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17 - Reformas

Capítulo contém 3710 palavras.

Boa leitura 💚

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O meu amado e modesto quarto é invadido por Loki assim que anuncio que iremos reformá-lo. Logicamente, ele não espera outra frase, corre para lá enquanto nos chama ansioso. Rana sorria, o seguindo, assim como eu, apesar de sentir uma leve raiva pela ansiedade dele em mudar as coisas.

Qual é o problema da maneira que está?

O acordo é mudar o colchão e não o quarto todo!

Adentrei os aposentos, ouvindo-o proferir milhões de xingamentos para a pobre cama ao centro do quarto, sob o olhar divertido de Rana.

— Mamãe, não se preocupe, cuido disso — anuncio cansada, olhando para o entusiasmo irritante dele. — Ele não vai sair tão cedo daqui!

— O gnomo tem razão, não quero sobrecarregá-la — Loki concorda rapidamente, fazendo-a rir.

O idiota está tão animado que esqueceu e me chamou por esse apelido ridículo em frente à Rana, pior, ela achando graça!

— Vou ao centro da vila, sempre chegam peles e tecidos novos das viagens, posso encontrar algo para decorar, enquanto vocês arrumam aqui — Rana conclui animada.

Loki olha feliz em sua direção.

— Jura?

Odin! Posso ver seus olhos brilhando como os de uma criança.

— Claro, querido, vamos deixar o quarto digno de você — Rana responde, acariciando suavemente suas bochechas como uma mãe.

Maravilha! Ele conquistou minha mãe!

— Significa muito para mim! — ele responde animado, beijando a palma da sua mão.

— É só um quarto! — resmungo, contrariada.

Rana me olha com repreensão, somente aumentando minha carranca.

— Alya, não seja assim, ele é um Deus e seu amigo, agora, deve ser tratado devidamente! — Rana me repreende.

Estou começando a me arrepender dessa amizade!

— Não liga, esse é o carinho que ela tem por mim — Loki pisca maroto em minha direção, então olha como cão abandonado para Rana. — Me tratando tão fria!

Argh!

Irritante, idiota!

O bastardo sorri triunfante para mim ao ver que consegue me irritar.

— Comportem-se!

Rana sorri antes de nos deixar sozinhos.

— Alya, agora que estamos sozinhos, quero falar algo... — ele murmura quase inaudível.

Olho curiosa para ele.

— Hel... ela quer me ver ao menos uma vez na semana... quero pedir... — ele resmunga entre dentes.

— Loki, não vejo problemas em sua filha vê-lo, desde que não faça nada aos humanos — respondo amena.

Ele me olha surpreso.

— Você deixa?

Não aguento o riso diante da sua pergunta.

— Não mando em vocês, mas fico contente que tenha pedido — debocho, fazendo-o revirar os olhos. — Sei o que ela sente, se ficasse longe de Rana nessas circunstâncias ia pirar.

— Obrigado! — seus olhos se iluminam.

Sorrio verdadeiramente alegre por vê-lo feliz.

— Então... Vamos começar? — ele pergunta, com os olhos brilhando.

Olho indignada para ele, mas ao vê-lo animado com aquilo, concordo, mesmo que não compreenda o motivo de tanta animação por um quarto, ao menos ele não está pedindo algo impossível.

Rapidamente desmontamos a cama e Loki mede o tamanho que quer que ela fique, enquanto retiro o colchão, que, por mais que queira negar, é desconfortável. Após ser informada do tamanho desejado, gradualmente começo a costurar um forro de linho, para recheá-lo de penas, deixando-o macio e acolhedor, como ele quer.

Durante um tempo, focamos nesse lugar, até começar a tomar formas. Obviamente, apesar de o trabalho ser manual, usamos nossos poderes, ou passaríamos o dia inteiro apenas aqui. Terminando de forrar o colchão, Loki ergue a base da cama pronta e passa para as colunas, terminando-as rapidamente e então entalha runas protetoras nos quatro cantos das colunas de carvalho que sustentariam o dossel. Algumas conheço, outras são tão complexas que é difícil entender, mas não pergunto, visto seu olhar sério sobre elas.

— Até que você não é um inútil! — comento ao admirar seu trabalho. — Ficou muito bonito!

