Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

07 - A trapaça é uma escolha?

A história do castigo de Loki foi adaptado para encaixar melhor na história.

Contém 3410 palavras.

Boa leitura 💚

┯━━━━━▧▣▧━━━━━┯

┷━━━━━▧▣▧━━━━━┷

O anoitecer sempre ilumina meu quarto com o esplendor dos corpos celestes. Amo ver o contraste das luzes e a aurora boreal dançando em harmonia pelo local, mas esse é o período em que tudo perde a graça. Logicamente, todos esqueceram que dia é hoje, não é como se lembrassem nos anos anteriores, até porque faz milênios do ocorrido, mesmo assim para mim ainda é recente.

A dor da perda é algo que não imaginei sentir, principalmente pela culpa crescente que me tortura desde o início, pois sei que ninguém é culpado além de mim. Eles estariam aqui se não fosse pela brincadeira estúpida, até mesmo Sigyn, por mais que não a amasse como deveria, sei que não lhe dei o mínimo de atenção que ela merecia, além de ser também o culpado da sua maior dor e da sua morte.

Minha união com Sigyn foi simplesmente isso, um contrato que era o certo a seguir, sequer senti algo por ela além de uma amizade, confesso que a magoei mais do que gosto de admitir, pois não me mantive fiel, um contraste absurdo com ela, a Deusa da Fidelidade.

A machuquei dia após dia, tanto ao me unir com outras, até o momento em que tomei Angrboda como minha "segunda esposa", um posto simbólico para uma amante fixa. Vivíamos harmonicamente, mesmo com a dor de Sigyn, essa aplacou quando ela teve mais pessoas para amar além de mim.

Quando Sigyn me disse sobre nossos filhos, senti como se um meteoro caísse sobre mim, não foi medo que se apossou do meu ser, foi pavor mesmo.

Sei nem cuidar de mim, não possuo responsabilidade nenhuma, como vou viver com meus filhos?

Então eles nasceram, ambos com os cabelos loiros quase brancos de Sigyn, os olhos num amarelo puro como ouro, iguais aos dela, uma completa harmonia que somente lembrava ela.

Talvez houvesse um ser superior aos deuses que não permitiu essas crianças terem algo de mim!

Os amei profundamente, mesmo não sabendo lidar com os sentimentos complexos que vinham da paternidade.

Mas como ser um bom pai se meu próprio pai nunca ligou para mim?

Odin sempre me tratou como se eu fosse uma espécie de praga da qual ele não consegue se livrar, então, por muito tempo, agi como uma, sendo exatamente o caos que todos esperam.

Então mais três filhos vieram, dessa vez da união com Angrboda. Diferente dos primeiros, esses eram... excêntricos.

Claro, normal ter um filho Lobo que cresce absurdamente ao longo de sua vida, uma Serpente que tem o mesmo pico de crescimento, jogada no mar onde ela circula toda Midgard, tanto que morde a própria cauda, isso sem falar da Hel, uma Deusa que metade do seu corpo está em decomposição.

Não que sinta nojo deles, pelo contrário, também os amo, da minha maneira, mas foi difícil vê-los serem tratados como o começo do fim dos tempos e serem marginalizados.

É de se esperar que, possuindo cinco filhos, deveria ter criado um pouco de juízo...

Infelizmente, ocorreu ao contrário, mesmo agindo de acordo com o que Odin queria, permitindo que ele prendesse Hel em Helheim, Jomungandr no mar e prendendo o Fenrir, meu pai ainda me tratava como uma doença a ser erradicada, então passei a odiar todos os seus filhos, salvo Thor, apenas por compartilharmos a mesma mãe, pois é impossível não amar nada que Jord faça.

Foi isso que me cegou, o ódio e o ciúme. Por ver Baldur ser tão amado, me senti excluído. Esse sentimento apenas cresceu ao ver o pai e Frigga percorrendo todos os nove mundos apenas para que todos os seres existentes não machucassem Baldur, pois o mesmo começou a ter sonhos com sua morte. Obviamente, todos concordaram em não machucá-lo, apenas uma não foi perguntada, o mais inofensivo deles, e usei essa informação ao meu favor.

Uma noite em que todos estavam em festa, os idiotas começaram uma brincadeira totalmente estúpida de atirar objetos em Baldur, pois, como ele não poderia ser ferido, nada o acertaria. Analisei toda aquela cena com extremo nojo, tanto da comemoração como da arrogância deles. Sem que soubessem, fiz uma lança com a planta visgo, a única que não se comprometeu a não machucar Baldur.

O único presente que não participava da brincadeira estúpida era Hoder, o irmão gêmeo de Baldur. Apenas por ser cego, me aproximei sorrateiramente dele e o questionei o motivo. Quando ele disse que não saberia para onde apontar, apenas lhe dei a lança de visgo e apontei na direção em que Baldur estava, então ele caiu morto pelas mãos de Hoder.

Esse foi apenas o começo do meu caos, todos ficaram despedaçados com o ocorrido, o próprio pai foi até Helheim pedir para que Hel devolvesse Baldur, ela concordou, mas somente se todos chorássemos por ele, o que me recusei a fazer.

Com isso, o pai descobriu toda a minha trama e se vingou. Primeiro, transformou meu filho Váli numa fera e o fez matar o irmão Narvi em minha frente. Seu sangue foi usado para me prender por eras, fui torturado dia após dia, mas nada era maior que a tortura da minha mente.

Meus filhos mortos...

Mesmo assim, Sigyn permaneceu ao meu lado até o castigo acabar, mas ela já não era a mesma, definhou até a morte, aumentando minha culpa.

O barulho alto do meu soluço ecoa pelo quarto, me tirando de meus pensamentos, os mesmos que me perseguem todos os dias, principalmente no aniversário da morte deles.

Levanto de supetão, partindo para a tão conhecida Helheim, sei que ela já está à minha espera, pois não deixo de ir nesse dia, mesmo que não possa vê-los.

Helheim é um reino de extrema frieza, coberto de gelo e neve. Em outras ocasiões, não gosto de estar aqui, mas essa é especial, por isso forço meu corpo a suportar a onda de frio emanada dela. A escuridão não deixa enxergar um palmo, pois o céu está sempre cinza e sombrio, sem nenhuma iluminação, não que seja necessário, já que conheço tão bem o lugar que posso ir de olhos fechados, mesmo que a densa aura sombria deixe tudo mais difícil, assim como os terrenos inóspitos, com vales profundos, montanhas geladas e chão irregular.

Tremo ao sentir os ventos gelados trazendo a brisa das águas fluentes dos rios, onde seus gelos são tão enormes que mais parecem icebergs. Como se não bastasse, ainda existem os súditos de Hel, que vagam pelo lugar, nada mais que fantasmas, onde a maioria não gosta de minha presença.

Como se não tivesse acostumado a ser indesejado!

Ao centro de Helheim está o palácio de Éljúðnir, onde não somente fica a morada de Hel, como também é onde ela recebe as almas dos mortos. Ele é de uma estrutura imponente, feito a partir de gelo e pedra, as paredes são altas e grossas, sempre cobertas pela neve, além de ser cercado por uma densa névoa fria.

Hel é a Deusa dos Mortos, parece mais a do Gelo, será que ela não pode aquecer um pouco essa merda?

Suspiro irritado, parando rente à entrada, marcada pelo limiar Fallandaforað, onde jaz a armadilha mais perigosa, um portão de ferro forjado com espinhos de gelo. Ao tocar, se não for morto instantaneamente, desperta o Garmr, o cão de guarda de Hel, um enorme cachorro manchado de sangue que desperta os maiores pesadelos em quem o olha.

O pulguento enorme e feroz possui um pelo tão negro que fica camuflado em meio à escuridão do portão, somente seus olhos brilhantes são vistos. Ele defende a entrada dos intrusos, apesar de me reconhecer, sempre tenta infligir meus piores pesadelos.

Passo por ele rapidamente, sem necessidade de prolongar nosso contato, hoje não é um dia em que quero perder tempo.

O interior do castelo é feito de extensos corredores, iluminados por uma luz tão fraca que sempre me irrita, apesar de achá-la bonita contra o gelo, mas estou sem paciência para observar tudo.

Suspiro, irritado com o som irritante das gotas d'água congeladas caindo sob o chão de gelo, criando uma atmosfera mais sombria para o local.

Preciso comprar um aquecedor para essa menina, não é possível viver nesse frio!

Finalmente chego ao seu salão principal, logo capto o olhar brincalhão de Hel, sentada enrolada num enorme cobertor de pele, sob a cama feita de madeira negra, com ossos esculpidos e ao redor runas antigas de proteção.

— Papai, sempre reclama do frio, mas nunca vem diretamente para meus aposentos, mesmo sabendo que pode. — Hel sorri, fechando os olhos em fendas em minha direção, apontando para a poltrona ao lado de sua cama. — Sei que gosta de se punir, mas descanse um pouco.

Reviro os olhos diante da alfinetada, sem humor para contrariá-la, ainda mais por saber que ela está certa.

Sento-me sob seu olhar atento.

— Você me parece bem, tá lendo agora? — olho curioso para o livro, casualmente ao seu lado.

Hel ergue a sobrancelha sem entender, os olhos brancos totalmente incrédulos em minha direção.

— Um pai pode querer saber da sua filha às vezes! — resmungo, fazendo-a rir.

— Claro, se está tão interessado no que faço... — ela murmura, segurando o pequeno livro de capa vermelha com letras elegantes em dourado — É um livro de poesias.

Analiso o rosto dela levemente corado, bastante evidente dado ao fato dela ser branca como papel, os cabelos brancos enfeitados com uma trança lateral e pequenas flores ao longo dele.

— Tá arrumada demais, existe algo que deva saber? — pergunto com a voz levemente áspera.

As bochechas de Hel intensificam a cor, me deixando completamente sem ação.

Ah, não! Por tudo que é sagrado, não me diga que ela está com alguém!

Sou novo demais para suportar algo assim, se ela se envolver e tiver crianças, vou ser... AVÔ?

NÃO!

MAS NEM MORTO!

— Hel, deveria focar seu tempo em outras coisas... sabe... não em besteira! — balbucio nervoso.

O riso frio dela ecoou, aumentando minha carranca.

— Estou sonhando! Loki, Deus da Trapaça, aquele que transa com qualquer coisa, LITERALMENTE, está me dizendo que não posso transar? — Hel pergunta, marota, rindo ao apontar em minha direção. — Pode ser meu pai, mas não é da sua conta se estou fodendo ou não.

Arregalo os olhos, chocado diante do vocabulário.

Porra! Quem ensinou essa menina a ser boca suja?

— Ao menos se proteja, ainda tô na adolescência, não posso passar para terceira fase! — resmungo.

— Terceira fase? — ela gargalha, me fazendo bufar — A palavra é avô!

— Hel!

O riso dela ecoa no recinto, me deixando totalmente desconfortável enquanto a idiota ria à toa.

— Relaxa, não pretendo ter filhos tão cedo — ela pisca marota em minha direção.

— Ótimo!

— Deveria transar mais, está com um nível alto de rabugice! — Hel retruca, debochando.

Olho sacana em resposta.

— Se transar mais, viro um coelho!

— Que nojo! — Hel assume um semblante enojado.

Sorri, me sentindo leve pela primeira vez naquele dia.

Apesar de os motivos da minha visita serem totalmente tomados pela culpa e nostalgia, me faz bem vê-la. Hel sempre consegue me animar de alguma forma, mesmo que sinta meu coração pesado.

Quando essa culpa vai embora?

