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Capítulo 39: Fim ou Recomeço?

Laura sabia que, em algum momento, teria que enfrentar Andrew novamente. Desde que pediu demissão da emissora, evitou qualquer contato com o mundo que ele habitava, focando em reconstruir sua vida longe das sombras do reality show. No entanto, o destino parecia ter outros planos para ela.

O reencontro aconteceu de maneira inesperada. Laura estava em uma cafeteria no centro da cidade, a mesma onde costumava ir para escrever suas ideias e fugir dos olhares curiosos que ainda a seguiam ocasionalmente. Ela estava distraída, perdida entre rabiscos em seu caderno e goles de café, quando ouviu aquela voz familiar.

— Não imaginei que você ainda viesse aqui.

Seu corpo enrijeceu instantaneamente. Ela ergueu os olhos e viu Andrew parado à sua frente, com as mãos nos bolsos e uma expressão que misturava surpresa e cautela. Ele estava tão impecável como sempre, mas havia algo diferente em seu olhar, uma melancolia que ela não conseguia ignorar.

— Andrew... — murmurou, sem saber ao certo como reagir.

Ele puxou a cadeira à sua frente e se sentou, sem pedir permissão, como se soubesse que aquele encontro precisava acontecer.

— Pedi demissão — ela disse, como se precisasse justificar o motivo de não o ter procurado.

Ele acenou com a cabeça, olhando para o caderno aberto na mesa. — Eu soube. Achei que talvez fosse para sempre.

— Foi o melhor que eu pude fazer — ela respondeu, desviando o olhar para a janela. — Não tinha como continuar lá depois de tudo.

Andrew permaneceu em silêncio por um momento, observando-a. Ele parecia estar tentando encontrar as palavras certas, algo raro para um homem que sempre tinha uma resposta pronta.

— Eu nunca te agradeci — ele começou, surpreendendo-a. — Pelo o que você fez no final do programa. Transformou toda aquela bagunça em algo... humano.

Laura o encarou, confusa. — Não foi um favor, Andrew. Foi o certo a se fazer. E eu precisava ser honesta.

— E eu não fui — ele admitiu, sua voz carregada de arrependimento. — Usei você para salvar minha própria pele, para proteger o programa, a emissora... tudo, menos você.

Ela respirou fundo, sentindo a dor ainda recente se reacender. — Não vamos fingir que isso foi só culpa sua. Eu escolhi me meter nisso, Andrew. Fiz minhas escolhas e paguei o preço.

Ele assentiu, olhando para ela com intensidade. — E o que você fez depois foi corajoso. Foi mais do que eu fui capaz de fazer.

Laura sentiu o peso das palavras dele, mas se recusava a se deixar levar por qualquer emoção que pudesse complicar ainda mais sua vida. Ela precisava se manter firme, mesmo que o coração parecesse trair sua determinação ao bater mais rápido na presença dele.

— Por que está aqui, Andrew? — perguntou, finalmente.

Ele hesitou, e pela primeira vez desde que o conhecia, parecia vulnerável. — Porque acho que nunca te disse o que realmente senti.

Laura engoliu em seco, desviando o olhar. — Não precisa. O passado já é complicado o suficiente.

— Talvez, mas às vezes, o passado é tudo o que temos para entender o presente.

Ela ficou em silêncio, sentindo a intensidade do momento crescer. Andrew parecia mais humano do que jamais vira antes, mas ela sabia que não podia se deixar levar tão facilmente. Não depois de tudo o que aconteceu.

— O que você quer, Andrew? — perguntou novamente, sua voz mais firme desta vez.

Ele suspirou, como se estivesse reunindo coragem para dizer algo importante. — Quero saber se ainda há espaço para nós dois.

Laura sentiu o impacto daquelas palavras como um golpe no peito. Ela não sabia a resposta, mas uma coisa era certa: aquele encontro era apenas o início de algo que ambos ainda precisariam enfrentar.

Laura desviou o olhar para o caderno aberto à sua frente, as palavras rabiscadas parecendo insignificantes diante do peso do que Andrew acabara de dizer.

— Espaço para nós dois? — repetiu, quase como se precisasse processar as palavras. — Andrew, você sabe que não é tão simples assim.

Ele recostou-se na cadeira, os olhos ainda fixos nela, como se tentasse decifrar seus pensamentos. — Eu sei que nada sobre nós foi simples, Laura. Mas talvez, por isso mesmo, valha a pena.

Ela soltou um riso fraco, incrédulo. — Você tem noção de como isso soa? Depois de tudo o que aconteceu, de tudo o que foi dito e feito, você aparece aqui e... o quê? Espera que eu acredite que ainda existe um "nós"?

Andrew passou as mãos pelos cabelos, visivelmente frustrado. — Não espero que seja fácil. E, sinceramente, eu nem sei se mereço isso. Mas... desde que você saiu, parece que algo está faltando.

Laura fechou o caderno e cruzou os braços, tentando proteger a si mesma do que estava sentindo. — Andrew, você só sente falta porque perdeu o controle da situação. Você não está acostumado a não ser o centro de tudo.

Ele franziu o cenho, como se as palavras dela o atingissem em cheio. — Talvez você esteja certa. Talvez eu seja egoísta. Mas o que eu sinto por você... não é só sobre controle.

Ela o encarou, os olhos buscando alguma verdade na expressão dele. Andrew parecia genuíno, mas isso não era suficiente para apagar as cicatrizes que ele ajudara a criar.

— Você diz que sente algo por mim, mas o que isso significa, Andrew? — perguntou, sua voz carregada de emoção. — Significa que você está disposto a deixar de lado o homem narcisista e controlador que sempre foi? Que está disposto a ser vulnerável, a correr riscos de verdade?

Ele ficou em silêncio por um momento, os olhos nunca deixando os dela.

— Significa que estou disposto a tentar — respondeu, sua voz grave e sincera. — Não posso prometer ser perfeito, Laura. Mas posso prometer que quero ser melhor. Por você.

As palavras dele ficaram no ar, pesando sobre ela como uma decisão que não podia ser tomada levianamente. Laura respirou fundo, sentindo uma mistura de emoções que ameaçava transbordar.

— Eu não sei, Andrew. Não sei se consigo confiar em você novamente. Não sei se consigo confiar em mim mesma para tentar.

Andrew inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos na mesa. — Eu não estou pedindo uma resposta agora. Só queria que você soubesse.

Laura desviou o olhar, a garganta apertada. Ele sempre soubera como fazer as palavras certas soarem como promessas, mas ela não podia esquecer o preço que pagara por acreditar nele antes.

— Eu preciso de tempo, Andrew. — Finalmente, ela o encarou novamente, a decisão firme em sua expressão. — E você também precisa.

Ele assentiu, mesmo que a dor fosse evidente em seus olhos. — Eu posso esperar.

E, com isso, ele levantou-se, parecendo relutante em deixá-la. Mas Laura sabia que precisava desse espaço, desse tempo para descobrir quem ela era fora das sombras de Isla, fora das complicações que Andrew sempre trazia consigo.

Quando ele saiu da cafeteria, Laura sentiu um peso estranho no peito. Algo que era uma mistura de alívio e tristeza. Talvez o começo de algo novo, ou o encerramento de um capítulo que nunca deveria ter sido escrito. 

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