Capítulo 7
Celina avançou e atacou Equidina, no mesmo momento, a bolsa dela se abriu e uma enorme garra saiu dela, fincando o ferrão na ponta dela bem no peito que Percy.
- Não! - Celina gritou, aterrorizada. Deixou Equidina de lado e fincou a sua espada na garra do animal, que fez um som escandaloso. O sangue quente do monstro jorrou em seu rosto. - Vão! Corram!
Os três saíram correndo, a garra do animal se encolheu e ele fazia sons de dor. Celina se afastou rápido também, vendo o olhar de Equidina sobre si, mas logo voltando sua atenção para sua cria.
- Celina! - Annabeth voltou até ela e agarrou sua mão, à puxando para fora do vagão restaurante.
Alguns vagões mais à frente, encontraram Percy e Grover. Celina caminhou até eles enquanto Annabeth trancava a porta.
- Vocês estão bem? - Celina perguntou, ofegante.
- Percy... - Grover levou a mão até o peito de Percy, retirando um espinho que estava agarrado em suas roupas.
- Você sabe qual monstro tem um espinho assim? - Annabeth perguntou para Grover.
- Não sei... Quer dizer, com certeza não é um dos bons. - Grover respondeu.
- Você tá se sentindo bem? - Celina perguntou.
- Eu tô bem. Por quê? Acham que esse espinho é venenoso? - Percy perguntou, alternando o olhar entre os outros três, procurando alguma resposta.
- Eu não sei... - Annabeth respondeu.
Um barulho atrás deles chamou a atenção, o monstro estava se aproximando, arrebentando as portas que o impediam de chegar em sua presa: eles.
- A gente tem que ir. Estamos chegando na estação. - Celina acenou para o corredor. - Vamos sair por lá. Vão na frente.
Foi o que fizeram. Os quatro correram até o fim do trem, saltaram nos trilhos e se afastaram até perceberem que que o monstro não os seguia.
- Por que parou de nos seguir? - Percy perguntou.
- O que quer que seja aquela coisa, ainda é um filhote. Não vai se afastar muito da mãe. - Annabeth explicou. - Tá aprendendo à caçar. E essa parece ser parte da caça.
- Então vamos nos afastar o máximo que conseguirmos. - Celina voltou à andar, apressando os outros. - Rápido!
[...]
Celina se assustou quando sentiu algo encostar na sua bochecha, ela se afastou bruscamente, mas relaxou ao ver que era Annabeth ao seu lado.
- Desculpa. Eu não queria te assustar. - Annabeth disse, mostrando um pano molhado em sua mão. - O seu rosto tá sujo de sangue, acho melhor limpar.
- Valeu. - Celina pegou o pano e o esfregou em sua bochecha. - Limpou?
Annabeth assentiu e ambas ficaram alguns segundos em silêncio.
- Você tá se sentindo bem? - Annabeth perguntou.
Celina suspirou, ela não estava nada bem. Primeiro a conversa sobre sua mãe, depois Equidina apareceu, trazendo ainda mais memórias do seu passado. O dia não estava bom.
- Eu vou ficar bem. - Celina garantiu, sorrindo. Estava tentando passar confiança no que disse. Ela viu que Annabeth queria falar alguma coisa, mas não disse, pois Grover chamou a atenção para ele.
- Não vamos conseguir mante-los afastados por muito tempo.
- Não precisamos. - Annabeth respondeu. - Só precisamos de um lugar para nos esconder.
- E tem alguma lugar seguro por perto? - Percy perguntou.
- Tem. Um santuário dedicado à Atena, construído há muito tempo por um de seus filhos.
- Tá me dizendo que existe um santuário de Atena escondido no meio de Saint Louis? - Celina perguntou.
- Exato. Só não é tão escondido assim.
[...]
- Tem cento e noventa e dois metros de altura, e cento e noventa e dois de altura. - Annabeth explicava enquanto eles caminhavam em direção ao Gateway Arch. - Tudo bem calculado. Ele não tem suporte interno, cada lado tá perfeitamente equilibrado contra o outro. O arco é segurado pela simetria. É segurado pela matemática.
