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Onze: o reencontro

     O ano letivo finalmente estava acabando e Paula passaria a maior parte do tempo na academia. Suas colegas de sala combinavam cinemas, idas a parques, shows, passeios nas cidades vizinhas, mas ela não. Ela apenas estava feliz por tirar férias daquelas pessoas.

     Numa das pausas para uma vitamina na lanchonete da academia, Paula conversava animadamente com Rodrigo sobre a trilha que estavam organizando para o final de semana, quando uma garota se aproximou. Era loira, devia ter uns vinte e poucos anos e era muito bonita. Vestia shorts, uma camiseta larga por cima de um top laranja e luvas de boxe.

     – Oi! – ela sorriu – Eu sou nova aqui e queria umas dicas sobre as aulas de boxe...

     – Opa, bem-vinda! A gente praticamente mora aqui! – Rodrigo puxou outro banco, rindo.

     – Eu sou a Paula e ele é o Rodrigo. – A menina sorriu.

     – Eu sou a Bruna. – Ela se sentou com eles.

     Foi assim que Madrini se apresentou a Salesh, depois de observá-la por meses.


     Alguns dias depois, quando saiam da aula, Bruna chamou os amigos para irem ao cinema.

     – Por mim tudo bem. – Paula respondeu – Vou ligar em casa e avisar minha mãe.

     – Ótimo! Vou pegar o carro no estacionamento... – Bruna parou de andar e os olhou apreensiva.

     – Que foi? – Rodrigo sorriu.

     – Nada... – ela respirou fundo e tirou as luvas.

     Quando se afastou, Rodrigo olhou malicioso para Paula:

     – Ela tá a fim de você.

     – De mim? – ela arregalou os olhos – Imagina!

     – Não temos muita coisa em comum além da academia. Ela é mais velha que a gente... Por que ela quer ser nossa amiga? Isso aí é pedofilia hein... – ele gargalhou.

     – Não! Nada a ver Rô... Cada ideia!

     Paula entrou no vestiário um pouco atordoada. Ela sim era a fim de Rodrigo, como ele não percebia? De modo algum Bruna gostava dela. Ela tinha certeza disso porque as duas já haviam conversado sobre os meninos que gostavam e ela sabia que Bruna era a fim de um cara mais velho, mas que achava gostar de outra pessoa.

     Os três passaram a ir ao cinema uma vez na semana e depois, enquanto Bruna dirigia para deixar Paula em casa, as duas conversavam sobre meninos e sobre o futuro, durante o trajeto.

     Numa dessas tardes, Bruna entrou na casa de Paula porque ela queria um conselho sobre a roupa que usaria na festa de fim de ano da academia. Queria impressionar Rodrigo.

     As duas subiram as escadas do sobrado, rumo ao quarto de Paula, quando o cachorro saltou no colo de Bruna.

     – Lótus! – Paula o segurou e o colocou no chão – Desculpa Bruna, esse cachorro tá idoso, mas age como se tivesse dois anos.

     Bruna ficou imóvel por alguns segundos, pois o animal havia lhe arrancado a corrente que ela carregava no pescoço, por dentro da blusa, e que continha um pingente laranja.

     Paula entrou no quarto e Bruna ficou parada no corredor. O cachorro então abriu duas asas e voou por cima de sua cabeça. Ela estava com medo de que alguém os visse e mal se deu conta de que estava sendo aceita pelo Protetor.

     – Vem cá Bruna que vou te mostrar umas opções.

     – Já tô indo!

     Lótus planou em torno dela e colocou a corrente em suas mãos. Então suas asas novamente se esconderam entre os pelos. Rapidamente Bruna colocou o Amuleto para dentro da camiseta e entrou no quarto da amiga.

     Mas Lúcia, no escuro do outro quarto, acompanhou a cena. Um arrepio lhe correu a espinha porque os Antarianos finalmente estavam vindo buscar Salesh.

     – Vai lá embaixo buscar um suco para sua amiga, Paula. – Lúcia se aproximou da porta do quarto. – Oi! Eu sou a mãe da Paula.

     – Oi! Eu sou a Bruna, amiga dela da academia.

     – Sei, ela já me falou de você.

     Assim que Paula desceu as escadas, a fisionomia de Lúcia se transformou:

     – Você é de Antaris, não é?

     – E você é a Lúcia.

     – Eu sabia que essa amizade com uma menina mais velha tinha coisa. Anandí mandou buscá-la?

     – Os guardiões a procuram desde o dia que você a sequestrou.

     – Guardiões? Então o negócio dos Amuletos deu certo? A Dinastia da Guerra foi vencida?

     – Não. Pra isso precisamos de todos os Amuletos. E da princesa.

     – Mas eu também preciso dela. – Lúcia franziu a testa.

     – Você precisava da sua filha! Não da filha da Anandí!

     – Madican encontrou Atessa? – Lúcia sorriu esperançosa.

     – Não... E onde estão os Amuletos que você roubou?

     – Se eu der eles pra você eu posso ficar com Salesh?

     – Não! Queremos tudo de volta. E, aliás, você pelo visto conseguiu usar o Amuleto anil no pai da Salesh, né?

     – Só uma vez, eu estava desesperada... Depois nunca mais consegui. Fiquei vários dias doente, foi horrível.

     – Então me devolve os Amuletos para que eu os leve para onde são úteis. Antaris está em guerra há todos esses períodos! E devolve o Lótus! E a Salesh! – disse decidida por fim.

     – Não! Ela é tudo que eu tenho. A única que me faz bem, que me faz feliz. – Agarrou um bicho de pelúcia e olhou Bruna com os olhos marejados. A guardiã quase simpatizou com ela.

     – Você não tem vergonha de roubar tudo o que era da sua melhor amiga? A filha? E o cara que a amava?

     – Ele não a amava... O Celso só tava, encantado... – Lúcia a olhou com desprezo – E ele também não me amou... Em pouco tempo se afastou e reencontrou a Mariana...

     – Você é muito doida, né?

     – Eu só preciso da minha filha e mais nada.

     – A sua filha é Atessa. – Ela respondeu firme – Nós estamos tentando encontrá-la. Eu tenho um irmão desaparecido também e nós vamos resgatar todos eles. Anandí está sofrendo há muitos períodos... – ela parou de falar porque não queria contar todos os detalhes da situação atual de Antaris, Lúcia não merecia saber.

     – Ah minha amiga Anandí! – ela lamentou como uma criança e seu olhar voltou a ficar perdido.

     As duas se calaram por alguns segundos e Lúcia recomeçou:

     – Mas... Mas a minha filha é a Paula. Minha Paula dos cabelos pretos. E eu só quero que ela seja feliz.

     – E você acha que ela vai ser feliz quando viver mais anos que todos os amigos que têm, ou quando tiver filhos de cabelos coloridos?

     – Me dá seis meses e eu vou dar um jeito! – Lúcia voltou a olhar Bruna seriamente.

     – Com muita dificuldade eu convenci a Anandí a não vir agora. Ela não vai esperar tanto. Vai ter que ser até o final desta abertura dos portais. Você vai ter que contar a verdade para a Paula.

     Lúcia concordou com a cabeça, tristemente.

     Paula entrou no quarto, falando alto:

     – Aqui está o suco! Menina, eu não achava o açúcar!

     – Eu estava contando suas histórias de criança para sua amiga. – Lúcia tentou sorrir.

     –Esse! – Bruna puxou o primeiro vestido vermelho que viu no armário – Usa esse na festa. – E bebeu todo o suco de uma vez.

     – Ok... Pode ser.

     – Eu já vou indo. Também vou pensar na minha roupa pra amanhã... – Bruna deu um beijo no rosto de Paula e outro no de Lúcia e foi saindo, olhando ainda com raiva para a mulher.

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