Loki ri, chamando minha atenção em sua direção, fazendo meus pensamentos perderem levemente o rumo ao ver que ele tirou a maioria de suas vestes, ficando apenas com uma calça e camiseta justa, desenhando perfeitamente os contornos de seus músculos definidos. Não pude evitar meu olhar de mirá-lo com afinco, gravando cada detalhe de seu corpo esculpido, a pele pálida e brilhosa pelo suor devido ao trabalho árduo a que ele certamente não está acostumado, os cabelos verdes caindo sob a testa, criando uma leve cortina e o deixando mais sexy.

Sinto meu coração bater descompassado, a luz que adentra o quarto delineia cada contorno e, por mais que queira evitar, um sentimento inesperado cresce: o desejo ardente, que me envolve como uma labareda potente.

Pela barba de Odin! Estou desejando Loki e não gosto disso!

Não entendo o motivo desse idiota me atrair, tudo que nos cerca é tensão e mentira, de ambos os lados, pois apesar da amizade oferecida e da trégua mútua, ainda queremos coisas opostas.

Ele me matar e fazer valer a vontade dos Deuses, eu viver e proteger quem amo. E não vamos recuar, nenhum desistindo de seus objetivos.

Mas tudo some ao vê-lo tão... sensual, talvez seja apenas o anseio pelo proibido, pois não ceder aos desejos, inevitavelmente, aumenta a sede por se entregar.

Droga! É errado em tantos níveis e não posso me entregar a essas emoções, por mais que tenha que lutar comigo mesma, além da luta contra esse idiota.

Desvio o olhar, por mais que queira continuar olhando, ele não precisa saber disso, mas o leve movimentar dele atrai novamente meus olhos insistentes.

— Tudo que faço fica perfeito! — ele se gaba, seu olhar brilhando maliciosamente. — Principalmente com as mãos, elas fazem um bom trabalho.

Olho sem querer para suas enormes mãos, não é difícil imaginar o que ele quer dizer com isso e me irrita mais do que quero admitir.

— Loki!

O maldito sorriso aumenta e ele se volta, caminhando lentamente em minha direção, fazendo meu coração trepidar.

— Posso tocar em você, mostrar na prática que falo sério — ele murmura rouco, sua voz soa com um timbre tão rouco que me arrepia inteiramente. — Imagine como seria tocá-la intimamente, meus dedos afundando em você... lhe dando prazer...

Oh!

Por Freyja, pare!

Meu corpo inteiro leva um choque diante de sua voz rouca. Os olhos roxos se tornam duas orbes iluminadas pela pura luxúria, o que me deixa mais ansiosa.

— Loki, se concentra... no... quarto — balbucio nervosa.

Ele sorri, segurando uma mecha dos meus cabelos e colocando-a atrás da minha orelha.

— Sei que imagina isso, nós dois nesse quarto... eu podendo desfrutar desse corpo delicioso e a levando ao êxtase — ele morde o lábio inferior, com os olhos em chamas. — Eu com toda certeza imagino isso!

Merda! Minhas pernas parecem gelo derretendo, meu corpo inteiro está fervendo e não consigo controlar os malditos pensamentos de vagarem no que ele declarou.

O corpo dele junto ao meu... o desejo explodindo...

Vozes e risos ao longe ecoam, mas parecem ser noutro planeta, pois tudo que consigo captar é nos seus olhos brilhando em luxúria em direção aos meus lábios, sua respiração pesada e no quanto isso está me afetando.

— Alya... me deixa te mostrar o que é prazer — Loki inclina-se em minha direção, mordendo o lóbulo da minha orelha e um arrepio percorre meu corpo. — Mostrar o quanto posso deixá-la satisfeita.

Oh... por todos os deuses... pare!

— Oh, que lindo está ficando! — Rana comenta alegremente.

Afasto-me abruptamente de Loki, tentando evitar que ela note algo. Felizmente, sua atenção está na nossa obra, mas Ralf e Leif captam, principalmente Ralf, que para rente à porta com semblante irado.

Sinto uma culpa avassaladora ao ver seu coração tomado pela raiva e ciúmes, ele se sente traído por mim e tudo que não quero é magoá-lo, mesmo sem querer.

