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[CAPÍTULO 2 - O PILOTO]
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─ ▪ 𝗪𝗥𝗜𝗧𝗧𝗘𝗡 𝗕𝗬: Bev_Ellen ▪ ─
─ ▪ TRADUÇÃO BY: ByZoeey ▪ ─
Elias, Emma e Henry chegaram a uma grande casa branca e seguiram pelo portão até a entrada. Logo, o garoto olhou para Elias ao dizer:
— Por favor, não me leve de volta para lá. — pediu ele.
— Nós precisamos. Tenho certeza de que seus pais estão desesperados à sua procura. — respondeu Elias.
— Eu não tenho pais. Só uma mãe, e ela é má. — Henry rebateu.
— Má? Não acha isso um pouco exagerado? — Emma perguntou.
— Ela é. Ela não me ama. Só finge. — Henry insistiu.
Elias se agachou na altura do menino e sorriu suavemente: — Ei, garoto... temos certeza de que isso não é verdade. — disse ele.
Uma mulher – que depois se descobriram chamar Regina –, abriu a porta da frente.
— Henry? Henry! — Ela correu até o garoto e o abraçou, enquanto Elias e Emma observavam, junto a um homem, o xerife Graham, que permanecia no batente da porta. — Você está bem? — Regina segurou os braços do menino. — Onde você esteve? O que aconteceu?
— Eu encontrei meu pai de verdade! — Henry exclamou e entrou correndo na casa.
Regina olhou de Emma para Elias, fixando os olhos nele. — V-Você é o pai biológico do Henry? — perguntou, hesitante.
— Oi... — Elias respondeu, meio sem jeito.
— Eu... vou lá dentro dar uma olhada no rapaz. Ter certeza de que ele está bem. — disse Graham, caminhando para dentro da casa.
Regina respirou fundo e sorriu para os gêmeos: — Que tal um copo da melhor cidra de maçã que já provaram? — ela ofereceu.
— Tem algo mais forte? — os gêmeos responderam em uníssono.
[...]
Emma e Elias estavam agora dentro da casa de Regina, parados no saguão, esperando enquanto ela entrava com três copos e servia a sidra.
— Como ele me encontrou? — Elias perguntou.
— Não faço ideia. Quando o adotei, ele tinha apenas três semanas de vida. — Regina entregou um copo para cada um dos gêmeos. — Os registros foram lacrados. Disseram que o pai biológico não queria contato. — terminou dizendo.
— Disseram certo. — Elias respondeu.
— E a mãe? — Regina perguntou.
— Houve uma. — Elias respondeu.
— Devo me preocupar com ela? — Regina indagou.
— Não. Ela nem sabe o que aconteceu com ele. — Elias disse.
— E já faz dez anos que está desaparecida... não a vemos desde... um incidente. — Emma acrescentou, dando um gole na sidra, enquanto Elias a lançava um olhar repreensivo.
— Devo me preocupar com você, senhor Swan? — Regina perguntou.
Elias a encarou.
— Absolutamente, não. — respondeu antes de tomar um gole de sua bebida.
Regina assentiu enquanto Graham descia as escadas.
— Senhora prefeita, pode ficar tranquila. Tirando o cansaço, Henry está bem. — informou o xerife.
— Obrigada, xerife. — Graham saiu da casa, e Regina conduziu os gêmeos para outra sala. Ela os observou por um momento antes de falar: — Sinto muito por ele ter arrastado vocês para isso. Não faço ideia do que deu nele.
— O garoto está passando por um momento difícil. Acontece. — Emma disse, posicionando-se ao lado de Elias.
— Vocês precisam entender, desde que me tornei prefeita, equilibrar tudo tem sido complicado. Vocês dois têm um trabalho, imagino? — Regina perguntou.
— Ah, nos mantemos ocupados, sim. — Elias respondeu.
Regina gesticulou para que eles se sentassem no sofá. — Agora imagine adicionar mais uma responsabilidade em cima disso. — Ela se sentou em uma poltrona oposta a Emma e Elias, que estavam no sofá. — Ser mãe solteira é assim. Então, eu sigo em frente. Sou rígida? Suponho que sim. Mas faço isso pelo bem dele. Quero que Henry se destaque na vida. Isso me torna má, na opinião de vocês?
— Tenho certeza de que ele só disse isso por causa da coisa do conto de fadas. — Elias respondeu, tomando mais um gole da sidra.
— Que coisa do conto de fadas? — Regina perguntou.
— Ah, você sabe. O livro dele. — Regina os olhou, confusa. — Ele acha que todo mundo é um personagem de desenho animado do livro. Tipo, o terapeuta dele é o Grilo Falante. — Emma explicou.
— Desculpem, mas não tenho a menor ideia do que vocês estão falando. — Regina respondeu.
— Sabe de uma coisa? Não é da nossa conta. Ele é seu filho, e já deveríamos estar voltando. — Elias disse.
— Claro. — Regina respondeu, levantando-se imediatamente.
Emma e Elias colocaram os copos sobre a mesa, e Regina os acompanhou até a porta.
— Quer que eu dirija? Você já trouxe a gente até aqui. — Elias perguntou.
— Claro. — Emma disse, entregando a chave do carro para ele.
Elias pegou a chave e foi até a porta do motorista. Ele olhou para o segundo andar da casa e viu Henry fechar a cortina e apagar a luz.
— Elias... — Emma o chamou. — É o melhor, você mesmo disse. — ela lembrou.
— Eu sei. — Elias respondeu, sorrindo.
Os dois entraram no fusca amarelo, e Elias começou a dirigir, saindo de Storybrooke. Ele olhou pelo retrovisor e percebeu o livro de histórias de Henry no banco de trás.
— Bastardo sorrateiro. — Elias comentou.
— O quê? — Emma perguntou, virando-se para trás.
Elias voltou a olhar para a estrada e viu um lobo parado bem no meio dela, logo à sua frente. — Droga! — Ele exclamou, virando o volante bruscamente para desviar, mas acabou colidindo com a placa de entrada de Storybrooke.
FLASHBACK
Geppetto e Pinóquio estavam esculpindo um guarda-roupa mágico a partir de uma árvore encantada.
Enquanto isso, em outra parte do castelo, Branca de Neve estava na varanda de seu quarto quando o Príncipe Encantado se aproximou por trás.
— Eu não quero fazer isso. — disse Branca de Neve, virando-se para o marido.
— Tem que ser a gente. — respondeu o Príncipe Encantado.
— Não quero deixar todos os nossos amigos. — lamentou ela, com tristeza na voz.
— É a única maneira. Vamos entrar lá e salvar todos da maldição. — ele afirmou.
— Ele disse que seria nos aniversários de vinte e oito anos deles. — Branca de Neve ponderou.
— O que são vinte e oito anos quando temos um amor eterno? Eu tenho fé. — disse ele. Eles se beijaram, mas Branca de Neve se afastou, com uma expressão aflita no rosto. — O que foi? — perguntou o Príncipe Encantado.
— Os bebês... — Branca de Neve olhou para ele. — Estão vindo. — anunciou.
[...]
Nas muralhas que cercavam o castelo, Zangado mantinha os olhos atentos no horizonte. De repente, notou algo ao longe e deu um chute em Soneca, que dormia ao seu lado.
— Acorde! Acorde! Olhe! — exclamou Zangado.
Uma forma de fumaça podia ser vista ao longe, movendo-se rapidamente pela floresta e se dirigindo ao castelo. Zangado correu até o sino e começou a tocá-lo freneticamente.
— A maldição! Ela está vindo! — gritou ele.
FIM DO FLASHBACK
Emma acordou em um quarto de hospital e olhou ao redor. — Onde eu estou? — perguntou ela.
Um médico se aproximou dela. — Você está no hospital de Storybrooke. Meu nome é Dr. Whale — disse ele, observando Emma se sentar. — O carro do seu amigo foi encontrado batido contra a placa da nossa cidade.
— Meu irmão. E o carro não é dele... é meu... — corrigiu Emma.
— Ah, entendi. — Dr. Whale assentiu.
— Posso ir embora? Estou me sentindo bem. — Emma perguntou.
— Não houve nenhum problema, e você não parece ter sofrido uma concussão. Vou assinar sua alta — respondeu ele, virando-se para sair.
— Doutor... — chamou Emma, e ele olhou para trás. — Onde está meu irmão? Elias Swan? — perguntou a ele.
— Bem... ele está... — começou Dr. Whale.
[...]
Enquanto isso, Elias estava acordando e, ao olhar ao redor, percebendo que estava em uma cela de prisão. Sentou-se devagar, ouvindo um assobio. Olhou para o lado e viu alguém na cela ao lado.
— O que tá olhando, irmão? — perguntou ele.
— Ei, Leroy! — Elias olhou para quem havia chamado, Marco, que estava em uma escada consertando um armário. — Tenha boas maneiras. Temos um visitante. — Marco desceu da escada e direcionou o olhar para Elias — Então você é, uh, o pai do Henry? — perguntou Marco, se aproximando da cela dele, que se levantava — Que maravilha para ele ter você de volta na vida dele. — completou dizendo.
— Na verdade, minha irmã e eu só estávamos deixando ele aqui — explicou Elias.
— Tsc, nem te culpo — comentou Leroy. Fazendo-os olhar para ele. — São todos pestinhas. Quem precisa deles? — disse.
— Bem, eu daria tudo por um — respondeu Marco, chamando a atenção de Elias. — Minha esposa e eu tentamos por muitos anos, mas, uh... não era para ser.
— Ah, vai chorar agora? — Leroy resmungou.
O xerife Graham entrou na sala e destrancou a cela de Leroy. — Leroy, se eu vou te soltar, mas você precisa se comportar — avisou Graham. — Coloque um sorriso no rosto e fique fora de problemas — Graham completou, e Leroy saiu da cela com um sorriso falso, logo, se retirando do recinto.
— Sério? — Elias perguntou, apoiando os braços nas barras da cela.
Graham olhou para ele. — As bebidas da Regina são mais fortes do que pensávamos — comentou o xerife.
— Eu não estava bêbado. Tinha um lobo parado bem no meio da estrada — explicou Elias.
— Um lobo. Certo. — Graham respondeu com descrença.
Emma entrou correndo na sala. — Elias! — chamou ela, correndo até a cela e segurando as barras.
— Onde você estava? — perguntou Elias.
— Acordei no hospital — explicou Emma.
— Me desculpa, Em... — Elias disse.
— Tudo bem. Tinha um lobo... por favor, me diga que eu não imaginei isso. — Emma olhou para ele.
— Não, eu vi também — Elias respondeu, olhando para Graham. — Eu disse, não disse?
Graham abriu a boca para responder, mas foi interrompido quando Regina entrou correndo. — Graham! O Henry fugiu de novo. Temos que... — Regina parou ao ver Emma e Elias. — O que eles estão fazendo aqui? — perguntou, aproximando-se. — Vocês sabem onde ele está?
— Acabei de sair do hospital, senhora — respondeu Emma.
— E você? Está muito calado — Regina questionou Elias.
— Não o vejo desde que o deixamos na sua casa, e... — Elias apontou para as barras da cela — Acho que tenho um bom álibi.
— Pois bem, ele não estava no quarto dele esta manhã — disse Regina.
— Já procurou com os amigos dele? — Elias perguntou.
— Ele não tem muitos amigos. É meio solitário — respondeu Regina.
Emma zombou. — Toda criança tem amigos. Você checou o computador dele? Se ele é próximo de alguém, provavelmente estaria trocando e-mails com esta pessoa — sugeriu Emma.
— É verdade. Só porque ele parece solitário, não significa que seja de fato — acrescentou Elias.
— E vocês dois sabem disso como? — Regina questionou.
— Encontrar pessoas é o que eu faço. Aqui vai uma ideia: que tal vocês me soltarem e a gente ajuda a encontrar ele? — sugeriu Elias.
[...]
Elias, Emma e Graham estavam ao redor do computador de Henry enquanto Regina os observava. Elias mexia no computador de Henry com atenção.
— Garoto esperto. Limpou toda a caixa de entrada. Mas eu também sou esperto — disse Elias, tirando um disco rígido do bolso. — Uma pequena ferramenta de recuperação de dados que usamos. — Ele conectou o dispositivo ao computador.
Graham, agachado ao lado dele, comentou: — Sou mais tradicional nas minhas técnicas. Andar pelas ruas, bater de porta em porta, essas coisas.
— Faz isso com alguém que é solitário e vai ficar nisso por muito tempo — respondeu Elias sem tirar os olhos da tela.
— E você é pago por mês. Nós só recebemos pelo resultado. Não temos o luxo de ficar batendo perna por aí — completou Emma, cruzando os braços.
— Aqui está um recibo de um site... queméseupai.org. Caro pra caramba. — Elias olhou para Regina, confuso. — Ele tem cartão de crédito?
— Ele só tem dez anos! — respondeu Regina, seca.
— Bom, ele usou um. — Elias voltou a digitar. — Vamos puxar o histórico da transação. — Após alguns segundos, uma informação surgiu na tela.
— Mary Margaret Blanchard... — Os gêmeos se voltaram para Regina.
— Quem é Mary Margaret Blanchard? — perguntou Emma.
Regina lançou-lhes um olhar frio. — A professora dele.
[...]
Na sala de aula, cheia de crianças mais novas, os alunos estavam construindo casinhas de passarinho enquanto a professora segurava um pequeno pássaro azul em suas mãos, caminhando em direção a janela.
— Enquanto construímos nossas casinhas, lembrem-se: o que estão fazendo é um lar, não uma gaiola. O pássaro é livre e fará o que quiser. — Ela virou-se para os alunos. — Isso é para eles, não para nós. — Olhou para o pássaro — Eles são criaturas leais — ela se virou e abriu a janela, estendendo o braço para fora permitindo que ele voasse até uma das casinhas. Logo, voltou-se para os alunos. — Se você os ama e eles amam você, eles sempre vão encontrar o caminho de volta. — completou, Mary Margaret.
O sinal da escola tocou e as crianças pegaram suas coisas, saindo quase correndo pela porta.
— Continuamos depois do recreio. Sem correr! — chamou a professora.
As crianças saíram da sala enquanto Regina atravessava a multidão, com Emma e Elias logo atrás. A professora estava pegando sua bolsa, quando olhou para cima e avistou Regina.
— Senhora Mills? O que está fazendo aqui? — perguntou Mary Margaret.
— Onde está meu filho? — perguntou Regina de forma direta.
— Henry? Presumi que ele estivesse em casa, doente, com você.
— Você acha que eu estaria aqui se ele estivesse? Deu a ele o seu cartão de crédito para que ele pudesse encontrá-lo? — Regina apontou para Elias, que estava próximo, enquanto Emma permanecia quieta.
Mary Margaret olhou para Elias, confusa. — Desculpe, mas quem é você?
— Eu sou o... d-dele, eu sou... — começou Elias, hesitante, sem saber muito o que dizer.
— O homem que o entregou para adoção — completou Regina, com frieza.
Mary Margaret colocou a bolsa sobre a mesa e começou a procurar algo dentro dela.
— Você não sabe nada sobre isso, sabe? — perguntou Emma.
— Não, infelizmente, não — respondeu Mary Margaret, puxando a carteira e olhando dentro dela, notando que seu cartão de crédito estava ausente. — Garoto esperto... Eu nunca deveria ter dado aquele livro a ele.
— Que diabos é esse livro de que todo mundo fala? — questionou Regina, impaciente.
Mary Margaret levantou os olhos para Regina. — Apenas algumas histórias antigas que contei a ele. Como você bem sabe, Henry é um garoto especial. Tão inteligente, tão criativo e, como talvez você tenha notado... solitário. Ele precisava disso.
