Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 16

Meu quarto estava uma bagunça. Havia chegado do serviço fazia alguns minutos e me deparei com uma cama repleta de roupas a serem dobradas e guardadas. Estava prestes a desmaiar depois que consegui arrumar minhas roupas do trabalho. Comecei a organizar minha gaveta de meias quando ouvi um ruído estranho.

Vrrr. Vrrr.

Tateei meus bolsos à procura do meu celular, ao pegá-lo vi que a tela piscava. Uma nova mensagem de River.

"Oi amor. Eu queria saber se você gostaria de sair comigo hoje. Pode ser?"

Olhei no canto da tela do celular. Faltava pouco para as sete e meia da noite. O que me dava menos de uma hora para me arrumar. E a julgar pelo cheiro de comida que vinha da cozinha e chegava até meu quarto, minha mãe iria me chamar para o jantar logo.

— Será que mamãe vai ficar brava? — falei para a tela do celular.

Digitei confirmando. Ele me respondeu sorrindo e que estaria em frente de casa às oito e vinte. Agora eu precisava terminar logo a gaveta com as meias e ir jantar. E claro, conversar com minha mãe.

~~~*~~~

20h19min

River não havia chegado ainda. Esfreguei uma mão na outra. A noite estava fria. Um barulho não muito longe dali fez meu coração disparar instantaneamente. Dois faróis azuis brilhantes fizeram a curva da esquina. O carro parou bem na minha frente.

20h20min

Ele saiu do carro muito feliz. E muito lindo também. Vestia uma blusa preta de zíper, que estava aberta até perto do pescoço. Não consegui identificar a cor da camiseta somente com a luz alaranjada do poste. Ela poderia ser preta ou azul-marinho. A calça jeans era preta e com vincos brancos na coxa. Seus cabelos estavam bem penteados, mas o que me deixou apreensivo foi a barba rala em seu rosto. Ele ficou com um ar debochado. O que combinava com ele, só que o deixou ainda mais lindo.

— Oi.

— Oi — respondi. Confesso que fiquei esperando-o me chamar de amor. Ah, qual é? Meu coração está todo meloso aqui.

Ele me deu um selinho e pediu que eu o esperasse ali.

— Onde você vai? — Eu o vi cruzando o portão de casa.

— Dizer algo para sua mãe, não quero que ela fique preocupada — e entrou.

Bati os pés no chão por cinco minutos. Cinco. O que tanto será que eles conversaram? Interrompi o batuque ao ver River e minha mãe saindo da porta rindo e comemorando.

— ... não esqueça do pescoço — minha mãe disse em meio aos risos.

— Deixa comigo, Senhora Sutil, não vou esquecer. — Ele bateu continência a ela.

— Senhora! — mamãe exclamou, revirando os olhos e cruzou os braços.

River sorriu desajeitado e encolheu os ombros. Levantou os braços em rendição.

— Certo, certo. Agora já sei seu nome.

— Acho bom. Agora vá e divirta-se. Se cuida filho! — Ela enfim me viu ali na penumbra. Eu acenei, desconfortável.

River fechou o portãozinho branco de ferro e saiu batendo os pés. Por que aquilo? Veio todo alegrinho para o meu lado. Me desviei do beijinho que ia me dar. Ele estranhou.

— Que história é essa de pescoço? — Estreitei os olhos e apertei os lábios com firmeza.

— Não é nada em especial — Ele brandiu a mão de leve. Correu para a porta e entrou. O vidro da porta do passageiro desceu. Ele se inclinou e me encarou com uma sobrancelha erguida. — Você vem, não é?

Como é que eu poderia recusar? Com ele fazendo aquela carinha tão fofa? Minha carranca desapareceu e então entrei. Ele segurou meu rosto e me deu um beijo. Retribuí da melhor forma que pude.

River deu a partida no carro e dirigiu para uma das saídas da cidade. Ele disse que me levaria para o mesmo local que foi nosso primeiro encontro. Que eu não sabia onde era, para variar. Mas observando a rua. As árvores e o rumo que seguíamos, agora eu sabia onde é que ele estava me levando.

Ele me contava mais sobre seu trabalho como modelo de cuecas e de roupas. Que participou de vários desfiles para marcas famosas. Até conseguiu uma entrevista com a Calvin Klein, mas uma doença na família o impediu de poder comparecer à entrevista e aos testes. Segundo ele, fora uma das mais difíceis que ele conseguiu e provavelmente a última.

— O que me resta agora é investir na carreira de ator — concluiu.

— Você vai se dar muito bem. Como cantor também, tem uma voz linda. Quando falou comigo no bar aquele dia, pensei que você fosse realmente um cantor.

Ele riu.

— Sério? Eu nunca parei para pensar nisso. Digo, nunca cantei de verdade. Nem quando moleque, já murmurei algumas músicas no banheiro sim, mas nada que me levasse aos palcos com um violão ou...

— Ou uma guitarra? — completei, sorrindo.

— É. Uma guitarra. — Piscou e puxou meu lábio inferior.

O toque dele, em contato com a minha pele foi abrasador. Acho que quando dizem que "rolar a química" é essencial, não estão brincando. Pois meu corpo mudava à maneira com que ele me tocava. Embora calor não seja uma sensação química e sim física, mas o que eu sentia dentro de mim era diferente.

Chegamos perto de uma cerca de arames. Ele parou o carro perto de um portão de madeira. Com a luz do carro eu vi uma placa na estrada. A COLINA. Simples e sem rodeios. Também não tinha nome algum, só a seta que indicava como chegar até ela.

Eu achei a placa meio suspeita, pois ela estava escrita à mão e parecia recente. Sem falar que aquela Colina não era um ponto turístico. Era dentro de uma propriedade de uma família rica que era a família... Vernan! Minha nossa!

— River? — o chamei, assim que olhava para placa.

— O que, Mau?

— Essa chácara, ela não é sua? É? — perguntei assombrado.

Para meu espanto ele começou a rir. Fechei a cara e ele parou.

— Na verdade não, são de uns tios meus. Tia Lúcia é irmã de meu pai, minha avó deixou a chácara para ela em testamento. Meu pai herdou uma outra casa na capital.

— E você mora aqui na chácara ou na cidade?

— Na cidade. Mas tenho permissão de vir aqui quando meus tios estão viajando. E cá entre nós, eles viajam sempre — e voltou a rir. Eu fiquei na mesma, é claro. Ele então tratou de explicar. — Tia Lúcia e Tio Alfredo são pesquisadores. Biólogos, para ser exato.

— Ah sim. Entendi. Então o Jarbas lá é empregado deles?

— Jarbas? Quem é esse? — questionou.

Suei e comecei a rir abobalhado.

— Ah, não nada. — Ele me olhou sério. Suas sobrancelhas quase se tornaram uma monocelha. — Tá bom, é que quando você me chamou para jantar tinha alguém que nos serviu. Lembra?

Ele levantou os olhos para cima. Ah tá, ele vai ter um flashback. Ótimo. Minha consciência começou a rir dentro da minha cabeça. Quase a mandei calar a boca. Mas me contive ou eu poderia falar em vez de pensar.

— Não. Aquele é um garçom que eu contratei especialmente para a ocasião. Ele é da capital. Serviço profissional e sigiloso.

— Falando assim até parece que estávamos cometendo um crime.

— Tem razão. Mas o único crime que cometi foi não ter conhecido você antes.

— Para de me bajular. Você poderia não ter se apaixonado por mim antes.

— Quem sabe? O destino tem suas artimanhas. Agora vem, eu quero te mostrar uma coisa.

Ele me puxou para um caminho. Não estava iluminado como da outra vez, mas eu reconheci que levava ao coreto. E de fato ele estava bem ali, com suas vigas brancas e o cercadinho também branco. Passamos direto. Subimos por uma pequena elevação. Ele me guiou em alguns pontos íngremes, nada muito difícil de se subir, só chatinhos mesmo.

Chegamos na colina. Tinha uma única árvore ali em cima, eu via sua silhueta, com a ajuda das luzes que vinham da cidade. Identificar que árvore era aquela era meio difícil na escuridão. Chegando mais perto vi um banco de madeira debaixo da árvore. Não exatamente embaixo, perto do tronco, mas ficaria sob a sombra dela se o dia estivesse ensolarado. River sentou em um lado e eu sentei do outro.

Ficamos olhando para as luzes da cidade. A visão era surpreendente. Não poderia tirar uma boa foto com meu celular naquelas condições de luz. Mas quis guardar o momento mesmo assim. Após guardar o telefone no bolso, River pegou minha mão.

— Eu queria que fosse oficial. E sério, mesmo! — falou convicto.

— Sim? — balbuciei. Não tinha certeza do que era, apenas suspeitava.

— Maurício Sutil. Você aceita namorar comigo?

Ele me pediu em namoro oficialmente. O ar gelado da noite não foi capaz de diminuir a minha temperatura corporal. Eu quase precisei tirar a jaqueta. A escuridão em que estávamos me impedia de ver seus olhos azuis, contudo, havia uma energia forte vinda dele. Quase como se os olhos dele brilhassem. Um brilho decidido. Ele realmente queria aquilo, me queria. Nada do que dissera era em vão.

— Claro! — respondi.

Ele tirou uma fitinha prateada do bolso de sua blusa. Enrolou no meu dedo anelar direito e deu um nó. Com o pedaço restante da fita ele enrolou em seu próprio dedo. Puxou uma tesourinha e cortou bem na metade. Perguntei o porquê daquilo.

— Esse laço que estou fazendo é para simbolizar que você estará comigo aonde for. Nosso amor vai estar unido para sempre pelo mesmo laço. Pela mesma intenção. E pela mesma força e intensidade com que fiz os nós.

Achei isso muito lindo. Acho que nunca seria capaz de pensar numa coisa dessas. Como de fato não pensei. Como sou podre. Eu realmente preciso pensar em algo para fazer por River da próxima vez.

— Agora que já te mostrei essa cena maravilhosa, queria te levar para outro lugar. — Sua voz era sedutora. "Ai, ai, ai!" Ouvi dentro da minha cabeça.

Minha imaginação andava à toda. Eu tinha que relaxar.

— Para onde? — perguntei cauteloso.

Ele não respondeu, apenas se levantou e continuou andando. Desceu por uma trilha, eu me apressei a segui-lo. Chegamos até uma pequena cabana. Parecia uma cabana velha, mas os detalhes e o cheiro de verniz recente estavam impregnados na madeira. Ele andou um pouco e bateu o dedo em um interruptor.

As luzes do lado de dentro acenderam.

Ele abriu a porta e pediu que eu o acompanhasse. O interior era agradável. O chão era decorado com tacos, igualmente envernizados. A decoração era antiga. Móveis antigos. Clima antigo. O tempo devia ter parado naquela cabana. Um refúgio para todas as ocasiões.

River havia fechado a porta atrás de mim, eu nempercebera, estava distraído demais admirando a beleza daquele lugar. Se aproximousorrateiramente por trás de mim e me envolveu num abraço apertado. Começou amorder as minhas orelhas. Senti todos os pelos do meu corpo ficando em pé. Mevirou e me encarou. Sussurrava que me amava e que me faria muito feliz. E quenão me deixaria jamais. Ele me beijou de forma intensa e apaixonada naquelacabana na colina.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro