~Capítulo 13.1: Interrogatório
"Muitos tentaram derrubar meu
blog, mas aqui não aceitamos
censura. Vocês estavam com
saudades que eu sei. Vários
julgavam meu trabalho e
quando ele entrou em hiatos
pediram o retorno. É triste
saber que as pessoas só dão
valor quando perdem"
— Blog da Victoria
O corpo de Anny estava suspenso por uma corda bem no meio do salão. Quase que caia em cima da aniversariante durante a valsa. Neste dia, Adryelle completava dezoito anos e por muito tempo tudo que desejou foi ter um baile de debutantes no seu aniversário de quinze anos. Porém, aconteceram coisas o suficiente para que a festa não se concretizasse quando avançou para a idade adequada. Portanto conseguiu realizar o sonho apenas no início de sua fase adulta por mais que não fosse a época para uma festa naquele estilo.
Agora visualizava dois grandes amigos seus, mortos bem a sua frente e estava em um estado de pânico forte o suficiente para que nem conseguisse se mexer. Sentou-se no chão já sem se preocupar com o vestido vermelho cobrindo seu corpo. Sentiu duas mãos a aproximando de um ombro quente e seguro e nem podia impedir a aproximação caso desejasse, um vez que não possuía noção do que deveria fazer em seguida. Abraçada ao namorado percebeu a foto entrelaçada em seus dedos e a guardou dentro do decote daquele exuberante vestido. Foi a única ação tomada por ela, já que não conseguia limpar o líquido vermelho grudado em sua pele.
Andrey estava viscoso com o líquido vermelho em seu corpo. Era tinta vermelha e podia sentir o cheiro da mesma forma que sentia a mão de Grant apertando seu braço. Adryelle gritava e foi abraçada por João Victor quando ele chegou no salão. Ele percebeu quando a melhor amiga pegou uma foto de Hadassa no chão e logo depois colocou dentro do decote do vestido, no entanto jamais falaria sobre aquilo com ninguém. Mesmo que observasse uma amiga muito íntima amarrada ao teto daquele salão como se estivesse em exposição.
Sara estava amedrontada. Encontrava-se nos braços de Giselle olhando fixamente para o corpo daquele que um dia a traíra. Brunno foi o primeiro corpo que apareceu naquele cenário. Sua queda destruiu o bolo de dez andares encomendado para a festa e fez a maioria das pessoas no salão saírem correndo para o jardim do hotel — aquele que dividia as duas partes da propriedade. Observou enquanto Duda se abaixava e abraçava a anfitriã tentando fazer com que parasse de gritar perante a situação.
— Vamos sair daqui — Andrey juntou forças para dizer aquela frase, mas nem ele mesmo sabia como concretizar aquele ato. Pela primeira vez na vida percebeu que Adry chorava e não fez de tudo para que pudesse confortá-la. Apenas manteve seu braço dentro do aperto de Grant sem nem olhar para o homem.
Chris adentrou o salão com uma tristeza enorme, mas também não fez menção em tirá-los dali. Principalmente depois de perceber o estado de pânico no qual Andrey se encontrava.
— Gente? — Chris gritou entrando no salão com lágrimas nos olhos — vocês estão bem? — ele olhou para o chão e percebeu um papel, mas como todos olhavam para ele teve de disfarçar enquanto o olhava para que ninguém percebesse.
Os gritos de Adryelle sessaram e seu choro foi abafado pelo aperto do namorado.
— Eu não acredito nisso — a voz dela saia abafada, uma vez que seu rosto estava totalmente coberto pelo ombro de JV.
Todos estavam tão imersos em seus próprios pensamentos que não perceberam quando Chris se agachou e apanhou o papel bem dobrado. Enfiou a folha em seu bolso sem saber direito sobre o que tratava a página e voltou suas atenções para o ex-namorado que já se aproximava do corpo de Anny — já com um cheiro suportável, mas um pouco fedido.
Ainda sujo de tinta dos pés à cabeça, Andrey chorou com mais intensidade e se deixou ser abraçado por Chris Quando Grant o largou. Sempre foi confortante estar nos braços daquele homem e percebeu que mesmo com todos os acontecimentos os afastando, aquela proximidade não seria tão diferente quanto das outras vezes.
Ele deitou a cabeça no ombro do ex-namorado enquanto Grant penetrava olhares furiosos de ciúmes, mesmo naquele momento trágico. Chris ficou sujo de tinta assim que pregou as mãos nas costas de seu atual amigo e deu um beijo em sua testa no mesmo momento que as lágrimas desciam de seus olhos como luto pelos dois amigos mortos.
— É minha culpa — Andrey sussurrou atravessando o braço nos ombros do ex-namorado — é tudo culpa minha. Ele quer se vingar pelo que aconteceu com o Willian — levantou seu olhar até que pudesse observar os lindos olhos do garoto de cabelos negros — foi um acidente Chris eu juro.
O irmão mais velho voltou a abraçar aquele amigo enquanto chorava pela morte do irmão mais novo e por todas as pessoas que provavelmente foram vítimas. Servindo de simples piões em um jogo nada importante. Todas aquelas pessoas sofrendo o peso de ações que talvez nenhum deles tenha provocado. Sendo o efeito de uma causa sem possíveis meios de ser evitada na época. Algumas situações demoram para retornar, mas quando voltam parecem ser pela primeira vez.
Era assim que Andrey e Adryelle se sentiam. Eles jamais poderiam estar habituados em ver uma pessoa morta. Principalmente alguém de importância tão extrema.
— Eu sei — Chris falou com a simples pretensão de prestar apoio para a pessoa atracada em seus braços — eu sei.
Victoria soltou um grito mais alto nos braços de Giselle e todos olharam em suas direções quando começou a falar:
— Ela estava morta esse tempo todo — referia-se a Letícia Costa — eu nem me preocupei em ligar para ela — Giselle fazia sinais para que se acalmasse — enquanto eu me divertia, minha irmã estava morta — voltou a gritar quando Cintia chegou para a confortar — não pode ser.
Foi quando alguém chegou no salão de debutantes e percebeu o caos que estava instalado no cômodo. Olhou para todas aquelas pessoas e só pensou em uma expressão para usar naquele momento:
— Meu Deus — uma mulher gritou nas portas do salão, graças a estrela em seu uniforme era perceptível que era a Xerife. Seus cabelos eram enormes e batiam em sua bunda, seus olhos eram negros assim como a cor de seus cabelos. Sua estatura era mediana e em sua face se estampava o medo de todos aqueles acontecimentos.
Assim como a xerife alguns oficiais entraram no salão e começaram a retirar as pessoas que estavam aglomerando na porta. A oficial se aproximou do corpo de Anny e a olhou assustada sem saber quais ações poderia tomar. Virou-se para a frente e observou Andrey e Chris abraçados e chorando de um lado bem próximos de Adryelle, JV e Duda que estavam sentados no chão olhando assustados para a figura de mais autoridade no lugar.
O grupo de meninas próximas a Victoria também olhavam para a mulher com a estrela no peito e para Grant parado no meio do cenário sem saber o que fazer assim como os outros. Já que conhecia a xerife, aproximou-se e puxou o assunto que todos pretendiam, mas tinham medo:
— Laila, o que você vai fazer?
Ela o olhou cabisbaixa e abriu a boca umas duas vezes antes de conseguir falar alguma coisa que para ela apenas ele ouvia, no entanto Andrey e Chris se aproximavam no intuito de saber cada detalhe daquilo.
— Vou interrogar esses meninos por aqui espalhados — teve aquela decisão de última hora e começou a tomar partido da situação — por favor peça para todos os hóspedes do hotel arrumarem suas malas, pois o Povoado Country está sendo evacuado.
Ele se surpreendeu e ficou um tempo processando a informação:
— Vai ser evacuado pelos assassinatos ou tem outra ameaça de tornado?
— Outra ameaça de tornado — a Xerife soltou a informação e deixou o homem muito mais surpreso — não tenho muita fé que vá acontecer.
Era muita informação para apenas um dia e a xerife percebeu que aquele homem precisava de mais informações para sair do estado de combustão perante os acontecimentos.
— Me avisaram a umas duas horas atrás e todos os nativos estão sendo evacuados agora mesmo. Já estava a caminho do hotel quando comecei a ouvir gritos vindos daqui.
Grant começou a sussurrar para a autoridade já conhecida na região:
— Tem mesmo como haver tornados por aqui?
— Você mais do que ninguém deveria saber que é pouco provável. Devo evacuar o povoado até a manhã de hoje, logo auxilie os hóspedes. Assassinatos não estavam na minha lista de preocupações para hoje — ela sorriu nervosa fazendo com que Grant percebesse a urgência que era sua ajuda para ela — Oliver me ligou umas duas horas atrás para avisar que alguns ônibus estão chegando ao hotel.
Um de seus ajudantes chegou e sussurrou algo em seu ouvido direito. Grant virou seus olhos mais uma vez para Andrey e Chris abraçados e desapareceu porta afora. O ajudante começou a verificar os corpos e a xerife se aproximou dos garotos atordoados e parados naquele cenário.
— Todo mundo correu daqui, mas vocês não. Posso saber o motivo?
Foi Sara quem olhou para a figura de autoridade e deu uma resposta percebendo que nenhuma daquelas pessoas falaria algo depois daquele momento tão trágico:
— Aquele homem é meu ex-namorado.
Logo após ouviu Victoria gaguejar tentando concretizar uma fala:
— Minha irmã está morta — voltou a chorar e colocou as duas mãos no rosto começando a fazer um alto barulho de lamentação.
Cintia se levantou, entregou a foto de Letícia Costa e algumas outras que já tinha coletado do chão. O ajudante chegou até a xerife e entregou dois papeis amassados.
— Encontrei esse na roupa da mulher — disse enquanto entregava um papel de cor azul — e esse no bolso do homem — o outro papel possuía cor branca.
Laila abriu quando Cíntia retornou para o lado de Victoria e observou duas datas anotadas. O azul mencionava o dia 23 de novembro de 2017 e o branco mencionava o dia 23 de novembro de 2018.
— Por favor todos vocês podem caminhar até o salão de karaokê? Vamos isolar essa área e eu preciso interrogar vocês. Sinto muito pelo momento — e ela realmente sentia, no entanto nada jamais atrapalharia aquilo que o destino havia reservado para ela. Aquela era a chance de seus sonhos.
Todos cabisbaixos e ainda sem saber quais atitudes tomar diante daquela situação começaram a caminhar em direção ao salão vizinho. A xerife esperou que eles saíssem para chamar o oficial que fechava a porta do salão de debutantes e dar suas ordens.
— Preciso que mande dois oficiais para me auxiliar aqui no interrogatório, algum desses jovens deve saber de alguma coisa. Ficaram aqui ao invés de correr, então se entraram em estado de choque, ou possuem culpa no cartório, ou são muito próximos das vítimas.
— Ou as duas opções — o oficial pontuou antes que sua superior pudesse entregar mais alguma ordem.
Ela percebeu que aquele oficial podia dar problemas nos próximos passos que devia proceder e se havia aprendido alguma coisa nesses anos em que atuava como Xerife, era que nunca era tarde para se fazer uma boa aliança.
— Mande todos os outros evacuarem a cidade e avise que alguns ônibus estão chegando para buscar os hóspedes do hotel. Os garotos que eu interrogar serão minha responsabilidade e na hora de sair desse lugar, eu me viro — jogou suas ordens ainda com a pretensão de saber qual a próxima pergunta daquele homem.
O oficial olhou com dúvida para Laila — trabalhava com ela a apenas um mês — e pela primeira vez resolveu questionar a autoridade:
— Não seria melhor deixar o FBI cuidar desse caso? A prioridade devia der a evacuação, já que interfere no bem coletivo.
Essa era a hora perfeita de tramar a sua aliança com aquele oficial inexperiente.
— Vamos trabalhar juntos — propôs Laila olhando nos olhos dele — você não quer sair desse Povoado mequetrefe e ir trabalhar em um lugar de importância? Tudo o que precisamos fazer é resolver esse caso. O assassino não deve estar muito longe, já mandei uma equipe de busca para a floresta e o restante estou resolvendo.
— Então o que eu devo fazer? — o oficial cresceu seus olhos diante da oportunidade que ainda não havia entendido antes da Xerife abrir seu campo de visão. Aquele mistério acerca dos assassinatos era o primeiro caso importante de sua carreira, caso ajudasse a administrá-lo com excelência podia virar detetive investigativo do FBI ou algo mais.
— Faz o que eu pedi, pois esses dois mortos aqui atrás ainda podem nos dar muito valor.
Dulcy estava correndo no saguão da primeira parte do hotel. Aquele lugar ficou uma loucura, várias pessoas aglomeravam a recepção em busca de respostas e apenas Carol, Grant e Eder estavam ali para atender a todos.
Antes que conseguisse adentrar na multidão para conversar com Grant, ouviu a voz daquele homem ecoando pelo sistema de som do hotel. Agora todos os hóspedes — estivessem em qualquer lugar da propriedade — poderiam ouvir o aviso que ele pretendia passar.
Por um momento ela começou a imaginar que o mundo parou para ouvir aquilo, pois todos os hóspedes paralisaram quando o som da voz de Grant penetrou os ouvidos de cada um.
"Gente, peço que todos arrumem
suas malas o mais depressa possível.
Sei que estão assustados e entendo
o medo pela barbaridade que
muitos de nós presenciamos.
Estão chegando alguns ônibus
enviados pela segurança do
Hotel Country e eles vão levar
vocês para Seattle e pagar suas
viagens de volta para casa,
caso seja necessário.
Obrigado"
Muitos saíram da recepção, começaram a subir as escadas e entrar nos elevadores em direção aos seus quartos. Eder e Carol podiam dar conta daqueles que ainda estavam ali eufóricos enquanto Grant tentava sem sucesso fazer uma ligação pelo telefone fixo do lugar.
— Grant — foi Dulcy quem o chamou ao se aproximar da bancada no qual o homem estava atrás — precisamos conversar agora.
Ele colocou o telefone no gancho com agressividade perante sua tentativa falha de efetuar uma ligação. Olhou para a mulher com os olhos marejados de estresse e respirou fundo antes que pudesse focar naquela conversa.
— Sobre o que quer conversar — ele já ligava o sistema do hotel — o que está acontecendo? — sussurrou para si mesmo quando o sistema deu falha.
— Não tem sinal de internet — ele finalmente deu atenção a Dulcy e a observou com face assustada — os dados móveis também não funcionam e estamos fora da área de cobertura.
Ela retirou do bolso seu próprio celular e mostrou para o homem aquilo que apontava. Desligou e o colocou em cima da bancada pretendendo falar o que fora ali dizer.
— Não entende? Eu estava no salão, uma menina fazia uma transmissão ao vivo no insta quando a internet caiu. Foi bem antes dos corpos aparecerem — ela se aproximou mais da bancada quase encostando o rosto no de Grant — ninguém lá fora sabe o que está acontecendo aqui.
— E nem vão saber — o homem falou com a mão na testa. Seu rosto brilhava de suor diante de toda aquela preocupação — você acha mesmo que o Oliver vai deixar que divulguem uma notícia de tornado barra assassinato? Principalmente um tornado que nem vai acontecer?
Alguns dias atrás, Dulcy seria a primeira a se manter cética quanto a uma ameaça de tornado naquela região. Por anos ouviam histórias acerca daquele acontecimento natural, mas ele nunca havia se concretizado de fato. Porém, naquele momento ela acreditava que pudesse mesmo se realizar.
— Eu acredito que possa ser real — notificou ao homem que ainda admitia postura cética — eles não colocariam um falso alerta de tornado, não enquanto a propriedade está alugada — ele ainda se demonstrava não acreditar nas afirmações de Dulcy, logo ela teve de explicar — pensa só comigo. Os Woods vão ter muito prejuízo, mais que das outras vezes. Não serão apenas os transportes para tirar eles daqui, pois tem o contrato de aluguel. Oliver Wood faria de tudo para que uma ordem de evacuação pudesse ser extinta, não?
— Ele faria — Grant admitiu para si mesmo em voz alta — ele tentaria com todas as forças impedir uma ordem de evacuação, então se ele com toda a influência não conseguiu. A ameaça deve mesmo ser real.
Depois de admitir para si mesmo começou a ficar apavorado. Foi nesse momento que percebeu o verdadeiro motivo das pessoas estarem apavoradas. Não estavam apenas com medo dos assassinatos, mas já tinham suposto a mesma coisa que Dulcy e temiam o ataque do tornado.
— Das outras vezes existia comunicação com a capital — Dulcy continuou com suas suposições — não temos nada que nos faça comunicação com pessoas de fora daqui. Não acho que os responsáveis pela queda das redes sejam os Woods dessa vez. Eles não podem organizar a evacuação do hotel sem entrar em contato com os funcionários.
— Mas se a ameaça de tornado dessa vez é mais real que das outras, Oliver faria de tudo para impedir que as pessoas que estão aqui postassem na internet. Avisou que os ônibus estavam vindo a xerife, segundo ela umas duas horas atrás.
Nesse momento Dulcy falou uma coisa que ainda estava com medo de admitir, mas era essencial para o próximo passo:
— O tornado não será divulgado a não ser pelo boca a boca das pessoas que saírem daqui e essa região já foi evacuada outras vezes sem afetar que pessoas de outros locais viessem, mas e os assassinatos?
Grant ficou pensativo com aquela situação até que a mulher em sua frente terminasse seu posicionamento:
— A internet caiu momentos antes que os corpos e a única pessoa que podia prever aquilo era o próprio assassino.
Um oficial interrompeu aqueles dois entrando no hotel e chamando a atenção de todos na recepção. Vestia a farda característica dos oficiais e estava sujo de terra por algum motivo peculiar. Aproximou-se de Dulcy e entregou seu celular para Grant.
— Preciso que olhe quem é essa moça no sistema — falou o oficial se referindo a foto que aparecia na tela de seu celular — quero saber se é hóspede do hotel.
— Está morta? — Dulcy perguntou depois de olhar a foto.
— Encontramos o corpo na floresta minutos atrás. Estava dentro do poço amarrada, morreu afogada.
Dulcy reconheceu aquela mulher. Estava no bar algumas horas atrás bebendo todas e cheia de vida. Divertindo-se com os nativos, sorrindo e contando histórias sobre sua própria vida. Falando sobre seus planos já com a voz embolada por conta do álcool e demonstrando que ainda havia muita coisa pela frente que podia fazer.
— Eu sei quem é, estava no bar hoje cedo — lágrimas desceram dos olhos daquela mulher enquanto lembrava da moça cheia de vida horas atrás — que morte horrível.
— Sabe o nome dela? — o oficial penetrou seu olhar na dançarina do bar e esperou calmamente uma resposta.
— Larissa.
Mesmo com a tristeza daquele acontecimento, a recepcionista do bar sentiu a necessidade natural de fazer o que fosse necessário para que sobrevivesse. Precisava arrumar suas malas e fugir dali assim como os outros, mas antes informaria a xerife sobre aquela moça.
— Preciso falar com a xerife — avisou antes que pudesse voltar a correr para fora da primeira parte do hotel.
Tenso demais meu pai. Dulcy está juntando todas as peças galeris. É ela a salvação dessas pessoas? Será que ela vai perceber as verdadeiras intenções do Capuz Verde? E quando será que esse tal de Capuz Preto vai entrar na ativa?
Aguardem a segunda e última parte desse capítulo que pode mudar todo o rumo desse livro.
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