Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Vinte e oito: a última batalha contra ela

Na primeira noite dormiram na vivenda de um aliado em Fasquim e, pela manhã, Salesh levantou-se decidida. Cutucou Noah que dormia na outra ponta do quarto coletivo.

– Já vamos? – ele despertou estremecendo.

– Não. – ela falou baixo – Eu quero falar com você.

Ele se levantou, esfregando os olhos:

– Claro, alteza.

– Não me chame assim! – ela torceu o nariz enquanto se encaminhavam para a cozinha.

– Claro, menina.

– Nem assim ou você já sabe... – ela riu.

Após Noah sair do toalete, ela lhe estendeu uma xícara com chá e pegou outra, deu um gole e disse de uma vez:

– Eu pedi a Alma que me desse duas fitas prateadas pra eu fazer a promessa com você.

Ele a encarou divertido, bebeu um longo gole do chá e respondeu:

– E quem disse que eu quero fazer a promessa com você?

– Ah... – Salesh colocou a xícara em cima da pequena mesa – Tá bom então, esquece o que eu disse. – E se virou para pegar um biscoito.

Noah continuou sorrindo e a segurou pelo pulso antes que ela terminasse de se virar:

– É sério mesmo que você não vai protestar? Que você acha que eu não quero fazer a promessa com você?

– Ah eu, não sei... – ela levantou os olhos e o encarou.

– E você quer fazer isso mesmo com a tal Pérola lhe dizendo que nós não deveríamos ficar juntos?

– Acho que o que eu queria na época em que te contei sobre a mensagem e não soube explicar é que nós dois estando cientes do que pode acontecer, podemos nos prevenir, podemos ir com calma... Mas nunca mais apareceu uma boa hora para conversarmos... E Rudin e Blenda e minha mãe... E...

– E você ainda quer ficar comigo? – ele se aproximou mais dela, soltando-lhe o pulso.

– Quero. E você, quer?

– E você acha que a promessa seria o que deixaria claro pra nós dois que nós pretendemos ficar juntos, com calma? Não importando o que possa acontecer? – ele passou os braços em torno de sua cintura.

– Você não respondeu a minha pergunta. – Ela murmurou e colocou as mãos em torno do pescoço de Noah. As bocas ficaram a centímetros de distância.

– Quero.

– Acho.

Eles responderam quase ao mesmo tempo e esboçaram sorrisos. Noah encostou suavemente a boca nos lábios de Salesh e ela ficou na ponta dos pés, para que eles finalmente se beijassem.

Ele deu dois passos, pressionando-a contra uma das paredes. Era tudo o que desejavam há muito tempo, não importava que o universo estivesse em guerra.

Afastaram os lábios, ofegantes, e tiveram que se separar atrapalhados ao ouvirem o movimento dos guardiões se levantando no quarto ao lado.

– Te espero hoje à noite. – Ele avisou quando se sentaram à mesa com as xicaras de chá novamente.

– Tá...

Os guardiões flutuaram a toda velocidade naquele segundo dia, pois precisavam chegar logo a Fortaleza e, se tudo desse certo, sem pararem para comer, alcançariam o local na manhã do terceiro dia. Salesh e Noah viajaram lado a lado conversando o tempo todo. Ela se sentia culpada por estar feliz em meio a uma guerra, em meio a uma viagem para mais uma batalha com Datemis, mas não conseguia evitar olhar para Noah e sorrir.

– Datemis não vai escapar dessa vez, não vai adiar o final da guerra. Ela será derrotada, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida! – Madrini esbravejava durante a montagem do acampamento.

Os demais concordavam com a cabeça, também furiosos e apressados.

Quando arrumaram os sacos de dormir e apagaram a fogueira, Salesh levantou os olhos a procura de Noah. Ele estava em pé, encostado numa árvore. Assim que trocaram olhares, ele saiu em direção à parte mais escura da floresta e Salesh foi logo atrás.

– Não faça nada que eu não faria... – Madrini falou sorrindo e quase adormecendo e Salesh sacudiu a mão em resposta, pedindo que a amiga ficasse quieta.

Caminhou devagar até que seus olhos se acostumaram à escuridão e sentiu alguém puxá-la pelo braço.

– Noah! – ela fingiu estar mais assustada do que realmente estava quando ele a abraçou e a puxou para se encostarem numa das árvores – Que susto!

– Ã hã... – Noah a beijou apressadamente – Eu queria fazer isso o dia todo.

– E por que não fez? – ela sorriu.

– Eu não sei. Nós estamos indo para mais uma batalha, deveríamos estar focados nisso, mas...

– Eu sei... Parece que não deveríamos estar...

Ele respirou fundo:

– Nós vamos derrotar Datemis de uma vez amanhã e aí poderemos ficar juntos sem culpa.

Salesh colocou as mãos nos ombros de Noah e o afastou:

– Vai dar tudo certo não é? Os guardiões são mais fortes que uma senhora da guerra, não somos?

– Sim, eu tenho certeza.

Ela sorriu e ele a beijou novamente.

– Se Datemis realmente voltou e nós seremos os primeiros a derrotar uma senhora da guerra... – Salesh sussurrou entre um beijo e outro – Então eu começo a crer que eu seria mesmo capaz de fugir com você...

Noah deu um passo para traz.

– Não, eu não quis... – Salesh fechou os olhos, arrependida de tocar no assunto.

– Eu sei o que você quis dizer. – ele respondeu num tom sério.

– Você acha melhor? – ela não queria sugerir.

– Adiarmos a promessa?

– Não sei, eu...

Ele se reaproximou devagar, olhando–a nos olhos:

– Você acha que adiar a promessa vai nos impedir de nos atrairmos para florestas escuras? De nos procurarmos em meio a guerras? Eu acho que é um caminho sem volta agora Salesh...

Ela sacudiu a cabeça e sorriu:

– Tá bom! Promessa primeiro, depois derrotar Datemis, depois pensamos no futuro... Com cautela.

– Concordo. Não acho que somos capazes de abandonar os guardiões. Ser guardião é quem nós somos.

– Exato.

Ela tirou duas fitas prateadas do bolso e entregou uma a Noah:

– Eu não sei se sei ao certo como se faz isso.

– Há uma pequena oração, talvez eu saiba... Eu digo e depois você diz.

Ela concordou e virou de costas para que ele prendesse a fita:

– Eu prometo, se Deus Genuí quiser, se em dez períodos não encontrar outra mão para unir à minha, então nossas mãos deverão ficar juntas para sempre, assim seja.

– Credo! Parece algo do tipo "se eu não achar alguém melhor que você" ... – Salesh virou de frente para um Noah aborrecido.

Agora é a hora que você decidiu analisar as nossas tradições? Você está interpretando as coisas de um jeito que ela não são.

– Desculpa, eu sei... – ela riu, subindo em uma rocha para alcançar melhor o pescoço de Noah e repetiu o ritual.

Depois ele se virou de frente novamente e ela soltou os braços ao lado do corpo, menos tensa.

– Nós deveríamos voltar para o acampamento agora... – Salesh deu um passo para trás, mas ele a puxou novamente para junto de si.

– Talvez só mais cinco minutos...

– Ã hã...

Quinze minutos depois Salesh se deitava, mas demorou muito mais tempo para dormir.

E se alguém realmente se machucasse ou morresse na batalha do dia seguinte?


Ao se aproximarem da Fortaleza perceberam uma aglomeração em torno da construção.

– O que é aquilo? – Liam, que ia à frente, parou o flutuador.

– Não sei... Parece...

– São pessoas?

– Nós precisamos chegar mais perto.

E quanto mais flutuavam, mais era possível distinguir centenas de pessoas cercando o lugar. Estavam paradas, sem se mover, com expressões sérias e o olhares distantes.

– São Antarianos?

– Sim, muito provavelmente enfeitiçados como eu fui... – Stockeler constatou.

– Há quanto tempo estão aí?

– Não faço ideia.

Eles pararam novamente há alguns metros da multidão e apenas Salesh continuou. Subitamente as primeiras pessoas se arremessaram contra ela gritando e empunhado espadas. Ela recuou apressada e as pessoas também deram alguns passos para trás, voltando ao estado de letargia.

– Como vamos passar sem machucá-los e sem sermos machucados? – Salesh gesticulava.

Liam procurou por Vianei:

– Você acha que consegue fazer com eles o que fez com Stockeler? Fazendo eles se lembrarem de quem são?

O menino arregalou os olhos:

– Eu não sei... São tantos!

– Nós podemos tentar outra coisa, talvez um escudo...

Salesh baixou o olhar para o menino, lamentando que mais uma vez teriam que exigir demais de uma criança. Mas era a opção mais provável.

– Eu vou te carregar no colo. Usarei meu Amuleto e nós dois ficaremos invisíveis enquanto passarmos por eles. Você pode tentar economizar suas forças deixando-os apenas um pouco confusos e vocês– ela olhou para os demais – terão que vir logo atrás.

Antes que alguém pudesse opinar, Vianei pulou nos braços de Salesh.

– Apenas faça com que não saibam onde estão. – Ela sugeriu.

Os dois desapareceram e foram abrindo caminho, com Vianei tocando o corpo de algumas pessoas e Salesh caminhando em direção aos portões. As pessoas piscavam atordoadas, passavam as mãos pelos cabelos, sentavam-se no chão, confusas... Enquanto isso, as mais distantes gritavam em protesto para a fila de Guardiões que vinha na sequencia.

– Mais rápido! – Kamal gritava da retaguarda, empurrando algumas pessoas para causar mais confusão.

Os olhos de Vianei estavam ficando pesados e seus braços, ágeis no início, agora se mexiam lentamente.

– Só mais alguns... – Salesh tentava correr, mas sentia que mais e mais pessoas se aproximavam, esmagando os que estavam confusos.

Então percebeu que teria que usar a força bruta, porque não era mais possível andar. As pessoas estavam se amontoando umas por cima das outras e ao primeiro barulho de espada sendo desembainhada ela fechou os olhos torcendo para que errassem o alvo.

Logo atrás dela vinha Stockeler que apertava seu próprio Amuleto entre as mãos. Ele sabia o que o Amuleto branco fazia, mas não tinha ideia de como ele funcionava. Então apenas acreditou que poderia criar um terremoto, fechou os olhos e urrou. O chão começou a tremer e todas as pessoas a caírem umas por cima das outras. Sem entender ao certo o que estava acontecendo, os guardiões recomeçaram a correr e, em meio à gritaria, Noah arrombou o portão para que entrassem aos tropeços no lugar. A porta foi fechada com força, já empurrando alguns enfeitiçados para fora.

Datemis estava novamente à frente deles, seu corpo brilhava intensamente e não trocaram sequer uma palavra desta vez.

Vianei se abaixou num canto e os outros guardiões cercaram a senhora, atacando sem parar: Liam se transformou em um Lince e se arremessou na direção de Datemis; Áster tentou ler a mente dela e, não conseguindo, se uniu a Madrini e Salesh emitindo feixes de luz; Stockeler provocou alguns terremotos desajeitados, mas logo desistiu, pois isso desequilibrava também os outros guardiões; Kamal corria de um lado ao outro dando golpes de espada; Noah investia com socos e chutes. Mas Datemis permanecia imóvel, assistindo aos ataques sorrindo.

Com um gesto, os guardiões foram arremessados contra as paredes e Vianei começou a chorar sem emitir nenhum som.

Salesh conseguiu se levantar depressa mesmo sentindo o corpo dolorido. Avistou o menino chorando a poucos metros de si e disse suavemente:

– Vai ficar... Tudo... Bem.

E se virou para Datemis, sentindo algo tão ruim que nunca achou ser possível. Para ela, todas as mortes nas guerras de Antaris tinham uma única culpada e eles precisavam acabar com aquilo. Os Amuletos de todos os guardiões começaram a brilhar antes mesmo que eles terminassem de se erguer e Salesh sentia o pulsar do coração de cada um deles dentro de si.

Uma ventania avermelhada começou a partir de seus pés e foi se intensificando, cada vez mais barulhenta, mais ampla e mais escura. Datemis gargalhou, olhou Salesh nos olhos, e abriu seus dois braços, emitindo sua fumaça cinza.

– O que está acontecendo? – Madrini gritou em meio ao zumbido dos ventos, se aproximando de Kamal.

– Eu não sei! – ele gritou em resposta.

A Fortaleza tremia, como se fosse se desfazer. Os cabelos pretos de Salesh esvoaçavam e, quando ela fechou as pálpebras por apenas alguns segundos, eles se tornaram brancos como os de sua mãe.

– Ela virou platinada?! – Madrini tentava enxergar, mas as fumaças atrapalhavam.

– Ela sempre foi uma platinada! – Noah gritou em resposta, admirado.

A ventania aumentava e os guardiões permaneciam pressionados contra as paredes porque nenhum deles conseguia manifestar nenhum poder. As fumaças se tornaram mais intensas e por alguns minutos tudo o que conseguiam distinguir eram dois vultos lutando com espadas e depois corpo a corpo.

Então o barulho cessou de repente.

O vento diminuiu e as fumaças saiam vagarosamente pelas janelas, clareando o ambiente. Quando puderam enxergar o centro do salão, os guardiões reconheceram Datemis e Salesh se enforcando, os braços rígidos apertando uma o pescoço da outra.

– Fujam! – A voz de Salesh saiu rouca.

– O que? Nunca! – Madrini gritou em resposta, mesmo sabendo que não conseguiriam fazer nada para ajudar.

O restante da fumaça vermelha envolveu os guardiões e eles foram levitados através da janela para o exterior da fortaleza, gritando e protestando inutilmente. Do lado de fora já não havia mais ninguém.

Pousaram suavemente a quase um quilômetro da construção e sem dizerem nada, começaram a correr de volta, pois eles jamais abandonariam Salesh. Quando restavam poucos metros, a fortaleza desabou. Um barulho ensurdecedor os fez pararem e ficarem sem reação por alguns segundos.

– Não! – Madrini foi a primeira a gritar e a continuar a correr, enquanto os últimos destroços criavam uma nova névoa, mas dessa vez sem mágica alguma.

Os demais a alcançaram em seguida e iniciaram uma remoção desesperada dos entulhos. Com as próprias mãos eles removiam pedras e pedaços da fortaleza.

– Eu vou até a cidade de Matina, a mais próxima daqui, pedir ajuda e pegar máquinas. – Áster subiu em seu flutuador e sumiu no horizonte, sem esperar uma resposta.

Noah era quem mais conseguia fazer o serviço depois que finalmente os poderes de todos foram recuperados. Vianei era o único que às vezes fazia alguma pergunta, mas como não recebia respostas, desistiu de falar.

Algumas horas depois Áster retornou com várias pessoas e alguns pequenos tratores manuais. O trabalho continuou sem cessar, por horas, e eles não trocavam nenhuma palavra.

Estavam todos exaustos, mas eram incapazes de desistir, mesmo que já tivessem remexido quase tudo o que havia sobrado da Fortaleza. Estava claro que os corpos de Salesh e Datemis também tinham sido reduzidos a pó.

Até que Noah pegou uma grande pedra e arremessou o mais longe que pode. Os demais interromperam o que faziam para observá-lo.

Ele passou a bater com os punhos nas pedras próximas, sem usar seu poder, deixando suas luvas rasgarem e suas mãos serem esfoladas.

– Salesh! – ele finalmente gritou.

Mas não houve resposta.

Então ele foi até seu flutuador e partiu, sendo seguido pelos outros guardiões.

* * *

Antaris estava de luto novamente.

* * *

Madican entrou no palácio quatro dias depois, acompanhado de Atessa, bastante retraída, e encontrou alguns dos guardiões ainda silenciosos e desnorteados.

– A guerra acabou, não é? – Jadano encarou o amigo.

– Sim... – ele respondeu enquanto abraçava Vianei e se sentava numa das cadeiras da sala de audiências – As cidades já estão organizando comemorações.

– Nós já podemos ir pra casa pai?

– Vamos ver filho...

Vianei sorriu para Atessa na esperança de que pudessem ir juntos para outro cômodo e conversarem sobre serem irmãos, mas ela apenas se encolheu numa cadeira e ficou o tempo todo olhando para o chão.

– Já encontraram os corpos? – Madican continuou a conversa com Jadano.

– Não.

– Então ainda há esperança.

Noah, que estava sentado olhando pela janela durante a curta conversa, bufou, se levantou e saiu do local sem dizer nada.

– O que vamos dizer ao povo? – Madican ignorou o olhar raivoso do rapaz.

– Qualquer coisa... – Liam tomava o lugar de Noah observando as luzes da cidade ao anoitecer.

– Temos mesmo que resolver isso agora? – Madrini tinha olheiras profundas.

Lótus entrou voando no local, fez uma pirueta no ar e entregou o Amuleto preto para Atessa. Ela observou a tudo assustada e quando tocou a pedra, soltou um grito e a derrubou no chão.

– Mas o Lótus está maluco? – Madrini chacoalhou a cabeça.

Stockeler não deu atenção à irmã, abaixou-se e recolheu o Amuleto do chão, devolvendo-o a Atessa.

– Pegue, é seu, você foi escolhida.

Atessa tinha os olhos arregalados, então se levantou e correu para fora da sala.

– Ela vai entender... – Stockeler saiu atrás dela.

– Eu é que não entendo... Por que ela? – Madrini esfregava o rosto com as mãos.

Liam deu de ombros e Jadano informou:

– Convocarei os governantes de toda Antaris para uma reunião de emergência, para decidirmos o que fazer. Terá que ser ao menos daqui a dez dias, para que todos cheguem, teremos que providenciar dirigíveis extras... – seguiu em direção à saída da sala, arrastando os pés.

Mas antes que chegasse à porta, Lótus cuspiu a seus pés o Amuleto vermelho.

Madrini ajoelhou-se no chão, soluçando:

– Não Madican! Não há nenhuma esperança.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro