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05 - Consequências

Capítulo contém 3360 palavras.

Boa leitura 💚

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O semblante triste de Máni foi a última coisa que vi antes de apagar pelas próximas horas, pois o cansaço extremo que tomou meu corpo pareceu me tirar toda a energia que restava, não somente o físico ocasionado pelo uso dos meus poderes, mas também o emocional pelas intensas emoções vividas neste dia.

Assim que abri os olhos, observo Ralf sentado na cadeira, o corpo grande nesse assento que para ele é minúsculo, com a cabeça levemente pendendo para o lado, adormecido após cuidar de mim, não sei se pelos sentimentos que possuía antes de saber de tudo ou por medo de que eu fizesse algo.

Mesmo assim, gosto de saber que ele está por perto, não que precisasse ser protegida, mas me sinto querida, mesmo que seus motivos sejam somente pelo medo, ainda é melhor que nada.

Muitas coisas vão mudar a partir desse momento, preciso me acostumar com tudo isso, principalmente a maneira como as pessoas me tratam. Os desconhecidos agirão como se eu fosse uma Deusa, exigindo coisas que certamente não posso lhes dar, isso sem contar no fato de outros, além de Njal, descobrindo sobre meus poderes, vão certamente me querer a todo custo.

Agora, os que sabem sobre o real acontecido precisarão se acostumar, perceber que, apesar da descoberta, sou a mesma que sempre fui. Claro que para Ralf e Leif será mais fácil do que para a mamãe, para ela é como se eu tivesse usurpado o lugar de sua filha, o que não deixa de ser verdade.

Olho ansiosa para a janela, notando o leve brilho do luar. Pelo visto, não dormi mais que algumas horas, pois ainda é cedo.

Não vi mais a mamãe... Rana, não posso mais chamá-la dessa maneira, preciso me acostumar, afinal, é como ela prefere agora. No momento, é necessário respeitar seus limites, mesmo que me doa agir como se ela não fosse nada.

Como será viver sozinha após tantos anos ao lado dela?

Nunca tive medo antes, pois desde o momento de minha criação vivi sozinha, apenas observando o restante surgir. Mesmo após Máni nascer, ainda continuei sozinha em minha morada. Claro que o visitava ocasionalmente, assim como ele fazia comigo, além de ter minhas responsabilidades, porém ainda estava só e de certa forma estava acostumada com isso, mas agora a perspectiva de ficar em casa sem escutar a voz de Rana é assustadora.

Preciso me acostumar a estar sozinha novamente, pois isso são apenas as consequências dos meus atos.

— Vejo que está acordada, conseguiu descansar? — a voz grossa de Ralf ecoa no recinto, me chamando a atenção.

Os olhos escuros do loiro estão nos meus, com o brilho exatamente igual ao de antes da descoberta.

Ele não tem medo de mim?

Ainda sou a mesma que ele sempre conheceu?

— Está se sentindo bem? — ele pergunta, me fazendo olhá-lo confusa, então ele sorri, esclarecendo. — Você está fazendo caretas.

Não contenho o riso assim como ele, tal qual quando éramos crianças.

Às vezes esqueço que crescemos juntos, ele é o que chamam aqui de meu irmão de leite, pois ambos fomos amamentados por Rana, mas sei que os sentimentos dele por mim nunca foram de irmão, infelizmente nunca pude retribuí-lo, pois não sinto nada além do mesmo carinho que possuo por Máni.

Nem ao menos sei se consigo sentir o amor que os humanos sentem, talvez consiga, mas não é minha prioridade no momento.

— Não está com medo? — a pergunta escapa antes que consiga contê-la.

Ralf se endireita na cadeira, mexendo nos cabelos de forma distraída enquanto busca pensar na pergunta.

Essa é uma das coisas de que mais gosto nele, sua incapacidade de mentir, embora reconheça a verdade nos corações das pessoas. Admiro quem pensa em todas as consequências de seus atos e ele é assim, um homem que analisa criteriosamente o cenário, buscando as melhores palavras, mas para mim nunca escolhendo a mentira.

— Não exatamente, confesso que toda essa história é absurda e um pouco assustadora, mas quando olho para você, somente vejo a menina de estranhos cabelos azuis manejando um machado de maneira tão errada que a minha cicatriz dói até hoje — ele confessa, segurando o ombro de maneira dramática.

A careta em meu rosto é automática diante da lembrança, tínhamos dez anos e Ralf, que já estava aprendendo a usar armas, decidiu me treinar. Escolhi um machado que pertenceu a meu pai, Magnar, para ser minha arma. Lógico que o loiro já sabia manejá-lo com perfeição, ao contrário de mim que, na minha arrogância, tentei manobrá-lo como fazia com minha arma de luz, mas infelizmente o machado virou violentamente. Ralf agiu tão rápido, me empurrando no chão e tomando o golpe no ombro em meu lugar.

Bela guerreira! Quase me matei com minha própria arma!

Senti tanta culpa por vê-lo ferido, o machado fez um corte profundo do ombro até o peito, hoje ficando uma enorme cicatriz diante do peitoral avantajado dele.

Essa foi a primeira vez que Rana me colocou de castigo, mesmo que soubesse que de fato não foi minha intenção machucá-lo. O castigo foi mais para que eu aprendesse a ter ciência das minhas atitudes e como elas poderiam gerar consequências desastrosas. No caso de Ralf, foi uma sorte não o ter ferido mortalmente, apesar de o corte ser feio e uma quantidade absurda de sangue fluir, tanto que Rana quase enlouqueceu quando o viu, pois o considera como um filho.

— Não quis machucá-lo! — resmungo, contrariada.

Uma atitude tão mimada que não era minha antes de vir a Midgard, como se fosse uma característica externa, ou talvez da humana a quem esse corpo pertence.

Será que mais de minha personalidade pertence à filha verdadeira de Rana?

Nunca sequer notei a diferença, pois para mim apenas estou agindo como uma humana, não me passou pela cabeça que essas características e sentimentos viessem dela.

— Imagina se quisesse me machucar, teria morrido! — ele retruca risonho.

— Idiota!

Reviro os olhos diante de seu riso leve.

Os olhos escuros de Ralf brilham em um tom brincalhão, me deixando mais leve, como ele sempre consegue fazer. Neste instante, percebo algo que não notei antes: ele é parecido com Máni, por isso o sinto como se fosse de fato um irmão para mim, sempre deixando o ambiente mais leve com sua personalidade encantadora.

Ralf tosse levemente, buscando claramente mudar de assunto.

— Alya... você é você ou é essa Serpens? — Ralf pergunta sério agora.

Horas antes, não saberia respondê-lo, pois tudo ainda está confuso, mas cada instante que passa percebo que não tem o que pensar, a resposta está clara em minha mente.

Certo, mas como explicar sem traumatizá-lo?

— Vamos dizer que sou uma espécie de reencarnação, era uma estrela e vim para Midgard, tomando o corpo de um bebê humano que estava morto — respondo séria.

Ralf faz uma careta ao escutar.

— Não, quis dizer como devo chamá-la agora, como Alya ou Serpens? — Ralf me olha ansioso.

Entendo, afinal, Alya é quem ele conheceu desde bebê, que compartilhou toda a vida com ele, crescendo ao seu lado, já Serpens é um ser celeste que não deveria estar aqui.

Devo mesmo escolher?

Quando vim para Midgard, renunciei toda minha vida, esquecendo-a por completo por anos, até o passado bater na minha porta com uma punição pelos meus pecados.

A verdade é que sou Serpens, uma estrela da constelação de Serpentário, a mais brilhante que fica na cabeça dessa serpente e que possui poderes que nem mesmo imagino, mas também sou Alya, aquela que Rana pegou nos braços e ensinou o amor que tanto ansiei por milênios.

— Não mudei, Ralf, sou a mesma que conheceu, apenas descobriu que tenho poderes, mas sou ainda Alya.

Sim, posso ser as duas e ser apenas uma só, devo seguir nessa vida como planejei anos atrás.

A casa está tão silenciosa desde que Ralf me deixou aqui, embora tenha sentido vontade de aceitar seu pedido para ficar. Não acho justo estar num local fechado e sozinha com alguém que tem desejos por mim, isso apenas o iludiria, e não quero isso. Lógico que ele sempre me respeitou, jamais mencionou nada abertamente. O problema é que, vendo a verdade em seu coração, também conheço seus desejos, e isso já é o suficiente para entender o que ele pensa em certos momentos. Não posso invadir sua privacidade sabendo o que ele pensaria estando sozinho comigo.

Confesso que o silêncio é bom, embora seja incomum após tantos anos de convivência. Mas, por outro lado, a tranquilidade também traz uma sensação de inquietação, como se algo estivesse prestes a acontecer. Infelizmente, fui forçada a criar uma barreira ao redor da casa para que ninguém se aproximasse, pois todos estão alvoroçados pelos meus poderes.

Esse é o maior defeito da humanidade: a busca incessante pelo poder e a disposição de fazer qualquer coisa para conquistá-lo. Muitos imaginam o lucro de ter alguém com a capacidade de ressuscitar os mortos ou curar doenças com perfeição. Mas, se soubessem o verdadeiro significado dos meus poderes, esse desejo por mim triplicaria.

Aquele que carrega a alma de uma estrela possui todos os poderes dela.

Quantas guerras serão desencadeadas quando isso for descoberto pelos humanos?

Por enquanto, os boatos sobre os meus poderes já estão se espalhando, mas sei que não demorará para que descubram quem realmente sou.

Saio da casa em direção à varanda, buscando o consolo das estrelas. Olhá-las é uma forma de me conectar com os meus, mesmo que a distância seja imensa, além de ser uma forma de me acalmar, pois é no céu que encontro a paz.

Elas continuam as mesmas, tão brilhantes e calorosas como me lembro. Embora saiba que nenhuma delas pode me ver, graças às barreiras que ergui neste lugar, ainda assim, é um alento vê-las, mesmo que a milhares de quilômetros de distância.

Sinto saudade de tantas... cada uma delas com um coração caloroso, sempre ansiosas por aprender. Lembro-me de todas que treinei ao longo dos anos, assim como daquelas que já se foram. Todas guardam um lugar especial em meu coração, pois são parte da minha vida passada, por assim dizer.

Minha antiga casa brilha mais intensamente nesta noite, quase me fazendo suspirar de saudade. A cabeça da serpente, o centro prestigiado da constelação, com seu grande palácio e a torre azul, como Máni costumava chamá-la.

Nada mais era do que um vasto palácio de metal cobalto, o que os humanos chamam de ouro azul, cercado por águas densas de um tom puro e cristalino, com pequenas luas e pontos de luz que iluminam tudo ao redor, no centro da estrela que carrega meu nome. Pois não somos feitas de gases e materiais como eles imaginam, essa é nossa verdadeira morada, batizada com nosso nome.

O brilho da constelação aumenta drasticamente, seguido por um estrondo que parece ecoar por toda Midgard. Aposto que os nove reinos também podem senti-lo. Instintivamente, me abaixo, puxando os joelhos para o peito, buscando proteção enquanto o medo me preenche completamente.

Olho, aterrorizada, para a constelação, confirmando o que já temia: ela foi dizimada!

O horror se apodera de mim, tantas estrelas perdendo suas vidas por causa das minhas escolhas. Nenhuma delas merecia isso... Mas, claro, Odin não pensaria em mais nada além da raiva que nutre neste momento.

— Ah, Máni, nem é preciso me mandar sinais. Odin já se encarregou disso!

Agora, tudo o que posso fazer é esperar pelo confronto. Sem querer, declarei uma guerra contra Odin e ele jamais deixará isso passar.

Os nove mundos estremeceram diante da fúria de Odin, não que fosse surpreendente, já esperava por isso, na verdade, nunca acreditei que fosse demorar tanto tempo para ele descobrir.

Quando aceitei me silenciar diante do que Serpens fez, assinei meu atestado de cumplicidade e sei que sofrerei por conta disso.

Não estou arrependido, pois sei que durante esses anos ela foi feliz naquele lugar e isso basta para mim. Serpens é como uma irmã mais velha, sua felicidade sempre vai importar mais que as regras dos Deuses.

Seres celestes não podem interferir na vida humana, menos ainda resgatar alguém dos braços da morte. Somente Hel tem esse poder, na maioria das vezes ela não é contra uma segunda chance, mesmo que imponha um acordo, embora com os humanos seja diferente, pois existem coisas que estão destinadas a acontecer e, não importa o rumo que se tome, elas vão acontecer.

O poço de Urd está cheio com a presença de todos os deuses, tirando Thor, Heimdall e Loki, o último sem surpresa, afinal sempre que pode foge de responsabilidade.

Sento-me no meu lugar, ao lado de minha irmã Sunna, sentindo o olhar curioso de cada um dos presentes.

— Esperamos demais, fale tudo desde o início! — Odin ordena irritado.

Olho em sua direção, sem surpresa, ao encontrar seu olhar profundo, me fazendo desviar os olhos imediatamente. Odin possui uma aura e presença tão ameaçadoras que qualquer um que olhe em sua direção sente um medo profundo, não importa o quão forte seja, o sentimento é automático.

A aura emanada dele aumenta drasticamente, quando ele se levanta, invocando Gungir, ele pega sua lança e a bate no chão. Embora o movimento fosse até leve, dado a intensa raiva que vem dele, a onda de choque varre o local, destruindo o chão, ocasionando uma enorme cratera. Os demais somente pulam para trás de Odin, enquanto ele manteve sua face séria em minha direção.

Todos os meus ossos congelam diante dessa mera demonstração de poder, me deixando em um loop infinito de aflição em minha própria mente, pois sei que ele não precisa usar nem um porcento do seu poder para me aniquilar, ele pode fazer isso tranquilamente brincando.

— Máni, estou sem paciência, fale logo!

Pulo diante do estrondo de sua voz, assim como os demais no recinto, todos evitando olhar em direção ao supremo.

Serpens, eu amo você, mas se eu sobreviver a isso, vou te matar!

Pigarro levemente, tentando organizar meus pensamentos, pois sei que qualquer fala errada e estarei morto sem chance alguma.

— Rasalhague foi a primeira estrela a emergir, todos sabem como foi a criação dos corpos celestes, mas ela não foi criada apenas pela faísca de Muspelheim, por ser a primeira, seu nascimento teve envolvimento com as pulsações de Ginnungagap, por isso ela lembra de todo o surgimento como se estivesse lá...

— Máni, quando pedi para que explicasse tudo, significa o motivo dela estar em Midgard, não toda a história de sua vida — Odin me interrompe irritado.

Aceno em entendimento, sem olhá-lo.

— Ela sempre olhou para a humanidade de forma diferente das demais, ansiando por viver tudo aquilo, mas esse sentimento se intensificou quando a humana foi dada a ela como afilhada — respondo rapidamente, me sentindo traindo Serpens.

Que droga de opção tenho?

Estamos condenados desde que agimos naquele dia, eu por acobertá-la e levá-la para Midgard, e ela por viver num corpo humano com metade de uma alma que não deveria mais estar ali.

— Essa humana sofreu muitas perdas, mas Serpens somente teve a ideia de interferir quando a filha da humana morreu em seu ventre — admito a contragosto.

— Então ela partiu sua alma, dividiu-a com a humana e assumiu seu lugar? — Odin me olha sério.

Claro que ele notou que a alma dela não é a mesma, a presença da humana está ali, mesmo que não seja na liderança, como um mero espectro ou um guia, para ser mais preciso.

— Serpens queria apenas devolver a vida para a pequena, não era sua intenção viver no lugar dela, mas algo deu errado — admito com cuidado, evitando olhar em outra direção que não fosse meus próprios pés — Primeiro, a consciência dela se manteve, os anos parecem ter seguido normalmente lá, todos pensam que se passaram vinte, quando na verdade já faz cento e vinte anos, e ela também descobriu que seus poderes ainda estão os mesmos.

Os demais me escutam atentamente, assim como o grande Odin, que manteve seu olhar o tempo inteiro em mim, mesmo que não olhasse em sua direção, ainda consegui sentir seu julgamento.

É isso que está ocorrendo, ele está analisando cada fala e respiração que dou, em busca de respostas para suas dúvidas mais profundas, querendo que eu revele tudo sem medidas.

Obviamente, deixo de lado o fato de o corpo atual de Serpens ainda estranhar toda a carga de poder. Se ela tiver que lutar contra os Deuses, eles não precisam saber de todas as suas falhas.

Mesmo que seja perigoso e provavelmente um erro mentir para o pai de todos, ainda assim o faço sem pensar, pois é a única coisa que posso no momento para proteger Serpens.

