Último capítulo

A metamorfose das borboletas é um acontecimento sensacional que nos mostra como um ser pode se tornar diferente nas suas fases de vida. E quando se fala em metamorfose, estamos dizendo que esses animais sofrem mudanças em seu corpo até se tornarem adultos. E como em cada fase seus indivíduos jovens e adultos são completamente diferentes, dizemos que a metamorfose das borboletas é a mais completa.

Ao meu ver o único animal capaz de comparar-se às borboletas passando por várias fases antes de amadurecer somos nós, os seres humanos. Assim como elas nos parecemos frágeis em várias situações, mas na verdade estamos nos preparando para nos tornarmos ainda mais fortes.

Naquele tempo aos olhos de uma maioria Jimin parecia vulnerável, tão sensível quanto uma lagarta indefesa. Enquanto para mim alguém capaz de passar por um processo tão difícil é tudo, menos vulnerável e assim como muitas pessoas sequer sabem que borboletas e lagartas são, na realidade, a mesma espécie em diferentes estágios de desenvolvimento, a ignorância não os deixa ver nada além do que está ao alcance dos olhos.

Como ocorre na metamorfose das borboletas nossa vida, poderia ser dividida em quatro estágios: ovo quando ainda eramos pequenos incapazes de sabermos o que é ser menino ou menina, larva quando começamos a entender, pupa quando finalmente percebemos exatamente o que somos e imago, quando temos a certeza do nosso "eu" condizente.

A borboleta imago está numa fase da vida em que pode voar e reproduzir-se, o que não ocorre nos outros estágios, exatamente como Jimin. Havíamos nos acertado, esperávamos um bebê e ele estava bem resolvido consigo mesmo, não poderíamos estar mais felizes.

2 meses haviam se passado e tudo estava indo muito bem eu por exemplo voltei a falar com minha mãe, assim que ela soube que seria vovó voltou atrás de sua posição inicial e se desculpou. Enquanto minha irmã animada com a ideia de ser titia, tratou de comandar a reforma de um dos quartos da casa de Jimin para se tornar o quartinho do bebê.

Suji ficou responsável por me ajudar a fazer com que Jimin tivesse uma alimentação saudável, afinal por conta dos enjôos ele já não queria comer nada. Papai mais que nunca nos cobrava um casamento e Park Dong Yul ainda não havia aparecido, mas sinceramente eu não estava preocupado.

Enquanto isso Jimin e eu estávamos vivendo nosso melhor momento como casal, tínhamos começado a morar juntos e o desejo de dormir e acordar ao seu lado todos os dias já não era apenas um sonho. Mesmo com o tratamento hormonal sendo interrompido temporariamente somada a gravidez, Jimin continuava bem esclarecido com sua identidade de gênero.

O acompanhamento com seu terapeuta de gênero o ajudou muito a respeito de suas disforias, durante a gravidez, a cada dia que passava aprendiamos a lidar melhor com os conflitos da sociedade e a ignorar. Eu já sonhava com o dia em que abriria meu próprio laboratório, tendo Jimin, minha família e Nabi ao meu lado para me apoiar.

- Quem escolheu o nome Nabi? - Yeowool tratou de perguntar, quando estávamos todos reunidos para um jantar no jardim a convite de Jimin.

Ele estava lindo com seus cabelos vermelhos bem alinhados e macacão jeans, toda nossa família e amigos se encontravam sentados a mesa posta, para brindar a nova fase de nossas vidas. Jimin sorriu com a pergunta e me encarou esperando que eu respondesse, sorri de volta entendendo a mensagem.

- Digamos que entramos em um consenso juntos, queríamos um nome forte com algum grande significado por trás - contei gesticulando dividindo o olhar com todos a mesa, que me encaravam atentos. - Algo que fizesse sentido apenas para nós e pudéssemos compartilhar com nosso filho.

- E qual é o significado? - quem perguntou foi Hoseok, uma peça muito importante na história de Jimin.

- O significado literal de Nabi é "borboleta", algo que nesse sentido está ligado à ideia de beleza e renovação - disse Jimin sem tirar o sorriso dos lábios.

- Baseado em tudo que o piolhento me conta somado a beleza desse jardim, que pela primeira vez estou visitando. Não consigo imaginar, algo melhor, - murmurou divertido se servindo de vinho tinto. - sabemos o sexo do bebê?

- Não e quem se importa com isso, gatinho? - Hoseok contestou, ele que além de ser amigo de Jimin é o namorado do Yoongi.

- O importante é que essa criança será muito amada - comentou o senhor Jeon.

- É isso aí pessoal, eu sei que estão todos bastante empolgados mas existe um outro motivo pelo qual reuni todos vocês aqui - Jimin anunciou se colocando de pé. - assim como todos reunidos a mesa eu também não sabia o que ele tinha a dizer. - Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos vocês pela presença.

- Não agradeça o Jungkook subornou a gente - minha irmã retrucou tirando risadas de todos. - conta tudo pro tio Jimin, Soomin!

- O suborno era para você não vir, mas já que está aqui, devolve minhas 50 pratas - entrei na brincadeira.

- Calem a boca vocês dois deixem o menino terminar de falar - minha mãe nos repreendeu jogando um guardanapo em mim.

- Foi ela quem começou - bastou um olhar enfezado da senhora Jeon, para que eu desistisse. - Tá bom, parei.

- Voltemos à programação - Jimin brincou sorrindo gentilmente. - Como eu estava dizendo, sou grato por cada um que está aqui. Com vocês me sinto aceito, acolhido e principalmente amado. Quando decidi passar pela transição, sabia que não seria fácil. Muitas vezes abdiquei de muitas horas com a família e os amigos. Mas, apesar de estar em constante conflito por tanto tempo, recebi o melhor apoio possível de vocês. Vejo como foram pacientes comigo e como estiverem sempre prontos para me dar ajuda. Por isso sou tão grato a todos, especialmente a você meu amor - virou-se para mim no exato instante que coloquei um pedaço de batata na boca.

Envergonhado engoli rapidamente o alimento e limpei a boca imediatamente, enquanto todos riam da cena inusitada. Por pouco não engasguei e ainda sem jeito, aceitei a mão de Jimin indicando que queria que eu me levantasse também.

- JayJay aqui diante de todas essas pessoas que amamos, quero que você saiba que foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida - continuou a dizer se colocando de frente para mim. - Você me ensinou que o amor transcende todas barreiras impostas pela sociedade em que vivemos, me aceitou como sou, não me abandonou nem mesmo quando eu quis me afastar e nunca desistiu de mim.

- Para com isso eu te amo e você sabe disso - toquei gentilmente sem seus cabelos.

- Mesmo sem entender direito o que eu estava passando decidiu permanecer ao meu lado, sendo sincero com nós dois nos dando tempo necessário para pensar - como se apenas nós dois estivéssemos no jardim, ele continuou a dizer coisas que faziam meu coração arder. - Eu adoraria poder ajoelhar e dizer coisas bonitas, mas por motivos de que me tornei um casulo humano não será possível, então vou sentar. Pode ser?

- Jimin... O que está tentando fazer? - perguntei assistindo retirar algo do bolso e se sentar na cadeira a minha frente, cobri os lábios ao notar que se tratava de um porta alianças.

- Eu já estou chorando, vão se ferrar - Yoongi reclamou se abanando.

- Se eu estivesse sozinho e se eu não te conhecesse talvez tivesse desistido, mas meu coração ainda está em chamas, com um desejo ardente e não importa para onde eu vá vou te encontrar de novo, como o destino - sem tirar os olhos dos meus continuou a dizer, eu que já sentia meus olhos lacrimejantes me perguntava se conseguiria permanecer de pé. - Quero que continue me amando como amou ontem, não solte minhas mãos e que todas as vezes que meu coração bater mova seus pés no mesmo ritmo para que nunca se perca. Você é o homem que amo incansavelmente, sinto que é meu destino e desejo ser o seu também, JayJay... Aceita se casar comigo?

Jimin que mesmo sendo uma manteiga derretida permanecia firme, tocando em minhas mãos com carinho a espera de uma resposta. Eu ouvia aplausos ao nosso redor e ainda assim, sentia como se não houvesse ninguém além de nós dois sobre a luz do luar no nosso belo jardim.

Eu chorava em abundância sem desviar o olhar completamente hipnotizado pelo seu sorriso, estava tão feliz que me esqueci completamente de responder antes de puxar seu corpo pelo braço para poder abraçar seu corpo com amor, em seu ouvido sussurrei que o amava e prometi seguir para sempre as batidas do seu coração.

- Você não tinha esse direito... - falei então para todos ouvirem.

- E aí, você aceita?

Sorri me abaixando a sua frente para encarar sua barriga, nela depositei um beijo carinhoso e o abracei pela cintura. Naquele simples gesto continha toda minha família em minhas mãos, me senti grato por isso, eu estava radiante.

- O que acha Nabi? Papai Jeon deve aceitar se casar com o papai Park? - como se entendesse o que eu dizia, senti a barriga de Jimin se mexer.

- Acho que ele concordou - Jimin brincou tocando no topo da minha cabeça.

- Sendo assim... - me levantei novamente para olhar em seus olhos. - Eu aceito, é claro que eu aceito, sonho com o dia em que me tornaria seu marido desde que te conheci.

Outra vez fomos ovacionados por aplausos e assovios, mesmo assim não desviei o olhar do seu até o momento em que nossos lábios se chocaram. O beijei com todo amor que queima em meu peito, me afastando em seguida para receber a aliança.

Estendi minha mão para que ele colocasse o objeto no meu dedo, sentindo me trêmulo, ao finalizar Jimin levou minha destra em direção aos seus lábios para beijar carinhosamente o acessório. Pedi que me entregasse a outra aliança para repetir seu gesto, tudo estava sendo perfeito.

- Sabem às vezes sinto que estamos sobrando - foi minha mãe quem se pronunciou primeiro.

- Falem a verdade vocês sabiam o que o Jimin estava tramando, não é? - então perguntei.

- Mesmo que ele não dissesse eu saberia - Yeowool murmurou balançando sua bebê nos braços. - Brincadeiras a parte, estou muito feliz por vocês e beijaria os dois se pudesse me levantar agora.

Jimin e eu nos olhamos e tivemos a mesma ideia aparentemente, já que nós dois fomos até ela e abraçamos seu corpo pelos ombros. Minha irmã não perdeu a oportunidade de distribuir selares por todo meu rosto, nem mesmo percebi quando todos se juntaram a nós para um abraço coletivo gigantesco tendo Jimin e eu no centro.

A noite permaneceu agradável até o último momento foram muitos sorrisos e lágrimas de emoção, somente quando Jimin estava exausto todos dispersaram. Menos de dois meses depois nos unimos novamente em uma cerimônia particular no nosso jardim, para finalmente celebrar nossa união.

Jimin estava lindo, sua barriga enorme e Nabi poderia nascer a qualquer momento, escolhemos um domingo à tarde com clima agradável para assim finalmente meu pai, poder oficializar nossa relação. Descalços andamos de mãos dadas até o altar de flores que foi montado especialmente para a ocasião, optamos por roupas brancas leves revestidas em seda.

Através da camisa de botão era possível avistar a barriga de 36 semanas de Jimin, este que sorria dividindo olhares entre mim e todos convidados no nosso quintal. Rapidamente nos posicionamos em frente ao senhor Jeon, afinal os pés de Jimin inchavam com frequência em seu terceiro trimestre de gestação.

- Estamos aqui hoje reunidos, para celebrar a união entre Jimin e meu amado filho! - papai anunciou orgulhosamente.

Nos viramos de frente um para o outro e eu já não conseguia enxergar mais nada além do sorriso radiante do homem que tanto amo, exatamente como no dia em que ele pediu minha mão. Tínhamos passado por tantas coisas naquele ano, mas nossa união permanecia forte, eu estava orgulhoso.

Era impossível pensar em outra coisa além de como ele estava lindo, sua aparência angelical combinava perfeitamente com a coroa de flores em sua cabeça e as borboletas que voavam pelo jardim. Eu não conseguia parar de olhar, nem mesmo me cansava, independente de quantas pessoas estavam ao nosso redor, só fui capaz de enxergar ele.

- Jungkook? - como se tivesse despertado de um transe, ouvi a voz suave da minha mãe me chamar. - As alianças meu filho.

Ao meu lado vestindo um lindo vestido rodado, minha sobrinha se encontrava segurando nossas alianças com o auxílio de sua mãe. Algo fofo e meio clichê que Jimin fez questão que tivéssemos em nosso casamento, me inclinei um pouco para pegá-las sobre o olhar confuso da pequena.

Beijei-a carinhosamente antes de voltar para a posição inicial, eu estava agindo em automático louco para pular para a parte onde poderia finalmente beijar meu noivo. Dessa vez meus olhos não ficaram focados apenas em Jimin, olhei de lado para meu pai para que ele desse continuação a cerimônia

- Park Jimin, aceita Jeon Jungkook como seu legítimo esposo. Para amar e respeitar até que a morte os separe?

- Sim! - exclamou me olhando com doçura.

- Jeon Jungkook, aceita Park Jimin como seu esposo. Para amar e...

- É claro que, sim! - me antecipei fazendo Jimin rir alto, daquele jeitinho espalhafatoso que só ele tem.

A cerimônia seguiu do modo mais tradicional possível, trocamos as alianças e votos, choramos muito, nos beijamos ao pôr do sol e nos divertimos bastante. A festa durou toda a noite e infelizmente não pudemos ter uma lua de mel, Nabi resolveu nos presentear com um alarme falso e amanhecemos no hospital.

Não ficamos frustrados nem nada do tipo pelo contrário, nos divertimos com a situação por concluir que nosso bebê também queria fazer parte da festa. Tínhamos planos de viajar em breve, para que eu pudesse ver pessoalmente as espécies de borboletas que Jimin me entregou naquele diário, mas isso ficaria para depois pois duas semanas e meia depois Nabi decidiu que era hora de nascer.

- Ele é lindo JayJay - Jimin sussurrou emocionado ao receber nosso nenê no colo.

Nabi nasceu com 50 centímetros somados a 3Kg e 700 gramas, saudável, biologicamente menino e seus olhos eram grandes como os meus, entretanto seu nariz e mãozinhas pequenas como as de Jimin. O ótimo acompanhamento foi essencial para que tivéssemos uma gestação tranquila, o nascimento de nosso menino nos selou com a calmaria que precisávamos.

Cuidadosamente me aproximei do meu agora marido, para tocar nos cabelos do nosso bebezinho e juntamente com Jimin contemplamos de cada detalhe, perfeitamente desenhados por Deus de Nabi. Dizem que todas crianças nascem com cara de joelhos, menos meu o filho, este nasceu tão belo quanto aquele que o gerou em sua barriga.

- Seja bem vindo querido - murmurei baixinho, me curvando suavemente para beijar o topo da cabeça dos dois. - fizemos um bom trabalho, não foi?

- É, fizemos sim! - ele sorriu parecendo exausto.

Nossa família e amigos encontravam-se ansiosos para conhecer nosso pequenino, mas optamos por aproveitar ao máximo o momento de sua chegada a sós, recebendo visitas somente após a alta médica, que não demorou mais de dois dias para chegar.

Já era esperado que nossa casa estaria sempre cheia quando fossemos para casa, o que não esperávamos era uma carta enviada pelo pai de Jimin. Assim que chegamos, fomos recebidos pelos nossos pais que trataram de deixar tudo pronto para a chegada de Nabi.

A carta foi deixado na escrivaninha e não sei dizer quem colocou lá, Jimin optou por não ler no calor da emoção afinal não sabia a intenção de seu pai. Somente ao anoitecer quando estávamos sozinhos novamente, e Nabi dormia tranquilamente em meus braços, Jimin resolveu ler a carta.

- Tudo bem? - perguntei preocupado notando seu olhar embargado. - O que diz aí?

- Prezado Jimin, venho por meio desta te parabenizar pela chegada do seu bebezinho - leu choroso totalmente trêmulo. - Espero que seja muito feliz e abençoado ao lado da família que construiu, saiba que me arrependo das palavras duras as quais usei com você e que peço a Deus todos os dias, que me perdoe. Me sinto envergonhado por tudo que aconteceu, e se um dia conseguir me perdoar, aguardarei ansiosamente pelo seu abraço. Eu te amo, atenciosamente Park Dong Yul.

Em silêncio deitei ao lado do meu marido e com cuidado coloquei Nabi do outro lado, então abracei seu corpo, beijei seus cabelos vermelhos deixando que digerisse a informação sem a minha opinião. Eu sempre soube o como ele adorava seu pai, e jamais poderia impedir caso achasse que era o momento de perdoar.

E como eu já imaginava foi exatamente o que Jimin fez ao final do resguardo, com a ajuda de sua mãe encontrou o endereço da carta e foi até seu pai. Ele não voltou a frequentar nossa casa com a mesma frequência que antes, mas pode se dizer que tudo ficou bem, aos domingos ele sempre aparece trazendo comidinhas para Nabi.

Agora exatamente dois anos depois de Jimin revelar não ser uma garota, outra vez me encontro em um corredor de hospital, aguardando ansioso o momento em que finalmente poderei ver meu amado marido. As horas estão passando e eu estou andando de um lado para o outro, ansioso por alguma notícia.

Para muitos homens transexuais a presença de seios é o principal vínculo com a feminilidade. Dessa forma, a mastectomia masculinizadora, juntamente com a terapia hormonal, é a solução para assumir finalmente formas mais masculinas.

Mastectomia Masculinizadora consiste na retirada da glândula mamária feminina com o objetivo de transformação em um tórax anatomicamente masculino. Os seios sempre foram o grande vilão da história de Jimin, mesmo assim decidiu intervir apenas quando nosso pequeno deixasse de mamar no peito.

- Boa tarde, o senhor é o marido do paciente Jimin? - uma enfermeira chamou minha atenção.

- Sim, sou eu!

- Me acompanha, por favor! - concordei olhando para Suji, que se encontrava tão ansiosa quanto eu com Nabi nos braços.

Os corredores pareciam maiores do que me lembrava, enquanto seguia os passos apressados da enfermeira. Não recebi se quer uma notícia desde que ele entrou na sala de cirurgia, me manter calmo não estava sendo nada fácil, isso até adentrar ao pós cirúrgico e encontrar Jimin radiante.

- Posso entrar? - perguntei a enfermeira ao pararmos na porta.

- 15 minutinhos, tá bom? Ele precisa descansar - explicou, concordei sorridente sem perder mais nenhum segundo do lado de fora.

- Oi meu amor, como está se sentindo? - perguntei me sentando devagar ao seu lado na cama.

Ele sorriu preguiçosamente sem poder se mexer por conta da anestesia, toquei em sua destra com cuidado para não esbarrar no cateter acoplado a sua veia: - Ansioso, não vejo a hora de poder retirar as faixas e correr sem camisa na beira do mar, devo estar bonito.

- Você sempre está bonito, anjo!

Havíamos passado por todas as dores da metamorfose e agora, era o momento de desfrutar da beleza. Encerra-se aqui mais uma de nossas fases, e não importa quantas "metamorfoses ambulantes" nossas vidas sofram, nossas almas serão sempre s mesmas.

Essa é a nossa maior dádiva: deixar-nos renovar sem perder a raiz, aquilo que realmente somos.

🦋*FIM*🦋

Encerro aqui minha mensagem espero que tenham aprendido alguma coisa, volto em breve com um epílogo bem cremosinho. Obrigada, por chegarem até aqui! 🦋