Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Oito: a guardiã laranja

     Naquela ocasião, novamente, apenas Madican e Anandí partiram para Gaia na abertura dos portais e voltaram, mais uma vez, de braços vazios. Encontraram os rapazes reunidos numa pequena confraternização e eles se sentiram envergonhados quando a princesa retornou. O palácio era sempre tão vazio e quieto e eles ficaram sem reação ao serem surpreendidos tão animados quando era nítido que a viagem misteriosa não tinha sido como ela esperava. Mas Anandí não se importou, apenas fez um gesto para que eles a seguissem:

     – Vocês estão prontos.

     Os quatro a seguiram escadaria acima, para o terceiro andar, onde nunca tinham acesso. Ela abriu a porta do quarto dos imperadores, que era agora apenas um grande cômodo vazio, e os conduziu ao lado oposto da entrada. Havia duas portas que levavam para as torres e eles subiram a da direita. A sala no topo da torre era toda de vidro fazendo com que o local fosse o mais iluminado do palácio, e num dia claro poderiam enxergar por muitos quilômetros. Então finalmente o silêncio foi quebrado por Anandí quando todos chegaram ao pequeno espaço.

     – Estes são seus uniformes. – Ela abriu um baú e distribuiu túnicas parecidas com as dos guardas, porém cada uma de uma cor e não cinzas. – Vocês serão os Guardiões de Antaris.

     Os quatro se entreolharam.

     – Não Noah, você ainda não ganhará o uniforme. Conforme conversamos, você ainda é uma criança. – Anandí observou a decepção nos olhos do menino.

     Então ela fez um pequeno resumo de toda a verdade sobre as dimensões e sobre Lúcia, Atessa e Salesh.

     Ao final das explicações, ela levantou uma redoma de vidro e lhes mostrou o Amuleto original e todos os outros, pequenos, nas cores do arco-íris.

     – Para Liam, entrego o Amuleto violeta, que dá o poder da visão. Os escritos dizem que este é o poder do lince.

     Ele engoliu a seco e pegou tremendo a pequena pedra que reluziu em sua mão.

     – Para Áster, o Amuleto amarelo, do tigre, ele dá o poder de ler mentes.

     Áster arregalou os olhos:

     – E como eles funcionam?

     – Esta é mais uma coisa que vocês terão que fazer por mim e por Antaris... Mas vocês serão capazes. – Ela tentava parecer confiante. – E para Kamal, o Amuleto verde, do lobo, com o poder da rapidez.

     – Mas o tal protetor, Lótus, não está aqui... E se ele mudar de ideia e achar que não somos dignos?

     Anandí não tinha pensando nisso, mas continuava se esforçando para parecer uma líder:

     – Ele não está aqui e precisamos de guardiões. E vocês fizeram os Amuletos brilharem não é? Então não há por que o protetor discordar. – Os três concordaram ao olharem as pedras brilhantes em suas mãos.

     Ela suspirou aliviada, tinha pensado no discurso que faria durante todo o caminho de volta para o palácio.

     – E eu? – Noah sorriu curioso – Já sabe qual será o meu Amuleto?

     – O seu será o azul claro, do leão, que dá o poder da força extrema, mas terá que esperar até ter ao menos treze períodos de idade.

     Ele balançou a cabeça, animado.

     – Então ainda faltam três guardiões, não é?

     – Na verdade dois: o que usará o Amuleto laranja, cujo poder é atravessar dimensões fora do tempo dos portais abertos, o Amuleto da onça. E o Amuleto branco, do Puma, que cria maremotos e terremotos. Porque o Amuleto vermelho já pertence a Salesh. E os Amuletos das cores anil e preto foram levados por Lúcia.

     – Me desculpe questionar – Liam a olhou envergonhado – Mas não seria o Amuleto laranja o que deveria ser entregue primeiramente para um de nós? Não é a coisa mais importante passar para Gaia?

     – É, mas... – ela suspirou – Ele ainda não brilhou com ninguém, então imagino que vocês não consigam fazê-lo funcionar.

     O grupo ainda tinha muitas dúvidas e passaram aquela noite conversando animadamente na sala das almofadas. Quando as luas iam altas e todos se recolheram, Liam se deixou ficar por último para conversar em particular com Anandí:

     – Eu queria agradecer esta oportunidade, princesa. Eu não pretendo decepcioná-la e nem permitirei que os outros a decepcionem.

     Anandí o observou, emocionada:

     – Obrigada... De verdade. Vocês são minha última esperança. – E apertou sua mão por um longo tempo enquanto subiam o primeiro lance de escadas.


 Madican também havia voltado decidido desta vez, mas para outras mudanças. Anunciou seu casamento com Raíza, a filha da Duquesa de Volans. Para ele ela era completamente o oposto de Lúcia: corajosa, decidida e sensata. Estava disposta a partir com ele nas viagens em busca de Atessa e, acima de tudo, demonstrava que o amava.

     Anandí recebeu a notícia com muita alegria, pois durante o tempo em que estavam em Gaia ela era o segundo assunto preferido de Madican. O primeiro, é claro, era sua filha desaparecida.

     Aquele período deveria ter passado sem maiores incidentes, mas a fome e as doenças estavam voltando e ninguém sabia o que fazer para cessar os novos conflitos que eclodiam em Antaris de tempos em tempos. O Conselho pressionava Anandí para que os Amuletos fossem logo reunidos e os guardiões fossem enviados para as regiões das batalhas.

     Ela então decidiu que partiria para Gaia na próxima abertura dos portais e não voltaria mais sem reencontrar Salesh e resgatar os Amuletos perdidos. Era tudo o que poderia fazer.

     Mas um acontecimento a impediu.

     Anandí estava na torre dos Amuletos, lendo, quando uma claridade chamou sua atenção. Ela derrubou o livro no chão ao ver que o Amuleto laranja brilhava. O agarrou e desceu correndo as escadas, com os olhos marejados.

     – Há alguém desconhecido no palácio! Procure! – Ela gritou para o guarda.

     Abriu as portas do palácio para correr até a casa de treinos e chamar os guardiões para ajudar, mas ao longe viu Áster e Liam segurando uma pessoa, enquanto Kamal gesticulava. Ela foi se aproximando e viu uma loira, bastante jovem, que vestia trajes da moda e segurava um punhal, brigando com eles. O Amuleto laranja não parava de brilhar e Anandí precisou escondê-lo:

     – O que está acontecendo?

     – Essa louca! – Kamal olhou para Anandí indignado – Tentou invadir o palácio.

     – Invadindo propriedade do império igual a você? – Anandí o olhou sorrindo e ele não soube o que responder.

     – Vim até aqui porque eu exijo falar com a princesa! – ela berrava enquanto se sacudia para se libertar de Liam e Áster.

     – Estou aqui. – Anandí respondeu.

     Então a moça parou de se debater e mudou o tom:

     – Me desculpe, eu não a reconheci.

     Anandí fez um sinal e ela foi solta.

     – Qual seu nome?

     – Madrini. E vim aqui exigir ajuda, meu irmão Stockeler desapareceu. Assim que as guerras começaram, ele desapareceu! Vocês têm que saber o que aconteceu com ele! Já não tenho mais a quem recorrer! – ela estava ofegante.

     Os olhos de Anandí se encheram de lágrimas:

     – Eu sei como você se sente... Venha, vamos entrar no palácio e conversar.

     A respiração de Madrini desacelerou e todos entraram no palácio. Noah correu na frente e sussurrou para Anandí:

     – É ela não é?

     Anandí apenas concordou discretamente com a cabeça.

     Os Guardiões e Anandí, juntamente com Jadano e Patrania, passaram o resto do dia conversando e quando a princesa explicou para Madrini seus planos, a jovem teve medo. Ela sequer sabia da existência de outros mundos, que dirá partir em busca de uma criança desaparecida!

     Pelas informações que tinham, o irmão de Madrini com certeza estava participando da guerra, só não sabiam ao certo porque, já que eles moravam em uma cidade bem distante de Alamandá e Nialon. E Anandí prometeu que, assim que tivessem resgatado os Amuletos, iriam atrás de Stockeler e principalmente, atrás da paz em Antaris.

     Madrini tinha ido ao palácio em busca de ajuda e agora descobria que ela própria deveria ajudar. Decidiu ir para casa e pensar sobre o assunto enquanto Anandí passou dois dias sem dormir direito imaginando o que fazer se Madrini não retornasse.

     Mas ela retornou.

     Naquele mesmo dia as duas foram juntas até a região dos portais. Mal se aproximaram, todos eles se iluminaram como quando é a época certa. Madrini sequer precisou se esforçar e olhava a tudo assustada, enquanto Anandí sorria e gritava.

     – Vem! Eu vou te mostrar o portal para Gaia... – ela correu – É esse... Vamo!

     Anandí caminhou por entre as árvores e nada aconteceu, foi como se andasse por qualquer outra parte do jardim.

     – Não! Droga! – seus olhos se encheram de lágrimas novamente – Tente você, por favor.

     Madrini caminhou lentamente e desapareceu sob o olhar da princesa. Alguns segundos depois, reapareceu ofegante:

     – Pelos Deuses!

     Depois de testar os outros guardiões, Anandí se conformou que ninguém mais poderia atravessar os portais fora da época, além de Madrini. Então passou a orientá-la sobre a vida em Gaia. A nova guardiã atravessava o portal diariamente por alguns minutos e depois por algumas horas, para se acostumar com a dimensão. Quando retornava, Madrini e Anandí conversavam, sentadas no jardim, observando os sóis se porem.

     Quando da época da abertura dos portais, todos os guardiões, exceto Noah, atravessaram para Gaia juntamente com Anandí e retornaram mais uma vez, sem Salesh.

     – Eu tenho uma sugestão a fazer. – Liam observava Anandí descer do carro, já de volta a Santa Barbara. Ele jamais se acostumaria com aquele veículo, ou com aqueles trajes, ou com tantas outras coisas de Gaia.

     – Pois diga... – ela lhe deu o braço e ambos foram caminhando até a caverna, logo atrás dos demais.

     – Eu sei que nós fracassamos, mas...

     – Eu fracassei. Essa foi apenas a primeira travessia de vocês.

     – Então, é sobre isso que eu gostaria de falar. Se você quiser eu posso ficar em Gaia e continuar procurando a sua filha.

     Anandí parou de caminhar e virou de frente para Liam:

     – A Madrini vai revezar, ficará algum tempo em Gaia e algum tempo em Antaris. Provavelmente terá que viajar para outros lugares, com línguas diferentes e ficar bastante tempo longe, mas ela dará conta e não terá que esperar a abertura dos portais caso precisemos dela... Ou caso ela precise.

     – Ela é a mais indicada, eu entendo. Mas eu poderia ajudá-la.

     – Não é só isso. – Anandí baixou o olhar – Pode ser que eu nunca reencontre a Salesh e eu não gostaria que você ocupasse toda a sua vida ficando longe... De mim.

     – Ah... – Liam sorriu e ambos voltaram a caminhar em silêncio. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro