Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11 - Fúria do Deus

Contém 3760 palavras.

Boa leitura 💚

┯━━━━━▧▣▧━━━━━┯

┷━━━━━▧▣▧━━━━━┷

O prazer de deslizar por Asgard é indescritível, especialmente depois de tantos dias trancado, com dores constantes. Estar finalmente sozinho e curado, sem nenhuma sequela, é um sonho.

Claro, Odin não podia esperar mais de uma hora depois da minha liberação para chamar os Deuses. Como um pai dedicado, não se importou em perguntar se eu estava bem; simplesmente ordenou.

Se não fosse por um assunto que me interessa, eu não iria, só para irritá-lo. Mas preciso saber de tudo. Se possível, exijo voltar a Midgard. Quero me vingar dos dias em que fiquei acamado.

Ao menos, escolheu um lugar melhor que o poço de Urd. Idavoll não é um bom sinal, mas a situação passou de crítica para caótica. Mesmo assim, atendemos seu chamado sem questionar.

Temos que atendê-lo, independentemente de nossos próprios assuntos. Nesse caso, ele está certo em querer todos aqui. Só espero que não me impeça de realizar meu desejo.

Trarei Alya até aqui, e ninguém ficará no meu caminho!

Estou praticamente deslizando pelo caminho. A vantagem de ter meus poderes é não precisar andar, posso flutuar pelo ar. Embora pudesse simplesmente usar um portal, economizaria tempo, mas duvido que me permitiriam entrar, as proteções são fortes demais.

Idavoll é uma sala no coração de Asgard, no topo de uma colina, cercada pelas árvores mais antigas e belas flores místicas. Um tanto exagerado, mas compreensível, já que seu acesso é protegido por Heimdall, e apenas os que ele permite podem entrar. As flores, apesar de lindas, são mortais, principalmente na minha presença. Elas parecem sentir minha presença e sempre me atacam.

Bastardo, até as plantas têm que se virar contra mim!

Na entrada da sala, Heimdall me espera com um semblante exasperado, como se estivesse fazendo um favor.

— Demorou! Custa chegar no horário? — resmunga ele, irritado.

— Não que seja da sua conta, mas precisei passar por uma revisão para ser liberado. O pai sabe disso — suspiro cansado. — Era só permitir minha entrada, não precisava se fazer de porteiro!

— Não confio em você! — ele resmunga.

Como se isso fosse me afetar!

— Libere a passagem, tenho mais o que fazer do que olhar para essa sua cara feia!

O olho esquerdo de Heimdall treme com um tique nervoso, me fazendo rir debochado.

Tão fácil tirá-lo do sério, nunca perde a graça.

— Juro que vou matar você! — ele retruca, entre dentes.

— Jura? — sorrio em escárnio. — Que firmeza, tá ficando grandinho!

O vermelho das suas bochechas se espalha pelo pescoço, como se estivesse sufocando pela raiva.

— Espantalho, vai explodir! Não que me importe, mas essa roupa é cara, feita especialmente para mim pelos anões. Não quero estragar ela com sua carne... podre — digo, debochado.

— Aproveite suas horas, vou matá-lo — Heimdall vocifera, irado. — Terei enorme prazer de ver a vida deixar seus olhos!

— Não conseguiu fazer isso nem quando estava desacordado. Imagina agora! — debocho, rindo diante de sua face vermelha. — Abre a passagem, o pai tá me esperando!

Heimdall suspira irritado, mas cede o espaço para eu passar. Mesmo sentindo desconforto, dou-lhe as costas ao entrar na sala. Não é momento para desconfianças quanto ao seu comportamento. Sei que, assim que puder, virá com uma adaga para me atacar. Mas não neste dia.

Todos estão à minha espera, num silêncio sereno, apesar da tensão palpável que vibra de Odin.

Olho para todos, evitando mirar nele, não quero ouvir nada nesse momento, ainda mais na presença da maioria dos meus "amados" irmãos, que não perderiam a oportunidade de me encher.

Minha atenção é capturada para a sala ao redor, não costumo vir aqui por motivos óbvios, já que Heimdall raramente libera minha entrada, mas sempre me impressiono pela beleza do local.

