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Vinte e nove: o ressurgimento

     Ainda sem conseguir dormir direito, Noah subiu no flutuador de Salesh e foi até o Lago do Mel. Passou algumas horas sentado embaixo da macieira, sem saber o que faria da sua própria vida. Ele deveria voltar a Sarati para se ocupar, mas estar no palácio, com as coisas de Salesh, era o que ele queria por enquanto. Adormeceu por alguns minutos e foi acordado por um menino de cabelos laranja. Lembrou-se de Datemis e se levantou num único movimento, já com as mãos próximas a adaga que carregava.

– Ei! – o menino deu dois passos para trás.

– Desculpa! – Noah soltou o ar e relaxou os braços, reconhecendo um dos ajudantes do restaurante de Alma.

– Sua avó pediu pra te chamar.

– Pra que? Ela que não venha com aquele papo de Novo Império de novo...

– Sei lá... Ela só disse que era importante e que eu não deveria voltar sem você.

– Tá... Eu vou, eu vou!

Alma abriu a porta dos fundos e abraçou o rapaz. Assim que sentiu os braços da sorridente senhora, ele fechou os olhos e começou a soluçar.

– Ô filho, não precisa ficar assim. – de repente ele parecia novamente a criança que brincava de espadas com os talheres daquela cozinha.

Ele se afastou devagar, a encarou e, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, começou a falar cada vez mais alto, entre lágrimas impossíveis de controlar:

– Ela morreu Vó! E nem deu tempo de nada! E aquela tal de Pérola que mandou aquela mensagem? Por que não a avisou? Isso ela não previu não é? E como eu vou ser um guardião agora? Eu não guardo nada, não guardo ninguém! Não protegi Anandí e não protegi Salesh! E eu a amava Vó! Eu amava a Salesh!

E se largou num dos bancos com as mãos no rosto.

Alma caminhou devagar e abriu uma das portas do cômodo:

– Eu acho que nunca te vi gritar assim!

Noah saltou tremendo ao ouvir a voz fraca de Salesh.

– O que? – e parou de falar, desacreditando do que via. Ela estava lá, na sua frente, com diversos curativos, com a boca esbranquiçada e olheiras fundas, vestindo uma túnica duas vezes maior que ela e com os cabelos novamente pretos. Mas era sim a sua Salesh.

Noah começou a caminhar devagar na direção dela sorrindo e depois gargalhando. Envolveu-a num abraço forte, mas soltou quando ouviu um gemido. Ela mal tinha forças para passar os braços em torno dele. Ele se afastou um pouco e colocou as mãos no rosto dela.

– Oi! – Noah sorria como nunca.

– Eu te amo também... Zaynoah. – Ela deu um leve sorriso em resposta e se desequilibrou, ele a segurou pelo braço:

– Você está bem?

– Eu vou ficar...

– Quer que eu te coloque em alguma cama?

– Eu quero ir pra casa... Para o palácio.

– Eu vou pedir pra chamarem uma carroça... – Alma os deixou a sós.

Noah não conseguia deixar de olhar para Salesh:

– Como? Onde...

– Quando voltarmos ao palácio eu conto, uma única e última vez, tudo bem?

– Como você quiser.

Ela pegou a mão dele e levou aos lábios, para um beijo suave, bem na linha entre a luva e o pulso.

– Nem eu acredito que ainda estou aqui...


Assim que Nita viu Noah e Salesh entrarem pelas portas do palácio, soltou um grito e se apoiou nos balaústres da escada.

– Sou eu! – Salesh ria um pouco, finalmente – Eu não morri não Nita.

Noah gritou os nomes dos guardiões e dos moradores do palácio. Cada qual que revia a princesa parecia que iria desmaiar, às vezes de medo de estar ficando louco, às vezes de alívio. Madrini abraçou Salesh três ou quatro vezes e a cada uma gritava e dava pulos de alegria. A pequena comitiva ocupou a sala das almofadas para ouvir Salesh, que não soltou a mão de Noah durante todo o relato:

– Então... Quando todos nós fomos arremessados longe eu realmente pensei que não conseguiríamos, mas então pareceu que a força dos Amuletos de todos vocês estava comigo. Eu senti que eu poderia fazer o que quisesse. Foi uma sensação muito intensa... Tudo que eu precisava era me aproximar de Datemis e matá-la. Simples assim. Esse poder, esse ódio, sequer me fez pensar na possibilidade de apenas aprisioná-la no cárcere, eu só queria que ela morresse. Meu corpo começou a criar aquela fumaça vermelha e eu corri pra perto de Datemis e nós trocamos vários golpes de espadas, eu quase não sentia dor... Fiz diversos cortes no corpo dela e ela finalmente pareceu estar enfraquecida porque já não me atingia. Mas ela me agarrou pelo pescoço, meus olhos ficaram embaçados e acabei soltando a minha espada... E foi aí que eu decidi que iria matá-la com minhas próprias mãos... E a enforquei também. Foi quando a fortaleza começou a tremer e eu pude ouvir os pensamentos dela, ela iria derrubar o lugar. Não acho que eu ouvi exatamente as palavras, mas eu senti a vontade dela de fazer aquilo e também não sei como eu fiz a névoa vermelha levar vocês embora... Foi como se fosse muito fácil fazer aquilo, mas não acho que sou capaz de fazer novamente... Eu comecei a sentir um formigamento nas pontas dos dedos e ele foi se espalhando pelos braços, peito, pernas... E bem lentamente para meu pescoço. Era como se uma eletricidade estivesse sendo injetada em minhas veias, eu não sei como explicar melhor, era forte, era dolorido... E estava... Vivo.

Salesh bebeu um gole d'água e ninguém se atreveu a perguntar nada, ela suspirou e continuou:

– Mas eu não soltei Datemis, eu não poderia soltar. Olhei nos olhos dela e eles estavam se mexendo cada vez menos, as mãos em volta do meu pescoço estavam fraquejando, até que ao mesmo tempo em que ela soltou as mãos do meu pescoço a eletricidade chegou ao meu cérebro eu acho. Foi uma dor muito forte, uma pontada, uma martelada sei lá e eu caí de joelhos ao lado do corpo dela, bastante tonta. A fortaleza estava começando a desabar, então a névoa vermelha, misturada com a cinza também me levou para fora do lugar... Mas eu não quis que a névoa me levasse para junto de vocês e fui me carregando o mais longe possível, na direção oposta... Porque eu sabia que alguma coisa muito ruim tinha acontecido... Eu ouvia um lamurio no pé do ouvido, mas não conseguia distinguir o que dizia... Quando me deixei aterrissar, no meio de uma floresta, fiquei esfregando meu corpo, tentado fazer aquele formigamento desaparecer, foi só então que vi que meus cabelos estavam brancos... Depois disso eu acho que adormeci... Eu tive pesadelos e não faço ideia das imagens, mas acordei me debatendo quando os sóis de punham. Meu corpo todo tinha hematomas, meu nariz sangrava, meu cabelo estava preto novamente e o sussurro continuava. Eu me levantei e me obriguei a caminhar até encontrar uma estrada, fiquei escondida por um tempo e vi que carroças e carruagens passavam com frequência... No dia seguinte, eu acho, uma delas parou para que o motorista fosse se aliviar e eu me escondi atrás de uma carroça. Fui fazendo isso: descendo, me escondendo, pegando carona em diversas carroças durante alguns dias até conseguir chegar à Cidade Imperial e sobrevivi furtando comida inclusive. Só que nesse meio tempo eu comecei a desconfiar do que estava acontecendo porque cada vez que eu adormecia eu acordava me debatendo... E depois de três ou quatro dias eu comecei a tremer mesmo acordada. Tive que me esconder novamente em mais uma floresta porque ninguém poderia ver meus cabelos pretos. Nesse dia eu comecei a entender o sussurro, não sei dizer as palavras exatas porque eram numa língua que desconheço, mas sei o que elas queriam dizer, sei o que eram... Era Datemis. Ela tentou tomar meu corpo e eu a absorvi.

Todos se mexeram em seus lugares e se afastaram ao menos um pouco de Salesh. Ela deu um leve sorriso e continuou:

– Eu já estava bem próxima da Cidade Imperial. E vi a melhor pessoa que poderia ter visto passando na estrada... Alma. Quando abri a boca para chamá-la, percebi que até mesmo minha voz estava diferente, mas eu não poderia deixar Datemis me possuir... Então eu gritei... Alma estava com algumas pessoas, mas graças a Deus... Graças a Genuí, ela desceu para a beirada da estrada sozinha. Eu estava lá, sentada, tendo calafrios, agarrando meus próprios joelhos e ela não teve a menor dúvida, me cobriu com um xale e gritou para dois rapazes me colocarem na carroça. Quando nós chegamos ao restaurante eu só conseguia dizer "Não deixe que eu volte ao palácio" ... E entre uma convulsão e outra ela trouxe a maga Laélia para me ver. A maga colocou a mão em minha testa e confirmou o que eu já sabia... A Alma não demonstrou ter ficado abalada, mas depois me contou que tinha ficado apavorada. E a maga afirmou que Datemis não iria me possuir, pelo contrário, meu corpo, minha alma, meu eu estava lutando. E eu iria vencer por que...

– Porque híbridos são mais fortes! – Madican interrompeu o relato com os olhos arregalados.

Madrini deixou escapar um suspiro de alívio e Salesh concordou com a cabeça.

– Exato. Mas mesmo assim, eu fiz Alma prometer que não chamaria ninguém ainda e que me mataria se qualquer coisa estranha acontecesse. Ela e a maga Laélia ficaram revezando dia e noite, me vigiando. As convulsões foram diminuindo depois de uma semana eu acho e foi quando eu consegui me alimentar um pouco melhor... E depois o tremor também foi diminuindo... E depois o sussurro... E minha voz voltou ao normal... Mas ainda há uma sensação esquisita sabe... – ela sorriu, finalmente parou de encarar os próprios pés e levantou a cabeça – Não, vocês não sabem...

– E não há como... Sei lá, expulsá-la? – Liam sugeriu.

– Em Gaia o nome disso seria exorcismo... Mas Alma e Laélia já tentaram isso, faz uns dois dias, chamaram a pregadora e fizeram um ritual bem estranho com chás, orações, pedras e uma fogueira e não tiveram sucesso... Aparentemente não há nada que possamos fazer. Então tudo o que eu peço é que se eu começar a ficar estranha, me aprisionem... Me matem... Mas não deixem que ela possua outra pessoa.

– Ficar esquisita do tipo, se seu cabelo ficar laranja? – Vianei perguntou e todos sorriram, menos tensos.

– Talvez... – ela respondeu levantando uma das sobrancelhas.

– O Conselho se reunirá novamente amanhã, não falaremos nada sobre isso, apenas que você derrotou Datemis. – Jadano era o único que permanecia sério.

– Está certo.

Depois que a pequena reunião foi encerrada e Salesh era acompanhada para seu quarto, para descansar, Atessa a interrompeu, tímida:

– Você se lembra de coisas dela?

Salesh devolveu o olhar, com pena:

– Não... Só sinto sua essência.

– Ah, então tome cuidado, porque ela era muito...

– Eu sei.

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