- Que nerd. - Celina disse, num tom provocativo, e recebeu um olhar de desaprovação de Annabeth, mas ela também tinha um pequeno sorriso nos lábios.
- E também é à prova de terremoto, pro Poseidon não derrubar ele. - Annabeth continuou sua explicação enquanto adentravam o arco. - É assim que se demonstra seu amor pela Atena; um monumento ao poder da perfeição.
- É um monumento de outras coisas também. - Grover comentou, enquanto olhava para alguns artefatos de caça dispostos em uma mesa.
- Você tá falando do que os humanos querem que seja esse lugar, eu tô falando do que ele realmente é! - Annabeth respondeu, na defensiva.
- Tanto faz. A gente tá seguro aqui, não é? - Grover perguntou.
- Nenhum monstro pode entrar. Nem mesmo a Equidina. - Annabeth garantiu.
- Ótimo. Tá bom, já que o nosso trem explodiu, eu vou ver se arranjo outras passagens pra gente. - Grover avisou. - Não dá pra ficar aqui pra sempre. A gente já é a presa, não precisa ser indefeso também.
Então Grover se afastou deles, com um semblante pesado, deixando os outros três para trás, num clima pesado.
- Ele não gosta que maltratem os animais. - Percy comentou.
- É... Eu sei. - Annabeth respondeu, olhando Grover se afastar. - Eu não devia ter falado com ele assim, é que... Eu..
- Ei, Annie... - Celina chamou sua atenção. - A gente te conhece, o Grover também; ele sabe que você não teve intenção de magoa-lo.
Aquilo pareceu confortar Annabeth, que suspirou e assentiu com a cabeça.
- Então, essa é a casa da sua mãe? - Celina olhou ao redor. - Bacana.
- Imagina se ela tá aqui? - Percy perguntou, em seguida falou novamente, com uma voz feminina. - Eu já estou indo, só vou usar o banheiro.
Celina e Annabeth se encararam por alguns segundos, até que caíram na risada.
- Essa foi boa. - Annabeth disse.
- Eu tenho um dom. - Percy deu de ombros, olhando para Celina em seguida. - Posso imitar o Ares também, como ele é?
- Bem... - Celina parou para pensar por alguns instantes. - Ele é bruto e raivoso.
- Então seria algo como isso... - Percy limpou a garganta e, quando falou de novo, falava com uma voz grossa. - Uhgh, Hulk esmaga!
Pensar em Ares falando daquele jeito deixava-o patético, e Celina riu mais ainda com esse pensamento.
- Igualzinho! - Celina disse entre as risadas.
O clima tinha ficado mais leve, Celina estava se sentindo muito bem.
- Posso te fazer uma pergunta? - Percy perguntou.
- Claro. - Celina respondeu.
- Não tenho certeza se você estava tentando nos proteger, ou foi um ataque pessoal à Equidina... - Percy começou. - Você, por acaso, tem uma história com ela?
- Percy, acho que não é uma boa hora pra...
- Tudo bem, Annie. - Celina falou por cima de Annabeth. - Vocês três já se abriram comigo, contaram sua história. Eu fui a única que não contei a minha.
Celina suspirou, pondo os pensamentos em ordem para poder narra-los à Percy.
- Depois que eu fugi do orfanato, eu morei algumas semanas na rua. - Celina começou à explicar. - Então, em um dia, eu cruzei o caminho do Luke; ele estava voltando de uma missão bem sucedida. De alguma forma, ele reconheceu que eu era uma semideusa, e me levou pro acampamento. Como eu não sabia quem era meu pai, eu fiquei no Chalé de Hermes por algum tempo. E foi lá que eu conheci os meus dois melhores amigos...