— Ela não tem poder sobre os mortos, por isso a humana não conseguiu tomar posse do corpo e apenas Rasalhague ficou — Hel admite séria.

Odin se movimenta, emanando toda a raiva contida em sua aura, deixando todos os presentes tensos.

— Ela mexeu com forças além da compreensão, uniu-se a um ser humano, moldando metade da alma desse ser nela e mandando a outra para Helheim, adquirindo poderes que ela jamais pensou!

Já sei disso, o fato dela estar com metade da alma em Helheim lhe dá um conhecimento absurdo e fora do comum, além da humana que, por estar unida a ela e também com a alma presa nesse lugar, aprende coisas que um humano comum não deveria aprender.

Nesse momento, Serpens é uma humana completa, com poderes de estrela e conhecimento da magia oculta de Helheim, algo que jamais existiu.

— O que vai acontecer com ela? — pergunto com medo.

O olhar que Odin me dedica estremece a minha alma, pois vi mais do que o fim de Serpens, mas a punição em sua forma mais cruel.

Ele vai acabar com tudo que ela ama primeiro, será sua punição por mexer com poderes que não deveria.

— Ela é uma ameaça, quem devorar sua alma, seja qualquer um dos nove reinos, mesmo Helheim, os seres de lá simplesmente destruiriam tudo para ter um poder assim. Até mesmo os Deuses estão nessa, não somente os nórdicos, mas quando essa notícia se espalhar, os demais lutarão por ela. Isso será um verdadeiro massacre, quem adquirir esse poder absurdo equivalente à destruição absoluta vai originar uma guerra jamais vista, pois ninguém conseguirá mantê-lo.

Todos congelam diante da resposta do pai de todos.

— Isso é... é o Ragnarök! — Frigga balbucia, atordoada.

— Não, Thor matou Jomungandr, então isso quebrou toda a profecia do Ragnarök! — Sif discorda, atônita.

— Não toda ela, Fenrir ainda está vivo, todos sabemos que ele lutará contra o pai e o matará, além de que... Loki e Heimdall vivem brigando, um morrerá pela mão do outro, como está escrito, talvez apenas Thor se salve — Týr se intromete.

O semblante de Jord fica lívido ao escutá-lo, assim como os demais presentes.

— Não, isso não está acontecendo! — Jord murmura, atônita.

— A partir do momento em que Rasalhague mexeu com todas as forças ocultas do universo, desequilibrando a balança, ela nos trouxe novamente o Ragnarök — Odin sentencia.

Serpens é a cabeça da constelação da serpente. Jomungandr não existe mais, mas será ela a serpente que lutará contra Thor?

— Estamos todos condenados? — Jord se aproxima de Odin, segurando suas vestes com aflição. — Por favor, nossos filhos... não posso... não permita!

— Quem lutaria contra Thor nos descritos é Jomungandr. Com ela morta, tudo certamente mudou, os caminhos estão incertos, nem tudo vai acontecer como os descritos, não há motivos para Rasalhague matar Thor — Odin pontua.

As lágrimas escorreram pela face da ruiva sem controle. Odin suspira, puxando-a para seus braços, sem se importar com a presença dos demais, apenas buscando acalmá-la.

Me afasto ao sentir o peso dessa cena, a sentença por trás das palavras dele, com uma culpa além do imaginado.

Quando Thor aniquilou Jomungandr, todos comemoramos por não ter mais o confronto brutal, mas agora, com toda essa reviravolta, é difícil acreditar em outra coisa.

Odin tem razão em dizer que, no momento, Rasalhague não tem motivos para lutar contra Thor, mas se ele persistir em puni-la, ela não terá piedade em defender os que ama, mesmo que para isso precise enfrentar os Deuses, principalmente o berseker dos nórdicos.

Embora seja completamente honesto, não acredito que ele vai ser usado contra ela. Odin sempre preferiu Baldur, obviamente, mas também protegeu Thor com todo seu poder.

Odin jamais descartaria o Deus, ainda mais que ele anulou as escrituras, burlando as profecias.

Não, Odin é ardiloso, ele vai usar alguém descartável, que morto não lhe trará desvantagens, pois somente assim ele mesmo continuaria a reinar sob os deuses.

O Ragnarök vira de forma diferente dessa vez...

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