Se pudesse ao menos pedir perdão, eles mereciam mais, não posso nem ao menos vê-los, mesmo estando aqui.

— Eles estão bem, Narvi está sempre sorrindo na companhia de Sigyn, agora ambos estão na ala leste, tomando o melhor hidromel — Hel murmura docemente.

Olho para a parede, como se pudesse vê-los nessa distância. Embora saiba que é impossível, ainda é um alento saber que estão bem.

— Váli, ele ainda é... ainda tá sem consciência? — olho ansioso para Hel.

Ela devolve um olhar amoroso e compreensivo, mesmo que não mereça.

— Pai, não quero acabar com sua esperança, mas ele não vai voltar, sua consciência se foi para sempre, hoje ele é apenas uma fera que matará qualquer um que cruzar seu caminho. É diferente de Fenrir, que nasceu lobo. Váli é um monstro sem sentimentos — Hel responde com pesar.

Por mais que tente negar, admito que tinha esperanças, mesmo que mínimas.

— Sei que ele nunca deixará de ser uma fera, mas queria ao menos que ele fosse livre — confesso num sussurro.

Hel morde os lábios de forma nervosa, evitando me olhar.

— Acho que é melhor ele manter a consciência de fera e estar em Niflheim, pois se ele lembrar de quem era, vai enlouquecer ao saber que matou Narvi — Hel sussurra cuidadosamente.

Ela está certa, mesmo que ele não mereça viver como fera, é melhor que passar a vida levando uma culpa que não é dele.

Conheço esse sentimento, ao menos sei que a culpa foi de fato minha, mas ele não, apenas está pagando pelos meus pecados, como forma de punição.

— Por que não fica aqui essa noite? Posso ler para você, que tal? — a voz de Hel chama a minha atenção.

Olho curioso, vendo-a se afastar levemente e bater contra a cama, num gesto amistoso.

Sorri, pulando ao seu lado.

— Sem poemas, vou morrer de tédio! — resmungo, fazendo-a rir.

— Romance ou terror? — ela pergunta, divertida.

Agora ela quer me torturar!

— Não tem nenhuma aventura aí? — resmungo, contrariado.

— Não!

— Me lembre de comprar livros para você, seus gostos são duvidosos! — resmungo, deitando ao seu lado, com o rosto contra seu ombro para ver os livros em seu colo — Além de um aquecedor, esse lugar é um cubo de gelo!

Hel ri e pega um livro de romance brega, um daqueles que me fazem dormir na primeira linha, mas talvez seja bom, pois não durmo bem há dias.

O leve ressonar de Hel me acorda, o corpo gelado agarrado ao meu como uma garotinha me faz sorrir verdadeiramente, pois embora não demonstre, por mais adulta que ela seja, ainda é minha menininha.

Saio da cama evitando movimentos bruscos, pois ela dorme tão lindamente que é até pecado acordá-la.

— Você foge na madrugada apenas para não fazer o café da manhã? — Hel resmunga, abraçando o travesseiro onde eu estava há alguns segundos.

Sorri, beijando sua testa.

— Na verdade, não durmo com ninguém, odeio me sentir preso — retruco bem-humorado.

— Sorte ser sua filha, então! — ela replica, sonolenta.

— A única mulher da minha vida! — respondo honestamente.

Hel abre um dos olhos, completamente atônita, e então ri.

— Se a mamãe escuta isso, você está morto! — Hel brinca animada.

Sorri verdadeiramente.

— Sua mãe sabe do nosso real arranjo — pisco maroto.

— Que nojo!

Ri do seu semblante atônito.

— Volte a dormir, pirralha, talvez no final da semana volte para uma visita — sorri diante de seu semblante sonolento — Escolha uma história mais empolgante!

— É só trazer os livros que prometeu! — Hel resmunga, voltando a dormir.

Olho pela última vez em sua direção, antes de usar meus poderes para voltar para casa.

