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A grande Dama II

Neferet caminhou com passos largos até se afastar do salão principal por um corredor mal iluminado. Quando considerou a distância segura sugou o máximo de ar para os pulmões e tentou controlar a emoção, faziam cerca de trinta anos que não via Khalid. Ele a fez prometer que não o procuraria ao perceber que levaria mais tempo do que imaginava para pagar sua dívida com Anubis e finalmente estar liberto daquela maldição. Lhe deu mais outro que o suficiente para deixar a casa de Jafar e iniciar uma nova vida longe do Egito, mas ela jamais conseguiu deixar aquele lugar. Era sua casa, a única que conhecia, sem Khalid não havia motivos para tentar algo diferente do que nasceu para ser. Sentiu uma lágrima solitária escorrer pelo rosto e limpou rapidamente fazendo-a observar as mãos magras e enrugadas cobertas por anéis e pulseiras. O peso do tempo havia lhe alcançado e mesmo gozando de uma saúde invejável a qualquer mulher da sua idade, sabia que não lhe restavam muitos anos a frente. No entanto, Khalid permanecia exatamente igual ao dia que o conheceu, pelo menos na aparência. Já que seus olhos pareciam ainda mais sem vida do que no dia que se despediram. A dama se recompôs e retomou sua postura altiva caminhando até um dos últimos quartos da casa. Ali viu a jovem Willa provando uma de suas criações, um vestido azul egípcio, trabalhado com contas que foi ajustado perfeitamente ao seu corpo magro.

一 Ficou ótimo em você.一 Disse se aproximando da jovem que tinha um olhar entusiasmado.

一 Sim ele lindo! 一Willa respondeu empolgada 一 geralmente tudo fica grande em mim.

一 Meus vestidos são ajustáveis, temos muitas moças vivendo aqui, devem caber em qualquer uma. Mas é claro que esse vestido, não é pra qualquer uma.  一 observou Neferet levando a mão na saia plissada 一 Este pigmento é extremamente raro e caro.一 Falou fazendo Willa arregalar os olhos e se por a retirar o vestido. 一Oh não querida, isso não é nada pro seu senhor, lhe garanto. Então, diga-me de onde você veio? De longe se vê que não é egípcia.

一 Eu estava com os Arameus, antes do reino ser tomado pelo faraó, mas sou persa.一 respondeu a garota impondo a voz com certo orgulho. 

一 Ah! Que interessante, exótica.一 Falou segurando o queixo da garota com a ponta dos dedos. 一 Tem um belo rosto, tenho certeza que será de grande valor pra está casa.

一 O que?一 Perguntou Willa sem entender.

一 Oh seu senhor não lhe contou? Que depois da festa em honra ao príncipe, será uma das moças de casa de Jafar? Não é maravilhoso? 一 Disse com um sorriso provocativo, fazendo Willa estremecer. 一 Dizem que as persas dançam lindamente, estou ansiosa em começar a treina-la, se bem que com esses olhos coloridos e corpo jovem, não precisará de muitos talentos para ser uma das favoritas da casa. 

Embora não tivesse entendido ainda que tipo de lugar era aquele, o tom de Neferet era inconfundível. Era um prostíbulo, assim como a casa de cerveja onde a pobre Alena vinha servindo e das de conforto que ouvia em cochichos no império arquemita, sentiu os olhos marejarem porém segurou as lágrimas respirando profundamente. Não entendia o porquê de Khalid querer abandona-la ali, depois de ter a protegido e poupado sua vida mesmo em sua forma demoníaca.  Por um momento imaginou que talvez de alguma forma, havia tocado seu coração, trazido para fora a pouca humanidade que ainda restava nele, mas estava enganada. Ele sabia bem que ele preferia a morte do que uma vida desgraçada como aquela, mesmo assim estava a entregando aquele lugar que por mais bonito e requintado que fosse não havia nada além de vergonha. Mas estava cansada de implorar e humilhar-se para ganhar a simpatia de seu senhor, coisa que um persa jamais deveria fazer. O tempo com os Arameus a tornou fraca, complacente de seu destino, mas o sangue dos reis corriam em suas veias fazendo seu coração pulsar e jamais deveria ter esquecido disso. Mesmo que tivesse nascido mulher, vinha de uma linhagem de guerreiros, seu pai para garantir que seu trono não fosse questionado não apenas deu a sentença como sangrou a garganta dos próprios irmãos, lutou a frente de seu exército em todas as batalhas que o reino enfrentou e nenhum homem era capaz de sequer olha-lo nos olhos sem prévia permissão. Ele era forte e astuto, e ela era sua semente mesmo não sendo mais uma princesa, honraria o sangue que a gerou.

