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•🦋Me venda amor🦋•

— Me solta moço, por favor! — ouvi Jimin dizendo com a voz cheia de medo, enquanto se mantinha encolhido contra a parede.

— Não seja difícil, gatinha. Você não vai se arrepender eu garanto... — movido pelo ódio em assistir tal cena, atirei ao chão o troféu de acrílico que havia ganhado, e estava tão animado para mostrar para meu até então, namorado.

— LARGA ELE!

Vociferei a plenos pulmões quando adentrei ao banheiro, segurando o braço de Jimin estava um abominável homem que tentava beijá-lo a todo custo, enquanto o outro cara incentiva ele a agarrar a "gata", como eles mesmos estavam lhe chamando.

Jimin se aproveitou do sobressalto dos homens, para se soltar e correr para meus braços. Abracei seu corpo imediatamente, sentindo-o trêmulo, prestes a chorar. Meu coração partiu em pedaços, ao vê-lo daquela maneira.

— Jay... — sussurrou.

— Você está bem? — eu quis saber de imediato, tocando em todo seu rosto carinhosamente.

— Sim, estou... — foi o que disse, porém, se rendeu a um choro triste encolhido em meus braços.

— Quem é você? — um deles perguntou.

— Isso não te interessa — comecei a dizer afastando Jimin com cuidado, e movido ao ódio me afastei para ficar frente a frente aos desconhecidos. — O ponto é que assédiou meu namorado e vai pagar por isso maldito.

— Ei, vamos com calma. Foi ela quem entrou no banheiro masculino, certamente algo estava procurando — insinuou o segundo homem.

— O que alguém procura em um banheiro, além do vaso sanitário? — Jimin se forçou a dizer, evidentemente estressado.

— No caso de mulheres como você, — olhou Jimin de cima a baixo. — um homem que te devolva a sua vontade de ser mulher.

Nessa hora deixei de ser racional para agir como um animal primitivo, não pensei sequer uma única vez antes de calar aquele homem com um soco no rosto. Ignorei os gritos de Jimin implorando para eu parasse e continuei acertando o cara com vários socos, parando apenas quando o outro homem me acertou na costela.

O impacto me fez se afastar e foi nesse momento que eles aproveitaram para revidar, um deles que fui incapaz de identificar me acertou com força no estômago, não pude empedir meu corpo de cair ao chão para me contorcer em dor.

Eu teria apanhado muito mais se os clamores desesperados de Jimin não tivessem chamado a atenção dos seguranças, que rapidamente separaram a briga. Estava cego de ódio e mesmo imobilizado tentei acertá-los com as pernas, foi quando meus olhos perceberam meu pequenino trêmulo com a boca coberta por suas mãos.

Ele tremia e chorava como eu jamais havia visto antes, então apenas me rendi sem tirar os olhos dele. Todos ficamos presos dentro do banheiro até que a polícia chegasse, nunca pensei que aquela noite feliz terminaria em tamanha confusão.

Fomos todos levados até a delegacia para prestar depoimento, meu advogado foi chamado e eu precisei pagar uma multa por lesão corporal leve. Horas depois quando ficou comprovado que Jimin sofreu assédio sexual fomos liberados temporariamente enquanto os homens ficaram detidos.

Nós estávamos tentando não pensar no processo que teríamos que seguir dali por diante, por isso seguimos para casa em silêncio. Eu estava tão envergonhado que agradeci a Deus por ele não estar olhando para mim e por quase todo caminho permaneceu com a cabeça encostada no vidro, enquanto segurava meu troféu de acrílico todo destruído.

Jimin ficou assim por mais algum tempo até que sem mais nem menos, pediu para que o motorista de aplicativo parasse o carro. Talvez percebendo o clima tenso em que estávamos o homem não tardou a ceder o pedido, enquanto sem saber o que fazer fiquei observando se colocar para fora da janela e vomitar tudo que havia comido.

— Anjo você está bem? — questionei assustado, me movendo para acariciar suas costas.

— Vocês querem que eu chame um médico? — prestativo, o motorista perguntou também preocupado.

— Não, eu vou ficar bem... Só preciso ir para casa — foi Jimin quem respondeu, voltando para o carro.

— Jimin, por favor...

— Eu estou bem, Jay.

Mas nem uma palavra foi dita e ele apenas se aconchegou em meu ombro descansando sua sua cabeça, quando chegamos fomos para seu quarto e tomamos banho juntos. Nosso silêncio não foi desconfortável ou constrangedor, apenas precisávamos pensar um pouco e digerir tudo que havia acontecido.

Nós fomos para a cama e dormimos o pouco que restava da noite, quando o sol se pôs e o dia amanheceu despertei sentindo muita dor de cabeça. Jimin já não estava mais entre os lençóis, imaginei que estivesse no jardim e com isso em menti fui a sua procura.

Lá estava ele vestindo uma camisola "feminina" o que me deixou um tanto confuso, cuidando das folhas de sua hortinha em busca de novas lagartas. O dia estava tão lindo e o cheiro das flores trazia a sensação de bem estar, quietinho assisti o pouso de uma borboleta azul igual a que Jimin tem tatuada em seu ombro e só aí me aproximei.

— Bom dia, anjinho — chamei sua atenção ao chegar bem pertinho, ele se assustou mas sorriu ao me ver.

— Bom dia... — respondeu ainda de expressão baixa, ao parar de frente para mim.

— Como está se sentindo?

— Um pouco enjoada, mas estou bem — sorriu triste.

— Enjoada?

— E você, como está se sentindo? — trocou de assunto voltando a se virar para mexer nas plantas.

— Bem eu... Eu acho que bem  — comuniquei tentando não fazer nenhuma pergunta invasiva. — Jimin na verdade eu gostaria de te pedir desculpas por ontem.

Parado onde estava de costas para mim vi o corpo de Jimin tencionar, travado no mesmo lugar ele pareceu respirar fundo antes de se voltar lentamente para mim.

Nem mesmo entendia porque me sentia tão tenso, ainda assim era como se estivesse andando por caminhos periculosos e qualquer coisa mal dita poderia fazer tudo desmoronar.

Calmamente se aproximou e me tocou no rosto com carinho, com as mãos acariciou minhas feridas delicadamente como se pudesse me curar apenas com seu toque. Fechei os olhos e suspirei em deleite ao sentir o contato delicado sobre a minha pele.

— Olha só o que fizeram com você Jeon, com seu rosto... Com seu belo rosto — se pôs a dizer em um tom amargo, eu sentia o ódio em sua expressão.

Jimin só não estava triste como também sentia raiva, e eu não tinha certeza do que.

— Eu realmente sinto muito, meu amor — continuei dizendo, tocando sobre sua mão.

— Como ousa pedir desculpas? — contrapôs cessando o toque.

— Anjo, eu estraguei tudo... Era para ser uma noite agradável nós iríamos patinar, dar boas risadas e passear no jardim de madrugada. Acordariamos juntos de corpos colados e doloridos de tanto fazer amor, mas eu...

— Jayjay, já chega! Quando você vai entender que tudo isso é por minha causa? — concluiu se afastando totalmente outra vez.

— Anjo, não-...

— Jay, se eu não estivesse tentando modificar quem sou você jamais teria se envolvido naquela briga. Muito menos teria que passar por um processo judicial, — explodiu andando de um lado para o outro. — e você não estaria ferido — concluiu cabisbaixo.

Neguei com a cabeça várias vezes por achar um absurdo o que ele estava dizendo, depressa fui a seu encontro para abraçá-lo com amor. Depois coloquei minhas mãos em suas bochechas e o forcei olhar para mim, busquei no meu mais profundo as palavras certas mas eu não tinha certeza do que dizer.

— Não diga coisas assim meu amor, você não é o culpado de absolutamente nada. Eu não deveria ter te deixado sozinho...

— Consegue entender o absurdo que é dizer isso? — questionou fechando os olhos com força, enquanto tentava afastar minhas mãos mas foi impedido por mim. — Eu tenho 26 anos, por que não posso ir ao banheiro sozinho? Esse é o meu destino, preciso ter um homem ao meu lado para estar seguro?

— Não é isso que estou dizendo — tentei explicar deixando que ele se soltasse. — Eu só estou falando que talvez tudo pudesse ter sido evitado.

— Tem razão, tudo seria evitado se eu não tivesse começado a transição. Em pouco tempo fui a causa da separação de meus pais, de sua mãe não falar mais com você sem contar com tudo que aconteceu ontem... — insistiu suspirando pesadamente. — Já estou cansado de prejudicar as pessoas que amo, foi por isso que decidi vou colocar um ponto final nisso começando por nós dois, depois a transição.

Com muito medo do que ele queria dizer com aquilo, não pude contar a vontade de chorar. Nem mesmo conseguia imaginar como reverter aquela situação,  e negando com a cabeça senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto no exato momento que o sol deu lugar para um clima fechado indicando que iria chover.

— Está terminando comigo? — conferi torcendo para que minha conclusão estivesse equivocada, tentei abraçá-lo porém ele não deixou. — Jimin por favor, não faz isso comigo.

— Jay eu sou completamente apaixonada por você, odeio perceber o quanto tenho te feito mal. Não sei o que foi que encontrou em mim, mas o que quer que seja foi ilusão... Eu não tenho nada a te oferecer, por isso sim... Estou terminando com você — sentenciou tentando não se render as lágrimas, mordendo seus lábios com força.

Tentei de todas as formas fazê-lo mudar de ideia e nunca pensei que me colocaria naquela posição, implorei para que ele não me deixasse e de nada adiantou, Jimin estava decidido a ir adiante com a aquela decisão e não me deu chance de reverter a situação.

— Jimin, pensa melhor você não está bem. Aconteceu muita coisa nessa noite tanto que você está até se referindo a você mesmo com pronomes femininos. Eu vou para casa e volto depois, talvez ficar sozinho possa fazer você se sentir melhor.

— Não importa o que eu faça... Nada vai mudar o fato de que nasci menina, não vou machucar mais ninguém por conta do meu gênero. Jay... — um pigarro e um suspiro profundo deram antecedência ao que viria depois. — Em outras palavras Jungkook vá para sua casa, quero ficar sozinho e por favor deixe a cópia da chave em cima da minha escrivaninha. Esqueça meu endereço e número de telefone, eu te amo mais que tudo por isso te deixo partir.

— Jimin eu não quero partir — supliquei correndo em sua direção para me atirar em seus pés e lhe abraçar pela cintura, ele acariciou minha cabeça e implorou para que eu não tornasse as coisas mais difíceis. — Eu quero isso amor mais do que você imagina portanto, não me deixe e não vá embora. Eu quero tudo até o tempo acabar, estes braços não te farão mal, eu quero seu amor e te dou minha confiança, quero viver só para nós dois, quero respirar em você, deitar em seu ombro, eu quero te aquecer quando as noites se tornarem frias... Eu quero amor, fale comigo e realize meus sonhos, tudo que eu preciso é você perto de mim é o destino apenas cumpra, por favor vende-se para mim, me venda seu amor, minha paz... Qual é o preço? Eu faço tudo por você.

Diante de meus clamores desesperados Jimin se ajoelhou para ficar na mesma posição que eu, nesta posição me abraçou com força e chorou em meu ombro. Sem saber mais o que dizer, deixei meus braços caírem ao lado de meu corpo e me deixei ser abraçado com carinho.

Eu não tinha mais forças para lutar por isso, meu choro se tornou abundante quando senti que mais nada poderia ser feito e aquele era o fim. Não existiria mais nós, apenas eu e o maior amor do mundo queimando em meu peito.

"Eles não te merecem" é o que eu dizia sempre que via Jimin chorar, naquele momento senti que nem mesmo eu fui merecedor. Tentei gritar mas sentia como se minha cabeça estivesse debaixo d'água, me senti fraco como se não fosse apenas o filho de alguém, poderia ter sido um pesadelo mas foi realidade.

Eu estava o perdendo.

Foi quando desisti e decidi deixar tudo nas mãos do destino, assim como Jimin havia me dito outrora o segredo é não correr atrás das borboletas... sim cuidar do jardim para que elas venham até você. Com esse pensamento me levantei, beijei ele nos cabelos e sussurrei "eu te amo.

Deixei que minha borboleta voasse torcendo para que um dia, pudesse ser o jardim onde ela iria pousar.

Sem olhar para trás peguei minhas coisas, deixei as chaves onde ele pediu e fui embora. Meu coração estava destruído e eu não sabia o que deveria fazer dali em diante. Do lado de fora o choro alto de Jimin ecoava como um uivo, eu sentia a dor rasgando seu peito enquanto ao mesmo tempo que a chuva começou a cair.

Mesmo assim caminhei desorientado pelas ruas da cidade, em busca do ponto de ônibus mais perto. Eu não queria conversar, mas senti a necessidade de correr para os braços da minha irmã.

— Jungkook, aconteceu alguma coisa? — Yeowool perguntou preocupada quando viu meu estado, ao bater na sua porta.

Quando cheguei em sua casa ela não estava sozinha, além de meu cunhado e sobrinha meus pais também estavam lá. E a última pessoa que eu gostaria de ver naquele momento era a minha mãe, não fiz questão de cumprimentar se quer um deles ou oferecer alguma explicação. Me coloquei para dentro e caminhei direto para o quarto de hóspede sem me importar que vissem minhas lágrimas ou meu rosto ferido.

Encostei a porta e me deitei molhado na cama, do lado de dentro foi possível ouvir Yeowool pedindo para que não me enchessem com perguntas e que me deixassem sozinho. Contudo o pedido não foi atendido, a porta se abriu e por ela adentrou meu pai e minha mãe.

A senhora Jeon se sentou do meu lado e em silêncio acariciou meus cabelos, enquanto meu pai também sentado colocou minhas pernas sobre seu colo. Ainda assim.a única coisa que fui capaz de fazer foi chorar, chorar de amor e agonia, nada poderia me trazer de volta.

