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Quatro: as consequências

     – Nós realmente precisamos voltar – Lúcia guardava suas coisas na mochila, tremendo.

     – O que aconteceu? – Madican franziu a testa.

     – Disseram no posto que vai faltar combustível.

     – E o que tem?

     – É assim que começa... A guerra. Começam a faltar coisas e depois... – os olhos dela se encheram de lágrimas – Depois...

     Anandí permanecia muda, enquanto também guardava suas coisas. Queria argumentar novamente que o recomeço da guerra era um motivo para levar Celso com eles, mas ela sabia que não adiantaria porque todos eram egoístas. E ela quase foi à casa do rapaz, lhe contar tudo, mas teve medo. Estava arrependida de não ter contado sua história aos poucos, desde o começo. Quem sabe no período seguinte quando voltassem...

     Os três atravessaram o portal naquela madrugada, a penúltima antes dos portais se fecharem. Assim que pisaram nos jardins do palácio, Anandí jogou sua peruca no chão e correu.

     Jadano ouviu as portas se abrirem e foi ao encontro da princesa, mas ela mal o olhou e subiu as escadas correndo para se trancar no quarto.

     Quando Madican entrou de mãos dadas com Lúcia, Jadano já o aguardava:

     – Está tudo bem com Anandí?

     – Vai ficar eu acho.

     – Está certo. Você deve voltar a Nialon o mais rapidamente possível.

     – Por quê? – Madican o olhou assustado.

     – Nialon está para entrar em guerra com Alamandá.

     – O que? – Lúcia soltou a mão de Madican– Por quê?

     – O Conde poderá explicar melhor. O conflito começou com uma briga por território...

     – E porque o Conselho não intervém?

     Jadano negou com a cabeça:

     – Não é tão simples assim.

     Lúcia correu escada acima, atrás de Anandí e deixou os dois conversando. Bateu à porta, disse que tinha uma notícia grave, mas a princesa apenas mandou a amiga embora.

     E Anandí passou alguns dias sem sair de seu quarto.

     Até que os vômitos de ambas começaram.


     Cada um dos três estava sentado numa cadeira e de frente a eles, os membros do Conselho. As barrigas de Anandí e de Lúcia já começavam a aparecer.

     – Nós os tratamos como adultos, lhes demos liberdade, lhes demos confiança. Mas vocês não passam de crianças mimadas. Então, a partir de hoje, teremos novas regras. – Jadano falava sério e era visível sua decepção. – Madican deverá deixar o apoio tão necessário ao pai e virá morar no palácio, devendo continuar seu aprendizado como educador. Lúcia será aprendiz na enfermaria e você, Anandí, vai se dedicar aos assuntos do império. 

     – Vocês três serão supervisionados o tempo todo. E eu não quero nem ver as consequências de dois bebês de cabelos pretos! – Patrania andava de um lado para o outro – Estas crianças, híbridas, não sabemos sequer a que mundo pertencem!

     Os três permaneceram calados. Anandí e Lúcia já haviam discutido com Jadano por diversas vezes e tinham se conformado com as consequências de seus atos.

     Pelo menos era a impressão que tentavam passar.

     Ficou decidido que apenas as pessoas presentes naquela reunião, naquele dia, saberiam a verdade. Nem mesmo o conde de Nialon seria comunicado, pois já tinha muito com o que se preocupar. Os bebês seriam monitorados por toda a vida.

     Anandí tentou por diversas noites usar o poder do Amuleto laranja, que era abrir as passagens fora de época, mas nada acontecia. Pediu ajuda a Madican para que ele traduzisse as instruções do livro, mas mesmo assim, não foi capaz de ativá-lo. E agora, que todos haviam descoberto sobre as gravidezes, ela sequer poderia tentar novamente. Sua liberdade e de seu futuro filho haviam sido tomadas.

     O plano então era esperar a abertura seguinte para reencontrar Celso. Estava disposta a tudo, até mesmo a deixar Antaris se ele lhe pedisse. Madican teria Lúcia e Jadano poderia governar Antaris juntamente com o Conselho, como já faziam por tanto tempo. Celso não viveria tantos períodos como Anandí, então ela poderia ficar com ele em Gaia e voltar depois. Ele ficaria surpreso com o filho, ou a filha que tivessem, é claro, mas tudo ficaria bem, porque eles se amavam. Ela sentiria saudades dos amigos que ficariam em Antaris, mas sabia que ao voltar todos estariam lá. Talvez Lúcia não estivesse, mas, era um preço que ela estava disposta a pagar. E quando voltasse com certeza seria uma imperatriz melhor.

     Quando foram dispensados Madican abraçou Lúcia. Ele havia recebido a notícia poucos minutos antes de entrarem no salão de audiências e não tinham tido tempo de conversar.

     – Pelos Deuses! Como você está? Porque não me disse antes? – ele pôs a mão na barriga de Lúcia, incrédulo. – Eu achei que seria impossível.

     – Nós também. – Anandí suspirou – Imagino que estar em Gaia tenha tido algum efeito nos medicamentos... Vou deixar vocês a sós... – ela caminhou devagar para o próprio quarto, seguida de um guarda, e deixou os dois com mais um.

     – Temos que conversar, decidir o que fazer, organizar o casamento! – Madican sorriu.

     – Casamento? – Lúcia deu um passo para trás.

     – Sim – o sorriso dele se desfez – Nossa promessa e...

     – Não! – num impulso Lúcia arrancou a fita em torno do próprio pescoço – Eu não quero pertencer a ninguém.

     – Ãh? Do que você está falando? – Madican deu um passo à frente tentando pegar sua mão, mas Lúcia se afastou ainda mais.

     – Eu não preciso... – e se calou.

     Ele franziu a testa e ela correu para o próprio quarto.

     – Essa menina é muito esquisita Madican, eu te avisei. – Patrania os estava observando.

     Ele olhou para trás e a encarou furioso.

     – Você não sabe de nada!


     Anandí ouvia no rádio as notícias do início de uma batalha formal entre Nialon e Alamandá e lia os relatórios periódicos que finalmente estava começando a entender, quando Jadano escancarou a porta de seu quarto, sem bater:

     – Lúcia entrou em trabalho de parto.

     A princesa se levantou com dificuldade:

     – Já avisou Madican?

     – Podemos pegá-lo no Liceu, no caminho.

     Assim que os três desceram da carruagem, puderam ouvir o grito do parteiro "é uma menina!".

     Madican entrou apressado.

     Em pouco tempo Anandí e Jadano puderam entrar também e por alguns instantes não havia rancores pairando no ar.

     – Ela não é linda? – Lúcia a olhava, encantada.

     – Bem que você queria uma menina. – Anandí se aproximou.

     – Eu sabia que seria menina, não é Paula?

     – Só se for uma coisa de Gaianos, porque eu não sei o que espero não.

     – Você viu Nandí? Ela tem a mesma marca que eu. – Madican apontou as três pintas que possuíam no antebraço, formando um triângulo.

     – E não é que é mesmo? E o nome Antariano dela, qual vai ser?

     – Madican vai escolher não é? – Lúcia se virou, apreensiva.

     – Sim, ao menos isso... – ele respondeu sem sequer olhá-la – Tenho lido muitas histórias de Antarianas maravilhosas em meus estudos filosóficos. E pensei que ela poderia ter um desses nomes: Atessa.

     – Eu gostei! – apenas Anandí respondeu.

     Atessa saiu da enfermaria enrolada em diversos tecidos, para que ninguém pudesse ver seus cabelos. Alguns dias depois, Nita confeccionou uma pequena peruca vermelha e a menina passou a usá-la.

     Na primeira noite em seu quarto, Lúcia tentava entender como amamentar sua filha, quando a porta abriu e Lótus entrou no lugar. Ela sorriu e fez sinal para que ele se deitasse perto dela. O animal fez um som estranho, abriu asas e deu três voltas no ar.

     – Mas o que é isso Lótus? O que você quer?

     Ele então posou novamente ao seu lado e soltou a própria coleira em cima das pernas de Atessa.

     – O que você quer dizer com isso?

     O animal permaneceu com elas por algumas horas, depois se esfregou na coleira, Lúcia a prendeu novamente e ele saiu pela porta. A garota sacudiu a cabeça espantando qualquer preocupação, ela tinha toda a sua atenção voltada para a filha.

     No dia seguinte Madican passou a entrar diversas vezes ao dia no quarto de Lúcia e pegar Atessa no colo.

     – Você não pode ficar entrando assim aqui desse jeito, sem pedir.

     – Porque não? Ela é minha filha também. Se for assim, eu a levo para o meu quarto e você é quem vai visitá-la.

     – Não! É só que... E se eu estiver amamentando?

     – Está certo, você avisa o guarda na sua porta quando estiver amamentando e eu não entro, mas fora isso, eu terei acesso livre.

     Ela apenas concordou com a cabeça e começou a tentar usar esses momentos para conversar com ele:

     – Porque você está assim comigo Madican? Vamos conversar, vamos ser amigos. Eu só não quero me casar.

     – Você apenas quis ficar comigo para engravidar não é? Por quê? Que obsessão é essa?

     – Eu... Eu não sei.

     – Você desfez a promessa assim que pode. Você zombou da nossa cultura!

     – Eu não sou daqui, não tenho que seguir essas coisas! – ela gritava.

     – Você não devia mesmo ter ficado em Antaris. – Ele sempre encerrava a conversa dizendo coisas assim.

     E ela engolia o choro.

     Lúcia se preocupava que Madican levasse Paula para Nialon, mas ele não o fez, possivelmente por conta da guerra. As conversas irritadas diminuíram até que restaram apenas olhares magoados.

     Dias depois do nascimento de Atessa, Anandí estava sozinha em seu quarto quando começou a sentir dores. Abriu a porta e o guarda a apoiou. Ela não queria avisar ninguém, então apenas pediu que ele fosse buscar os parteiros, porque sabia que a única pessoa que ela queria por perto, não poderia ter.

     Depois de diversas horas de trabalho de parto obviamente a porta do quarto já estava cercada pelos moradores do palácio, mas Anandí permitiu apenas que Nita entrasse no local. Somente no dia seguinte os demais puderam visitá-la, e a sua filha.

     – Elas vão ser melhores amigas! – Lúcia sorriu aproximando as mãos dos dois bebês.

     Anandí ainda estava muito cansada, mas sorriu concordando.

     – Salesh... – a princesa olhou para o céu estrelado. – Esse será o nome dela.

     – Mas parece alguém pedindo silêncio "saleshhhhhh" – apenas Lúcia riu, depois se calou, envergonhada.

     – É muito bonito. Diferente para os padrões de Antaris, mas, ela não é mesmo do padrão de Antaris, não é? – Madican a pegou no colo sorrindo também.

     Lótus entrou no quarto saltitando, grunhiu e quando todos o olharam ele abriu suas asas e deu três voltas bem perto do teto do lugar.

     – Mas...

     E antes que alguém pudesse dizer algo ele pousou ao lado de Madican e depositou o Amuleto vermelho no peito da recém-nascida. O Amuleto brilhou de um jeito diferente e Anandí suspirou emocionada:

     – Minha filha é uma guerreira!

     – O que significa isso que ele fez? – Lúcia engoliu a seco.

     – Significa que Salesh foi escolhida para ser uma guardiã.

     Lúcia concordou com a cabeça e decidiu que não falaria nada sobre o Amuleto preto enquanto pudesse. Ela jamais permitiria que Atessa fosse uma guerreira.

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