— O que ele precisa é de uma dose de realidade. Isso é perda de tempo — disse Regina, irritada, enquanto virava em direção à porta, derrubando uma pilha de livros. — Boa viagem de volta a Boston. — Disse aos gêmeos e em seguida saiu.
Emma e Elias foram até os livros caídos, ajudando Mary Margaret a recolhê-los. — Desculpe incomodar — disse Elias.
— Não, está tudo bem... — respondeu Mary Margaret, colocando os livros de volta na mesa. — Temo que isso seja parcialmente minha culpa.
— Como exatamente esse livro deveria ajudar? — perguntou Emma.
— Para o quê vocês acham que as histórias servem? — Mary Margaret perguntou.
— Uma fuga da realidade? — arriscou Elias, levando uma cotovelada de Emma.
— De certa forma — respondeu Mary Margaret, com um sorriso suave. Os três começaram a caminhar pelo corredor. — Essas histórias são clássicas. Existe uma razão para todos nós as conhecermos. São uma forma de lidarmos com o mundo... um mundo que nem sempre faz sentido. Veja, Henry não teve a vida mais fácil.
— É, ela é meio durona — disse Elias, referindo-se a Regina.
— Não é só isso. Ele é como qualquer criança adotada. Luta contra aquela pergunta mais básica que inevitavelmente todos enfrentam: por que alguém me abandonaria? — Elias desviou o olhar, incomodado. Mary Margaret percebeu o impacto de suas palavras. — Me desculpe. Não quis julgá-lo de forma alguma...
— Não... não, está tudo bem — disse Elias, tentando se recompor, antes de encontrar seu olhar.
— Dei o livro porque queria que Henry tivesse a coisa mais importante que alguém pode ter: esperança. Acreditar na possibilidade de um final feliz é algo muito poderoso.
— Você sabe onde ele está, não sabe? — perguntou Elias.
— Talvez queiram verificar o castelo dele — sugeriu Mary Margaret.
FLASHBACK
No quarto da Branca de Neve e do Príncipe Encantado, Branca de Neve estava nos estágios finais do trabalho de parto, enquanto o Príncipe segurava sua mão e o Mestre ficava ao lado dela.
— Não posso ter esses bebês agora! — Branca de Neve gritou.
— Mestre, faça alguma coisa — o príncipe olhou para Branca de Neve.
— Vai ficar tudo bem. O guarda-roupa está quase pronto, apenas... apenas segure firme — disse o Príncipe Encantado.
— Não! Ah! — Branca de Neve gritou de dor.
[...]
Enquanto em outro lugar, a Rainha Má e seus seguidores estavam atravessando a floresta enquanto a maldição os perseguia.
De volta ao castelo, Gepetto entrou no quarto deles: — Está pronto — disse Gepetto.
— Está pronto — respondeu o Príncipe Encantado, suavemente, e começou a mover Branca de Neve.
— É tarde demais — disse o anão e o príncipe logo parou, olhando-o. — Não podemos movê-la — finalizou dizendo, o Mestre.
[...]
Os bebês Elias e Emma nasceram, e Branca de Neve segurava Elias enquanto o Príncipe Encantado segurava Emma.
— O guarda-roupa... ele só leva dois... — Branca de Neve disse, olhando para seu marido.
— Então nosso plano falhou. Pelo menos estamos juntos — respondeu o Príncipe Encantado.
— Não, você precisa levá-los — Branca de Neve entregou Elias ao Príncipe Encantado. — Leve os bebês até o guarda-roupa — disse Branca de Neve.
— Você enlouqueceu? — o Príncipe questionou.
— Não, é o único jeito. Você precisa salvá-los — Branca de Neve disse.
— Não, não, não. Você não sabe o que está dizendo — respondeu o Príncipe Encantado.