— Confesso que está muito bonito — Leif concorda com Rana.

Sorrio ansiosa, tentando evitar olhar para Ralf, mas sinto seus olhos raivosos, principalmente para Loki.

Droga! Não era para ele presenciar isso!

— Trouxemos vários tecidos e peles para decorar! — Rana anuncia, animadamente olhando para Loki. — Querido, esses são Leif, nosso rei, e seu filho Ralf.

Ralf se contenta em comprimir os músculos, assumindo uma postura mais irritada, ao contrário do pai relaxado ao seu lado.

— Prazer em conhecê-lo, senhor Loki, apesar das circunstâncias, é uma honra tê-lo em nossa humilde vila — Leif cumprimenta, abaixando a cabeça.

Loki sorri maroto, mas não se digna a respondê-lo.

— Desde quando são próximos? — Ralf pergunta, irritado.

Volto o olhar para Ralf, sua mandíbula tensa e os olhos faiscando em pura raiva para Loki, me deixando apreensiva, mas sobretudo confusa, pois não vejo motivos para sua raiva. Já fiquei próxima de muitos moradores homens de Njal e ele não agiu assim. Entendo seu ciúme, mas isso não significa que precise evitar falar com quem bem entender.

— Não tem motivo para não sermos próximos, dado o fato de que a presença dele será constante — replico, confusa. — Melhor manter uma convivência menos conflituosa.

Ralf olha irritado de mim para Loki.

— Ele quer matá-la e está reformando quartos, sendo amiguinha dele? — Ralf pergunta indignado. — Pior é a maneira que encontramos vocês! Qual é o seu problema?

Colocando dessa forma, é estranho...

Mas existem mais coisas nisso, a situação em si é complicada, não precisamos complicar mais, sendo inimigos o tempo todo!

E quanto à nossa aproximação física... realmente não tenho explicação...

— O que você tem com isso? — Loki replica arrogante. — Humano, minha relação com Alya não lhe diz respeito, cuide de sua vida e seja respeitoso comigo!

A resposta aumenta a ira de Ralf, para meu desespero, pois vejo que Loki não está tão controlado.

— A conheço desde que nasci, somos... como irmãos, não vou deixar fazer nada com ela! — Ralf retruca ácido. — Você é um mentiroso, sei que está manipulando ela, mas a mim não engana!

— Humano, cuidado com as palavras, não esqueça que sou um Deus, portanto superior a você — Loki replica sério.

— Não me importo que seja um Deus! — Ralf resmunga, ácido.

Loki endireita o corpo, parecendo não só fisicamente mais alto, como seus poderes o rodeando demonstram um nível de poder tão absurdo que Ralf cai de joelhos.

A aura de Loki preenche o local, com a manifestação intrigante e poderosa, irradiando vermelho intenso, numa mistura complexa de sua natureza, tão turbulenta e irregular, demonstrando uma ira sem igual, mas diferente do que já vi. Agora assumindo espirais de energia, com faíscas e flashes de luz na direção de Ralf.

— Alya sabe se defender sem precisar de um humano inútil — Loki vocifera arrogante. — O que fazemos não é da sua conta!

Olho chocada para ambos, Ralf, mesmo de joelhos, sofrendo com a aura de Loki, ainda mantém o olhar irritado para o Deus, que corresponde na mesma intensidade.

À medida que sua raiva aumenta, a aura se torna mais vibrante, quase formando uma chama ardente ao seu redor, refletindo sua natureza imprevisível.

Isso é errado! Ralf está apenas com ciúmes, não deve ser punido!

Mesmo que saiba que Loki não pode efetivamente machucar Ralf, a mera presença de seus poderes pode feri-lo e não pensei nisso! Fui inocente ao pensar que ele não os usaria assim!

Tomo a frente, encarando os olhos raivosos de Loki e seguro seu rosto, sem pensar nas consequências, trazendo-o para mim, tentando acalmá-lo, mesmo que soubesse que usar meus poderes fosse eficaz. Posso ferir os humanos presentes, fora que talvez uma abordagem menos agressiva funcione melhor com ele.

— Para com isso!

Loki revira os olhos, irritado.

