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Capítulo 32: Quando o Amor Dói

Laura se trancou em casa, afastando-se de tudo e de todos. As mensagens de apoio que tentaram lhe enviar se perdiam em meio ao turbilhão de sentimentos que ela não sabia mais como lidar. As redes sociais, antes cheias de admiração como Isla, agora estavam repletas de críticas amargas. A mentira, a farsa que ela havia criado, era exposta para todos verem, e ela não podia mais fingir que nada estava errado.

Nos primeiros dias, ela tentou ignorar os comentários, tentando focar nas coisas que poderia controlar. Mas a realidade era implacável. As palavras das pessoas, as acusações, tudo começava a corroer sua sanidade. O peso de sua própria culpa a esmagava. Ela sabia que tinha criado uma mentira que tomou proporções inimagináveis, mas o que a feriu mais foi a forma como as pessoas ao seu redor reagiram. A emissora, que antes a aplaudia, agora só falava dela com desprezo nos bastidores. Ela estava sendo usada como um peão em um jogo onde as peças se moviam sem nenhum respeito por sua humanidade.

Andrew, por sua vez, a tratava com uma frieza cortante. Cada encontro com ele era marcado por um gelo insuportável. Ela se sentia invisível, como se, de alguma forma, tivesse desaparecido aos olhos dele. A máscara que ela usara como Isla havia sido retirada, e com ela qualquer chance de encontrar algum tipo de conexão verdadeira com ele. Ele estava distante, indiferente, como se ela fosse apenas uma parte do espetáculo, uma peça descartável do show. E isso a feria de um jeito que ela não esperava.

As noites eram as mais difíceis. Laura sentia um vazio crescente em seu peito, um buraco que parecia não ter fim. Ela havia perdido o controle, a identidade de Isla que ela construíra se tornara mais real para ela do que ela mesma poderia admitir. As constantes críticas à sua imagem, somadas ao desprezo que Andrew demonstrava, eram demais para ela suportar. As noites se transformaram em um ciclo de solidão e desesperança, onde ela se via em um espelho distorcido, incapaz de reconhecer quem ela realmente era.

Em um dos dias mais sombrios, enquanto olhava pela janela de seu apartamento, ela sentiu um nó na garganta. Sentia-se aprisionada em sua própria vida, presa em uma mentira que, ao mesmo tempo, a salvou e a destruiu. Os flashes de Isla a consumiam. A mulher que ela se tornara não era quem ela queria ser, e agora parecia tarde demais para voltar atrás. Ela estava à mercê do jogo, mas também à mercê das expectativas que ela mesma criara.

Laura tentou sair, tomar ar, mas logo foi interrompida pelos murmúrios de funcionários da emissora nas ruas. Eles comentavam sobre a sua queda, sobre como ela havia sido desmascarada, e como Andrew agora estava distante de tudo o que envolvia Isla. O peso da vergonha e da culpa a engoliu ainda mais fundo. Ela não conseguia ver uma saída. A vida que ela havia construído parecia não ter mais propósito.

O telefone tocou em sua mesa, mas ela não teve coragem de atender. Quando o fez, era uma voz familiar, mas que agora a soava fria e distante. Era Estela, a secretária de Andrew.

— Laura... Andrew está pedindo para que você se apresente na emissora amanhã. Ele quer uma reunião.

O silêncio entre elas foi longo. Laura pensou em recusar, em se esconder ainda mais de todos, mas a realidade a puxava de volta. Ela sabia que, no fundo, essa era sua última chance de tentar resgatar algo daquilo que restava de sua dignidade. Mas algo dentro dela estava quebrado. Ela estava quebrada.

— Eu não posso mais, Estela. Eu não aguento isso... — sua voz falhou.

Estela, com a frieza de quem já viu muito naquele mundo, tentou suavizar a situação. — Não seja tola, Laura. Você não pode simplesmente desaparecer. Isso não vai ajudar. Andrew está esperando uma explicação. Ele sempre espera algo. Não podemos deixar isso se arruinar ainda mais.

Mas Laura já não sabia mais o que esperar de si mesma. Ela não conseguia ver uma saída. A farsa que ela criou parecia agora mais forte que ela mesma. E quando pensava que já havia tocado o fundo do poço, ela sentia que havia ainda mais para cair. Ela não queria mais ser Isla. Ela não queria mais viver sob essa máscara. Mas, ao mesmo tempo, ela não sabia como se desvencilhar disso.

A mentira que ela criou a engolira por completo, e a verdade, que agora parecia inalcançável, a destruía por dentro.

Laura entrou na emissora, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros. Cada passo parecia mais difícil do que o anterior, como se o próprio ar estivesse mais denso, mais opressor. O prédio que, antes, parecia acolhedor, agora parecia um labirinto de falsas promessas e olhares desconfiados. Ela ainda sentia o olhar de todos em cima dela, como se pudesse ver através de sua pele, enxergando o caos que ela estava tentando esconder debaixo da fachada de Isla.

Ao entrar na sala principal, onde a produção estava reunida, ela viu Andrew sentado à mesa, com seu ar frio e calculista. Ele estava em frente a uma tela de computador, aparentemente analisando algo. Quando ele a viu, não houve nem um leve sinal de emoção em seu rosto. Ele apenas levantou os olhos, olhando para ela com a mesma frieza que se tornara sua marca registrada.

— Você chegou — disse ele, sem expressão. — Sente-se.

Laura obedeceu automaticamente, o corpo tenso, os pensamentos uma confusão só. Ela sabia que nada seria como antes. Ele não a olhava mais com os mesmos olhos, e isso a machucava mais do que ela imaginava.

— Andrew, eu... — ela começou, mas foi interrompida pela voz dele, que soou cortante.

— Você tem que entender, Laura — disse ele, com um tom de comando, — o que aconteceu foi um erro. Mas isso é algo que podemos corrigir. Você sabia no que estava se metendo quando entrou nesse jogo.

Laura sentiu o peso de suas palavras, e o vazio dentro de si só aumentava. Ele estava certo. Ela havia se metido em algo muito maior do que conseguia controlar. Agora, era tarde demais para voltar atrás.

Andrew, com uma calma assustadora, girou a cadeira para ela, encarando-a diretamente. — Você vai voltar a interpretar Isla, até o fim do programa. Você sabe o que isso significa, não é? O vídeo de Dahila foi reconfigurado. Agora, as pessoas acreditam que ela está mentindo, tentando destruir a imagem perfeita de Isla. E você vai continuar no papel. Não me faça repetir.

Laura sentiu o estômago revirar, mas não disse nada. Era impossível negar o que ele estava dizendo. Ele havia revertido a situação com uma habilidade impressionante, transformando a verdade em mentira diante dos olhos do público. Agora, Dahila, que tentara expor a farsa, era vista como a vilã. A narrativa estava completamente mudada, e Isla, a personagem que Laura tentava ser, agora estava mais viva do que nunca, enquanto ela mesma se sentia como uma sombra.

— Você vai seguir o script — Andrew continuou, — tudo o que precisa fazer é manter a imagem. Se você quiser sair de tudo isso com dignidade, é isso o que você deve fazer. Porque se não fizer, as consequências serão ainda mais pesadas.

Laura sentiu uma angústia profunda apertar seu peito. Ele não tinha compaixão, não havia empatia em seus olhos. Ele estava apenas focado no que importava para ele: a audiência, o jogo, o controle.

— Eu sei o que fazer — disse ela, tentando manter a voz firme, mas sentindo sua vulnerabilidade transparecer nas palavras. — Eu entendi.

Andrew observou-a por mais um instante, avaliando cada movimento seu. — Ótimo — disse ele, antes de voltar sua atenção para a tela do computador, como se ela já não fosse mais importante. — Vamos gravar mais algumas cenas hoje. Prepare-se.

Laura se levantou, seu corpo pesado com a ordem que ele lhe dera. Cada passo que dava parecia mais um mergulho em um abismo. Ela sabia o que precisava fazer para manter a farsa, mas isso estava matando uma parte dela a cada segundo.

Ao se dirigir para o camarim, ela se encontrou sozinha por um momento, olhando para o espelho. A mulher que refletia ali não era mais Laura, nem Isla. Era uma versão distorcida de ambas, sem identidade, sem alma. Ela se vestiu novamente como Isla, colocando o sorriso forçado e a postura que Andrew exigia. Cada movimento parecia mecânico, como se sua verdadeira essência tivesse sido arrancada, deixada para trás, sem nenhum remorso.

O programa continuaria, e ela seguiria interpretando Isla, o papel que a afastava cada vez mais de si mesma. O que ela não sabia era até quando conseguiria sustentar essa mentira, até quando a fachada de Isla ainda poderia se manter intacta. Mas por agora, ela não tinha escolha.

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