava viva, foi o tempo de dar o último suspiro.

          Ele desencostou da poltrona e manteve os cotovelos pousados em suas pernas. Pernas essas que Andrey lembrava perfeitamente cada detalhe, mas já não conseguia pensar em nada daquilo.

— Ela morreu na nossa frente sem conseguir dizer mais nada. Era para ter sido nosso momento especial e eu acabei a perdendo — mais uma vez respirou fundo antes de continuar — meu pai começou a agir diferente comigo, gastava o tempo todo cuidando do Oliver e eu acabei ficando de lado, tanto que me mandou cursar o ensino médio bem distante daqui. Aí sim eu acabei chegando em Aracaju.

          Andrey queria não poder ver motivo plausível que levaria uma pessoa a matar outra, mas infelizmente já passou por aquele processo, quando era novo o suficiente para agir da forma mais errada o possível.

— Conheci a Charlotte na minha festa de formatura do ensino médio, um dia antes de voltar para cá. Ela tinha fama de se envolver com caras de dezoito anos, se embriagava e saia em um motel qualquer. Todo mundo sabia dos dois filhos dela, era a mãe que cuidava enquanto ela curtia a vida, mas vocês eram muito amigos, então sabe sobre o assunto.

          O rapaz algemado não queria responder nenhuma daquelas perguntas, mas todos os momentos com a Charlotte voltaram para sua cabeça e sentiu novamente a dor por aquela perda.

— Depois que a gente se envolveu voltei para esse fim de mundo até começar minha faculdade. Quando cheguei, eu descobri sobre uma repórter investigando o lugar e deixando meu pai de cabelo em pé. A mulher era bem insistente e tentou arrancar tudo dos funcionários, fazia entrevista com qualquer pessoa hospedada no hotel, não importava quem. Pelo visto, alguns políticos corruptos estavam se reunindo no povoado para conversar sobre os desvios nos cofres estatais e meu pai aceitava o suborno. Ficava calado e permitia todos os tramites corruptos deles por essa região.

          A história deixava Andrey chocado, mas ainda não entendeu qual o envolvimento dos assassinatos atuais com toda aquela história.

— A gente morava em uma casa na colina, só tem ela nesse povoado. Eu estava brincando com o Oliver em casa quando meu pai atendeu uma ligação dessa repórter, começou a xingar ela e pedir para parar de investigar, ofereceu dinheiro e marcaram um encontro. Aí segui ele, queria ver como procederia aquele evento, quando eu cheguei nem acreditei naquilo. Foi um dos piores momentos da minha vida.

          Levantou mais uma vez e voltou a se encostar na parede próxima da porta. Assim, continuou com face triste terminando aquilo tudo.

— Ele matou aquela mulher, com um machado. Usava uma fantasia estranha e a decapitou — Andrey sentiu a mão tremer com medo daquilo — eu gritei, naturalmente fiquei assustado, nunca tinha visto uma pessoa morrendo na minha frente daquela forma. Ele me viu correr e sabia, logicamente, que eu o entregaria para as autoridades, mas o Xerife daqui na época era completamente comprado pelo meu pai. Quando chegamos no lugar não tinha mais corpo, mas dois homens vestidos de branco, eles injetaram alguma coisa em mim e quando acordei estava mais uma vez em Aracaju, preso em uma clínica psiquiátrica.

          Olhando para a cama de forma muito assustada, Andrey colocou a mão livre no rosto e enxugou as lágrimas ainda existentes.

- Lá dentro eu descobri a trama do meu pai na morte de minha mãe. Eles estavam para se divorciar e ele alugou a canoa quebrada justamente para que se afogasse. Esse é o meu primeiro motivo, quero destruir tudo que tenha envolvimento com o nome de meu pai e do Oliver. Por isso minha ficha criminal na delegacia, prestei boletim de ocorrência quando o acusei.
         
          Ele respirou devagar e olhou para Andrey com expressão muito séria. Parecia ter mais história a vir.

Surtaram com o motivo dele? Agora pasmem... logo que Grant chegou ele se apresentou com o primeiro nome: Edward. A letra Ê apareceu sempre na frase "Cuidado em quem vocÊ confia". Sem falar que no bônus sobre a história do povoado, mostrou o "Ed" na árvore genealógica. Será que vocês possuíam dicas sobre esse rolê?

Relembrem o decorrer da nossa semana de aniversário com a promo oficial

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