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Capítulo 05

(alerta de capítulo hot)

Ele tinha a duquesa deitada em sua cama.

Magnífica.

Preciosa.

E mal conseguia acreditar que ela o queria como homem.

Carlisson a admirava como se fosse uma dessas obras de arte expostas em um museu, observando com acuidade cada detalhe de seu corpo. Os cabelos castanhos esparramados sobre o travesseiro lhe conferiam a beleza de um anjo caído.

E Minerva, bem, Minerva mal conseguia piscar para não perder o que sempre viveu em sonhos. Era infinitamente melhor do que os sonhos sempre lhe apresentaram como uma realidade impossível.

— Faça amor comigo! – Ela pediu de novo e ele se curvou sobre o corpo dela, exigindo seus lábios em um beijo voraz como prova da plenitude que o corpo dela ofereceria a ele.

Carlisson tirou a camisa, deixando-a sem fôlego quando avistou o peitoral bem definido. Ele era um soldado forte, além de valente. Era tão perfeito que a ausência da perna jamais poderia ser considerada um empecilho, muito menos o faria ser considerado um homem feio.

Ao contrário.

Era lindo e perfeito.

A perfeição que a tocaria em exaltação ao amor que um sempre sentiu pelo outro.

— Você é tudo o que eu sempre quis, Minerva. – Ele se curvou sobre o corpo dela, apoiando uma mão no colchão para mantê-lo equilibrado, enquanto a outra brincava com os mamilos dela. — Sou grato por ainda ser dia, ou perderia cada detalhe da mulher que amo, cada reação de seu corpo quando a fizer minha.

— Eu sempre fui sua – ela confessou. — Sempre, sempre... Até mesmo quando eu não queria que fosse, porque era errado... Mas hoje não é errado. É a chance que temos de sermos um do outro.

— Eu amo você, Minerva! – Ele finalmente dizia as palavras que manteve trancafiadas dentro dele como prova de que jamais poderia esquecer o que estava vivendo. — Não chore, meu amor! – pediu quando a notou com os olhos marejados.

— Me toque com seu corpo – pediu ela.

Minerva se contorceu embaixo do corpo dele ao sentir as nervuras da língua rasparem em seus lábios, os espasmos se espalharem pelo corpo para deixá-la amolecida e preparada para ele. Para seu amor. Algo dentro dela ameaçava saltar, era como se existisse um rio dentro de si que ameaçava romper as barreiras que a mantinha controlada.

Jamais havia sentido algo tão intenso antes. Mesmo que já tivesse estado na cama com outro homem, o que estava vivendo com Carlisson era único e tão novo que a assustava.

— Não tenha medo de ser minha. – Carlisson a trouxe de volta, a buscou nos confins da mente para exigir que se conectassem inteiramente. Os lábios dele desciam com carícias pelo pescoço, buscando pele e prazer. Mas era muito mais do que apenas tomar para si o prazer dela, era muito mais que isso, ele a queria disposta nos braços dele, queria que ela sentisse aquela urgência que ele sentia.

— Eu não sei direito o que fazer – admitiu, encabulada com a falta de prática para o ato sexual. Tivera duas filhas e isso deveria colocá-la em um patamar de maior experiência, pois um dia teria que explicar para as filhas o que acontecia entre marido e esposa... mas ela não sabia o suficiente, porque se deitara tão poucas vezes com o marido que experiência fora o mínimo que adquirira.

— Você apenas precisa confiar em mim para se sentir segura. – Ele a beijou na boca novamente e voltou a descer com beijos e carícias na direção dos seios.

— Mas o que devo fazer? – insistiu ela.

— Sentir prazer, meu amor, sentir o prazer que meu corpo concede ao seu. Faça o que tem vontade, porque eu sou seu, assim como você é minha. Isso é fazer amor, Minerva! É entregar seu corpo para tomar o meu.

— Você é um poeta, Carlisson Morleand. – Ela sorriu ao sentir os dentes dele apertarem um mamilo. Foi como jogar mais lenha na fogueira, e o corpo de Minerva incendiava a cada nova mordida e assopro que ele deixava em sua pele.

— Fazer amor é uma poesia – ele confirmou. — E fazer amor com você é inspirador.

E então ele beijou a barriga dela, usando as mãos para tocá-la no meio das pernas. Era indecente o que ele fazia, e ela jamais havia dado tanta intimidade ao marido. Não que Arnold realmente um dia pretendeu chegar tão longe. Para ele, uma duquesa deveria ter o corpo o mais puro possível para gerar os seus herdeiros.

Mas era gostoso o que Carlisson fazia com o brotinho que se escondia no meio das pernas dela. E ela queria mais, muito mais, até que rebolou contra a palma da mão dele em busca de mais.

E então com ele, Carlisson Morleand, ela estava aprendendo que uma mulher poderia sentir prazer e que seu corpo merecia sentir o impacto do que era se entregar a um homem.

Minerva estava perdida nas sensações que ele proporcionava a ela. Ora se empolgava e soltava um assovio, ora se soltava para buscar mais daquela delícia. Estava tão envolvida que mal percebeu quando a boca assumiu o lugar dos dedos.

— O que está fazendo? – ela precisava saber para talvez entender o porquê de se sentir tão quente e relaxada. Era o tipo de relaxamento que a fazia desejar mais, era altamente viciante.

Carlisson deslizou a boca para um lado a fim de conseguir ser entendido.

— Provando você, meu amor!

— E é bom? – Minerva se chocou com sua falta de pudor, como se tivesse nascido para sentir prazer na boca dele.

— Delicioso!

O jeito com que ele pronunciou a palavra a excitou ainda mais. Minerva começava a acreditar que poderia morrer de prazer. Cada toque dele em seu corpo a deixava mais impressionada, e tremores se espalhavam por toda a extensão de seu corpo na direção do sexo, que pulsava para encontrar algo. E então ela soube que o queria dentro dela.

Mas não precisou que ela pedisse, porque Carlisson parecia ler cada um de seus pensamentos; assim, se afastou do corpo dela para descer com a calça, revelando o que o marido sempre escondeu dela.

— Eu posso tocar? – pediu espantada com o tamanho do membro. Minerva desconfiava de que era algo grande, porque o sentia preenchê-la quando o marido a penetrava, mas o de Carlisson, senhor, o de Carlisson poderia não caber.

— Pode! – ele se deitou ao lado dela e levou a mão pequena e de dedos finos até o pênis, ensinando-a a tocá-lo. — E vai caber!

— Como sabe que fiquei em dúvida?

— Você é muito transparente, Minerva. É como se eu pudesse ler cada um de seus pensamentos sem a necessidade de você verbalizá-los.

— Perdão, mas preciso dizer que nunca foi assim tão bom... – com um beijo, ele a impediu de falar, voltando a se posicionar em cima dela.

— Sempre deveria ter sido assim. Meu irmão fez tudo errado.

— Não quero falar dele – ela o abraçou e o trouxe de volta para beijá-lo.

— É apenas eu e você – ele prometeu e a ajudou a encaixar o pênis na entrada. — Tão molhada e perfeita, tão minha.

O coração de Minerva bateu forte no peito e à medida que a carne se abria para recebê-lo, todas as dores e desilusões eram esquecidas. Era como se ela estivesse embriagada, mas sem o risco de esquecer-se dos detalhes.

Sim, ela iria morrer de prazer.

E que morte esplendorosa seria.

Quando o sentiu inteiro dentro dela, ela quis de novo e de novo. Não saberia dizer o que a fazia se sentir tão exigente, muito menos queria entender como ele fazia exatamente o que ela queria sem que pedisse.

E era bom, tão bom e relaxante que se entregou ao sentimento de plenitude que a abraçava conforme ele a penetrava. Minerva não conseguia fazer outra coisa a não ser gemer, principalmente quando a pelve dele roçava no clitóris; essa era a parte mais deliciosa. E ele sabia que isso a deixava satisfeita, mas interrompia o movimento para provocá-la.

Como ele podia ser tão descarado?

Minerva o puxava de volta quando isso acontecia, ou tentava puxá-lo.

Carlisson afastou a cabeça e os olhos dele encontraram os dela numa confissão silenciosa de amor. Ele queria que ela gozasse enquanto ele a admirava. E então, empurrou lentamente o pênis para dentro, observando as linhas do rosto da mulher mais bonita do mundo se tornarem perfeitas. Minerva entregando-se ao orgasmo era uma visão magnífica.

— Por que faz isso comigo? – ela resmungou, esticando os braços para abraçá-lo; o queria totalmente colado a ela.

— Porque o seu prazer é o meu, meu amor! Não quero perder qualquer detalhe do seu prazer, porque sou que quem o concede.

— Você e mais ninguém! – Era difícil expressar em poucas palavras todo o amor que aprisionou dentro dela por anos. Era difícil se saciar dele em poucos minutos quando o amor só fez crescer dentro dela conforme os anos iam passando. Era uma mentira quando afirmavam que um amor só poderia ser esquecido com o tempo.

— Eu sei que não!

Carlisson aumentou o ritmo das estocadas e girou de modo que ela ficasse em cima dele. A ensinou a cavalgar sobre ele e permitiu que ela o possuísse. Minerva se soltou quando sentiu que precisava de mais, rebolando sobre o corpo dele em busca do próprio prazer. Ficaram assim por mais alguns segundos, até que ele voltou a se colocar sobre o corpo dela, beijando-a enquanto a penetrava duramente.

Minerva jurava que havia esquecido até o próprio nome; mal conseguia respirar tamanho era o prazer que a envolvia, e aquela bolha de felicidade a fazia se sentir especial.

Por isso Carlisson sempre havia sido especial: ele a fazia se sentir amada.

E o clímax chegou. Antes para ela, e logo chegaria para ele.

— Não! – Ela o impediu de sair de dentro dela. Queria ir até o final, pois sabia que existia uma chance de nunca mais repetirem. — Mais de uma década de casamento e apenas consegui conceber duas filhas. Não penso que possa engravidar tão fácil novamente. – Ele não negaria algo que queria também, não com Minerva. — Por favor, Carlisson! Eu quero tudo. – E o beijou enquanto arranhava as costas dele.

Carlisson se deixou seduzir porque queria o mesmo que ela, por mais inapropriado que fosse. Deslizou uma vez mais e a beijou com paixão, impondo o ritmo da penetração que a fazia gemer. Minerva mal conseguia recuperar o fôlego entre um gemido e outro de tão entregue que estava aos braços dele. Ele a guiava pelos caminhos da paixão como um mestre dedicado e carinhoso, deixando-a se fartar para se unir a ela na felicidade do orgasmo.

Eles finalmente chegavam ao clímax para jamais esquecerem o que haviam vivido naquele dia.

— Espero não a ter machucado – ele soltou, usando os cotovelos como apoio para não a esmagar.

Minerva engoliu em seco e deslizou as unhas pelas costas masculinas em um vai e vem que o desestabilizava, era como se a carícia dela pudesse potencializar o prazer do orgasmo dele.

Isso era fazer amor; e jamais seria tão perfeito como foi com a mulher que mais amava no mundo.

***

Quem foi mesmo que pediu capítulo extra?

Eu voltei antes para incendiar o fim de semana. 

Beijinhos e até breve!!! 

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