Capitolo: diciotto
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Lorenzo estava muito nervoso e tentou manter-se calmo ao telefone.
__deixe-me falar com a minha mulher.
Ele diz entre os dentes e o odio o domina.
O homem deu uma sonora gargalhada.
__ acha que vou te poupar de sofrer caríssimo?
Lorenzo suspirou tenso.
__ diga de uma vez o que você quer.
__ sabe o que quero. E você tem 48 horas para me dar, não vacile.
__ isso é impossível. Existe outros investidores e eu os tenho que contatar.
__ e acha que me importo o quanto isso te custe? Eu já deixei claro o tempo que você tem para me dar o que desejo.
__ me deixe falar com ela, por favor.
Lorenzo suplicou.
__ nem pensar, capo. Teu sofrimento me mantém sano.
O homem desligou.
Lorenzo baixou a cabeça desolado.
__ o que ele quer? - Giuseppe perguntou preocupado.
__ ele quer tudo.
__ o que pensa fazer?
__ resgata-la. Tenho que fazer isso imediatamente!
__ pode ser perigoso, capo
__ de qualquer forma, ele sabe que não o darei o que ele deseja! Ele vai mata-la! É o que ele deseja, isso é só um maldito jogo sórdido daquele miserável.
Giuseppe viu o quanto Lorenzo sofria com aquilo.
__ é como vamos fazer isso? Resgatar a Maria?
__ eu nem mesmo sei onde começar a procura-la.
Lorenzo deu um soco sobre uma mesinha.
Estava frustrado, preocupado com Maria. Ele sabia dos riscos que ela corria com seu inimigo.
__ faça contato novamente. Diga que dará a ele o que ele deseja.
__ não é assim tão simples. O que direi aos meus sócios? Que minha esposa foi sequestrada e preciso passar minhas empresas ao sequestrador?
__ um documento falso e ela estará a salvo.
Giuseppe sempre tinha boas ideias.
Lorenzo sorriu.
__ isso pode destrai-lo por tempo suficiente.
__ eu providenciarei o documento, e também comunicarei aos sócios sobre isso a que acaso ele faça contato lhes diga que estará tudo com ele.
__ faça isso. Farei contato, agora mesmo.
Maria estava ferida.
Sentiu uma forte pontada no ventre.
Ela gemeu e tinha uma mordaça.
O homem a fitou.
__ fique quieta!
O outro homem a encarou.
__ ela parece sentir dor.
Maria sentiu que sangrava.
Ela perde os sentidos.
__ chefe o que aconteceu com a vadia?
__ que merda! Tire a mordaça e a desperte!
O homem tirou as amarras de Maria e a mordaça e a colocou sobre a cama.
__ chefe... Ela parece sangrar.
__ precisamos desta vadia viva. Ligue para Lorenzo. De a ele o ultimato.
Maria desperta.
__ você esta sangrando, não tente levantar.
__ meu bebê... Por favor preciso de um médico...
__ bebê? Está grávida?
Ela estava zonza e perdia muito sangue.
__ merda! O que faremos agora?
O homem faz um sinal de silêncio a que o outro se cale. Ligava a Lorenzo.
Lorenzo atende imediatamente.
__ me diga como ela está.
__ ela está bem, devo dizer por enquanto.
__ não toque em um fio de cabelo dela ou eu juro que caço você e te mato seu desgraçado.
__ Lorenzo!
Ele a ouve gritar.
__ Maria! Me deixe falar a ela!
__ ela está grávida, capo?
Lorenzo calou-se.
O homem riu.
__ acho que não esta mais.
__ o que você fez? Bastardo! Maledetto! Figlio de puttana! Eu vou mata-lo se tocar nela! Nao toque nela!
O homem o interrompe vitorioso com a angústia de Lorenzo.
__ você o que? Se a quer com vida faça logo o que tem que fazer! _ o homem da o telefone a Maria que chorava angustiada e sentia muitas dores.
__ Lorenzo... Por favor... Me ajude... O nosso bebê...
__ Meu amor... Eu vou faze-lo... Por favor me diga que esta bem.
__ eu estou sangrando... sinto dor... Por favor! Faça o que este homem pede! Eu vou perder nosso bebê.
Lorenzo fecha os olhos sobre forte angústia e dor.
__ Eu vou faze-lo... Prometo que nosso bebê ficará bem.
Mas já não era Maria ao telefone.
__ então já tenho a resposta do que quero?
__ me diz onde te encontro. Te darei tudo. Agora.
__ ótimo... Faço questão de levar a sua querida esposa de volta a sua mansão.
__ agora!
__ se tentar algo, ela morre.
O homem desligou.
Giuseppe passou a Lorenzo o documento falso.
__ Depois disso teremos que sair da mansão.
Giuseppe diz.