O mau-humor me abraça no instante em que abro os olhos, sentindo meu corpo levitar e ser arrastado pelo quarto como se eu fosse um objeto.

Heimdall não tem capacidade mental de raciocínio, somente isso explica essa implicância!

Custa me chamar como alguém normal?

O tempo em Helheim é diferente de Asgard, logo fui dormir de madrugada, não tive mais que duas horas de sono, antes de voltar para casa e realmente dormir feito pedra. Logicamente, não vi o chamado do pai, embora, sendo honesto, mesmo que visse, não iria, não naquele horário.

Quando fui para Helheim era manhã, obviamente, na minha autopunição, levei o dia inteiro para chegar até o palácio de Éljúðnir, então perdi o primeiro chamado dele, mesmo que sentisse um leve tremor no local, mas atribui à natureza contida ali, que não é incomum.

Logo os Deuses se reuniram quase ao amanhecer de Asgard, onde cheguei e fui dormir o sono dos justos, ignorando total o chamado dele, mas como vingança, o pai resolveu mandar Heimdall para me acordar.

O retardado quebrou meu quarto, não bastava me tirar de um sono maravilhoso, me irritou até eu explodir, somente para ter a desculpa de bater em mim, além de estragar meu jardim!

De tudo que Heimdall poderia fazer para me atingir, estragar as rosas que contêm as cinzas de Narvi e Sigyn foi a pior, pois Heimdall sabe o quanto elas significam para mim e mesmo assim usou seus poderes para devastar o lugar.

Deveria tê-lo matado ali, mesmo que isso me levasse à morte!

Meu semblante deve demonstrar todo meu humor de merda, pois Thor passa a me olhar com uma cautela um pouco irritante demais.

— Melhore essa cara, se o pai o vir assim, a briga será pior — Thor sussurra amistoso.

Como se me importasse com isso!

— O que é tão urgente para nos tirar da cama logo cedo? — resmungo, olhando-o de canto.

Ele dá de ombros sem responder.

Que maravilha, o velho ainda faz mistério!

O poço está parcialmente destruído, mas não contém os Deuses que Thor mencionou, apenas a mamãe, Frigga e Týr, esse parece estar aqui apenas para impedir que ambas se matem.

— Já podem comemorar, que o melhor da festa chegou! — minha voz ecoa brincalhona, fazendo Frigga pular pelo susto.

Quase ri do seu semblante indignado em minha direção, pois ela certamente deve estar irada por ter visto seu querido Heimdall ferido.

Bem feito! O bastardo deveria estar morto, ela que me agradeça por ser benevolente!

Os cabelos ruivos da mamãe serpenteiam meu rosto como uma cortina, enquanto ela pula sobre mim, me abraçando tão calorosamente que me deixa atônito por alguns instantes, até responder seu carinho.

— Está ferido, aquele idiota bateu em você! — ela sussurra quase inaudível apenas para eu escutar.

Aperto mais seu abraço, me sentindo um pouco trêmulo pelo carinho.

— Meu filho, sei que está um caos nesse coração, ontem foi um dia triste, entendo o motivo da sua demora para vir, Heimdall não respeitou, não é? — ela pergunta chorosa.

Por mais raiva que sinto de Heimdall, não posso dizer que ele simplesmente destruiu aquelas rosas, não para a mamãe, ela vai tomar minhas dores e isso não dará boa coisa. Tudo que não quero é ela brigando com Heimdall ou Frigga e sendo punida por isso, não suportaria perdê-la, pois o pai não a perdoará se ela encostar neles.

Analisando meu silêncio de forma ameaçadora, seu olhar se voltou para Thor, que sabiamente desviou os olhos para longe dela, pois ele também pensou o mesmo que eu: evitar isso.

Mesmo assim, leva apenas alguns instantes até ela conseguir captar os pensamentos de Thor através de seus poderes.

Ela se vira irada para Frigga.

— Sua grande idiota! Chamou meu filho de sem classe, mas foi o seu quem entrou feito um bárbaro no quarto de Loki, destruindo tudo, forçando-o a lutar contra ele e ainda destruiu suas rosas azuis! — Jord aponta irada para Frigga.

Frigga assume um semblante irado, quase pulando sobre a mamãe, se não fosse o braço de Týr impedi-la.

Tomo a frente da mamãe, tapando sua visão da Deusa.

— Cadê o pai? — pergunto para distraí-la.

Seus olhos verde-escuros apenas faíscam em raiva, sabendo o que estou fazendo, mas ainda assim cedem, suspirando ao segurar meu rosto com cautela.

— O conselho de Valhalla o chamou, logo estará aqui, então melhor que o espere como um bom menino — ela pisca marota sobre meu semblante indignado.

Esse dia só melhora.

CINCO MALDITAS HORAS!

Ele acha que não tenho nada melhor para fazer além de ficar aqui esperando feito um cachorro adestrado?

— Precisa aprender a ter paciência, logo ele estará aqui — Jord murmura brincalhona.

— O dia em que Loki tiver paciência, o mundo explode! — Thor retruca debochado.

Suspiro pesadamente, tentando me controlar, mas a vontade de mandá-lo à merda é grande.

O som dos passos pesados do pai me faz pular ansioso, olhando freneticamente em sua direção.

Seu semblante está mais irritado que o costume, não me dando clara visão do acontecido, mas me deixando ainda mais ansioso, pois agora sei o quanto isso será uma merda.

— Frigga, vá com Týr até o Heimdall, quero que cubram os nove reinos e evitem a presença de qualquer outro Deus, principalmente o fofoqueiro do Hermes! — Odin ordena irritado.

Ambos assentem, partindo de imediato.

— O que foi de tão grave para irritá-lo? — chamo sua atenção para mim.

Os olhos profundos e amarelos me miram com tanta seriedade que todos os meus pecados passaram na minha mente.

Fiz algo errado?

Certo que não faço nada certo, mas não matei ninguém nas últimas semanas, então para que essa raiva?

— Melhor sentar, a história é longa — ele admite, convocando seu trono e cadeiras para sentarmos.

Seu discurso começou monótono, mas à medida que a história foi se desenvolvendo, meu interesse aumentou drasticamente.

A PORRA DO RAGNARÖK?

— O que vai fazer? — Thor pergunta atônito.

— Os poderes dela são bem intensos, de estrela e ela também está adquirindo alguns de Helheim, não sei até que ponto, mas ela consegue ver a verdade, ninguém mente para ela, não podemos tirá-la a força de Njal, pois se ela sair, todos lá vão morrer e ela agora é uma humana e vai querer proteger os humanos. Ela também tem uma longevidade, talvez imortal, não sei ainda, mas o que sei é que ninguém pode ir até lá e que ela não virá de bom grado — Odin admite irritado.

— Seu plano é deixá-la quieta? — olho incrédulo para ele.

Os humanos estão desafiando nossos poderes e ele quer deixá-los livres?

— Loki!

Seu olhar incrédulo me faz bufar.

— Loki está certo na irritação, por muito menos você já matou, eles vivem cometendo atos podres, mas nunca mexeram com a morte e destino, isso é algo de extrema punição! — Thor responde energeticamente.

— Sei disso, mas precisamos de uma arma eficaz, um Deus que minta como ninguém! — Odin retruca, irritado.

— Exatamente! Precisamos de alguém malicioso, tão podre que ela não vai conseguir distinguir se ele fala a verdade ou não! — concordo animado antes de ver seu olhar óbvio em minha direção, suspiro já sentindo a sentença — E me ferrei agora!

Entre todas as qualidades de guerreiro que possuo, meu pai me escolhe por ter a alma maliciosa e podre.

Depois, fico revoltado e ele acha que estou exagerando!

Mas tudo bem, se ele quer a humana numa bandeja, a trarei com imenso prazer!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro