Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dezessete: combates e revelações

     Já fazia vários minutos que Liam e Radanari lutavam e nenhum dos dois demonstrava sinal de cansaço. A cada golpe ele pensava em Anandí, sofrendo, esperando por eles e recusava-se a cogitar que ela estivesse morta. Por que ele não estava no palácio quando ela havia sido levada? Por que ele a tinha deixado sozinha? Ele não se afastaria, nunca mais.

     Radanari avançou mais uma vez e com um golpe muito próximo ao cabo da espada de Liam, conseguiu desarmá-lo.

     – Pelos Deuses! – Madrini gritou e Salesh, que permanecia de costas, se virou no momento exato de ver Liam se transformar num Lince e conseguir escapar com um salto do golpe seguinte.

     Enquanto ainda estava no ar, ele voltou à forma humana e rolou para recuperar sua espada. Arremessou a arma para o alto e mais uma vez, se transformou em lince, saltando e voltando a forma humana a tempo de segurar a espada e aplicar um golpe de cima para baixo na omoplata da soldada.

     Salesh fechou os olhos ao ouvir o som da carne sendo perfurada e tentou segurar a ânsia de vômito. Olhou para Noah com os olhos marejados:

     – Por que nós não usamos o Amuleto anil e mudamos a memória de todos e eles simplesmente ficam do bem? Nós poderíamos apenas prender esses seres temporariamente e depois que o Vianei treinar ele pode fazer isso, não pode?

     – Ele pode mudar as memórias, não o caráter. – Noah teve pena da amiga.

     Madrini se afastou dos dois dizendo:

     – É minha vez agora.

     Mal tinha se levantado e uma figura que lhe era conhecida estava a sua espera. Ele também era loiro e possuía traços muito parecidos com os dela.

     – Olá Madrini!

     Ela gritou e pôs a mão na boca, tremendo:

     – Stockeler?!

     Salesh cutucou Noah:

     – Stockeler, o irmão dela? O irmão desaparecido dela?!

     – Ao que parece... – Noah respondeu, também chocado.

     – Mas você nunca foi... – Madrini começou a falar e sua voz foi sumindo.

     – Interessado pelo poder? – ele riu – As pessoas mudam, não é? Veja você: nosso pai nos ensinou a lutar quando éramos crianças e você nem ligava e olha só agora.

     – Stockeler, vamos embora com a gente. Você não é assim!

     – Talvez eu seja... – ele arremessou um pequeno punhal na direção de Madrini, que se curvou, desviando.

     Ela engoliu a seco, apertou os lábios e não se permitiu chorar, apenas correu em direção ao rapaz.

     – Ela não deveria lutar com ele... – Kamal andava de um lado para o outro do corredor.

     – Ah é? E por um acaso você iria querer ser o culpado pela morte do irmão dela? – Áster olhou nos olhos de Kamal e ambos sabiam que não queriam ser essa pessoa. Os dois, juntamente com Liam, haviam acompanhado todos os períodos de busca de Madrini. E aquele era o desfecho que ela precisava e, portanto, somente ela seria capaz de lutar.

     Madrini combatia com sua espada, mas os guardiões sabiam que ela não usava toda sua força e jamais usaria o poder do Amuleto.

     – Stockeler! Por favor! Pelos nossos pais!

     – Eu não sei do que você está falando, minha vida começou quando me tornei um soldado de Datemis.

     Madrini, enfurecida, passou-lhe uma rasteira e caiu por cima dele, com a espada muito próxima a seu pescoço.

     – Vai! Mata seu irmão! – ele a encarava.

     Ela tremia e apertava o cabo da espada com força a ponto de seus dedos ficarem brancos. Pela cabeça de Madrini passou uma imagem dos dois quando eram crianças, brincando com espadas sem corte e seu pai incentivando o confronto. Ela queria que aquilo fosse outra brincadeira, mas não era e sabia que ele revidaria a qualquer segundo. Então ela lhe deu uma cotovelada no nariz e se levantou, caminhando na direção dos guardiões:

     – Eu não posso!

     Kamal a segurou pelos ombros:

     – Eu farei isso por você, por favor, não me odeie.

     Ele empurrou Madrini para o meio dos outros, mas antes que pudesse voltar para junto de Stockeler, que já estava se levantando, o pequeno Vianei correu, quase hipnotizado, em direção ao soldado.