A sala é ricamente decorada, construída em altas paredes de pedras brancas e janelas tão amplas que a luz natural adentra o lugar em qualquer horário, iluminando tudo. O teto é todo encantado para parecer o céu, algo que sempre admirei, mas neste instante não. Olhá-lo está me deixando aflito, por conta das diversas constelações, mesmo que a dela já não esteja representada ali.

A raiva que estou sentindo dessa... estrela é tanta que até a beleza do céu me irrita, tive que mudar a decoração do meu quarto, tudo por culpa dela!

Caminho lentamente para o centro da sala, sendo observado pelos demais Deuses, todos com uma curiosidade palpável no olhar.

Ao centro, uma mesa de orvalho com gravuras de runas antigas enfeita o lugar, as cadeiras esculpidas com animais representando cada um dos Deuses presentes. Sob a mesa, no lugar de cada um, os copos com hidromel já nos esperam, mesmo que a reunião não seja uma comemoração. A bebida jamais é dispensada.

Sento-me no meu lugar, sob os olhares atentos dos demais, o que já está me irritando.

— Loki, bom vê-lo saudável — Týr me cumprimenta.

Olho para o guerreiro corpulento de longos cabelos num tom marrom derretido e olhos azul-pálidos, seu semblante tranquilo e sereno em minha direção, como sempre, nunca consigo saber se ele está sendo honesto ou simplesmente agindo como deve agir.

— Tô bem, totalmente curado.

Týr se contenta em sorrir com minha resposta, os demais simplesmente ignoram, olhando atentamente para Odin em busca de orientação.

É por isso que detesto a maioria dos bastardos nessa sala, ninguém realmente se importa comigo!

Filhos da mãe!

— Nem sempre conseguimos nos livrar de uma praga! — Heimdall resmunga ao sentar no seu lugar.

Olho na minha diagonal, vendo seu rosto totalmente rígido pela irritação.

— Embora alguns tentem... nem todos possuem inteligência para se livrar dos rivais — debocho alegremente, apontando em sua direção — Teria cuidado se fosse você, pois eu sei me livrar de alguém inconveniente.

Heimdall ri, elevando a sobrancelha em escárnio.

— Perdeu para uma humana, nem tem moral para me colocar medo! — Heimdall debocha.

Filho de uma bastarda idiota!

Quem ele pensa que é para comparar as situações?

Foi uma luta justa, embora, sim, talvez tenha calculado mal e me precipitado, não deveria tê-la subestimado, mas isso não tem nada a ver com o assunto dele!

Poderia tê-la matado, faria isso no instante em que a visse, mas infelizmente precisava dela viva, por isso ela fez isso comigo!

— Correção! Perdi para uma estrela que tá no corpo de uma humana — resmungo, apontando para ele — E não compare ela a você, Alya é uma guerreira, já você nem conseguiu se livrar de um moribundo!

Os risinhos dos demais ecoam, fazendo as bochechas do espantalho corar, para meu total prazer.

— Você é um estúpido! — Heimdall bate contra a mesa totalmente descontrolado. — Queria que ela tivesse matado você!

Olho sorrindo abertamente em sua direção, ocasionando no aumento da sua fúria.

Vamos, parta para cima, assim tenho a desculpa perfeita para te matar!

Chega! Se escutar suas vozes novamente, irei prendê-los juntos pela eternidade! — a aura de Odin preenche o ambiente, nos calando de imediato.

Prefiro morrer a passar a eternidade junto desse jumento!

— Quero separar todos em missões, então deixem esses sentimentos de lado! — Odin sentencia sério. — Precisamos nos preparar para o caso de tentarem invadir algum dos reinos para nos distrair e assim irem atrás de Rasalhague.

Saco!

Não é como se tivéssemos opções!

— Asgard ficará sob minha responsabilidade — Odin inicia com seriedade, então se volta para Freyr — Você guardará Vanaheim, garanta que nenhum Deus Vanir tente sair para procurar o poder de Rasalhague.

O semblante do guerreiro fica sério, ele se contenta em assentir sem questionar e levanta para cumprir de imediato a ordem.

— Jord cuidará de Jotunheim, ela já está lá junto a Angrboda — Odin continua o discurso.

— QUÊ?

— As duas são Jotuns e são consideradas Deusas, sei que posso confiar na lealdade delas — Odin me olha de canto.

— Sabe que elas se odeiam? — resmungo ansioso, ele apenas arqueia a sobrancelha. — Sério, mamãe tem vontade de matar Angrboda cada vez que ela fala!

— Sua mãe precisa entender que Angrboda é sua consorte, está na hora de acabar com isso! — Odin replica ácido.

Se não aconteceu até agora, não acontece mais!

— Angrboda não é minha consorte! — resmungo irritado.

Odin me olha com desaprovação, e eu ergo as mãos em sinal de rendição.

— Svartalfheim ficará sob controle de Bragi e Alfheim com Frigga.

Ambos assentem, saindo como Freyr, sem nem o questionar.

— Quanto à Hel, ela ficará sob responsabilidade de Niflheim e Helheim.

Olho ansioso para Hel, sentindo um pouco de medo pela primeira vez, não quero que ela se fira.

— Fenrir estará comigo, logo nos vemos — ela anuncia, piscando marota em minha direção.

Isso deveria me deixar mais tranquilo?

Fenrir é irresponsável e ingênuo, ela vai ter trabalho dobrado para se cuidar e ficar de olho nele!

— Agora Muspelheim ficará sob sua responsabilidade, Vidar.

A tensão cresce, e percebo que restam apenas Odin, Thor, Týr, Heimdall e eu na sala.

A missão é minha, ele não está esperando que eles me ajudem?

Isso é assumir que não possuo poderes para combater a estrela, não suportarei ser humilhado assim!

— Pai, não se preocupe, que não falharei, trarei a humana! — Heimdall vocifera alegremente.

O rosto de Odin se ilumina levemente com surpresa.

— Você não vai, ficará em Asgard, tomando conta da Bifrost — Odin anuncia sereno.

O rosto lívido de Heimdall é o que mais me deixa alegre, vê-lo dessa maneira é mais divertido que ganhar qualquer aposta.

— Então mandará Thor ou Týr? — Heimdall balbucia, atordoado.

— Está esperando o que para sair? — Odin pergunta, começando a se irritar. — Não confio num Deus que simplesmente chuta o próprio irmão! Nem ao menos foi guerreiro em lutar contra ele!

Se estou sonhando, não quero ser acordado, esse é o melhor dia da minha vida!

— Essa praga falhou na missão! — Heimdall aponta, irritado.

Filho de uma mulher irritante! Por mais que Frigga me irrite, não consigo chamá-la por nomes impróprios, mesmo que ela mereça por parir esse acéfalo.

Me irrita o que ele fala, pois ele está certo, falhei na missão, não trouxe Alya e quase morri no processo.

— Loki fez exatamente o que esperava dele e não questione minhas decisões — Odin aponta para a porta num pedido mudo.

Eu... fiz?

Não consigo desviar o olhar do pai, mesmo que Heimdall saindo derrotado seja uma visão para apreciar, pois as palavras dele dançam em minha mente como uma brasa no fogo.

Como fiz o que ele queria se quase morri no processo?

ELE QUERIA ME MATAR?

— Thor, quero que vá com Týr para Valhalla e impeça qualquer um dos Deuses de interferir — Odin continua a ordenar.

Týr se levanta sem esperar, enquanto Thor permanece sentado com os olhos voltados para mim.

— Tenta não se matar, preste atenção na luta e não brinque! — ele rosna furioso.

Olho curioso em sua direção, me divertindo com seu semblante preocupado.

— Quer me dar um beijinho de boa sorte? — brinco debochado. — Só aceito se for na testa, como sinal de respeito pelo seu irmão mais velho!

Seu rosto assume a mesma coloração dos seus cabelos, enquanto os raios percorrem seu corpo.

— Estou falando sério! Você é um verdadeiro peso morto e insuportável, quero matá-lo a cada respiração, mas vê-lo daquele jeito foi... irritante demais! — Thor resmunga, saindo sem me dar a chance de responder.

O que aconteceu?

— Ele não saiu do seu lado, o tempo inteiro o verificando, o único instante em que ele ficou longe, Heimdall aprontou, então Thor grudou em você — Odin responde simplesmente.

Ele cuidou de mim o tempo inteiro?

— Como?

— Acha que seu irmão não ama você? — Odin pergunta, curioso.

— Não disse isso...

É só... curioso que ele demonstre esse amor, mesmo que seja da maneira estranha dele.

— Loki, vê-lo daquela maneira o deixou desnorteado. Você é mais velho, Thor sempre teve orgulho de você, mesmo que não demonstre, ele ama você — Odin responde.

Não sei do que ele poderia se orgulhar, só faço merda, enquanto ele é brilhante, até demais.

— Certo...

Odin me olha curioso, mas não acrescenta mais nada.

Não quero psicologia agora, fique assim, por favor!

— Diga como fiz exatamente o que esperava, se perdi e quase morri por isso? — mudo subitamente de assunto.

— Não esperava que vencesse ela, numa batalha os oponentes criam laços, mesmo sem querer, foi o que ocorreu com ambos, agora consegue entrar em Njal sem que seja repelido pela barreira, mesmo que não consiga tirá-la à força de lá.

Olho incrédulo para ele, fazendo-o rir malicioso.

Odin passa a descrever os passos do nosso próximo encontro, cada palavra me deixa abismado, pois não esperava ter algo assim nas mãos. Será um bom trunfo se conseguir usar corretamente, antes falaria que seria fácil, mas agora que a conheço, preciso agir com cautela, ela não é qualquer uma.

O anoitecer sempre foi meu horário favorito, poder vislumbrar o sol dando lugar para a lua e as estrelas brilharem nos céus sempre foi algo que me encantou, assim como ver os olhares apaixonados para os astros.

Deito-me no chão, admirando o céu escurecendo gradualmente e as estrelas brilhando, como a enorme lua cheia, tão brilhante e significativa.

Lindos!

A calmaria em Njal foi bem-vinda após batalhas simultâneas, tanto entre os humanos, como aquela contra o Deus da Mentira, mesmo que não consiga me sentir calma.

Eles não fizeram nenhum movimento, Odin não se manifestou e não ouvi nada sobre Loki. Se ele teria sobrevivido, o que acredito que sim, duvido que os Deuses ficariam quietos se um deles fosse morto, pois veriam isso como uma afronta grave.

Suspiro, exasperada pelo pensamento.

Rana mantém as mãos sob meus cabelos, num carinho constante que amo desde criança.

— Ainda preocupada? — Rana pergunta curiosa.

Não sei mentir para ela, acredito que seja pelo instinto materno, pois ela sempre sabe onde meus pensamentos e sentimentos estão, mesmo que ainda não saiba ao certo o que sinto.

— Eles estão quietos demais — ansiosa, olho para o céu. — Feri um Deus, possivelmente causando sua morte, mas eles não estão aqui.

— Acredita que ele morreu? — Rana, curiosa, me analisa com atenção. — Lutou contra Loki, Deus da Mentira, não é?

— Sim, lutei contra Loki — mantenho o olhar no céu, evitando o seu.— E não acredito que ele esteja morto... ele não morreria assim...

Talvez seja pelos Deuses não estarem aqui vingando sua morte, mas sinto que ele é forte, não acredito que venci pela força, apenas fui mais astuta que ele.

— Talvez eles estejam esperando o momento certo de atacar, são Deuses, mas também são guerreiros — Rana pondera, pensativa.

É possível... Deuses nórdicos são conhecidos por suas guerras lendárias, nas quais eles jamais agem sem preparo, ainda mais com Odin no comando.

— Alya, seu amigo, aquele Deus, não lhe deu nenhuma dica? — Rana olha curiosa para o céu.

As estrelas continuam as mesmas, apesar de a minha antiga constelação estar destruída e por isso não aparecer mais no céu. Nem mesmo a lua me dá alguma dica, está como sempre esteve, linda e brilhante.

— Não, mas também não pedi para que ele falasse algo. Máni já se meteu demais, não posso deixar que ele sofra por isso — admito num sussurro.

Ao menos, ver a lua me deixa mais tranquila, pois significa que Máni está vivo, mesmo que sob alguma punição.

— Precisa parar de sentir culpa, o passado não pode ser mudado, apenas siga em frente — Rana murmura.

Infelizmente, isso é mais fácil falar do que fazer, principalmente por ter tantas vidas sob minha responsabilidade.

— Eu sei, mas não consi...

O vento repentinamente fica frio, me calando, como se estivesse serpenteando à nossa volta, sobressalto, olhando freneticamente ao redor, à procura de algo estranho que possa explicar a mudança climática tão rápida.

Um riso divertido ecoa, arrepiando cada parte do meu corpo. Encostado há uns metros, quase na entrada da floresta que cerca minha casa, está ele.

Loki sorri estupidamente em nossa direção, como se estivesse se divertindo, ou até mesmo escutando nossa conversa, o que de fato é provável que esteja.

— Estrelinha, tá preocupada comigo? — a voz dele ecoa mais rouca e intensa que a última vez que o vi.

Reviro os olhos diante da pergunta estúpida.

— Não, estou mais preocupada com o silêncio de vocês, não gosto de esperar pela batalha — respondo ácida.

Seu semblante muda na hora, quase retirando um sorriso dos meus lábios.

— Deveria! Me ferrou todo, quase morri! — ele rosna indignado.

— Você se meteu onde não devia, a culpa não é minha! — dou de ombros com desdém.

Loki ri, negando em um balançar suave que fez seus cabelos voarem com o vento.

— Sou um Deus, meu lugar é em todos os reinos que desejar! — ele sorriu animado, apontando para mim — Você quem tá no lugar errado, mas isso será corrigido.

— Você, como um salvador benevolente dos Deuses, está aqui para aplicar sua punição? — resmungo ácida.

— Sim... vou aplicar diversas... ah... punições — seus olhos brilham entre malícia e irritação — Tô tão puto com você que nem sei por onde começar.

Gargalho, fazendo-o enrugar a testa, emburrado.

— Tomatinho azul, você ferrou com minhas costelas, perfurou meus pulmões e danificou minhas vértebras — ele enumera, apontando irritado em minha direção. — Demonstre empatia, pois a recuperação foi dolorosa e ainda fui torturado depois, não me deixaram em paz!

— Deveria sentir pena de você? — olho serenamente para ele. — Nós lutamos e levei a melhor, o que fizeram com você em Asgard não é minha culpa.

Os olhos dele brilham maliciosos.

— Gosto desse seu humor de merda, mas sei que é só fachada, vi seu rostinho triste ao falar com sua mãe humana sobre mim, seu coração é bondoso demais para não sentir nada — ele retruca risonho.

— Acredito que esteja com problemas de audição! Minha única preocupação era a reação de Odin à sua morte, mesmo que saiba que ele não dá a mínima para você, ainda é um Deus e estava em missão. Logicamente, ele viria com tudo contra mim — respondo travessa.

— Que bela vadia você é, magoou meu coração! — ele retruca numa careta ridícula ao tocar o peito.

— Você não tem coração — aponto debochada.

Algo ascende em seu olhar, um sentimento totalmente diferente de tudo que já vi, os olhos roxos deslizam ao longo do meu corpo, como uma carícia estranha e um pouco inacreditável vinda dele.

O que está acontecendo?

Sua postura está mais relaxada e a aura brilha em êxtase. Ele não demonstrou nada além de satisfação, como se estivesse orgulhoso de estar aqui.

Estar aqui o deixou... alegre?

NÃO! Como me distraí fácil com sua presença ao ponto de esquecer que ele não deveria estar aqui dentro?

— Espera! Como entrou na barreira?

Olho em choque ao redor, procurando pelos demais, mas Loki está sozinho, aparentemente ao menos.

— Tomatinho, é uma história engraçada, mas quando me feriu, digamos que nossas almas se conectaram, sabe quando dois guerreiros lutam, eles se conectam, uma baboseira, mas por conta disso posso entrar — ele respondeu orgulhoso. — Enquanto estiver aqui, meu passe é livre!

PASSE LIVRE?

NÃO!

O sorriso dele se alarga diante da minha face incrédula.

Preciso confessar que não pensei nisso, até porque meu ataque foi para matá-lo e não esperava vê-lo tão cedo, mesmo que esperasse que ele sobrevivesse e viesse atrás de mim para se vingar, afinal, feri seu ego e ele jamais perdoaria isso.

Contudo, não consigo relaxar diante da perspectiva dele poder entrar aqui a hora que bem entender, não confio nas suas intenções, ele é imprevisível e traiçoeiro, sua presença traz sentimentos um pouco caóticos, pois preciso admitir que tê-lo aqui me deixa ansiosa, não sei o que esperar de suas ações e isso me deixa maluca.

Embora saiba de tudo isso, ainda assim, um pequeno sentimento de respeito surge, pois o olhar superior dele sumiu, ele agora me reconhece como oponente digna, afinal, quase o matei.

Mas o povo de Njal estará em perigo com ele aqui!

Droga! Quantos estão em suas mãos?

— Quem você pegou de refém? — pergunto ansiosa.

Qual caos ele ocasionou aqui sem que eu percebesse?

— Relaxa! Tô a observando há um tempo, não farei nada aqui, mas sabe que precisamos lutar, então, se não quiser que os inocentes morram, me siga — ele anuncia, dando as costas, me olhando por entre os ombros — Melhor se despedir da sua mãe, depois dessa luta, estará de joelhos perante a mim, quando for sacrificada, serei eu quem a matará, pois preciso lembrá-la de que mexeu com um Deus e não pouparei ninguém que me trate menos que isso.

— Loki!

Observo as costas largas do Deus, somente agora me dando conta do quão alto ele é. Sua aura esmagadora começa a cobrir a área, me dando a clara visão do quão furioso ele realmente está comigo.

— Não menti, tô realmente feliz em estar aqui, mas o motivo é bem simples: vou acabar com você. Sinto muito que suas decisões a fizeram entrar no meu caminho, mas esmago qualquer um que me enfrente e com você não será diferente! — ele rosna completamente irritado. — Tem meia hora para me seguir, se fosse você seria rápida, não gosto de esperar, sinta-se honrada de ter uma despedida decente com sua mãe humana.

Observo o portal sendo criado em sua frente e Loki sumindo de imediato, ele fica aberto à minha espera.

Loki pode entrar aqui, mas ainda não consegue me levar à força, ao menos isso tenho a meu favor.

— Filha, por favor, não pode ir! — Rana se joga nos meus braços, me deixando aflita.

Esqueci da sua presença, mas sei o quão angustiada ela ficou desde o momento em que o viu ali, agora está vislumbrando a perspectiva de me ver lutar novamente contra ele.

— Usarei meus poderes para proteger todos, não deixarei que ele toque em ninguém — murmuro decidida.

— Alya, quanto a você?

— Mesmo que vença ele, Loki pode usá-los para me forçar a sair. Se ele não fez isso, é porque planeja algo e é provável que dê certo. Não vou facilitar, farei com que ele perca novamente, mesmo que precise matá-lo.

Sei que Loki tem algum trunfo, se ele pode entrar aqui, pode tocar em qualquer um, mas preferiu lutar novamente contra mim, então significa que tem algo mais certo que pegar um refém. Ele pode acreditar que eu sacrificaria os humanos apenas para não segui-lo.

— Alya!

Suspiro, apertando o abraço, sei que estou fazendo ela sofrer, mas não posso fugir das minhas responsabilidades, prometi que cuidaria de todos e farei isso.

— Mamãe, confie em mim, não morrerei, ao menos não essa noite!

Cosmos, escute meu chamado, todas as estrelas estão sob minha ordem, cada pessoa de Njal estará protegida, nenhum Deus conseguirá tocá-los, até essa barreira cair, os humanos não podem ser feridos.

Os soluços dela aumentam, firmando minhas decisões, pois não posso deixá-la, então lutarei para estar ao seu lado, esse é meu dever!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro