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Elior e Martin se despediram de Brin, visto que ela nem se quer olhou muito para Martin,mas, ela não era de ser a favor dos humanos, ela tinha a idéia que todos eram ruins, sem exceções. E de fato por anos vieram a ser assim..
Humanos para eles eram criaturas que só sabiam destruir para favorecer seus prazeres. Visto que muito não sentiam isso como algo satisfatório,visto que muitos não tem sentimentos pelos animais e muito menos pelas florestas, onde todos poderiam viver em plena paz e harmonia, fazendo o bem sempre ao seu arredores, sendo pacíficos uns com os outros, e claro com tudo que havia vida, desde o musgo no chão até as aves no céu. Tudo está interligado, nada foge disso, como uma grande árvore e seus ramos, ligados a terra, suas raízes bem fortes.. mas se caso uma raiz se desprender, a árvore cairá.
Era assim que deveria ser entre todos os reinos, seja ele humano ou não.
Mas, mesmo Brin olhando para longe e avistando eles subirem a próxima colina onde um casal de velhinhos moravam, ela entendeu que sem as Tecelãs fazendo o que tinham fazer, algo muito grave poderia acontecer, e era disso que ela mais tinha medo.
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Elior ajudou Martin lhe estendendo a mão para subir um pouco a mais do último degrau na parte de cima. Um degrau mais elevado e que mesmo para Elior era dificultoso, imagina para Martin. Não lhe fez muito esforço, visto que lhe tinha auxílio, e visto que Elior olhava para a sua frente, Martin acompanhou o olhar do Sidhe até a beirada da ponte de madeira fina.
Claro que Martin deu uma risada abafada e isso fez com que Elior virasse a cabeça com a expressão de curioso pelo riso do humano.
Visto que Elior o olhou sem compreender ele logo corou. E então disse:
—Não há possibilidade de andar nisso aí, é fino demais. Vamos cair!
—Sua pouca credibilidade em nossos feitos ofende. Somos habilidosos em tudo que fazemos tem garantia de que, vamos ficar bem. Venha, não podemos demorar.
—Elior, eu acredito que não lhe contei que odeio altura. Olha para aquilo! — ele apontou para baixo e logo abaixo estava um pequeno córrego e algumas pedras em sua volta. Não era de fato muito animador mas, se quisessem ir até onde deveriam ir, teriam de passar pela ponte.— não, não e não.. não vou passar por aí.
—Bem, não sabia que era tão medroso assim, achei que aventuras e grandes feitos era do seu feitio para assim, escrever sobre.
—Ah sim, andar por uma ponte de madeira fina é sim, algo que eu logicamente faria para depois de quase morrer, escrever orgulhosamente,sobre.. genial. Deveria correr mais perigos não acha?— Martin respondeu irônico e mesmo querendo rebater de forma nada muito elegante, Elior simplesmente andou até mais do que a entrada e parou e encarou o humano.. meio abismado com a coragem de Elior, Martin então suspirou e mesmo tremendo.. andou até Elior, que dava risada da forma cômica que o humano andava.
— Não há o que temer caro humano, há mais perigos em suas terras do que em nossas, isso lhe garanto.
—Não ajuda sabia!— seu rosto era pálido, devido ao seu medo nítido. E mesmo depois de sair da ponte eles, desceram mais um pouco de escada até andar por um trilho de pedras e verem a entrada da toca enorme que encima, com pedras coloridas, estava escrito:
Toca de Sabrions
— É aqui? Onde devemos estar?— perguntou Martin mais curioso ainda.
A toca era algo diferente, havia sim claro uma porta só que redonda e de madeira que mais parecia um cascalho com um puchador de metal, obviamente nada humano. Havia também algumas runas na lateral da porta ao lado esquerdo.. e como um bom curioso que era, Martin passou os dedos sobre a madeira e a forma como cada runa estava desenhada ali. Ele bem que queria saber.. e visto a curiosidade do humano, Elior então se prontificou em lhe responder.
—Marcas de proteção. Se caso não fosse lhe permitido entrar, não as veria.. é para proteger da maldade. Na minha casa, por exemplo, tenho embaixo da mesa.. o tradicional seria na porta, mas, já tenho, um feitiço de proteção da mama old tree, ela sempre renova em cada fase de ano, ela faz e me entrega.
—Vocês tem um costume diferente de viver. Estou cada vez mais intrigado.
—Bem, ainda não viu nada..
Elior bateu três vezes e esperou, mas não ouviu nada, então ele bateu mais três vezes e aí, se escutou um grunhido abafado do lado de dentro da toca. Elior sorriu e logo a porta redonda se abriu mostrando um velho senhor ,quase que corcunda, suas vestes eram de uma grande camisola listrada em verde e branco, em sua cabeça uma toca pontuda, as mesmas cores da camisola, ele tinha olhos na cor cinzas, quase brancos, seu rosto avermelhado fino como uma meia lua, em seu queixo pontudo uma fina barba que quase tocava o chão. Ele usava óculos redondos sob seu nariz empinado e pequeno e um cachimbo aceso, longo, pendurado em sua boca fina.
Ele bufou contra o cachimbo e o retirou com suas mãos longas e finas. Dando uma risada rouca, Martin não deixou de ver que ele usava meias brancas até os joelhos, quase que como botas.
—O que quer quase meia noite aqui filho de Dahlay?
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