— Não, eu sei. Precisamos acreditar que eles voltarão para nós. Precisamos dar a eles a melhor chance — Branca de Neve e o Príncipe Encantado beijaram a testa dos gêmeos. — Adeus, Elias, Emma... — Branca de Neve disse.
O Príncipe Encantado chamou um guarda e entregou o bebê Elias a ele, pegando uma espada reserva perto da porta. Logo, eles seguiram pelo corredor.
— Vamos, por aqui — disse o Príncipe Encantado, e os dois homens correram em direção ao local onde o guarda-roupa estava sendo guardado. O Príncipe Encantado abriu a porta do armário e colocou seus filhos dentro, beijando suas testas: — Encontrem-nos... — sussurrou o Príncipe Encantado e fechou as portas.
Dois cavaleiros negros entraram. Um deles esfaqueou o guarda, enquanto o outro esfaqueou o Príncipe Encantado. Os cavaleiros se aproximaram do guarda-roupa e quebraram as portas, apenas para descobrirem que ele estava vazio e os bebês haviam desaparecido.
FIM DO FLASHBACK
Henry estava sentado sozinho no playground de madeira do castelo, o qual Mary Margaret havia informado aos gêmeos que era o castelo dele. O playground ficava próximo à costa, e Elias se aproximou por trás dele, carregando seu livro de histórias, enquanto Emma ficou para trás observando-os.
— Você esqueceu isso no carro da Em — Elias sentou-se ao lado dele, entregando o livro e olhando para a torre do relógio. — Ainda não se mexeu, né? — Elias disse.
— Eu estava esperando que, quando eu trouxesse você e sua irmã de volta, as coisas mudariam aqui. Que a batalha final começaria — Henry disse.
— Nós não estamos lutando nenhuma batalha, garoto — Elias respondeu.
— Sim, vocês estão — Henry olhou para ele. — Porque é o destino de vocês. Vocês dois vão trazer os finais felizes de volta — Henry disse.
— Que tal parar com essa besteira de livro? — Elias disse.
— Você não precisa ser hostil. Eu sei que você gosta de mim, dá pra perceber — Elias desviou o olhar e deslizou do castelo de madeira, olhando para a torre do relógio. — Você apenas está me afastando porque eu faço-o se sentir culpado — ele se virou para Henry, ainda olhando para o chão e cruzando os braços. — Tudo bem. Eu sei por que você me entregou. Quis me dar a melhor chance — Henry disse.
Elias o olhou: — Como você sabe disso? — Elias perguntou.
— Porque é o mesmo motivo pelo qual Branca de Neve entregou você e sua irmã — Henry respondeu.
— Ouça bem, garoto. Minha irmã e eu não estamos em nenhum livro. Somos pessoas reais. E não somos salvadores. Mas você estava certo em uma coisa: eu queria que você tivesse a melhor chance. Mas não é comigo. Vamos, vamos embora — Elias apontou para Emma, que ainda os esperava, e se virou para sair.
Henry pulou do playground e o seguiu: — Por favor, não me leve de volta pra lá — Elias olhou pra ele. — Apenas fique comigo por uma semana, é tudo que eu peço. Uma semana, e você vai ver que eu não sou louco — Elias disse.
— Precisamos te levar de volta pra sua mãe — Elias respondeu.
Henry parou de andar: — Você não sabe como é com ela. Minha vida é um desastre! — Henry disse.
Elias se virou para ele: — Ah, você quer saber o que é um desastre? Ser abandonado na beira de uma estrada. Nossos pais nem se deram ao trabalho de nos deixar em um hospital! — Elias explodiu. — Acabamos no sistema de acolhimento e tivemos uma família até os três anos, mas então eles tiveram um filho próprio e nos enviaram de volta. Depois, o sistema de acolhimento tentou nos separar quando tínhamos sua idade, porque ninguém quer gêmeos — ele parou e respirou fundo. — Olha, sua mãe está fazendo o melhor que pode. Sei que é difícil. E sei que às vezes você acha que ela não te ama. Mas, pelo menos, ela quer você — Elias disse, caminhando até o carro, abrindo a porta e empurrando o banco pra frente para Henry poder entrar no banco de trás.
Henry foi até ele e Emma: — Seus pais não deixaram vocês na beira da estrada. Foi por lá que vocês passaram — Henry disse.
— O quê? — os gêmeos responderam.
— O guarda-roupa. Quando vocês dois passaram pelo guarda-roupa, apareceram na beira da rua. Seus pais estavam tentando salvar vocês da maldição — Henry explicou.
— Claro que estavam. Vamos lá, Henry — Elias respondeu.
FLASHBACK
Branca de Neve se levantou e entrou no quarto com o guarda-roupa, onde viu o Príncipe Encantado e o outro guardião caídos no chão, ambos parecendo mortos.
— Não, não! Não! Não! Por favor... — Branca de Neve se arrastou até o Príncipe Encantado. — Por favor, volte pra mim — ela disse, beijando-o duas vezes, tentando reanimá-lo.
A Rainha Má entrou no quarto: — Ah, não se preocupe, querida — Branca de Neve olhou pra ela. — Em alguns momentos, você não vai nem lembrar que o conheceu, quanto mais que o amou — a Rainha Má disse.
— Por que você fez isso? — Branca de Neve perguntou, triste.
— Porque este é o meu final feliz — dois cavaleiros negros entraram no quarto e a Rainha se virou para eles. — As crianças? — a Rainha Má perguntou.
— Desapareceram. Estavam no armário e então sumiram. Não estão em lugar nenhum — um dos cavaleiros respondeu.
A Rainha Má olhou de volta para Branca de Neve: — Onde estão? — ela perguntou.
Branca de Neve olhou para o guarda-roupa e sorriu: — Elas conseguiram escapar... — ela se virou pra Rainha Má. — Você vai perder. Agora eu sei disso. O bem sempre vencerá — Branca de Neve disse.
— Vamos ver sobre isso — a Rainha Má respondeu.
O teto se despedaçou e um redemoinho começou a se formar no quarto:
— Pra onde estamos indo? — Branca de Neve perguntou.
— Pra um lugar horrível. Absolutamente horrível. Um lugar onde o único final feliz será o meu — a Rainha Má respondeu.
As janelas se quebraram e a fumaça escura encheu o quarto, e eles foram levados para o desconhecido.
FIM DO FLASHBACK
Elias e Emma haviam levado Henry de volta para Regina, e ele correu para dentro, subindo as escadas, enquanto Regina olhava os gêmeos.
— Obrigada — disse Regina.
— Sem problema — respondeu Elias.
— Ele parece ter se afeiçoado bastante aos dois — Regina comentou.
Elias riu um pouco. — Sabe, parece meio louco. Ontem foi o nosso aniversário, e quando apagamos as velas nos cupcakes que a Emma comprou... eu fiz um pedido. Que não fosse apenas a Emma e eu no nosso aniversário. E então o Henry apareceu... — disse Elias.
— Espero que não haja nenhum mal-entendido aqui — Regina disse.
— Desculpe? — Elias perguntou.
— Não confunda tudo isso como um convite de volta à vida dele — Regina disse, se aproximando deles.
— Ah... — Elias respondeu.
— Sr. Swan, você tomou uma decisão dez anos atrás. E nessa última década, enquanto vocês estiveram... bem, quem sabe o que vocês dois têm feito, eu troquei todas as fraldas, aliviei todas as febres, suportei todos os ataques de birra. Vocês podem ter sua parte quanto ao nascimento dele, mas ele é meu filho — Regina disse.
— Eu não estav-a- — Elias começou a dizer.
— Não! — Regina o interrompeu. — Você não tem o direito de falar, nem de fazer nada. Você perdeu esse direito quando o abandonou. Sabe o que é uma adoção sigilosa? Foi isso que você pediu. Você não tem nenhum direito legal sobre o Henry, então haja de acordo com isso. Então, sugiro que entre no carro da sua irmã e que vocês dois saiam desta cidade. Porque se não o fizer, eu destruirei você, nem que seja a última coisa que eu faça. Adeus, Sr. e Srta. Swan — Regina disse, de forma severa, virando-se e entrando na casa.
— Você o ama? — Elias gritou, chamando sua atenção.
Regina se virou para ele. — Com licença? — ela perguntou.
— Henry. Você o ama? — Elias perguntou.
— Claro que eu o amo — Regina respondeu e entrou na casa, fechando a porta.
— Está pensando no que eu estou pensando? — Emma perguntou.
— Não é sempre assim? — Elias questionou, trocando um olhar com ela.
[...]
Enquanto estava no hospital, Mary Margaret fazia trabalho voluntário, colocando vasos de flores ao lado das camas dos pacientes. Ela entrou em uma sala de vidro e colocou um vaso ao lado da cama de John Doe, um paciente em coma.
De volta à casa da prefeita, Henry continuava olhando pela janela do quarto, observando a torre do relógio.
[...]
Em outro lugar, Elias e Emma seguiam para o 'Quartos e Cafés da Manhã' da Vovó, entrando e ouvindo uma discussão entre duas pessoas.
— Você passa a noite toda fora, e agora está saindo de novo! — Vovó disse.
— Eu deveria ter me mudado para Boston! — Ruby respondeu, enquanto Elias e Emma os observavam de forma constrangedora.
— Sinto muito que meu ataque do coração tenha atrapalhado seus planos de dormir ao longo da costa leste! — Vovó disse.
— Com licença? Gostaríamos de um quarto — Elias disse.
Vovó e Ruby olharam para eles, surpresas. — Sério? — Vovó correu até o balcão. — Gostariam de um quarto com vista para a floresta ou para a praça? Normalmente, há uma taxa extra para a vista da praça. — Ela abriu o livro de registros. — Mas como o aluguel está vencido, eu vou dispensar essa taxa — Vovó disse.
— A vista da praça está ótima... — Emma disse, olhando para Elias. — Duplo? — Ele acenou, e ela voltou para Vovó. — Vocês têm um quarto duplo? — Emma perguntou.
— Hum, claro. Agora, quais são os nomes? — Vovó perguntou.
— Swan. Emma e Elias Swan — Emma respondeu.
Um homem, Mr. Gold, entrou na pousada sem ser notado. — Emma e Elias — todos o olharam. — Que nomes encantadores — Mr. Gold disse.
— Obrigado — Elias respondeu.
Vovó entregou um envelope com dinheiro a Mr. Gold, que verificou o conteúdo. — Está tudo aqui — Vovó disse.
— Sim, sim. Claro que está, querida. Obrigado — Mr. Gold disse, olhando para os gêmeos. — Aproveitem a estadia... Emma, Elias — ele disse, saindo do hotel.
Elias olhou para Vovó. — Quem é esse? — ele perguntou.
— Mr. Gold — os gêmeos olharam para Ruby, que os observava enquanto ele saía do hotel. — Ele é o dono daqui — Ruby disse.
— Da pousada? — Emma perguntou.
— Não — eles se viraram de volta para Vovó que dizia. — Da cidade. E então, por quanto tempo vocês vão ficar conosco? — Vovó perguntou.
— Hum... — Emma disse.
— Uma semana. Apenas uma semana — Elias respondeu.
— Ótimo — Vovó pegou a chave na parede e a entregou a eles. Emma a pegou. — Bem-vindos a Storybrooke — Vovó disse.
[...]
De volta ao quarto de Henry, ele ainda observava a torre do relógio. E, no momento em que Emma pegou a chave com a Vovó, o relógio fez um som, marcando 8:16. Henry sorriu feliz.
NOTAS DA AUTORA
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★ ━━━━ Não esqueçam de deixar seu voto e comentar o que acharam.
𝐢. A interação sempre motiva. Críticas e feedbacks construtivos são muito apreciados.
[x]
━━━━ Caso possam, deem uma olhada nas minhas outras histórias:
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Obrigada!
Beijinhos, Zoe.
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