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A espada do Faraó

Aham Naharim
Fronteira de Assur
1200 aC

O som dos alaúdes preenchia o salão da imensa construção de pedra e barro. Os homens falavam alto enquanto algumas dançarinas em vestes coloridas se apresentam ao centro segurando chocalhos e estatuetas do deus Seth, honrando - o e agradecendo pelas vitórias dos últimos dias.

A última fortaleza Arameia, estava aos pés do faraó e seus guerreiros, a casa, os filhos e povo do rei Tuaregue agora pertenciam ao rei do Egito e a glória resplandecia no rosto cansado de cada soldado aquela noite.

Longe da festa, em um quarto reservado adornado com tecidos de diversas cores e almofadas bordadas, Merneptah terminava de se vestir com auxílio de duas servas de rostos assustados e cabeças baixas. Enepu, a mais velha, serviu ao rei Tuaregue e sua rainha nos últimos quinze anos, ambos estavam mortos e o motivo de de ainda estar viva não lhe causava orgulho. Assim como muitos, clamou pela própria vida e de sua família, traindo seu rei e entregando as entradas da fortaleza dos Arameus aos inimigos estrangeiros.

一 Meu senhor, ele está aqui 一 disse o guarda ao se aproximar de cabeça baixa e recebeu um leve inclinar do rosto de seu senhor como resposta.

O guarda deixou o recinto em poucos minutos voltou na companhia de dois homens. Em vestes brancas o vizir já ancião, aproximou-se do rei curvando -se em respeito, lhe oferecendo uma adaga negra sobre uma almofada vermelha.

一 Pertenceu ao rei Tuaregue, meu senhor. Aceite como um presente de seu general Khalid, demonstrando sua lealdade e respeito ao Hórus vivo 一 pronunciou o vizir e o rei voltou seu olhar a figura postada logo atrás dele.

一 Já pode ir vizir 一 respondeu o rei de crânio raspado ao contemplar o homem em um gibão de couro negro e olhos acinzentados a sua frente.

一 Tem certeza meu senhor? 一 o velho questionou ao ver o rei tomar a adaga em mãos.

一 Prepare todos pra a chegada de seu rei, em breve poderão contemplar a companhia do senhor das duas terras.一 respondeu em tom altivo ainda a encarar o homem postado a sua frente. Dispensou as servas logo em seguida e vestiu os dois braceletes de ouro maciço com pequenas peças de lápis azuli encriptados antes de voltar a atenção ao comandante.一 Parece mais alto da última vez que nos vimos, Khalid 一 disse com um leve sorriso.

一 Na verdade você era mais baixo, meu senhor 一 respondeu com um olhar acolhedor.

一 O vizir teme você, acha que é uma ameaça ao meu reinado, acha que devo matá-lo.

一 Eu lhe agradeceria se conseguisse, outros já tentaram e alguns devo admitir, foram muito criativos, mesmo assim, ainda estou aqui. De qualquer forma, eu sirvo aos deuses assim como meu senhor e o vizir, não entendo porque eu seria uma ameaça.一 pronunciou Khalid dobrando um dos joelhos diante do rei que chegou-se e tocou o topo de sua cabeça.

一É bom vê-lo, meu amigo. Levante-se, não precisamos destes protocolos. 一 Disse o rei estendendo a mão ao guerreiro.

一 Da última vez que nos vimos, não era o faraó.

一 Naquela época não imaginava que um dia essa coroa estaria sob minha cabeça, não é algo que me cause tanto orgulho como deveria 一 disse retirando a coroa com uma serpente e um abutre dourado com olhos vermelhos da cabeça e pousando sobre uma pequena banqueta de madeira 一 Os deuses tem castigado minha família nos últimos anos, meu pai, quatro irmãos, duas esposas e uma filha, todos levados através do grande Nilo pela barca de Anúbis.

一 Lamento suas perdas Menerptah, podemos não entender a vontade dos deuses, mas não temos outra escolha, senão seguirmos seus desejos. Nem sempre fui temetente aos deuses, mas aprendi da pior forma que sempre temos muito mais a perder do que eles.

一 Dizem que pode falar com Anúbis, o grande chacal, é verdade? 一 questionou o rei curioso levantando a sobrancelha.

一 Quando é do desejo dele, meu senhor 一 respondeu o homem de cabelos negros encaracolados ao ver o rei tomar a adaga negra em punho e se aproximar lentamente.

一 Da próxima vez que o vir, pergunte-lhe o que ele deseja de mim, acha que pode fazer isso, amigo?一 disse o rei com um sorriso fraterno.

一 Eu posso tentar, meu ...一 antes que pudesse terminar Khalid sentiu o frio cortante do aço do punhal adentrar suas entranhas, o calor do sangue emergir entre o couro e a pele e o golpear que subiu lascerando suas entranhas até quase alcançar o peito. Encarou os olhos frios de seu senhor e instintivamente seu corpo recuou, cambaleando para trás logo em seguida, sentindo a vida esvair-se com o sangue vivo que escorria do couro pelas pedras acinzentadas da alcova.

Despertou dois dias mais tarde, ainda com um incômodo agudo sobre o estômago, mirou o teto de tecido grosseiro e reconheceu ser sua tenda, uma ocupação modesta porém confortável ao ser comparada com o que era oferecido aos soldados de baixo escalão, durante os meses de batalhas a serviço do faraó. Forçou-se para sentar-se e a primeira coisa que avistou foi a túnica azul movimentar-se em direção ao leito. Merneptah, agora em uma túnica simples, um mené branco, usava apenas um colar de contas coloridas sobre os ombros e ainda impunha o sorriso amigo de antes de enfiar um punhal em seu ventre.

一 Não se levante, imagino que mesmo um homem que pode voltar infinitas vezes do mundo dos mortos, precise descansar 一 o rei proferiu em um tom calmo.

一 Eu nunca estive no mundo dos mortos, não há volta para aqueles que atravessam o rio 一 disse com a voz sussurrada.

一 Espero que possa me perdoar pela minha... Curiosidade. 一 Menerptah arqueou a sobrancelha escura 一 Você o viu? Ele falou com você? 一 o rei sentou-se a cama ao seu lado.

一 Se o vi, não me lembro 一 respondeu e viu a decepção pairar sob os olhos do jovem rei.

Khalid conheceu Menerpta ainda menino, alguns anos depois dele jurar sua espada ao antigo faraó. O garoto, junto de seu irmão mais velho Ardupta, foram colocados a sua tutela para que fossem treinados na arte da guerra. Jamais imaginou que um dia o veria com a coroa das duas terras sobre a cabeça, mas não parecia ter restado muito do menino franzino de olhar assustado e desejos questionáveis. Menerpta, agora carregava o mesmo olhar firme de seu pai, ombros fortes e uma postura austera digna de um verdadeiro Deus rei.

一 Perdoe-me por fazê-lo perder a magnífica festa a qual não teria sido possível sem seus serviços 一 disse se levantando 一 no entanto, não lhe privarei de seus despojos de guerra 一 o rei sorriu se encaminhando a fenda de entrada da tenda e em segundos, quatro carregador traziam uma arca de madeira recheada de tesouros reluzentes que fariam os olhos de qualquer homem se encher do mais puro brilho. Mas não os de Khalid, e Menerpta percebeu no mesmo instante que os olhos de um homem morto, preso a um corpo vivo, não se impressionavam tão facilmente e de certa forma aquilo o assustava.

A fama de Khalid já se espalhava pelos quatro cantos do Egito, o escolhido dos deuses que não podia morrer e sim, o vizir tinha toda razão em considerá-lo uma ameaça. Reis usurpadores foram coroados por muito menos, a fé movia as duas terras assim como as rodas movimentavam os carros de guerra. Khalid já tinha o respeito do exército e o amor do povo, a única coisa que lhe faltava era a aprovação dos sacerdotes e esta aliada as conquistas que trazia ao Egito nos últimos anos, eram o que impedia Menerptah de trancá-lo em uma prisão pela eternidade, dito que continuava a ser recusado no mundo dos mortos.

一 Deixei o mais precioso dos presentes para o final 一 sorriu o rei quando um guarda arrastou uma menina de rosto machucado que foi obrigada a ficar de joelhos a frente dos dois 一 Lhe apresento Willa, princesa da Pérsia. Estava aqui para se casar com o príncipe Abdul, mas creio que ele esteja um tanto morto para desposa-la. Ela tem um rosto gracioso, não acha? 一 Disse segurando o queixo da jovem apavorada com a ponta dos dedos.

一 Devia mandá-la de volta a Pérsia, há muitos anos não há conflitos significativos com os Persas, enviá-la de volta a seus pais seria um sinal de respeito e amizade.

一 Somos egípcios, o maior e mais rico povo de toda a terra, não necessitamos buscar a simpatia de ninguém além dos deuses. 一 falou o faraó voltando se a Khalid 一 Os persas estão reunindo forças, há anos treinam e equipam seus exércitos os deixando mais fortes, vem estendendo seu território pela Mesopotâmia de forma exorbitante. Quanto tempo acha que levará para decidirem conquistar um inimigo a altura?

一 E serão combatidos se vierem a se tornar uma ameaça, mas um bom rei evita guerras desnecessárias, meu senhor.

一 Quer me dizer como governar meu reino Khalid?

一 Jamais ousaria tamanho insulto, meu faraó.

一 Pois bem, meu amigo. Não se trata de proteger as duas terras e sim de crescer, de conquistar e que momento mais glorioso pra isso do que este? És a minha espada, juntos teremos o mundo aos nossos pés. Este é seu destino Khalid, um homem que não pode morrer, apenas pode trazer a morte. 一 Merneptah fez uma pausa brando o olhar novamente a garota chorosa de pulsos amarrados 一 Aceite meu presente general ou a entregarei a outro 一 disse o soberano em tom de ordem e Khalid assentiu com a cabeça. 一 descanse precisa estar totalmente recuperado, mais batalhas o esperam.

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