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04| Um dia, ele já foi Amor. Hoje, ele carrega outro nome

"A banda está voltando a cidade e lembranças dolorosas também. Não quero lembrar que já pintei minha vida com tons frios, de inverno, mas é inevitável.

Por favor, querido Esperança, não abandone meu coração agora. Espere só mais um pouco. Porque mesmo que uma parte do meu eu negue, a outra pessoa que mora em mim gosta das suas cores quentes como o verão"

Belly B.

É uma noite quente, sem nuvens, e estrelada em Ventura. Mais cedo havia visto o moço do pôr do sol apressado como sempre e carregando bolsas que parecem ser mais pesadas do que seria capaz de carregar normalmente.

Um céu de brigadeiro, diria sua avó com sua voz melodiosa de cantora de salão, e que sempre carregou uma mágoa intangível no coração com a vida e sobre velhos amores. Algo que vai além do interno, é descomedido ao ponto de mexer em tudo que é sobre ela. Afinal, não é a toa que sua avó nunca conseguiu se livrar das linhas de expressões fortes no rosto que a deixam com o mesmo aspecto de amargura que há em seu peito, no entanto, foi por ela que Belly sempre persiste em continuar com um bom coração. Foi Faith Barkin, ou apenas Vovó Fa, quem a ensinou perspectivas sobre a arte de lidar com um coração despedaçado por velhos amores.

Mas Belly não tem boas lembranças com noites de céu de brigadeiro.

A brisa costumeira que surge sempre na ascensão da noite, sequer se faz presente para ter misericórdia do condado durante o verão. As cortinas não balançam e nem mesmo as folhas das árvores que costumam dançar suavemente seguindo a corrente de vento. O releixo está presente em toda a cidade, uma consequência do calor sobre todos os cidadãos do litoral.

Porém, Belly não se encaixa entre eles. A falta de frescor e presença do calor, até mesmo durante a noite, não a faz abandonar suas amadas velas aromáticas. Ela passou mais cedo pela sala e corredores, antes de ir trabalhar no seu ateliê, acendendo cada uma para que a casa predomine com o cheiro de cravo, canela e eucalipto, sempre caminhando nas pontas dos pés — um velho hábito.

As velas são presente que havia recebido de Seattle, alguns meses atrás, da Lau Jay. Belly sempre amou as pequenas, no entanto, só pode acender algumas de sua imensa coleção, ano passado, depois de se mudar para sua própria casa. Longe do nariz sensível e exigente a cheiros, de sua mãe.

Apesar do calor, é uma noite bonita para aproveitar a mescla dos cheiros de maresia e das velas, invadirem suas narinas, deitada no pequeno balanço de sua varanda. Mas Belly não poderia se dar ao luxo de tirar uma folguinha. A data da exposição em Seattle está mais perto do que nunca e ainda falta acrescentar algumas páginas em seu portfólio, terminar alguns quadros e também sua amada escultura. Há um ano, Belly vem trabalhando com vigor contagiante em sua arte para essa exposição, onde vai estar presente olheiros e professores de Florença.

Nitidamente cansada e melada até os fios dos cabelos de tinta, ela procura pelo maior cômodo da casa — que é o seu ateliê — seus primeiros esboços como principiante, antes de entrar na faculdade, pois é uma exigência — bastante inconveniente, em sua opinião — dos olheiros. A enorme parede tomada por janelas extensas, permitem que Belly tenha uma iluminação natural da lua, além das luminárias acima de cada cavalete espalhados por toda extensão da sala. Belly sempre preferiu a luz natural à artificial e toda luz que entra por aquelas janelas durante o dia foi o estalo para que ela fizesse daquele lugar seu cafofo.

Ela não deseja os esboços apenas para acrescentar no portfólio, mas também para encontrar alguma inspiração para finalizar o quadro principal de sua exposição intitulado como "Pacificus". Desde que teve seu primeiro contato com o moço do pôr do sol, seus pensamentos tem sido uma tempestade. Não que não houvesse ideias, pois tinha. O problema é que são tantas que não consegue as ordenar. Se começa um quadro, na metade sua mente explode como tinta em pó e ela passa para outro. Tudo do início. Entre poeira, livros com marcas de mofo e cápsulas de tinta velha, ela acaba encontrando algo que a faz perder qualquer sensibilidade artística e a possibilidade de terminar o quadro naquela noite.

Suas mãos, sem perceber que estão trêmulas, folheiam as páginas e seus olhos acompanham rapidamente uma pequena parte do conteúdo interno, para confirmar o que seus olhos leram na velha capa de couro vermelho, logo, dedilhando sobre as iniciais feitas pela ponta de um estilete escolar. Sim, ela também lembra desse detalhe e principalmente da bela arte em cores frias que a praia se torna ao nascer do sol do inverno, enquanto esperava o autor daquela ideia boba finalizar.

Ela sentiu uma enorme vontade de socar sua cara ao ver, num dos espelhos da sala, o reflexo do seu sorriso tolo e seus olhos marejados ao lembrar do dono de todos os poemas e listas com detalhes bobos dele. Da silhueta que um dia foi perfeita para tudo e para ela. Desenhos dele por inteiro, de todas as perspectivas que os dois poderiam explorar em um curto prazo de adolescentes libertinos. No entanto, de todos os sentimentos que quiseram voltar por alguns minutos, o maior de todos é a mágoa de si, por ser ela a autora de todos os poemas e artista de toda arte repleta da bagunça que os dois dentro daquele relicário já foram.

Aquele caderno, o maldito relicário, representa uma época do seu passado que gostaria de anular, sofrer algum tipo de amnésia permanente e etcetera. Belly Barkin, um dia, já foi uma garota apaixonada e quem antes não a conheceu, não acreditaria que já foi uma romântica clichê.

O moço do pôr do sol não é a sua primeira paixão. Seu coração, que por algum motivo ainda desconhecido se sentiu atraído pela linguagem estranha que a do rapaz parece ressoar, não carrega o título de primeiro. Ela já teve a quem amar de verdade em uma época que tudo continuaria sendo preto e branco, se não fosse pelo garoto perdido.

Esse novo moço que parece carregar todo brilho e esperança para seu mundinho idealizado por seu coração mais tolo do que nunca, o destino que tem reservado para ele, é que seja só um amor de verão e fim. Ela pretende deixá-lo preso dentro de si até que tudo o que for triste o sufoque com o tempo. Matando-o. Mesmo que seu coração a implore todos dias para se perdoar e se dar uma chance. Seu velho e estúpido amor a fez criar essa regra pessoal sobre o amor e paixões. E o causante de tudo isso tem um nome, o mesmo que tirou toda a suas noites bem dormidas e "paz" familiar, durante a adolescência.

"Jeon Jungkook."

Belly segura firme o caderno e anda até a varanda. Sente do aroma que tanto ama e um sorriso triste surge em seus lábios ao lembrar do seu velho amor: cravo, canela e eucalipto. Repousou uma almofada velha sobre o colo e soprou a poeira na capa e inutilmente tentou afastar o que voou em seu rosto com as mãos, sujando as lentes do óculos.

Se permitiu sentir a dor de ler as primeiras páginas e por curiosidade sacudiu as folhas, fazendo cair alguns desenhos. Os traços são completamente diferentes dos seus, não há como confundir. Enquanto os seus são delicados e finos, repletos de sutileza, ele nunca se preocupou em apagar os erros, caso cometesse, então desenhava uma linha em cima da outra com mais força. Erro após erro, nunca se preocupando em corrigi-los e talvez ele também levasse isso para a vida real. De todos os detalhes de Belly, do seu corpo nu para ele ao seu rosto desprovido da maquiagem de cores fortes que a faz ter uma expressão tão triste, ele sempre sobressaiu os lábios carnudos e seus olhos grandes.

As lembranças que compõem aquele relicário, junto a emoções, veio de um passado entre o início dos anos 2000, talvez. Belly não gosta de se esforçar para lembrar de datas, nunca foi boa com aquilo e não será daquela vez que irá tentar e muito menos conseguir. Mas lembra bem que ela já não frequentava mais a escola, mesmo que ainda estivesse em época de aulas. Mesmo que fosse necessário. Sempre inventava mentiras para não ir e quando ia, dava um jeito de sair de sala.

Para a maioria da população do condado de Ventura, a única saída daquele lugar pequeno, esquecido e muito quente, são boas notas e um diploma em mãos. Para Belly, aquilo nunca fez sentido, mas gostava de manter as notas um pouco acima da média com muito esforço, no entanto, sua fuga de Ventura se resumem a um pedaço de carvão e um caderno, longe da cidade e perto de onde se encontram as velhas casas de praia semi-destruídas.

Nem mesmo Taehyung poderia vê-la fugindo, pois sabia que ele tentaria a impedir. Desculpas eram dadas por ela apenas no cair da noite, quando o mesmo aparecia ao lado de Jimin, com um semblante desgostoso pesando em seu rosto bonito, para entregar a mochila que havia esquecido na sala de aula. Belly reconhece que nunca mereceu uma amizade como a dele, por isso hoje tenta recompensar por tudo, sempre que possível.

Se em casa nunca soube o que era viver em trilhos, fora dela não fazia questão de tentar ser melhor. A diferença é que ela poderia escolher por onde e quais motivos esses desvios aconteceriam, o que nunca foi opção entre os dilemas familiares irrelevantes sobre posses.

Mas as coisas mudaram quando o recesso de inverno chegou e o Jeon passou a ser uma figura inusitada em sua rotina diária.

O Jeon mais novo sempre conheceu a segunda filha dos Barkin pelo fato das famílias serem próximas. Ele, o garoto que sempre teve uma fama não muito boa para quem tem uma família rica como a sua. Ela, uma menina vivendo do seu jeito e na medida que lhe era ordenado por seus pais, sempre a jogando de um cara para outro, mas que sempre fugiu de todos — ou era eles que fugiam dela, nunca se soube ao certo, afinal, nenhum fez questão de voltar ou ficar por muito tempo.

Mas com Jeon foi pateticamente diferente. Belly sente vergonha dominar seu peito, fazendo-a recolher suas pernas e esconder o rosto entre elas, enquanto tenta não pensar no passado. Na garotinha boba que foi por achar que um primeiro amor poderia ter acontecido na flor da idade que durariam para sempre. Mas quanto menos tenta pensar, maior é a onda de lembranças que vem chegando a costeira. Ela não quer nem pensar no estrago que a causará quando chegar a sua praia e tudo lhe molhar.

As famílias tinham o mesmo círculo de amizade, frequentavam a mesma igreja aos domingos e com a escola não era diferente. O Jeon caçula sempre foi o alvo lastimável da Ella Barkin, a quem não só visava o rostinho bonito do garoto, mas também sua herança. A senhora Barkin tinha seus momentos de despertar culposamente um nojo em Belly. E mesmo que ela dissesse a sua mãe as más novas do Jeon caçula para tentar tirar a ideia estúpida de unir os dois, Ella vinha sempre com uma desculpa diferente, mas a pior de todas Belly nunca esqueceu.

"É o de menos, fofa! Você não vai mudar meus planos Belly. Você pode dar um jeito nele com esse seu rabinho. Nada como sexo não resolva, afinal, mulher só foi feita para ser dominada mesmo."

Todos os dias novos motivos. E todos cada vez mais repugnantes. Aquilo só fazia a repulsa pelo Jeon crescer em seu coração. Para ela, não seria dinheiro que acabaria com a crise da sua família, mas sim organização e educação. E Belly nunca se casaria por uma razão como essa. Por dinheiro, por caprichos.

Às vezes, ela gostava de ir aos bares da cidade, não para beber, mas apenas para ouvir vozes de desconhecidos cantar pelas paredes do seu coração e ressoar como se fossem para ela.

Naquela noite, na noite em que viu Jeon além das aparências e boatos, ela não pretendia ir até o bar de sempre, sentar no velho sofá desgastado do Beachwood Café, de sempre, e não ouvir a voz de sempre. Passava pela calçada do mesmo bar e pode ouvir a voz melodiosa dançar entre as notas do violão que era dedilhado. Doce e harmoniosa, tudo nela colaborou para que Belly se derretesse pela canção, mas não pelo dono. Ao entrar no local e ver além da plateia com olhares apaixonados direcionados a Jeon Jungkook, ela soube que algo estava errado consigo e havia algo errado em ser ele.

Não foi por realização dos caprichos da matriarca Barkin, mas Jeon teve Belly em suas mãos. Apenas aconteceu dos dois se gostarem.

g.o.s.t.a.r.

No latim, "gustare". Gostar é o ato de considerar alguma coisa, é achar algo aprazível. Gostar é sentir prazer ou agradar-se com algo. Gostar é sentir-se bem ao lado de alguém.

Hoje, Belly sabe o quanto foi ingênua. Uma boba por ter usado uma palavra forte como essa para aquela relação. Ele foi seu primeiro em muitas coisas, como enfrentá-la e não fugir. No que tem de atraente em um corpo do sexo oposto e como amá-lo também. No amor juvenil e nas fugas. Nos sorrisos sinceros e carícias. Foi ele quem a ensinou o que sabe sobre a arte das palavras e das rimas. Foi ele o primeiro a acreditar que seus sonhos dariam certo sem precisar de sua família, mas porque ele acreditava na verdadeira Belly Barkin e não na imagem de auto-depreciação que ela criava. O primeiro a despir seu corpo de suas roupas antes da alma e também em deixar seus sentimentos em destroços e as emoções uma completa desordem.

E em um mundo que para ela tudo parece ser preto e branco, tons frios e pinceladas leves, são as últimas coisas que deseja, porque mesmo que Belly tentasse ser quem ele queria que fosse, a verdadeira Belly, apenas os detalhes que ela não aprovava em si, o atraia.

Jeon Jungkook era, o que se pode dizer, um garoto perdido. Nas sombras do seu quarto. Em sua própria poesia melodiosa com sonetos apaixonantes e gosto amargo de um amor doloroso. E era manipulador, sem nem mesmo perceber. De todos os amores que já sentiram e que podem reinventar, nenhum deles foi capaz de ofuscar as chamas em seu peito pela música e palco.

Dizem que você só consegue se apaixonar de verdade uma vez na vida. Que só haverá um amor verdadeiro, mesmo que você não case com ele, nunca haverá uma possível comparação. A música sempre foi o único amor e maior paixão do Jungkook. Belly sempre foi pequena demais para ocupar um lugar grande no coração de alguém, sabe disso.

O som do toque no celular a tirou dos devaneios. Ergueu o rosto entre as pernas, secou algumas lágrimas teimosas e sentiu que suas mãos meladas de tinta agora também melou seu rosto. Correu para a sala onde está o seu celular e não chegou a tempo de atender a chamada de Jimin. São uma e quarenta da manhã. O que pode ter acontecido para que ele a ligasse? Torcia para que não fosse nada com ele e muito menos com o Taehyung, mesmo que saiba que o amigo também sofre do mal que é trocar o dia pela noite.

Mas não houve tempo para retornar a ligação. Jimin foi mais rápido que ela e uma mensagem foi enviada, dizendo que precisa vê-la após o turno na loja, na Academia e que depois poderiam sair para jantar a velha sopa de sempre. Gostam de compartilhar dessa janta típica para o inverno até mesmo no verão. Belly fungou antes de responder com um hang loose* e jogou o celular de volta no sofá.

Ergueu seu rosto e viu seu reflexo no aparador que herdou do seu avô, assim como grande parte das coisas "velhas" que há em sua casa. Viu uma adulta de vinte e quatro anos com cabelos descabelados e melados de amarelo e rosto inchado e vermelho pelo choro. Mas nada é pior do que o estado do maltrapilho que veste, com alguns furos no shorts, e seu corpo quase que completamente imerso numa aquarela de cores sem lógica e pontas dos dedos negros pelo tom que o carvão soltou quando o segurou com força no ateliê.

Estava patética.

Na verdade, Belly Barkin é patética por dentro e por fora.

🌻

*Hang loose: 🤙🤙🏻🤙🏼🤙🏽🤙🏾🤙🏿

Quanto tempo, meus queridos raios de sol! Fiquei com saudades. Como estão? Vi que temos novos leitores: Obrigada!💛🧡

Me desculpem, caso encontrem algum erro de gramatical. Eu particularmente não gosto desse capítulo pelo conteúdo arbodado, mas ele foi necessário :)

Me digam o que acham do Jungkook ser o ex da Belly. No futuro vocês vão saber mais sobre ele, porque aqui ficou algo um pouco vago.

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