— Senhor nosso Deus e nosso pai, criador dos céus e da terra nós damos graças e glórias a ti pois até aqui tem nos sustentado — em meio a um louvor baixinho que minha mãe começou a cantar, papai iniciou um clamor emocionado. — suplicamos por tua misericórdia e clamamos por teu conforto, não sabemos o que se passa com seu filho amado mas pedidos que venha com o bálsamo e cure toda ferida. Perdoe nossos pecados, amenize nossas aflições e nos livre de todo o mal é o que pedimos em nome de Jesus, amém!

— Amém!

Recebi aquela oração de coração aberto na esperança de que recebesse algum tipo de alívio e mesmo que isso não tenha acontecido, como não ocorria a muito tempo senti a presença de Deus. Mesmo que ainda estivesse com raiva da minha mãe, aceitei seu afago carinhoso que nem mesmo me lembrava de como sentia falta daquilo.

— Meu amor, beba um pouco de água — ofereceu me entregando uma garrafinha, me sentei na cama e tomei todo o líquido. — Sabe que precisa nos dizer a razão dos ferimentos, não sabe?

Ao cruzar os olhos com o deles percebi o quanto estavam preocupados comigo, comecei a pensar se devia a eles alguma explicação ou não. A verdade é que eu não queria que eles me vissem naquele estado, e mesmo incerto tentei dizer alguma coisa.

Encarei meu pai à minha esquerda e com certa dificuldades por causa do soluço confessei: — O Jimin me deixou, pai!

— O que, por que? Vocês não estavam bem? — questionou surpreso.

— S-sim, eu estava pronto para pedir sua mão em casamento. O preconceito fez com que me deixasse, ele acredita ser o culpado de tudo que aconteceu ontem mas a culpa não foi dele pai — contei emocionado me rendendo aos braços de minha mãe ao meu lado outra vez. — Eu não deveria ter ido até aquele restaurante, a culpa é toda minha papai.

— O que aconteceu ontem, filho? — ouvi a doce voz de minha mãe perguntar, neguei com a cabeça e abracei seu corpo com mais força. — Eu sei que está magoado comigo mas eu te amo e estou preocupada, confia na gente meu amor.

— Nós saímos para jantar e dois homens o atacaram no banheiro masculino, eu perdi a cabeça e me envolvi em uma briga — tentei explicar um tanto afobado. — Eu não sei o que fazer, meu coração não vai suportar. Jimin até mesmo quer dizer da transição pai, e eu sou o culpado ele não é feliz atendendo como mulher.

Abaixo de mim minha mãe suspirou, beijou meus cabelos e acariciou minha nuca. Enquanto meu pai juntava as palavras certas, a senhora Jeon não tardou a dizer alguma coisa: — Talvez tenha sido melhor assim, querido!

Mesmo assistindo meu sofrimento ainda assim ela foi capaz de dizer, tamanha atrocidade. Sua insensibilidade me fez sentir raiva, por isso afastei meu corpo de seus braços imediatamente para levantar da cama. Deixando ela confusa e meu pai apreensivo, desacreditado a encarei com ódio e cuspi todo meu ódio em cima dela.

— Jimin me deixou, por causa de gente preconceituosa como você. Pessoas iguais a você mamãe são incapazes de aceitar a felicidade alheia — falei alto rangendo os dentes em pura ira e desprezo. — Para uma mulher tão inteligente se comporta como uma completa ignorante, tudo em nome de uma ideologia hipócrita que você acredita e quer fazer com que todos a seu redor engulam abaixo seus ensinamentos de merda.

— Jungkook, não fale assim com a sua mãe — pediu meu pai vindo até minha direção.

Eu estava pronto para ser atacado ou até mesmo agredido por ele mas o que recebi foi um abraço forte em forma de consolo, nunca estive tão sensível antes, deixei me ser consolado outra vez. E por cima de seus ombros assisti minha mãe chorando em silêncio e Yeowool, olhando toda cena pela brecha da porta.

Ela não ficou lá fora por muito tempo, também entrou e se juntou naquele abraço acolhedor. Eles estavam sentindo minha dor junto comigo era visível e nos braços da minha família sangrei de amor, torcendo para que tudo aquilo não demorasse muito tempo, e que Jimin me aceitasse de volta outra vez.

— Borboleta voe longe, ganhou suas asas, agora você não pode ficar. Pegue seus sonhos e pode torná-los realidade, você tem esperado por esse dia, você sempre soube o que fazer.

🦋 𝓒𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓪 𝓷𝓸 𝓹𝓻𝓸𝔁𝓲𝓶𝓸...

Borboletey, pessoal! Sentiram minha falta?

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