— Diga para o humano manter o respeito e não se meter no que não é da conta dele! — ele retruca entre dentes.

Seguro mais firme sua face, mantendo apenas meu rosto na mira dos seus olhos.

— Ele está apenas sendo protetor. É injusto colocar seus poderes nele dessa maneira! — concluo, ansiosa.

Ele se inclina em direção ao meu ouvido, ofegando levemente.

— Ele tá exalando ciúme, mas a atitude de macho alfa não combina com o paspalho — ele sussurra, fazendo meus pelos eriçarem. — Melhor controlar seu humano de estimação, ou vou mostrar o que é um macho alfa.

Todo meu corpo arrepia ao escutá-lo, mesmo que queira negar, sinto um desejo crescente e uma curiosidade estúpida.

Acho que ele tem razão, não estou bem mentalmente, pois isso lá é hora de sentir... desejo por esse idiota?

— Loki...

A mão forte segura minha cintura, num movimento rápido vira meu corpo em direção a Ralf, mantendo o peitoral nas minhas costas, e a firmeza de sua palma contra mim. Meu instinto manda sair para longe dele, mas minha cabeça insiste em ficar, pois sei que Loki não perdoará a afronta de ser rejeitado, principalmente na frente de Ralf, e isso vai complicar as coisas.

— Ele a segura como um objeto e você deixa! — Ralf retruca, ácido.

— Não é assim! — tento me afastar suavemente, mas a mão firme de Loki apenas fez meu corpo se colar mais ao dele.

— Se sair, ele vai sofrer — Loki sussurra apenas para mim. — Gatinha, não teste minha paciência!

Idiota!

— Ralf, não precisa desse alvoroço todo, entendo seus sentimentos e desculpa por... estar ocasionando sofrimento em você — balbucio nervosa, sentindo a mão de Loki acariciando minha barriga, atraindo não somente o olhar de Ralf, mas de mamãe e Leif. — Vamos manter as coisas calmas, por favor!

— Humano, escute ela, não vai querer duelar comigo para saber quem ganha a presa, pois não sou eu quem perderá — Loki conclui, orgulhoso.

Meu corpo fica tenso ao sentir o queixo de Loki contra meus ombros e um suave beijo foi plantado ali, seu corpo totalmente moldado ao meu como se eu fosse sua propriedade.

Ralf salta ao nos ver, mas é rapidamente contido por Rana e Leif. Pelo canto dos olhos, noto o olhar triunfante de Loki.

— Loki, por favor!

Idiota está provocando-o sem necessidade!

— Apenas mostrando que ele somente pode sonhar com algo que não pode ter.

Viro-me confusa em sua direção, fazendo-o rir como um canalha.

— Você.

Sinto meu rosto queimar com sua afirmação, mas principalmente pela plateia escutando.

O que aconteceu aqui?

Volto a atenção para os demais, sentindo vergonha extrema por tudo, não somente isso, mas culpa pela dor nos olhos de Ralf.

— Mamãe, tire Ralf daqui — murmuro ansiosa.

Ela assente, puxando-o junto a Leif. Apesar dos olhos voltados em minha direção, ele não oferece nenhuma resistência, saindo do quarto e posteriormente da casa.

Me afasto de Loki, tomando uma distância segura.

— Por que fez isso? — volto minha atenção para Loki.

Ele cruza os braços numa postura arrogante.

— Não gostei dele agindo como arrogante — Loki retruca, ácido.

— Loki, ele apenas quer me proteger, por isso agiu assim — suspiro cansada.

Os olhos roxos dele se voltam como fendas cortantes em minha direção.

— Ele ama você como um homem, não como irmão — ele resmunga, contrariado.

— Mais um motivo para entendê-lo! — replico, confusa.

Loki suspira, descontente.

— Você gosta desse humano? — Loki pergunta, enojado.

— Sim, crescemos juntos, Rana o amamentou e somos o que chamam de irmãos de leite — balbucio sem entender.

O olhar dele se intensifica, assim como a carranca em sua face.

— Gosta dele como mulher? — Loki pergunta, exasperado.

— Como?