- Oliver e Flora? - Percy perguntou e Celina sentiu o corpo inteiro se arrepiar ao ouvir aqueles nomes. - Eu lembro de Quiron ter citado esses dois nomes no dia que escolhi vocês duas para irem na missão comigo.
- Sim. Oliver e Flora. - Celina assentiu com a cabeça. - Eles também não sabiam quem eram seus pais, e eram recém chegados, como eu, isso nos uniu e a nós éramos inseparáveis.
Celina riu ao lembrar dos amigos, ao mesmo tempo que um soluço se prendeu na garganta. Ela sentiu a mão de Annabeth encostar na sua, mas não pegou nela.
- Um dia Quiron designou nos três para uma missão. Era pra ter sido uma missão simples, um preparo para uma batalha de verdade. - Celina continuou. - Mas nunca chegamos à realizar a missão. No meio do caminho, encontramos Equidina e um de seus filhos. Era pra gente ter dado conta... Mas eu me descontrolei, eu... Eu não sabia que... Eu não imaginava que tinha poderes.. Eu não sabia quem era meu pai... Eu me descontrolei e acabei... Eu matei eles.. Eu matei eles... E não foi só eles, e-eu... Eu matei muita gente, tinha tantos corpos que eu perdi a conta...
A mão de Annabeth finalmente agarrou a sua, tentando passar algum conforto para Celina.
- Foi por isso que você foi proibida de sair em missões? - Percy perguntou.
Celina assentiu, sentindo lágrimas caírem por seus olhos e molharem seu rosto. Ela olhou ao redor, sentindo que todos os olhares estavam nela. A mão de Annabeth apertou a sua com mais força.
- Não foi culpa sua... - Percy disse, com a voz fraca, mas nenhuma das duas percebeu.
- Foi.. Foi sim, Percy, eu sou um monstro, sou o pior tipo de monstro! A Equidina tava...
Percy caiu para frente, e só não caiu porque o reflexo de Celina foi mais rápido, ela soltou a mão de Annabeth e segurou Percy antes do corpo cair no chão.
- Percy! - Celina fez ele se ajoelhar no chão.
- Você tá bem? - Annabeth perguntou.
- Gente! O que aconteceu? - Grover perguntou, se aproximando rapidamente deles.
- Eu... Acho que aquele espinho era venenoso. - Percy resmungou.
- Droga! O que a gente faz? - Celina perguntou, com a respiração acelerada.
- Eu tive uma ideia. - Annbeth disse. - Levanta ele, Celina.
Celina obedeceu.
Annabeth orientou que Celina colocasse Percy dentro de uma pequena fonte que tinha em frente ao arco. Quando o colocou lá dentro, os três começaram a jogar água em Percy.
- A água curou você dos ferimentos no acampamento. - Annabeth lembrou. - Deve funcionar com veneno também.
- Olha, eu acho que não tá funcionando. - Percy comentou, cuspindo um pouco de água que entrou em sua boca. - Mas foi uma ótima ideia.
Percy se afastou das mãos dos outros três, tentou se levantar, mas acabou caindo de novo na água.
- Talvez tenha que ser água corrente pra poder curar ele? - Celina sugeriu.
Annabeth abriu a boca para responder, mas um barulho alto de buzinas e rodas derrapando no asfalto chamou a atenção deles. Todos olharam para trás e viram um carro voar para longe.
- A gente tem que voltar lá pra dentro. - Annabeth disse, apressada.
- A gente precisa continuar tentando! - Grover apontou para Percy.
- Não tá funcionando, e ela tá vindo! - Annabeth respondeu. - A gente leva o Percy pra dentro e vamos até o altar.
- Altar? Onde que tem um altar? - Grover perguntou.
- É no ponto mais alto, com a melhor vista. - Annabeth respondeu.
- Mas pra que? - Celina perguntou.
- A gente vai até o altar, e vamos pedir ajuda pra minha mãe.
Celina se surpreendeu, não estava esperando aquilo.
- Achei que a gente não pedia ajuda. - Percy comentou.
- É a única alternativa que temos. Vamos logo. Percy, sobe nas minhas costas. - Celina mandou, virando de costas para Percy, que passou os braços pelo seu pescoço. Celina tomou impulso e se levantou, saindo de dentro da fonte e se apressando para dentro do arco.
- Eu tô muito pesado? - Percy perguntou, meio grogue.
- Tá leve até demais. Deveria comer mais, Percy. - Celina disse, ouvindo uma risada do garoto.
- Tá bom, mãe.
- Gente, ouviram isso? - Annabeth perguntou, parada alguns passos atrás deles.
- Ouviram o que? - Grover perguntou.
- Nada. Deixa pra lá. - Annabeth respondeu, voltando à andar em direção ao arco.
Os quatro entraram no arco e caminharam até encontrarem um elevador que os levaria para o alto do arco. Todos se sentaram e esperaram que as portas se fechassem.
- O que você ouviu? - Percy perguntou de repente, ofegante. Estava cada vez mais pálido. - Ela falou com você... A Alecto fez isso comigo no museu, lá em Nova York... O que ela disse?
Annabeth não respondeu. Olhou para o lado de fora do elevador com pavor. Celina olhou na mesma direção e viu, antes que as portas do elevador se fecharem, Equidina e seu filho, dentro do templo.
As portas se fecharam e um silêncio ensurdecedor reinou por alguns segundos.
- Aquela era a Quimera? - Grover perguntou, com terror na voz. - E-eu acho que era a Quimera!
- Como a Quimera entrou aqui dentro? Como a Equdina entrou aqui dentro? - Celina perguntou, tão aterrorizada quanto Grover.
- A gente tá num santuário, Atena teria que ter permitido a entrada deles, mas por que ela faria isso? - Grover perguntou.
- Annabeth! - Percy chamou a atenção de todos, falando em um tom firme, apesar de seu estado. - O que a Equidina disse pra você?
Annabeth não respondeu por alguns segundos. Suspirou pesadamente, então disse:
- Ela disse que a minha impertinência feriu o orgulho da minha mãe. E que isso será minha ruína. - Annabeth respondeu.
- Impertinência? Mas que tipo de... - Percy se calou quando se deu conta do que Annabeth falava.
Celina também entendeu o que aquilo significava. Ela deu um soco em Percy, que gemeu de dor.
- Celina! - Grover olhou assustado para Celina.
- Você tá feliz agora, Percy!? - Celina disse, em um tom gritado. - A sua tentativa desesperada, e falha, de conseguir a atenção do seu pai, nos condenou à morte!
- Celina, não foi culpa dele! - Annabeth segurou o seu braço. - Eu concordei com isso, todos concordamos! Todos somos culpados!
- Eu não concordei com nada! - Celina respondeu. - Eu fui contra! Eu só não o impedi, porque eu sei que o boné da sua mãe é importante pra você, e não queria te ver triste por ter que deixa-lo.
- Desculpa.. - Percy pediu, com lágrimas nos olhos. Celina não sabia dizer se era pela dor do soco, ou porque estava se sentindo culpado pela atual situação. - Não foi minha intenção.
- Claro que não foi sua intenção! Sabe de uma coisa? Se quiser se redimir com a gente, porque você não se joga na boca da Quimera, e deixa a gente terminar a missão sem um peso morto igual você!
- Chega! - Annabeth mandou, no mesmo momento em que eles chegaram ao topo e as portas se abriram.
Celina saiu de dentro do elevador bufando, com os outros à seguindo. Tinha uma pequena escada que os levariam ao topo.
Ela sentia o coração apertado, aquilo não podia estar acontecendo de novo! Ela tinha que pensar em alguma forma de todos saírem vivos daquela situação, nem que ela precisasse morrer para isso. Ela não ia perder mais ninguém!
- Não temos muito tempo, eles vão chegar aqui à qualquer momento. E se a minha mãe não vai nos ajudar, vamos ter que lutar aqui em cima. - Annabeth dizia atrás dela.
Quando chegaram no topo da escada, encontraram uma quantidade significativa de pessoal ali.
- A gente precisa tirar essa gente toda daqui. - Celina disse.
Em seguida, foi ouvido um alarme de incêndio tocando bem alto. Celina olhou para o lado e viu que tinha sido Annabeth à aciona-lo. As pessoas começaram à se mover rapidamente para fora dali, com medo do suposto incêndio.
- Celina, pega o Percy e o Grover e desce com eles. - Annabeth orientou.
- O que? Tá maluca? Não vou te deixar aqui!
- Não vamos nos separar! - Grover disse, olhando para Annabeth com pavor. - Vamos ficar juntos nessa!
- Não vamos, não! A Quimera é a assassina dos semideuses. Um de nós tem que ficar para atrasar ela e os outros conseguirem fugir. - Annabeth explicou.
- Então eu fico. - Celina disse, vendo Annabeth negar com a cabeça.
- Não, Celina, você...
- Sem mais discussões, Annie! Eu já me decidi.
- Mas...
- Você sabe que isso é importante pra mim. - Celina continuou, num tom de voz baixo, um pouco triste, talvez. - Eu preciso fazer isso. Não vou ter outra chance como essa, de vingar meus amigos, de conseguir, ao menos uma vez, proteger vocês, e não estragar tido!
Annabeth parecia não saber o que falar para tentar impedi-lá, e Celina não queria que ela tentasse. Ela já estava decidida.
- Agora vão. Fugam e não parem até que cheguem no submundo, ok? - Celina dizia, conduzindo os três até o outro lado da sala. Ela olhava para cada um deles, tentando gravar cada detalhe de seus rostos. - Grover, cuida deles pra mim, ok? E se cuida também!
Os três saíram pela porta e Celina estava prestes à fecha-la quando Percy estendeu a sua espada para ela.
- Pega! - Ele pediu.
- Eu tenho a minha espada. - Celina lembrou.
- É-é melhor ter duas pra poder se defender da Quimera. - Percy respondeu.
Celina franziu a testa, estranhando, mas aceitou a espada e a segurou.
Percy puxou a espada, tentando trazer Celina para as escadas, mas ela puxou a espada de volta, trazendo Percy consigo. Ela tentou o empurrar de volta, mas ele usou toda a força que ainda lhe restava e à empurrou. Ela caiu no chão e viu ele puxando a porta, que automaticamente se trancou.
Celina se levantou e foi até Percy, agarrou seus ombros e o sacudiu como se ele fosse uma boneca de pano.
Annabeth e Grover gritavam do outro lado da porta, implorando que à abrissem, mas nem Percy, nem Celina, ouviram, e se ouvissem não os atenderiam.
- O que você pensa que tá fazendo? - Ela perguntou, tentando tirar Percy do seu caminho e abrir a porta para deixa-lo do outro lado, mas Percy agarrou seus braços. - Percy, me solta, eu não quero te machucar!
- A porta tá trancada, você não vai abrir ela! - Percy disse.
- Você sabe que eu posso abrir essa porta com muita facilidade, não é? - Celina perguntou.
- Você não vai abrir a porta. - Percy disse. - Se abrir, Annabeth e Grover vão entrar aqui, e eu sei que você quer protege-los mais que tudo.
Celina suspirou, finalmente se acalmando, então Percy soltou seus braços.
- Desculpe. - Percy pediu. - Era pra você ter ficado do lado de fora, e eu aqui dentro.
- Você mal consegue ficar em pé. Como acha que conseguiria derrotar a Quimera?
- Não derrotar, mas me redimir pela besteira que eu fiz. - Percy respondeu, encolhendo os ombros. Celina suspirou.
- Você sabe que eu não quis dizer aquilo, não é? Eu só falei na hora da raiva. Não quero que você morra, Percy, você é meu amigo.
Percy sorriu e Celina também.
- É bom ouvir isso. - Percy comentou.
- Também é bom dizer isso. - Celina concordou. - Vocês três são meus amigos, e era por isso que você devia ter ficado do lado de fora!
- Eu não conseguiria ir embora sabendo que minha amiga está correndo perigo. - Percy disse, e Celina revirou os olhos.
O clima leve foi interrimpido por um som monstruoso, que se tornava alto cada vez mais. Quimera estava se aproximando.
- Se eu pedir pra você ficar quietinho enquanto eu acabo com elas, você fica? - Celina perguntou.
- Não. - Percy respondeu, e Celina soltou uma risada fraca.
- Teimoso. - Celina resmungou, e então a atenção dela se voltou para o outro lado da sala.
Quimera tinha entrado pelo outro lado. Ela era grande, do tamanho de um leão, só que mais perigosa, aterrorizante e letal. Equidina estava junto com ela, acompanhando sua filha em sua caça.
O rosnando dela fazia os pelos da nuca de Celina se arrepiarem. Ela e Percy sacaram suas armas.
- É o seu fim. Não lute, só vai deixa-lá com raiva. - Equidina orientou.
Celina foi a primeira à se mover, correndo até a Quimera e enterrando sua espada na pata do monstro.
Quimera rosnou de dor e, com a pata boa, bateu em Celina. A força do monstro era descomunal, fazendo Celina voar até o bater na parede e cair no chão.
- Celina! - Percy foi até ela, à ajudando à se sentar. - Você tá bem?
Celina não respondeu. Tentou se levantar, mas cambaleou e caiu no chão novamente. Tentou de novo, mas Percy à empurrou para o chão.
- Fica aí. - Percy mandou, se levantando e começou à cambalear para cima de Quimera.
- Percy, não! - Celina, apesar da dor que sentia, ela se forçou à levantar, caminahdo atrás de Percy, tentando o alcançar.
Com um movimento de mão, Equidina conseguiu abrir um buraco no chão, bem no lugar onde Celina ia pisar. Ela por pouco não caiu. Conseguiu, no último segundo, ir para trás e caiu de bunda no chão, se afastando do buraco.
O buraco à separava de Percy, Equidina e Quimera.
- Percy! Percy, pula pra cá, eu te seguro! - Celina implorava. - Vamos, vem!
Mas Percy não à escutou, tentou atacar a Quimera, mas a espada ricocheteou. A Quimera o acertou com a cabeça, Percy foi erguido no ar e caiu no buraco.
- Não! - Celina gritou, se afastando ainda mais do buraco. Ela não queria ver. - Não.. Não, Percy, não... Não...
Foi impossível controlar as lágrimas. Tinha acontecido de novo, Celina não tinha conseguido salvar seus amigos de novo!
- Quanto azar. - Equidina comentou, com certo humor. - Dizem um raio não cai no mesmo lugar, mas essa já é a terceira vez!
- Cala a boca! - Celina gritou, em meio as lágrimas. - Eu vou matar vocês!
- Eu duvido muito disso. - Equidina riu debochadamente. - Você não conseguiu da primeira vez.
Celina secou as lágrimas, sentindo o corpo esquentar gradativamente.
- Pode apostar que eu consigo. E eu vou te fazer implorar pra eu parar. - Celina garantiu.
Os olhos de Celina ficaram vermelhos, e fogo começou a surgir de todo o seu corpo, como se uma aura dourada à envolvesse.
Equidina hesitou e, diante da hesitação da mãe, Quimera grunhiu como um gatinho assustado.
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VAI CELINA FRITA ELAAAAAS
esse foi o maior capítulo da fic até agora, com 3500 páginas. tinha muita coisa pra contar sobre a Celina
o passado da Celina é tão triste 😭 tadinha da minha bebê, não sei pq faço todos os meus protagonistas sofreremkkkkk
e no próximo capítulo vamos ter a explicação dos poderes da Celina, espero que vcs estejam ansiosos tanto quanto eu tô 🤭
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