     – Vianei! – Madican gritou e correu atrás dele, mas foi impedido de continuar por uma barreira invisível muito próxima do solado.

     O Amuleto na mão da criança brilhava intensamente, então ele colocou sua palma na cabeça de Stockeler, que novamente caiu no chão. Dessa vez, desacordado.

     Logo em seguida Madrini e Madican conseguiram se aproximar dos dois:

     – Vianei, o que você fez?

     Ele levantou a cabeça com os olhos se fechando pesadamente:

     – Eu não sei... – e desmaiou também, nos braços do pai.


     O próximo soldado, chamado Madavá, os aguardava sentado num pequeno trono. Aparentava ser uma criança, mas se apresentou dizendo ter cento e trinta e sete períodos.

     – Nesses períodos de guerra, muitos já tentaram passar por nós para falar com Datemis, alguns chegaram até aqui, mas nunca me derrotaram.

     – Veremos! – Áster desembainhou sua espada.

     Através do poder de ler a mente, Áster ia muito bem no combate, mas o fato de saber o que o oponente iria fazer não era suficiente para vencê-lo ou para diminuir a intensidade dos golpes, ele apenas conseguia se esquivar. Madavá usava um machado sendo, bastante ágil com os golpes.

     Salesh observava um pouco e depois se virava de costas novamente apertando o próprio braço ferido, que sangrava sem parar. Seus olhos pararam então em Madican, segurando Vianei nos braços e depois em Madrini, sentada no chão, com as pernas esticadas e o irmão, deitado, com a cabeça em seu colo. Aquilo tudo deveria ter um propósito, Anandí não poderia estar morta, a Dinastia não poderia vencer, seria muito injusto.

     Mas quem disse que a existência era justa?

     Áster finalmente desviou de mais um dos golpes rápido o suficiente para derrotar o inimigo cravando sua espada por baixo do braço de Madavá.

     Kamal enfrentaria o próximo soldado.

     – Odóia é meu nome, vejo que Madavá já não é mais o mesmo.

     Mal havia acabado de falar e Kamal, em forma de lobo a atacou, rolando com ela no chão. Após tê-la ferido, Kamal voltou a sua forma natural e outra luta começou.

     Odóia transformou os dedos de sua mão em cinco compridas cobras peçonhentas e elas começaram a se enrolar no pescoço de Kamal. Ele não se permitiria perder tão facilmente. Antes que fosse sufocado, conseguiu decepá-las com a espada e sorriu, observando a satisfação de Madrini torcendo por ele.

     Então a soldada gargalhou e transformou-se completamente numa serpente gigante, que ocupou quase toda a altura do corredor em que estavam. O modo com que ela se transformou foi assustadoramente parecido com o modo dos guardiões se transformarem em seus animais.

     A serpente partiu em direção de Kamal, mas ele conseguiu desviar do bote usando seu poder de rapidez e correu para trás da cabeça de Odóia. Deferiu diversos golpes de espada em todas as partes que pôde, gritando enquanto o sangue jorrava em sua direção. O animal ainda tentou esmagá-lo numa das paredes, mas aos poucos foi enfraquecendo e voltou à forma humana, já morta. Kamal se afastou mancando, limpando um pouco do sangue de Odóia:

     – Há algo com meu pé, mas eu vou sobreviver. – Ele piscou para Madrini.

     Apenas alguns passos à frente, uma fumaça tomou conta do corredor e outra mulher apareceu no meio do grupo:

     – Malika, muito prazer. Vocês são meus primeiros oponentes em mais de setenta períodos Antarianos. Estou ansiosa para fazer algumas vítimas.

     Madrini sorriu ao se aproximar, pois a falta de treino deveria ter deixado a soldada mais fraca. A guardiã começou dando sequências furiosas de socos, mas Malika nem saia do lugar. Madrini foi arremessada longe com um único golpe.

     E outra vez.

     E outra vez.

     Salesh novamente havia se virado de frente para as lutas, pois sabia que de nada adiantava não olhar. Todos estavam alí não só para salvar Antaris da destruição, mas também para resgatar sua mãe e Salesh devia ao menos apoiá-los, porque era tudo o que era capaz de fazer. A cada golpe ela temia que sua melhor amiga morresse e imaginava o que aconteceria se seu medo se tornasse realidade. Como eles seguiriam lutando?

     Visivelmente machucada, mas muito mais furiosa, Madrini se levantou pela terceira vez e seu Amuleto brilhava como nunca. Ela correu e cravou a espada num dos braços de Malika e, enquanto puxava a arma e se virava para mais um golpe, sentiu a espada da inimiga penetrar em sua barriga.

     Salesh gritou e os demais não tiveram reação. Madrini também não emitiu nenhum som, apenas imaginou que aquele seria o momento de sua morte e ficou feliz porque havia ao menos encontrado seu irmão. Então todos os Amuletos dos guardiões brilharam juntos e ela conseguiu transformar–se novamente na onça e avançar em Malika.

     Com diversas mordidas, Madrini arremessava longe pedaços da carne da soldada enquanto esta gritava, agonizando.

     Dessa vez Salesh não conseguiu conter seu estômago, virou-se para traz, e vomitou, sujando sua túnica. Ela jamais imaginou que as lutas pudessem ser assim, nem que Madrini agiria dessa forma.

     Assim que Malika ficou imóvel, Madrini retornou a sua forma normal e, com lágrimas nos olhos, seu sangue e o da soldada misturados escorrendo pelo seu corpo, ainda teve forças para caminhar para junto dos guardiões até ser apoiada por Kamal. Então desmaiou. Patrania e Madican tentaram fazer um curativo em sua barriga, mas poucos minutos depois as ataduras estavam encharcadas de sangue. Kamal ajoelhou ao lado de Madrini e permaneceu em silêncio, apertando o ferimento para tentar estancar o sangue. Os Deuses não permitiriam que ela morresse.

     – Eu irei novamente. – Noah era o menos ferido até aquele momento e ninguém se opôs.

     – Sou o oitavo soldado, Lashmi.

     O soldado arremessou pontas de lanças que iam na direção de Noah, ele conseguiu desviar de algumas, mas outras fincaram em seu braço e pernas direitos. Ele grunhiu e sequer teve tempo de retirá-las, pois Lashmi correu em sua direção com duas espadas, uma em cada mão. Noah, utilizando seu poder da força, conseguia se defender e às vezes provocar pequenos ferimentos no inimigo, mas nada suficiente para derrubá-lo.

     O guardião não costumava usar seu poder de transformar-se em leão, ele preferia estar consciente, mas naquele momento rendeu-se e avançou em direção ao soldado, enquanto seu corpo mudava. Com um pulo Noah o derrubou no chão, abocanhando seu pescoço. Lashmi não tinha forças para segurar as espadas, que caíram no chão, então tudo o que ele conseguiu fazer foi aplicar alguns socos antes de parar de se mexer. Noah voltou a sua forma humana e começou a retirar as pontas de lança de seu corpo. Os pequenos orifícios quase não liberavam sangue, mas todo o contorno estava arroxeado.

     – Veneno... – Noah engoliu a seco – Áster você pode ser o próximo novamente?

     Ele concordou com a cabeça enquanto mais um soldado se materializava a frente deles.

     – Eu sou Silut.

     Silut emitia pequenos raios brilhantes de seus dedos, que batiam nas paredes da fortaleza e iluminavam o local a cada desvio calculado de Áster. Até que um dos raios o atingiu e com o choque, Silut sorriu:

     – Eles são imprevisíveis sabe, não há como você ler a minha mente porque nem eu sei para onde eles vão.

     Áster usava sua espada para se proteger de alguns raios, corria de outros, mas alguns sempre o alcançavam. Aos poucos ele foi absorvendo os choques e ficando mais lento e recebendo ainda mais golpes. Seu corpo já quase não o obedecia, então ele acabou ajoelhado no chão. Tentou se lembrar das últimas palavras que havia dito a sua esposa e a seus filhos, mas não conseguia. Ele não poderia morrer alí, não sem ter dito mais uma vez que os amava.

     Então ele urrou, todos os Amuletos brilharam e ele recuperou um pouco de força, se erguendo. Silut não planejava mais nada, apenas esperava que os raios fizessem seu trabalho, por isso foi pego de surpresa quando o guardião correu e o abraçou, segurando seus braços. Tentou se desvencilhar, mas Áster o apertava cada vez mais. Os dois brilhavam a cada pequeno raio que os atingia, até que Áster não conseguiu mais segurá-lo e eles se separaram. Ambos cambalearam cada qual se apoiando num dos lados do corredor. Era a última chance do guardião...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro