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28: TOMBEI

Depois que o alarme tocar

Não adianta fugir

Vai ter que se misturar

Ou, se bater de frente, periga cair

Já que é pra tombar

Tombei (bang, bang)

Já que é pra tombar

Tombei (bang, bang)

- Tombei, Karol Conká -

10h02m

O grupo havia voltado para o apartamento da vítima a fim de prosseguir com as investigações. Não se cansaram de tirar inúmeras fotografias para agregar informações. Dentro do quarto, Astrid e Vinícius vasculhavam, nas gavetas do rapaz, algo que pudesse ser suspeito.

— Nico? — Perguntou Astrid para sua amiga, que se sentava na cama com os olhos voltados para seu celular e um olhar vazio — Tá tudo bem?

— Tudo sim, amiga — ela disse, forçando um sorriso e logo voltando a olhar para o aparelho — É... Só umas coisinhas.

Nicole comprimiu os lábios e ousou responder a mensagem que acabara de receber.

E aí? Você tá vindo? – Recebido às 10:01 por Alexandre

Tô ocupada. Não te devo satisfações. – Enviado às 10:02

Segundos depois, Nicole percebeu que ele continuaria insistindo.

Não é por mim, Nico. É por você! Pelo seu irmão! Seus pais e sua irmã estão vindo pro último episódio do programa. Só você que não. Já tá na hora de você perceber que essa história já foi longe demais. – Recebido às 10:02

A estagiária sentiu uma pontada em seu peito. Por um instante, prendeu a respiração e, em seguida, suspirou forte. Aquele homem continuava mexendo com seu psicológico de uma maneira extremamente tóxica.

— É, gente... Se não se importam, eu preciso ir.

— Mas já? — Perguntou Vinícius.

— Pois é... Vão gravar o último episódio do programa hoje e precisam de mim lá.

— É agora? Quer que eu te dê uma carona pra lá não? — Questionou novamente o rapaz.

— Não! De modo algum. Eu chamo um pelo celular. Não precisa se preocupar! Aliás, nem precisam parar o que estão fazendo aqui. Eu já tô indo, ok?

Por pouco, a estagiária não gaguejou para explicar aos amigos a situação que se encontrava. Não era sua obrigação estar no estúdio naquele momento, mas sentia aquele dever.

Sem divagar muito, a moça se despediu de Astrid e Vinícius e foi embora.

— Que horas começa o Estrela do Rock hoje? — Perguntou o rapaz para sua colega.

A jovem franziu a testa e logo arqueou as sobrancelhas.

— Ah! Acho que hoje é às duas da tarde. Foi meio que em cima da hora que avisaram pro pessoal que hoje teria episódio do programa. É porque depois de tudo o que aconteceu, as coisas desandaram, mas ainda tinha que ter um vencedor pro concurso.

Os dois tentaram evitar qualquer assunto que não fosse voltado para a investigação do caso e, então, prosseguiram no objetivo inicial. Pelo menos, durante os dez minutos seguintes, até Vinícius receber uma mensagem.

De: Louise Ferguson

Coloquei a Daniela na parede e ela não resistiu. Será afastada da Polícia com essa acusação de tortura. Agora, eu estou no comando da investigação da morte da Mariana e já está decretada a liberdade para o Joaquim.

A liberação dele vai acontecer dentro de uma hora. Eu gostaria muito de estar lá, mas não será possível. Seria ótimo se vocês fossem.

— Astrid! — Vinícius exclamou, eufórico, e correu para compartilhar para a amiga a notícia — Vem aqui ver!

Após tomar ciência do ocorrido, a loira pulou de alegria e os dois se abraçaram por bastante tempo. Sem demorar muito, finalizaram o trabalho ali e desceram novamente para partir.

O perito técnico da Polícia Civil, um rapaz careca e de óculos, parecia bastante concentrado fazendo o pedido de Louise: investigar todo o celular de Leonardo que foi encontrado com ele. Sentado em sua poltrona de frente para seu computador impressionantemente potente, ele entrava, pasta por pasta, nos arquivos existentes no aparelho do diretor chefe do Estrela do Rock.

— E aí? — A mulher questionou Louise, logo atrás dele — Achou alguma coisa?

— Só um instante e... — Com os olhos semicerrados, ele abriu um outro arquivo que fez os olhos da inspetora brilharem.

— Espera! O que... O que é isso? — Ela se aproximou da tela, boquiaberta — São imagens do casamento!

— Ele tava na lista dos convidados pro casamento? — Paula perguntou, observando as diversas fotos tiradas da própria câmera do celular.

— Estava! Mas a princípio, ele não tinha ido — Louise levou a mão a testa — Quer dizer... Achávamos que ele não tinha ido. Foi uma suposição nossa.

— E será que isso significa alguma coisa? — A mulher se perguntou.

— É o que vamos descobrir — Ela suspirou e comprimiu os lábios por instantes antes de se dirigir novamente ao rapaz de óculos — Wesley, envia, por favor, para a minha pasta, todas as fotos, vídeos, áudios, chamadas e conversas do Leonardo dessa última semana. De todas as redes sociais.

— Enviando. Vai demorar um pouco...

— Não tem problema — Ela falou, apontando para a tela uma fotografia tirada de trás de uma parede, onde foi possível captar Denise — Ninguém disse ter visto Leonardo na festa, mas tudo indica que ele também estava lá e...

— Estava! — O técnico a interrompeu e logo fez surgir na tela a imagem do diretor refletida em um espelho de uma das fotos que tirava — Olha ele ali... Escondido atrás de uma das mesas.

— Ótimo! — Ela disse — Poucas pessoas que não trabalhavam na TeleMil conhecem a aparência do Léo. Ele apareceu lá sorrateiro e tirou fotos da Denise.

— Por que ele faria isso?

— Ao que tudo indica, Leonardo podia estar passando por um momento de surto psicótico causado pela sua depressão. Isso poderia, por si só, explicar o motivo de ele ter ido pra lá. Agora, pode não ser isso. Ou pode ter mais outro fator nisso. Mas o que importa aqui é que ele pode ter muitas pistas. Ou, se tivermos com mais sorte ainda...

— Ele pode ter a prova clara de que ele é o assassino de Henrique! — Paula falou, arregalando os olhos imediatamente.

— Ainda mais se, de alguma forma, ele souber que foi Henrique que matou Mariana.

— Seria muito... Mas muito...

— Estranho? Sim, eu sei! Imagina só: um homem psicótico que sai pela festa, descobre um segredo do Henry, pega uma tesoura, mata ele na banheira e, então... Tenta se suicidar depois. A marca da briga no corpo do Henrique se encaixaria aqui — Louise falou — Mas tem um porém...

— Óbvio que tem! — Paula exclamou, franzindo o cenho — E os bilhetes? E tudo o que os interrogados disseram? Será que foi tudo... Em vão? Que não passa de um crime causado no impulso por um louco com uma tesoura? Que estamos batendo cabeça por um negócio assim?

— Uma coisa é certa, Paula — Louise respirou fundo e continuou — Essa teoria tem alguns pontos coerentes mas não dá para afirmarmos nada ainda. E só analisando bem o que tem aqui para dizer alguma coisa. De qualquer forma, a gente até agora está partindo do princípio que os dois crimes estão conectados e que a morte do Henry foi planejada. Mas... Será mesmo que foi?

As duas permaneceram discutindo assuntos relacionados ao caso por mais alguns minutos, até Tales, o outro investigador, abrir abruptamente a porta onde estavam.

— Inspetora Louise?

— Sim?

— Iago Bitencourt já chegou.

10h45m

A jovem de cabelos platinados chegara há poucos minutos no estúdio do Estrela do Rock mas não chegou a se apresentar para os coordenadores do reality que aguardavam aflitos a sua presença.

Era simplesmente agonizante para a moça sair do banheiro e enfrentar toda aquela gente com seus olhos vermelhos e molhados.

— Eu falei pra não olhar os comentários, Dêssa! — Letícia, também triste, tentava consolar a companheira abraçando-a na frente dos espelhos do pequeno banheiro feminino.

— Agora já foi! Já foi! — Ela soluçava em meio ao choro.

Desde que o vídeo entre ela e Henrique foi ao ar, Andressa perdera vários fãs. Depois que Henrique morreu, ainda mais. E quando surgiram os boatos de que ela estava grávida, os insultos começaram a se intensificar de uma maneira que a jovem não foi capaz de lidar. Seu grande sonho de ser uma artista famosa ia ladeira abaixo com sua reputação ficando cada vez mais rebaixada.

De repente, a porta do banheiro se abriu.

— É... Meninas? — Nicole se espantou com as duas abraçadas daquele jeito. Sabia que alguma coisa acontecia com a ex-parceira do seu irmão — Aconteceu alguma coisa?

— Nada, Nicole... — Andressa tentava enxugar as lágrimas, mas sabia que a outra já havia percebido — Nada de importante.

— Ei! — A estagiária se aproximou, preocupada, e encarou Andressa nos olhos — Eu tenho muito a agradecer a vocês duas por domingo... De verdade.

— Não foi nada... E você já agradeceu — Ela falou, esboçando um sorriso de leve.

— Bom... Não sei o que está te fazendo chorar, mas se eu puder ajudar em alguma coisa, qualquer coisa que seja, pode contar comigo, viu? — Ela disse, suspirou, e continuou — Sabe que sempre admirei você em segredo?

— Sério? Por quê?

— Ah, sei lá... Você compõe suas próprias músicas e toca elas ao vivo! É se expor de um jeito que precisa ter uma coragem que eu não tenho.

— Cê acha? — Ela parou de chorar.

— Claro! Sabe aquele dia que o Alexandre me pediu em casamento ao vivo? Eu quase morri só de aparecer nas câmeras!

— Minhas músicas são horríveis... — Ela fez um muxoxo e fitou o chão — Falava tanto de tristeza, de insegurança, de choro... E olha aqui eu. Parece que as palavras tem mesmo poder, né.

— Ah, velho... Poxa, tua voz! Tua beleza! Teu carisma! Nossa...

— É. Pelo menos uma que pensa assim agora...

— Ei! — Letícia exclamou.

— Você não conta — Andressa se virou para a namorada e depois voltou a olhar a irmã de Henrique — Infelizmente a galera tá caindo em cima de mim por conta de tudo...

— Olha só onde você chegou, Dêssa! — Ela pegou as mãos da jovem — Independente do resultado desse programa, você já é uma baita de uma vencedora! Você já passou por um monte de coisa e precisa dar valor a si mesma! Amar a si mesma! Essa galera que tá te criticando não sabe o que você passou, mas você vai superar. Vai superar tudo isso!

— Poxa, Nicole... — Os olhos da loira brilhavam com aquelas palavras e, de repente, abriu um sorriso largo seguido de um abraço caloroso — Obrigada!

— Que isso! — Ela falou, afastando-se da outra — Agora você vai lá dar o seu melhor. E vai arrasar!

— Sim! — Ela exclamou, mais aliviada, e se voltou novamente para Letícia.

— Tu é melhor que tudo isso, amor! Cê vai arrebentar! — A moça negra disse, piscando um olho.

— Ok! — Ela enxugou suas lágrimas e suspirou — Vamos lá então!

Com o peito mais estufado, Andressa cruzou a porta acompanhada de Letícia. Nicole as observou com um sorriso no rosto. Não admitia ver nenhuma pessoa triste por causa das maldades dos outros. Alegrou-se em saber que conseguiu fazer mais uma pessoa se sentir melhor.

Sozinha, Nicole sentia o vazio que ainda existia em si e os sentimentos expressos nas músicas de Andressa voltavam a tomar conta da mente dela. Era como se sua própria cobrança no trabalho tivesse lhe dado um soco que a deixou quase atordoada. Depois, a sua relação com seus pais veio para lhe golpear também. Mais tarde, foi a vez de Alexandre atacar. Ele atacou nas suas maiores feridas. Após isso, veio a morte de Henrique e suas consequências que lhe deram uma rasteira que jamais poderia prever.

Antes de se dar conta, ela já estava com o rosto encharcado por lágrimas.

Nicole estava no chão. Encarando seu reflexo no espelho, ela se via no fundo do poço, mas sabendo que deveria se levantar e enfrentar cada um que ousou lhe agredir.

Jogou um pouco de água no rosto e saiu.

11h12m

— Pode se sentar ali — A detetive falou enquanto apontava e caminhava para a cadeira localizada de frente para a mesa dela e de seu escrivão.

Logo, os três já estavam sentados em seus devidos lugares para o início do interrogatório.

— Pode me dizer quanto tempo vai demorar? — Ele perguntou, com os olhos bastante esbugalhados e os membros da face ligeiramente trêmulos — É que eu ainda tenho que passar em casa antes de ir pra apresentação da minha filha, a Andressa, no programa. É o último episódio.

Louise inclinou a cabeça e semicerrou as pálpebras.

— Duraremos o quanto for necessário. Infelizmente, não posso prometer nada, mas acho que terá tempo para ver sua filha.

— Tomara que sim!

— Bem... Lembro do senhor no casamento da Nicole. Sei que o senhor nunca teve muito contato com os noivos, mas como é pai de uma das cantoras destaque, foi convidado. Mas... O que lhe motivou a ir nesse casamento?

Ele demorou alguns segundos para responder. Suspirou.

— Bem, eu realmente não conhecia os noivos além do que eu via na TV. Fui mesmo pra acompanhar a Dêssa. Ela... Não tava muito bem.

— Como assim? Pode explicar melhor?

— É... Nessa altura do campeonato, já deve estar sabendo que eu sempre fui contra a minha filha vir aqui pro Rio pra participar desse reality. Ela tem dezenove anos. É jovem. É imatura. Não está pronta para encarar a realidade!

— E quem está? — A policial ergueu as sobrancelhas e encarou o homem ficando de boca aberta por alguns instantes após a pergunta.

— Quê?

— Continue, senhor Iago...

— Bem, a Dêssa tinha passado por muitas coisas. Eu já quase perdi minha filha antes e não deixaria que isso acontecesse de novo. Mesmo que, para isso, eu tivesse que engolir meu orgulho. Então, eu tô tentando estar com a minha filha em todos os momentos possíveis.

— E você acha que ela sofria ou sofre de algum perigo?

— Com certeza. Primeiro, da própria mãe, que burlou um remédio pra forçar um aborto! Não era mesmo pra eu ter deixado ela na mesma casa daquela bruxa da... — Quando ele percebeu que se exaltava, respirou fundo — da Mariana. E depois, agora, com a morte do Henrique... E depois que rolou o vídeo, o tanto de mensagem de hater que ela recebeu... Eu tô com muito medo da minha filha sofrer alguma violência de alguém. Ou pior... De ela mesma fazer algo contra ela. Ela anda muito deprimida...

— Imagino que ela esteja passando momentos bem difíceis... Mas sobre o Henrique, que sentimento tinha por ele?

— Bom, eu sou suspeito pra falar, mas... Eu gostava da Letícia. Ela tem lá seus defeitos, mas é uma boa pessoa. Agora, o Henrique eu não conhecia, mas sabia que vinha de uma família religiosa cheia de preconceitos. Nunca gostei muito da ideia. E quando saiu o tal vídeo, confesso, fiquei com muita raiva!

— E quando descobriu que ela estava grávida?

— Ódio... Porque eu já pressupus que ele não assumiria com as suas responsabilidades se Andressa tivesse mesmo a criança.

— E o que você fez assim que pisou no Castle Hall junto com sua filha?

— Sentei na minha mesa e não saí mais de duas vezes pra pegar alguns doces. Eu não sou muito de ir em festas. Só fui mesmo pra dar o apoio pra minha filha que ainda tinha que se apresentar naquele dia.

— Estava com Daniela?

— Sim. Por quê?

— Como ela estava naquele dia? O que ela fazia?

— Daniela nunca falou muito comigo. Ela não gosta de mim por motivos óbvios, mas a gente se suportava. No dia, ela não aparentou nada de anormal — Ele respondeu, fazendo logo em seguida uma pausa para pensar mais a respeito — Mas também lembro que ela não parava quieta na mesa. Ela conversava com algumas pessoas, ia comer alguns salgadinhos, ia ao banheiro, passeava pelo salão... Não vou lembrar exatamente onde ela estava nem quais foram as pessoas com quem ela falou...

— Entendo. Mas e depois do assassinato? Ela aparentou alguma coisa de diferente?

— Não que eu tenha percebido...

— E você percebeu algo de diferente na Andressa?

— Hum... — Ele fitou o chão por um instante — Ela ficou desconfortável depois de ter falado com o Henrique. Era nítido.

— Mas acha que ela pode ter feito alguma coisa contra a vida dele?

De repente, as pálpebras de Iago se abriram até o limite.

— De forma alguma! Nem minha filha nem eu jamais faríamos alguma coisa assim!

— E quem faria?

— Ah, sei lá! A Daniela, talvez...

— E você não saberia de nada mais pra nos informar sobre esse caso?

— Eu, com certeza, teria dito se tivesse, detetive.

— Nesse caso, está dispensado.

Vinícius estacionou o carro ao lado da calçada onde se erguia o presídio que visitou Joaquim anteriormente. Chegara bem em tempo. O rapaz já estava na porta de saída e era capaz de sentir, de longe, sua excitação em sentir a liberdade novamente.

— Kim! — Astrid gritou para ele, antes mesmo de sair do veículo.

As portas se abriram e a jovem se apressou em correr e dar um abraço caloroso no rapaz negro e bem mais alto que ela.

— Astrid! — Ele exclamou assim que sentiu o corpo da moça envolver o seu com os braços e retribuiu o gesto — Sabia que você viria! Muito obrigado!

Os olhos da universitária brilhavam. Seu sorriso era largo, assim como o de Joaquim. Justiça estava sendo feita.

— A gente não vai desistir de você.

Logo atrás, Vinícius se aproximou, também contente, e abraçou o rapaz, afastando-se dele assim que ouviram uma voz conhecida de uma mulher que também saía do presídio.

— Que bom que vocês vieram! — Disse a pastora Rose, que se aproximava dos três, também com um sorriso alegre.

— Pastora Rose! — Astrid exclamou, correndo para cumprimentar a senhora.

— Estão indo pra onde? — Perguntou Vinícius.

— A pastora me convidou pra ir pra ONG.

— Lá tem um cantinho que você vai poder ficar — A idosa falou para ele — E amanhã a gente tem o encontro com outros garotos da comunidade com um psicólogo. Seria ótimo se você fosse!

— Querem carona? — Vinícius perguntou — A gente vai assistir ao Estrela do Rock. Não querem ir com a gente?

Rose e Joaquim se entreolharam com o cenho franzido.

— Melhor não, Víni — A mulher disse — As coisas estão muito recentes. Ainda mais que a filha da Mariana vai estar lá.

— Estaremos na torcida pela Ana! — Ele falou.

— Tá bem. Sendo assim... A gente deixa vocês num lugar mais próximo.

A ideia pareceu razoável para todos. Sem muita conversa, Vinícius fez como solicitado e os dois pareciam felizes. Quando perceberam, já era meio dia e sentiam fome. Pararam para almoçar em um restaurante da cidade.

— E então? — Vinícius perguntou, após tomar o último gole que restava de seu suco, olhando fixamente nos olhos de sua amiga que já havia terminado sua refeição — O que acha?

— Temos muita informação espalhada que parece não fazer sentido. Mas acho que todas as pistas apontam para uma direção.

— Pois é. Vamos olhar pelo lado positivo. Já sabemos quem provocou o aborto na Andressa, quem divulgou o vídeo dela com o Henry, quem matou Mariana... Agora só precisamos das provas certas pra afirmar logo quem matou o Henry! — Ele falou, contando nos dedos — Todos os suspeitos já foram ouvidos. Temos os bilhetes, a Bíblia, o carro... Já temos nossa teoria, tudo indica para uma coisa, mas tá faltando coisa!

— Nem todos os suspeitos foram ouvidos.

Repentinamente, Vinícius virou seu rosto para a amiga com uma sobrancelha sobressaltada.

— Como assim? — Levando a mão a testa, mudou de expressão — Ah, céus! Como pude esquecer! O Léo!

— O Leonardo tá internado. Nem sei se dá para investigarmos ele agora. Estou falando de outra pessoa...

Como se uma lâmpada, finalmente, iluminasse a escuridão de uma caverna e encontrasse o tesouro que tanto procurava, Vinícius arregalou os olhos.

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