Numa velocidade rápida, meus cabelos são tomados pelos seus punhos, meu tronco é inclinado e ele se aproxima. Por um instante, imagino que ele fosse me beijar, mas os lábios desviam-se dos meus, beijando meu maxilar, suavemente em direção ao pescoço, onde suga um pouco mais forte, fazendo meu corpo estremecer, mas tão repentinamente como começa, ele se separa.

Sinto um calor me percorrer, como se tivesse mergulhado em lava, e minha intimidade molhada de uma forma que nunca ficou.

O que foi isso?

— Sente desejo pelo humano? Atração? Seu corpo queima por ele? — Loki me enche de perguntas.

— N-não!

— Ele acha que ainda pode conquistá-la.

— Ralf é um irmão para mim e ele sabe disso! — balbucio nervosa.

— Bom!

— Mas o que você tem com isso? — resmungo, contrariada, apontando para ele. — Se gosto dele ou de qualquer outro, não é da sua conta!

— Realmente, mas odiaria matar seus bichos de estimação — ele responde, piscando maroto.

Canalha sem vergonha!

— Não ousaria!

— Jura? — ele sorri animado. — Alya, você é meu brinquedo, apesar de gostar de uma boa sacanagem, não vou dividi-la, ainda mais com um humano.

Sinto meu corpo ferver, dessa vez pela raiva.

Vou matar esse imbecil!

O anel maldito queima, tão intensamente como se minha mão estivesse mergulhada em fogo, mas dessa vez não me importo, somente olho raivosa em sua direção.

— Cretino! Não sou seu brinquedo, melhor parar de sonhar!

Loki gargalha animado.

— Se tem tanta certeza disso... eu não pagaria para ver — ele sorri malicioso. — Sabemos que vai acabar na minha cama, cedo ou tarde.

Suspiro irritada, voltando minha concentração para o quarto, ignorando o idiota sorridente.

O estúpido humano estragou a harmonia do local!

Antes, estava numa boa, curtindo e flertando com Alya, quase conseguindo o que quero, até ele chegar com sua presença irritante.

Porra! Ela estava nas minhas mãos, mais um pouco e tudo ia se resolver!

Então, ele chegou com sua presença estúpida!

Somente um cego não enxerga o amor nos olhos dele ao olhar para Alya e confesso que isso me irritou, principalmente ao ver seu semblante irado pela minha presença, como se notasse uma ameaça em potencial.

Ameaça? Não tem nenhuma, pois ela não tem chance alguma de ficar com um estúpido daquele para que ele me visse como rival!

Uma chama ardente queimou no meu peito, algo que nunca experimentei, talvez fosse inveja do humano, algo estúpido, mas sei que a possibilidade dela confiar nele é maior do que confiar em mim e isso me irritou demais.

Eu, o Deus da Mentira, acostumado a ser invejado e temido, senti isso por um mero humano!

Cada instante mais detesto essa missão, pois está me enlouquecendo!

O estúpido começou a cobrar dela, como se tivesse algo com a situação, e pior, Alya se explicando.

Como se sentisse algo por ele!

Meu coração bateu descompassado diante disso, me levando a um estado de fúria que não estive antes, agi por puro impulso, mesmo sabendo que Alya é minha responsabilidade, minha missão e ninguém deve se intrometer. Não foi esse sentimento que me fez agir como idiota, mas sim a ideia de ferir o humano, de mostrar que ele não teria ela.

O problema é que isso ocasionou a fúria dela, pois já fazia um belo tempo que Alya seguia quieta, apenas decorando o quarto e me ignorando, como se eu fosse um bastardo.

Suspiro, olhando em volta, ao menos estou contente com o local.

As cortinas vermelhas bordadas com um amarelo-ouro, quase iguais às que tenho em Asgard, tirando o fato de que lá são de ouro, mas essas, apesar de serem mais simples, realmente deixaram o ambiente ao redor do dossel mais bonito. Um quarto mais aconchegante e confortável. Sentar na cama já mostrou a diferença, pois o colchão fofo quase me fez chorar de alegria. Não somente ele, mas as peles espalhadas tanto sob a cama, como no chão, como tapete.

Obviamente, não é o luxo ao qual sou acostumado, mas é melhor que antes, ao menos poderei dormir sem sentir desconforto!

