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A realeza Branwen perto do grande monte de Brum onde as águas cristalinas desciam de forma leve, como plumas soltas ao vento.
Perto do grande castelo, grandes árvores e pinheiros, coberto tudo por musgos e algumas copas das mesmas, quase desciam e tocavam o seu tronco pelo peso das folhas grandes..
Havia também pequenos vagalumes, alguns pássaros, algumas pixies que voavam e traziam para realeza flores, algumas traziam frutas colhidas direto de árvores frutíferas, outras traziam água do rio Ozin e outras faziam graça somente voando perto para incomodar os lepreaks.
Todo o castelo branco bem adornado em algumas partes deste, coberto por vitrais claros e ferro cinza. Um ferro que somente eles produziam.
Isso sem mencionar o interior muito bem delineado, composto por luzes de velas e archotes pendurados nas paredes de forma sútil.
E claro, que Martin se perguntou para que tanto luxo assim, visto que o interior continha grande mesa de vidro ao centro de um lustre de cristal, que pendia de forma espiral, como se fosse gotas de chuvas, caindo até o centro da entrada.
Mais adiante do centro, bem perto do grande monte abaixo dali, se via uma janela vazada enorme, e perto desta, dois tronos brancos, feitos de madeira de alguma árvore, deles nasciam pequenas flores brancas.. e ao lado esquerdo, estava Lux, seu pai e sua irmã.. esperando eles.
Ao entrarem, a primeira coisa que foi feita foi a reverência de Elior, segundo Martin o imitando e Suz.
—És o humano que a Mater Arbor deixou entrar.. venha até mim, e me diga seu nome.
Disse Lux, Martin não deixou de analisar o ser ali, parado de forma tão formal, e ele bem que achou aquilo tudo um sonho—poderia estar sonhando?— não, era real.
Lux impressionou bastante Martin, visto que ele se vestia como se fosse para guerra, suas vestimentas típicas, mas, nada muito exagerado, porém a beleza era de fato encantadora, sua pele branca, olhos claros, cinzas.
Cabelos trancados e brancos também, claro que ele era diferente dos outros, ele era mais alto, mais robusto, e sem falar que sua voz era bem articulado.
Martin se aproximou meio receoso.
—Sou Martin, Magestade.
Lux sorriu e soltou uma risada baixa, logo acompanhado pelo resto dos outros.
—Sou somente o príncipe, Magestade é meu pai. O rei Voronwe.. como deve saber, o rei de toda ellwe.
Martin olhou para o rei sentado em um sofá coberto por flores.
O rei era velho, e lux era parecido com ele.
O rei o olhou e levantou–se e caminhou até o humano, que logicamente, estava tremendo de medo.
Já Hassan e Elainor se colocaram como duas sombras atrás do rei.
Ele olhou com um ar de superioridade e então sorriu.
— Tragam a Mater Arbor, ela saberá o que dizer.. já que este rapaz do outro lado veio até aqui, acredito que foi uma esfera azul certo?
Martin acenou para ele, isso pois a falta da fala fez todos rirem.
—Não tenha medo mero mortal.. não vamos lhe deixar na platina como muitos acham que vamos.. iremos escutar o que nossa Mater Arbor tem a dizer.
— Me desculpem, mas, o que significa Mater Arbor? eu escuto isso desde cedo e fico imaginando que seja alguém muito velho para dizer a verdade.. sem ofensas é claro.
—Mas não me ofendeu, humano.. estou aqui rei Voronwe..pode deixar que eu o examino.
Disse Mater Arbor que ao se aproximar dali, deixou Martin abismado.
Ela era uma Sidhe diferente dos demais presentes, sua pele era de um branco gelo, usava um lindo vestido branco em degradê com verde e marrom. Delicada e bem acompanhada por vários outros lepreaks que erguiam a cauda de seu vestido.
Olhos cor mel, quase tão amarelos quanto o dia ensolarado. Em sua cabeça saiam galhos, formando uma coroa de folhas e flores todas elas vermelhas.
Martin curioso olhou para ela e ela lhe deu um sorriso.
—Sua curiosidade me encanta oh humano destemido. Era você que vi em meu manto.. Martin de deserto vermelho.. reino de Abriam. Não é atoa que lhe mandei a esferal.. ela soube muito bem fazer seu trabalho.
—Esferal? A bola azul?
—Eim, está mesmo... Elas duram até concluírem sua missão, e era você Elior, Filho de Dahlay abaixo da colina Branwen, que deveria trazer até aqui, para mim.
Ela olhou para os outros e Elior se aproximou, novamente ela olhou para Martin, que meio tenso engoliu em seco.
—Pode nos dizer suas visões.. humano.
Martin encarou os olhos dela e novamente engoliu em seco. Se virando para todos que em silêncio, esperavam ele lhes dizer suas visões.
—Não faz muito tempo que tenho as visões, na verdade, começou depois que meu irmão Sayko desapareceu. Eu vejo um e vocês Sidhes, preseo em um lugar escuro, quase que como uma caverna, esse ser, sangra e me foi mostrado que ele não está lá pouco tempo, quase sem vida, mas também há mais que isso, ele está acorrentado por ferro, ferro feito por nós e numa cadeira de madeira.
Todos que estavam ali lhe encaravam apavorados, isso fez lux se agitar após o humano terminar de falar.
—Todos os guardiões estão sempre atentos sobre qualquer um que possa desaparecer. Não há como um de nós ser rapitado, sem Mater Arbor nós avisar. Sabemos sobre você humano.. mas não há como um homem qualquer entrar e sair ileso.
—Eu sei que pode ser um pouco de fantasia, mas, não é.. eu comecei a ter essas visões e digo mais, há uma dessas que vejo o seu reino, cobertos por uma sombra escura, e muitos de vocês morrendo. Não sei como posso ter isso, não entendo bem,mas, deveria lhes avisar, pois no meu vilarejo,onde moro, também está sumindo pessoas.. e desde o dia que a bola azul apareceu, eu não parei até chegar aqui.
—Mater Arbor, isso é verdade?— perguntou Voronwe que pacientemente sentou no sofá novamente.
—Há mais que o destino escrito em meus mantos. Minhas filhas dizem que, há obscuridade sobre Abriam, e isso liga nós á eles.. não é de hoje e nem de um século atrás que humanos e Sidhes podiam ter vivido de forma harmoniosa.. mas, as guerras não deixam a gente falhar em lembrar.. o ser humano faz guerras para poder ter poder.. isso causa desequilíbrio na terra. Porém, como lhes disse, Elior e Martin, estão destinados a ser os medidores desta nova situação.
—Mas sou um mero jardineiro..o que um sidhe jardineiro faria no reino dos humanos.. e o que um humano qualquer faria por nós? Sem ofensas é claro.
Elior olhou brevemente para Martin que nem se importou muito, o que mais ele queria era saber porquê ele, um contador de histórias, estaria fazendo ali.
—O destino prepara pessoas que muitos não dão valor, para jornadas de extrema importância. Há mais força em vocês dois juntos, do que um exército de ambos separados.
Confiem no destino, e confiem em mim.. farão história se deixarem ser guiados.
Martin olhou para Elior e deu de ombros.. claro que eles iriam fazer o que fosse possível e talvez até o impossível.. mas o que mais Elior queria saber era: qual motivo um deles foi rapitado?
—O que faremos Mater Arbor?—perguntou Elior atento.
Ela se aproximou dele e sussurrando em seu ouvido disse:
—Ir até o lado humano.
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