__ vamos sair hoje mesmo.
__ ele está vindo?
__ esta. Avise aos seguranças para não reagir.
Os homens e alguns capangas chegam a mansão.
Lorenzo estava do lado de fora e os viu.
O homem saiu com Maria do carro.
Lorenzo a olhou. Maria estava coberta de sangue, e quase desfalecida.
__ solte ela.
Lorenzo pediu
Sentia odio.
__ o documento.
Lorenzo se aproxima e o entrega.
O homem observa.
__ parece real capo.
Ele jogou Maria sobre Lorenzo.
__ Maria...
__ O bebê...
Lorenzo vê os homem partirem e logo Giuseppe saiu com o blindado.
Maria é socorrida.
Horas depois:
Lorenzo esperava alguma notícia de Maria e do bebê.
Tinha a cabeça baixa e o olhar perdido.
Sentia culpa.
__ ficará tudo bem, capo.
__ ela estava sangrando muito.
Em seguida o médico chegou.
__ é o esposo de Maria?
Lorenzo se aproximou do doutor muito ansioso e trêmulo.
__ sim, sou eu.
__ sinto muito, ela perdeu o bebê, e se encontra recuperando-se.
Lorenzo suspirou e Giuseppe o abraçou fortemente.
__ sinto muito, capo.
__ isso não pode estar acontecendo. Não pode ser real, isso é um pesadelo
__ me acompanhe senhor, ela está na sala 3, pode ir ve-la.
O doutor diz e se retira.
__ ela vai me odiar.
__ não foi sua culpa.
__ claro que foi! Minha única culpa!
__ precisamos passar a noite e sumir deste país, ainda corremos riscos. Sinto por sua perda, mas vocês são jovens e apaixonados e logo vira outro bebe.
__ tem razão Giuseppe. Toda razão.
__ vai ve-la.
Quando Lorenzo entra ao quarto, Maria estava olhando para o teto, ela tinha lagrimas que escorria por sua face e o semblante mais infeliz que Lorenzo já vira.
__ Maria.
Ele diz se aproximando.
__ me deixe sozinha.
__ Meu amor, eu sinto muito.
__ você é igual a eles. Você é um monstro, um maldito assassino.
Aquelas palavras o afetaram.
__ Eu nao sou como eles. Eu a amo, daria minha vida por nosso filho.
__ acontece que meu bebê esta morto, e você não pode salva-lo, não é? Me deixe sozinha!
As palavras de Maria o feriu.
__ Maria...
Ele tentou dizer, mas ela o interrompe.
__ eu não quero olhar para você agora, e não sei se algum dia vou querer.
O coração de Lorenzo se retrai. A mulher que amava o desprezava.
A culpa o corrói, o faz sangrar como faca afiada.
Maria o havia culpado pela perda de seu também filho.
A forma trágica ao qual isso ocorreu deixou Lorenzo em estado de choque e desespero.
__ eu disse que desejo ficar sozinha.
Ela disse e virou-se de costas para ele que seguiu ali, olhando para ela e se sentindo péssimo.
__ porque saiu da mansão sem consentimento?
Maria sentiu a raiva tomar conta de si.
Ela virou-se para ele e sentou-se a cama.
__ você vai me culpar por isso?
Lorenzo fechou os olhos por um segundo em agonia.
__ eu não disse que foi culpada por essa tragédia.
__ o que insinua?
__ eu não quero discutir com você neste estado, Dea.
__ eu não me importo com o que possa dizer, eu não tive culpa de nada!
__ a questão é que você sabia que eu sou um homem da máfia e tenho inimigos e os mesmos adoraria te machucar, porque desta forma me afeta!
__ eu tenho o direito de ter minha liberdade.
__ não se trata que não a tenha e sim ter precaução.
__ eu não quero olhar para você. Pode se retirar?
__ não até você entender que eu não desejei isso para nós.
__ não faz diferença nossos desejos agora.
__ Não deveria haver saido da mansão, Maria.
__ me deixe sozinha!
Desta vez, Maria gritou e logo uma enfermeira entrou ao quarto.
__ ela precisa descansar, senhor.
Lorenzo a fitou e viu uma lágrima cair silenciosa dos olhos de Maria.
Aquele momento, o sentimento de culpa ainda que não tivesse nenhuma, o corroi de forma profunda e dolorosa.
Lorenzo se retirou, pois estava louco por abraça-la.
Sabendo que Maria não iria permitir se retrai.
Isso não parecia justo. Seu coração estava em pedaços.
Tudo que Lorenzo pensava era em vingança e matar o desgraçado que o havia causado tanta dor.
Uma dor desconhecida por Lorenzo, Maria o fazia pensar em parar com aquele universo de violência ao qual vivia.
Com ela queria a tranquilidade de ter uma família.
Porém sua herança mafiosa o teria que manter até sua morte.
Lorenzo não tinha muitas opções, e teria que apenas seguir seu caminho.
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