一 Você está bem? 一 perguntou Neferet com um leve sorriso satisfeito em perceber a alegria de Willa desmoronar diante de seus olhos.

一 Estou. Vou querer aquele vestido também 一 Falou apontando para aquele que imaginou ser o mais caro entre os que lhe mostraram 一 e jóias, uma mulher precisa dessas coisas para conhecer um príncipe do Egito 一 Disse a garota com firmeza fazendo a dama lhe deferir um olhar de curiosidade.

一 Tudo que quiser querida, mas antes você precisa de um bom banho e perfume, tem estar a altura daquele vestido.

一 Eu estou, sou a princesa da Pérsia.

***

Baketamun andava ansioso de um lado pro outro na sacada de seu novo aposento. O silêncio sepulcral do palácio havia sido substituído pelo som ruidoso da multidão que já se acumulava fora dos portões do complexo. E dentro do palácio o volume de servos, funcionários e nobres já havia aumentado consideravelmente mesmo faltando horas para o anúncio do faraó.

一 Príncipe一. Ouviu uma voz de sua mãe lhe chamar e quando se voltou a ela a viu de cabeça baixa.

一 Não faça isso mãe, ainda sou eu, seu menino. 一  Ele disse se aproximando da mulher e pegando suas mãos.

一É o príncipe herdeiro agora, Isetnefret é sua nova mãe e eu vim apenas me despedir.

一 Se despedir? 一 O jovem questionou com ansiedade.

一 Isetnefret acha uma boa ideia que eu sirva no templo de Isis em Karnak, 一disse que minhas orações serão de grande valia para seu futuro reinado. 一A mulher falou com um sorriso choroso 一 E pelo tom que ela usou, sei que não foi uma sujestão ou convite. Partirei hoje mesmo.

一 Está se livrando de você, ela não pode fazer isso. 一 O garoto respondeu sentindo o peito acelerar, a mãe era tudo que tinha. Bem se sabia que a vida no harém real era como viver num ninho de cobras e os irmãos com quem brincava na infância seriam os mesmos a enfiar um punhal no seu estômago, caso isso lhes trouxesse alguma vantagem dentro da realeza.

一 Ela pode e não sou a grande esposa, se algo acontece com o rei haverá um impasse, não pode haver duas rainhas mãe? Entende? 一 Explicou a mulher.

一 O faraó deveria eleva-la ao cargo de grande esposa já que me escolheu.一 o garoto se afastou auma das janelas irritado一 É o justo! A rainha é uma árvore seca.

一Deveria, mas ele não fará isso. Isetnefret lançou um feitiço sobre o faraó, não importa quantas mulheres ele tenha, ela sempre será única para ele. Já aceitei isso. 一 Ela falou com um longo suspiro colocando as mãos na lateral do rosto do jovem. 一Você é tão bonito, não quero esquecer o seu rosto.

一 Não vai... Eu prometo que eu lhe trarei de volta, assim que tu tiver poder o suficiente. Eu juro que não vai passar a vida reclusa em um templo minha mãe.

一 Está tudo bem, eu sou a mãe do futuro rei a rainha querendo ou não, sei que serei tratada como a própria mãe do Hórus. Mas sentirei sua falta, todos os dias. 一 Ela disse e rapaz juntou as mãos dela e beijou as com carinho. 一Tenha cuidado, jamais correu tanto perigo como agora. Muitos tentarão tomar o teu lugar, fique de olhos abertos e lute pelo poder que foi lhe entregue porquê não há mais outro caminho pra você. Só existe dois destinos a um príncipe herdeiro, o trono ou a morte, me prometa que será a coroa de duas terras na sua cabeça e não uma máscara mortuária! Me promete filho!

一 Eu prometo mãe, vou proteger meu lugar aqui, custe o que custar.

***

一 Está demorando demais 一  Disse Abdul a Nief a nova aquisição da casa de Nebhotep.

一 Se me ajudasse não demoraria tanto.一 Respondeu a garota magra de cabelos longos e encaracolados. Há três dias a jovem Nief tinha sido entregue ao general, como pagamento por uma dívida de seu pai deveria servi-lo por dois anos, assim que os débitos fossem quitados, seria devolvida a sua família.  

一 Devo treina-la. São ordens do senhor Nebhotep. Então faça o que eu digo ou conto tudo a ele e ele vai puni-la.

一 Posso levar uma chicotada ou duas, mas não vai chegar nem perto do que ele vai fazer com você se souber que anda roubando.

一Do que está falando?

一 Das medalhinhas e pedras que nossa estimada senhora perde de suas roupas.

一 Está louca! 一 Ralhou Abdul.

一Não estou, apenas observo. Então me ajude com isso e pare de agir como se fosse meu senhor porquê eu estou aqui por uma dívida de meu pai, o senhor Nebhotep não é dono da minha vida como é da sua. E quando eu pagar o que devo, serei livre novamente e você ah... Bom eu duvido que esteja vivo até a próxima cheia 一 zombou garota e Abdul empurrou-a tomando-a pelo pescoço, prensando contra o carroção.

Nief arregalou os olhos, sentindo o ar começar a faltar nos pulmões. Tentou empurrar o rapaz pelos ombros, mas apesar de sua aparência fragilizada, ainda assim ele era muito mais forte que ela. A pressão em seu pescoço era tamanha que nem sequer podia gritar por ajuda. Quando as forças começaram a falhar, finalmente ele a soltou, fazendo-a lutar para recuperar o ar com toda a força que tinha. Um bofetão ardeu em seu rosto e novamente sentiu o corpo prensado contra a carroça. Dessa vez, o rosto queimado de Abul encarava o dela tão próximo que podia sentir seu hálito de cebola e mel, a única coisa que o senhor permitiria que ele comesse nos últimos dias.

一 Não ter alguém que seja dono da sua vida não torna você imortal, Nief. Você dorme ao meu lado e eu durmo muito pouco. Há muitos escorpiões, aranhas e cobras venenosas por aqui, seria uma lástima se uma delas a visitasse em seu catre. Me ouviu?"

一 Sim 一 disse a garota trêmula. 一Eu escutei.

一  Ótimo. Agora terminei de tirar os presentes do príncipe da carruagem. Rápido  一 disse Abdul, soltando a garota com violência.

Depois de descarregarem os presentes e instalarem o general e sua família em um dos quartos cedidos pelo palácio, Nebhotep ordenou que ele ajudasse os servos reais com a organização dos festejos, o que para Abdul era uma verdadeira dádiva. Além de conseguir beliscar algo além de cebolas, nada pagava o prazer de estar longe do general e de sua satisfação incansável em torturá-lo. O burburinho causado pela chegada de Khalid ao palácio logo chegou aos seus ouvidos, e ele não demorou a procurá-lo na esperança de encontrar Willa. Ir ao encontro que marcou com a moça no templo custou-lhe uma surra, e ela não apareceu. Temia que algo tivesse acontecido.

Abriu caminho entre os servos que preparavam o pátio, queimando plantas perfumadas e adornando tudo com flores, tecidos coloridos e velas. Uma imensa mesa de madeira era montada ao centro, rodeada por obeliscos banhados a ouro. Viu o cortejo de nobres e militares avançando pelo pátio e não demorou a pôr os olhos no general mais famoso do Egito. Vestido com uma túnica de branco puro, um manto vermelho pousava imponente sobre seus ombros largos, ele ajudou Willa a descer de seu cavalo negro a colocando chão com certa delicadeza que parecia incompatível com a rigidez de sua postura.
A jovem estava imersa em um esplendoroso vestido de linho fino. Pedras preciosas, cuidadosamente incrustadas, cintilavam à luz do sol. Seu longo cabelo, era meticulosamente penteado e adornado com joias reluzentes, um colar de ouro maciço envolvia seu pescoço gracioso. Um véu transparente, tecido com fios de prata, envolvia-a, adicionando uma aura de mistério à sua beleza radiante. Seus olhos, delineados com kohl escuro, brilhavam como a sabedoria dos faraós, enquanto seus lábios, tingidos com um tom suave de vermelho, exalavam uma feminilidade majestosa. Abdul sentiu seu peito acelerar, apesar de apreciar a companhia da garota ela sempre lhe pareceu tão infantil que sua beleza parecia se apagar entre as moças mais velhas da fortaleza de seu pai.

No entanto agora percebeu que os olhares imediatamente se voltaram para os dois, mas desta vez, Abdul teve certeza de que não era o misterioso general o centro das atenções. Como uma estrela brilhante em uma noite escura, Willa tomou para si a admiração e a curiosidade de todos ali presentes.

一 Está quieta, não disse uma palavra na viagem toda. Gastar o meu ouro te deixou muda? 一 Khalid disse ao entregar seu cavalo a um soldado.

一 Sua namorada quem me vestiu, reclame com ela 一  disse com uma rispidez que causou estranheza em Khalid.一 Ela é um pouco velha pra você.

一  Está errada, eu sou velho demais para ela. Agora volte a ficar em silêncio, é muito mais agradável de boca fechada.

一 Senhor Khalid, por favor, me acompanhe.一 Um sacerdote vestido em uma longa túnica branca se aproximou com um sorriso afável  一 Vou levá-los até os aposentos reservados para você. Ah, sugiro que não beba muito nos festejos desta noite. Amanhã cedo o faraó marcou uma reunião com o alto escalão e o príncipe herdeiro. Por aqui, por favor.

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