Com o quarto pronto, passamos para o balneário, onde insisti em colocar uma banheira, pois já usei meus poderes para colocar água encanada, nem morto vou ficar como burro de carga para trazer baldes!

— Que pedra vai usar? — Alya pergunta ansiosa.

— Ardósia, ela é resistente e durável — respondo ameno.

— Vamos buscar...

Sua fala morre ao perceber o portal ao meu lado.

Meu sorriso deve parecer estúpido, pois a carranca naquela carinha fofa apenas aumentou.

Gosto de irritá-la!

— Fechou meus portais para fora daqui, mas dentro da barreira posso usá-los — respondo animado, transportando uma enorme pedra de ardósia. — Não faz sentido a gente usar força bruta.

Ela riu, balançando a cabeça descrente, mas não negou minhas palavras.

Ótimo, ela tá amenizando o humor... mais um pouco e ela volta a falar comigo normalmente.

Sem esperar, moldo a pedra num formato amplo e profundo, com bordas redondas e alças de ferro. A banheira é tão grande que acomoda duas pessoas confortavelmente.

Imagine que perderia a oportunidade! Só de pensar no corpo dela molhado contra o meu nessa banheira, já sinto a maldita excitação.

No interior, deixei-o polido com acabamento suave, enquanto o exterior mantive a textura natural da pedra. A posiciono no canto direito, junto da torneira de ferro recém-instalada, e fixo a banheira ao chão pelos meus poderes.

— Leva jeito para construir, talvez seja sua vocação — Alya alfineta.

Reviro os olhos sem conter o sorriso.

— Não vai querer que construa na vila! — resmungo.

Alya me olha marota.

— Não tinha pensado nisso, mas já que mencionou... — ela cantarola alegre.

— Mulher, sei que seu trabalho é me torturar, mas existem outras formas! — retruco, divertido.

Ela ri envergonhada.

— Não sou pervertida como você! — Alya resmunga, evitando me olhar.

A puxo para meus braços, fazendo-a ofegar.

— Sou por nós dois! — respondo maliciosamente.

Alya tenta inutilmente conter o sorriso, mas ele surge, iluminando toda sua bela face, para meu prazer.

— Loki, por que está fazendo isso?

A pergunta me pega desprevenido, não apenas por ser tão direta, mas por ela demonstrar saber muito mais do que demonstra.

Droga! Ela não entendeu tudo, ou entendeu?

— Fazendo o que exatamente? — desconverso, brincando com suas madeixas azuis.

— Não sente desejo por mim, mas constantemente está tentando me levar para sua cama, isso tem algo com sua missão? — Alya pergunta, séria.

Olho surpreso para ela, vendo seus olhos azuis como o céu diurno, totalmente sérios em minha direção.

— Claro, gatinha, meu pai disse explicitamente que transar com a inimiga traz ela para nosso lado — resmungo indignado.

O barulho do vento uivando foi a deixa, somente senti a dor espalhando pelo meu ombro, onde ela bateu.

— Você é bruta!

Seus olhos azuis faíscam em irritação.

— Falo sério!

Eu sei... infelizmente, suas perguntas não têm respostas! Não estou pronto para admitir que parte de mim a quer verdadeiramente.

— Desculpa decepcionar, mas quero você porque é gostosa, só isso — respondo prontamente.

— Não acredito em você, por mais que sinta desejo, tem algo que... não sinto sua honestidade nisso — ela resmunga, contrariada.

Piedade! Em todos os meus milênios, sempre quis alguém que visse além do que represento. Quando finalmente encontro, quem sou fica no caminho.

— Qual sua missão comigo? — Alya pergunta novamente.

Ela não vai desistir!

— Levá-la embora, sabe disso — respondo contrariado.

— Para isso, fará tudo ao seu alcance — ela suspira, se afastando.

Não consigo responder, por mais que quisesse negar, ela está certa.

Minha missão mais importante e não vou hesitar para cumpri-la, mesmo que...

Deveria adivinhar que isso só ficará mais difícil a cada instante e, por mais que queira, não consigo ver outra maneira de resolver isso.

Perdão, Alya, juro que não queria que isso acontecesse, mas é inevitável, infelizmente...

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